Cidades de Portugal para turismo e o que fazer em cada uma

Melhores cidades de Portugal para turismo e o que fazer nelas: veja os principais pontos turísticos de Lisboa, Porto, Sintra e mais destinos
Cidades de Portugal para turismo: a capital Lisboa
Lisboa, a mais visitada das cidades de Portugal - Foto: Divulgação

Quais são as principais cidades de Portugal para turismo? De bate pronto, a maioria talvez responda Lisboa, esprema a memória para lembrar do Porto e então já engasgue bastante para nomear um terceiro destino. Natural, afinal de contas a nossa lembrança é muito povoada pela capital do país e pelo vinho do Porto, que virou uma espécie de embaixador da cidade às margens do Rio Douro.

Porto, no norte, entre as principais cidades de Portugal
No Porto, casario e o vinho mais famoso do país – Foto: Divulgação

Para um terceiro posto, arrisco dizer que alguém seja capaz de lembrar de onde veio a própria família. Eu tenho raízes em Seixo Amarelo, próximo à cidade da Guarda, no Centro de Portugal, abraçada à da Serra da Estrela. Assim como o vilarejo em que nasceu o meu avô, Portugal é cheio de vilas diminutas e cidades pequenas.

Graciosas, todas compõem um mosaico cultural de um país de passado romano, muçulmano e cristão. Estão conectadas por uma rede de caminhos a serem percorridos sem pressa. De Lisboa ao Porto, por exemplo, a viagem pode ser feita explorando destinos menores como a cidade murada de Óbidos ou parando em cidades maiores como Coimbra.

Pinhão: o Douro sem pressa – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

As principais cidades do país, listadas abaixo, servem como ponto de partida para essa exploração turística, que deve se seguir à mesa, com as comidas típicas de Portugal e os doces portugueses, feitos de ovos, açúcar e amêndoas. Perder-se é parte da aventura de desbravar o território português. É um modo de acrescentar repertório para responder à pergunta inicial.

Lisboa: a capital à beira do Tejo

Cidade formada sobre 7 colinas naturais, a capital de Portugal pode começar a ser explorada a partir de um passeio no elétrico 28. O inconfundível bondinho de Lisboa amarelo é atração turística por si só, juntamente com clássicos como o circuito histórico do Belém (Mosteiro dos Jerônimos, Torre de Belém e Padrão dos Descobrimentos) e a Alfama, onde a herança moura ainda se faz presente em paredes e costumes. O Museu Nacional do Azulejo ajuda a traduzir essa alma lusitana tanto quanto o fado embala uma eterna melancolia. Veja nossa lista de sugestões de onde ficar em Lisboa.

A grande metrópole portuguesa oferece ainda um lado cosmopolita, efervescente e criativo, visível em lojas de design do Chiado e do Bairro Alto, este último o berço da diversão noturna de outros tempos. Porque hoje em dia a animação está espalhada por Lisboa inteira, em um movimento semelhante ao que ocorreu com suas opções de hospedagem, muito embora a luxuosa Avenida da Liberdade figure ainda como a principal zona hoteleira da cidade, sobretudo com hotéis e lojas de luxo. 

Hospitaleira, a capital de Portugal é também território da boa mesa, das tascas mais simples a restaurantes estrelados, assim como muitas confeitarias para provar o pastel de Belém e receitas concorrentes à original, inventada no bairro de mesmo nome. Praças, parques, museus, tudo cabe na cidade que guarda um rico Oceanário e ainda tem o Rio Tejo como um doce abraço a envolvê-la. Difícil não se encantar.

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Sintra: beleza de alto a baixo

Ao avistar duas chaminés em formato cônico no horizonte, acredite, você chegou a Sintra. O par que se sobressai na paisagem integra o Palácio da Vila, antiga residência de verão dos reis de Portugal. A presença de nobres nesta cidade a 20 km de Lisboa (40 minutos de trem) fez surgir outras edificações de destaque, entre elas, o Palácio e Quinta da Regaleira e o Palácio da Pena, este último erguido coloridamente no alto da serra. Depois de apreciar a vista lá de cima, desça para perambular as diminutas ruas do centro de Sintra. E não vá embora sem entrar na secular Casa Piriquita, para comer queijadas e travesseiros, doces típicos portugueses.

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Óbidos: charme cercado por muralhas

A partir de Lisboa, em menos de 1 hora chega-se de carro a Óbidos. O charme de conhecer esta vila histórica é penetrar no passado medieval guardado por grossas muralhas. Se possível, durma uma noite dentro da fortaleza, para poder não só ver o castelo e as igrejas ali presentes como também perder-se por suas labirínticas e surpreendentes vielas de paralelepípedos. Feita a partir da fermentação da ginja (espécie de cereja), a ginjinha de Óbidos é uma bebida que não se recusa. Março é mês do tradicional Festival do Chocolate.

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Évora: passado multicultural

Pense em visitar um templo romano, uma catedral de traços góticos e, de quebra, pátios mouriscos. Évora é sinônimo de multiculturalidade. No centro da região do Alentejo, a cidade tem no Museu de Évora e na Capela dos Ossos outros dois pontos de parada obrigatórios. E tudo pode começar ou terminar nos cafés e restaurantes da Praça do Giraldo, antes ou depois de uma passada pelas lojas de artesanato da Rua Cinco de Outubro.

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A partir de Lisboa, é possível visitar Évora
Templo romano, um clássico nas fotos em Évora – Foto: Turismo de Portugal

Porto: o vinho que conquistou o mundo

A segunda maior cidade de Portugal é a capital da região norte do país. O Rio Douro que nasce em Trás-os-Montes atravessa todo o Porto. É possível percorrer suas águas em passeios de barco rabelo ou apenas admirar seu vagar em cafés e restaurantes da Ribeira, região declarada Patrimônio Mundial pela Unesco.

Considerada uma das mais bonitas do mundo, a Livraria Lello é famosa entre os fãs de Harry Potter. Um ímã de turistas como também são as caves de vinho do Porto, programa essencial entre o que fazer no Porto. Na vizinha Vila Nova de Gaia, na margem oposta, adormece não só essa bebida fortificada como outros rótulos produzidos nas escarpas ao longo do Douro. É também nessa cidade da região metropolitana do Porto que está o World of Wine (WOW), complexo enoturístico com museus, restaurantes e lojas.

O Porto e seus arredores são indicados a quem ama arquitetura e àqueles que sonham se fartar de bons pescados e frutos do mar. Uma escapada a Matosinhos revela aquela que é considerada a sala de jantar do Porto, dona do ‘melhor peixe do mundo’. Não é marketing ou cabotinismo, mas constatação.

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Pinhão: entre as vinícolas do Douro

A pequena vila ligada à cidade de Alijó é o centro da região demarcada do Douro, rodeada pelas principais quintas produtoras do famoso vinho do Porto e outros rótulos de destaque. Há cruzeiros que saem de Pinhão para explorar o famoso rio. A visitação às propriedades também faz parte do roteiro de enoturismo, que pode incluir a experiência da colheita (vindima) nos meses de setembro e outubro. A partir de Pinhão chega-se a cidades como Peso da Régua – onde estão o Museu do Vinho do Porto e o Solar do Vinho do Porto –, Lamego e ainda Vila Real. Destaque para a bela estação de trem de Pinhão, decorada por 25 painéis de azulejos que retratam a paisagem da região e a produção vinícola.

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Coimbra: tradição de espírito jovem

Uma das mais antigas universidades do mundo está em Coimbra desde 1537. Banhada pelo Mondego, esta cidade de vocação acadêmica guarda ligações com a época do domínio romano (ruínas encontram-se preservadas onde hoje se localiza o Museu Nacional Machado de Castro). 

Berço de D. Afonso Henriques, primeiro rei português, Coimbra se confunde com a própria formação do território nacional. Em seu preservado Centro Histórico estão edificações como a Sé Velha e as igrejas de São Tiago, São Salvador e Santa Cruz, todas obras do tempo em que a cidade tornou-se a primeira capital do reino de Portugal. Em Coimbra, o fado soa jovial tal qual o espírito estudantil da cidade. E até mesmo a tradicional azulejaria portuguesa tingiu-se de novas cores e significados em peças vendidas em ateliês.

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Aveiro: uma joia entre canais

Para descobrir Aveiro, é indispensável fazer o passeio de moliceiro, o barco colorido característico desta cidade litorânea cortada por canais. Já neste trajeto a bordo é possível admirar o conjunto de edifícios em Arte Nova, estilo arquitetônico com roteiro e museu próprios. Em terra firme, monte em uma Buga, sigla para bicicleta de utilização gratuita de Aveiro, maneira democrática de explorar esta cidade totalmente plana. Visite o Museu de Aveiro e reponha as energias com os tradicionais ovos moles, mais um clássico da doçaria portuguesa do centro do país.

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Viseu: história e áreas verdes

Cidade-jardim. As áreas verdes e os canteiros floridos bem cuidados contrastam com o acinzentado das construções de pedra em Viseu, cidade na rota dos vinhos do Dão e já considerada a melhor em qualidade de vida pelos próprios portugueses. Localizada no Centro de Portugal, é uma terra orgulhosa de sua história, materializada na figura em bronze de Viriato. Núcleo da cidade, a Praça da República é um bom ponto de partida para explorar os principais cartões-postais, casos do Museu Grão Vasco (em alusão ao mestre da pintura portuguesa do século 16) e do Museu de História da Cidade, verdadeira viagem no tempo por 2.500 anos de formação de Viseu. Aproveite para percorrer a Rua Direita, principal artéria comercial da cidade. Viseu fica no caminho da Estrada Nacional 2, a mais extensa de Portugal, com quase 740 km e que conecta o sul ao norte do país.

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Braga: a fé portuguesa

A história de Braga começou muito antes de Portugal ser Portugal. Foi ainda no tempo do Império Romano, quando Bracara Augusta foi eleita a sede da igreja mais importante daquela região (hoje em dia, o norte português; naquela época, parte da Galícia). Para os interessados nos vestígios da presença romana, vale visitar o Museu Diogo de Sousa. Aos mais religiosos, Braga celebra com fervor a Semana Santa e o São João. Acrescente à lista a visitação de igrejas, especialmente a Sé de Braga (a mais antiga do país) e o Santuário de Bom Jesus do Monte, cujo acesso pode ser via funicular ou subindo sua monumental escadaria com quase 600 degraus. Se você não dispensa uma gostosura, prove o pudim do Abade de Priscos, doce com raízes locais.

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Santuário de Bom Jesus e os quase 600 degraus – Foto: Turismo de Portugal

Guimarães: o berço de Portugal

D. Afonso Henriques nasceu em Guimarães. E foi a partir daqui que ele liderou a formação de Portugal, tornando-se seu primeiro rei. O conjunto patrimonial da cidade ajuda a construir esta narrativa dos tempos medievais, com destaque para o Castelo de Guimarães, localizado no Monte Alto, onde também se encontram a estátua do Rei Conquistador, a Igreja de São Miguel e o Palácio dos Duques de Bragança. O teleférico é outro programa obrigatório na cidade, unindo o Centro à Montanha da Penha. Localizada a 40 minutos do Porto, Guimarães tem uma extensa lista de sabores a serem experimentados, entre eles, o polvo à lagareiro, o caldo verde e as tortas de Guimarães.

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Faro: passado mouro no litoral

O aeroporto Gago Coutinho, em Faro, é uma das portas de entrada para o Algarve. É neste pedaço mais ao sul do território português que fica a cidade de casas caiadas, belas praias e clima de férias de verão. Essa estação do ano traz não só o aumento de temperatura como a elevação maciça no número de turistas, entre portugueses e estrangeiros. Alugar um carro e explorar a região é o recomendável, já que o litoral é recortado em cerca de 150 praias. Na capital do Algarve, sinta a presença da herança muçulmana percorrendo ruas e travessas, suba à torre da Catedral da Sé para melhor observar a cidade ou embarque no Cais da Porta Nova em um passeio de barco para as praias das ilhas de Faro, do Farol, Culatra e Deserta. 

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Albufeira: sinônimo de verão e festa

Distante cerca de 40 minutos a partir de Faro, a cidade de Albufeira é uma festa. Quase permanente no verão, quando muitos turistas teimam em ficar até mais tarde nas ruas. Oura ou The Strip é a mais animada delas, com seus clubes noturnos que só fecham ao amanhecer. De dia, não é preciso andar muito para encontrar praias de areia dourada, como a dos Pescadores e a do Túnel. As opções se avolumam, ora mais a leste ou a oeste pelo litoral do Algarve. Ao entardecer, meta-se por entre as pequenas ruas e explore a herança árabe ainda viva por todo este vilarejo. E então siga para a Baixa, de cafés, restaurantes e lojas que se enchem de vida com as primeiras luzes noturnas. E então a festa vai recomeçar em Albufeira.

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Vilamoura: entres barcos, campos de golfe e hotéis

É um pedaço do Algarve que nasceu para o turismo, com hotéis, campos de golfe, cassino e marina. Passeios de barco também saem daqui para outras áreas da região no sul de Portugal. Vilamoura é uma pedida para pegar uma praia e almoçar nos restaurantes pé-na-areia. O grupo Dom Pedro, com 4 hotéis no Algarve, mantém o Victoria, o Millennium e o Old Course para os golfistas. À noite a rua no entorno da marina fica movimentada, com bares, restaurantes, sorveterias e lojas.

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