Autor: Nathalia Molina

  • Maple no Canadá, de xarope de bordo a sabor na gastronomia

    Maple no Canadá, de xarope de bordo a sabor na gastronomia

    ATUALIZADO EM 17 DE MAIO DE 2019

    Maple no Canadá é parte da cultura. O xarope é produzido da seiva retirada das árvores de maple, aquelas com a folha da bandeira do Canadá. Dele, são fabricados produtos como açúcar, balas, manteiga e outros tantos que levam o xarope como um de seus ingredientes.

    Sempre que vou ao Canadá reforço meu estoque de maple, para usar em receitas quando volto para casa e também em cima de panquecas (como eles comem no Canadá) ou tapioca (numa adaptação bem brasileira). Se você também é fã de maple, vai encontrar o xarope no Canadá chamado por duas maneiras, já que o país é bilíngue: maple syrup (inglês) ou sirop d’érable (francês).

    De acordo com o produtor, varia o gosto do xarope. Já provei alguns superdoces! Mas comprei um muito bom (até agora sinto o gostinho) na Les Délices de L’Érable, loja da Maple Delights na cidade de Québec. Em outra viagem ao Canadá, também estive numa loja da rede, só que em Montréal. Fica na bela Rue St. Paul, no centro histórico, Vieux-Montréal. Lá comprei temperos com maple, incluindo uma gostosa mostarda, e tomei um sorvete delicioso de pistache, adoçado com xarope de maple.

    Loja de produtos feitos com maple, em Québec – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    A história do xarope de maple

    Foram os povos nativos que ensinaram os colonos a extrair a seiva das árvores e a fervê-la para fazer o xarope. Até 1875 o único açúcar disponível no leste da América do Norte era o de maple.

    O Canadá responde por 85% do xarope de maple feito no mundo, segundo o Departamento de Agricultura e Ago-Alimentos do Canadá. A produção se concentra no lado direito do mapa, a área centro-leste do país. As principais províncias produtoras são Québec, Ontario, New Brunswick e Nova Scotia.

    A temporada de xarope de maple começa na primavera, quando o gelo do inverno derrete e a extração da seiva se inicia. Nessa época do ano, é possível fazer uma visita a uma fazenda de maple em Quebéc para conhecer como é a produção do xarope, nas chamadas cabanes à sucre (em inglês, o nome é sugar shack). Minha irmã costuma levar meus sobrinhos, e eles se divertem bem, especialmente com os pirulitos feitos no contato do xarope com o gelo, uma tradição do inverno no Canadá.

    Na fazenda de maple com as crianças – Foto: Carla Molina/Arquivo pessoal

    O xarope é amplamente usado nas receitas do Canadá e até em outros produtos. Um dos mais curiosos que já provei foi um espumante com toque de maple na província da Nova Scotia.

    Dependendo do xarope e da combinação feita na cozinha, o resultado pode ser bem doce. Mas se acertar na mão… hummmm… Eu tomei um milkshake de maple delicioso no Deville Dinerbar em Montréal! A decoração do lugar ainda é linda, com detalhes típicos de diners americanos e vibrantes tons de rosa. 

    Montréal, Milkshake de Xarope de Maple, Deville Dinerbar, Canadá, Québec - Nathalia Molina @ComoViaja
    Milkshake de xarope de maple no Canadá
    Montréal, Deville Dinerbar, Canadá, Québec - Nathalia Molina @ComoViaja
    Restaurante no centro de Montréal, perto da Rue Sainte-Catherine: Deville Dinebar
  • Folha da bandeira do Canadá: de moeda a estampa de souvenir

    Folha da bandeira do Canadá: de moeda a estampa de souvenir

    A palavra bordo é um tanto esquisita para mim, acho feia. Esse é o nome de maple em português, mas nos meus textos você vai encontrar a palavra em inglês mesmo. Eu acho bordo feio. Não é preciso usar palavras estrangeiras sempre, mas também não se tem de traduzir tudo. A árvore de maple é um símbolo do país, então o desenho bonitinho da folha da bandeira do Canadá está em todo canto por lá.

    O desenho bonitinho da folha de maple está em tudo no Canadá, não apenas na bandeira. Em souvenir, roupas, chaveiros, canetas, canecas… E também em muitos símbolos do país, por exemplo, no time de hóquei Toronto Maple Leafs, como se vê nessa linda camisa retrô na foto.

    Hóquei em Toronto: Maple Leafs é o time local – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
    Leia também sobre canadá

    O Canadá é o maior produtor de xarope de maple do mundo. Ele pode ser usado puro, mas também para fazer balas, biscoitos e as mais variadas receitas. Saiba mais sobre o xarope de maple e sobre como é a visita a uma fazenda de produtor de xarope. Em atrações turísticas, a folhinha também está lá. Como no elevador da CN Tower, a famosa torre de Toronto, ou nos pijamas das lojas de souvenir — não resisti e trouxe um para meu filhote.

    Folha do Canadá em pijamas na loja da CN Tower – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Ou ainda no vidro da escadaria do hotel Westin Nova Scotian, em Halifax (na província da Nova Scotia), ou no Canada Trail, a calçada temática no porto de Vancouver (na província de British Columbia). Também é fartamente usada em guloseimas e outros produtos, como o espumante de maple que provei também na Nova Scotia.

    Nas ruas é fácil encontrar uma árvore de maple. Uma não, várias. E não me refiro à quantidade, mas a qualidade. Todas são do gênero Acer, mas são vários tipos de árvore de maple. A folha da bandeira do Canadá é um desenho estilizado, que simboliza a importância e a presença da árvore de maple no país.

  • Mondial: que seguro comprar em viagem para vários países?

    Você vai para vários países e não sabe que seguro-viagem comprar? Essa dúvida apareceu aqui por uma leitora. Consultei o pessoal da Mondial e decidi publicar a explicação porque pode ser útil para mais gente.

    Quando a pessoa vai para mais de um destino, a lógica é a seguinte:
    – Plano Nacional: cobre somente Brasil
    – Plano América do Sul: cobre só os países da América do Sul, exceto Brasil
    – Plano Internacional: cobre todos os países, exceto Brasil e Europa
    – Plano Euro: cobre todos os países, exceto Brasil
    – Plano TOP: cobre todos os países, exceto Brasil — mas com limites ampliados

    IMPORTANTE: sempre que houver passagem pela Europa o plano terá que ser Euro ou TOP, mesmo que seja apenas uma escala.

    Lembre que leitor do Como Viaja tem desconto no seguro-viagem da Mondial.

     

    Este post é parte da parceria com a Cotação, que prevê um percentual para o Como Viaja sobre as vendas efetuadas a partir do nosso link.

    Está planejando sua viagem? Saiba mais sobre as parcerias do Como Viaja

  • Canadá: uma volta ao passado com os acadianos

    Canadá: uma volta ao passado com os acadianos

    Canadá, Acadianos, Le Pays de la Sangouine, Bouctouche - Nathalia Molina @ComoViaja (12)
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Uma senhora falante veio nos receber. Mal saímos da van, e ela já começou a dizer o quanto estava feliz por nos ver e a contar a história de sua gente no Canadá. Eu já tinha ouvido vagamente sobre os acadianos, os primeiros franceses a colonizar o país, no início do século 17. Mas só entendi um pouco do que foram e do que resta da sua cultura quando desci daquela van.

    Canadá, Acadianos, Le Pays de la Sangouine, Bouctouche - Nathalia Molina @ComoViaja (2)

    Na minha viagem ao Canadá no primeiro semestre de 2013, nosso grupo de blogueiros foi levado até Le Pays de la Sagouine, em Bouctouche, na província de New Brunswick. O lugar leva o nome do livro escrito por Antonine Maillet, e tem uma vila que reproduz o ambiente onde os personagens da autora viviam. Entre casinhas coloridas feitas de madeira, mobiliário de época, cortinas de renda e atores caracterizados como os acadianos do passado, eu fui apresentada a essa história — leia mais sobre os acadianos.

    Canadá, Acadianos, Le Pays de la Sangouine, Bouctouche - Nathalia Molina @ComoViaja (3)Canadá, Acadianos, Le Pays de la Sangouine, Bouctouche - Nathalia Molina @ComoViaja (4)

    E a história foi animada logo de cara. A senhora de fala solta nos convidou para uma festa na cozinha. Casas sem televisão e famílias com muitos filhos, segundo a senhorinha, no século 17 a festa na cozinha era o maior entretenimento na região.

    Canadá, Acadianos, Le Pays de la Sangouine, Bouctouche - Nathalia Molina @ComoViaja (5)Acompanhada de uma talentosa mocinha, a senhora demonstrou como era a tal festa na cozinha. As duas vestiam roupas compridas, de estampas descombinadas e levavam lenços na cabeça. Sentadas, bateram os pés no chão e duas colheres-de-pau nas mãos e nos joelhos. Muito legal!

    Depois fomos até a vila reproduzida na parte dos fundos do Le Pays de la Sagouine. As casinhas recompõem o ambiente em que os acadianos viviam, com cômodos reconstituídos em detalhes. Para chegar até lá, tive de percorrer uma enorme ponte. Muito bonito o visual, mesmo com o céu cinza.

    Imagino como deve ser bacana visitar aquilo ali no verão, quando há encenações na vila. Porque, mesmo com aquele frio todo, foi bem interessante. Bouctouche foi o lugar onde senti mais frio naquela viagem. Não só pelos 6 graus de temperatura, mas por causa do vento e da chuvinha cortante que enfrentei para atravessar a ponte.

    Canadá, Acadianos, Le Pays de la Sangouine, Bouctouche - Nathalia Molina @ComoViaja (11)

    Canadá, Acadianos, Le Pays de la Sangouine, Bouctouche - Nathalia Molina @ComoViaja (13)

    Terminei o passeio fazendo a acadiana remake. Naquele frio todo, minha pashmina virou capa, virou lenço, virou abrigo. Só faltou mesmo eu aprender a tocar a colher-dupla!

  • Canadá: conhecendo a história dos acadianos

    Canadá: conhecendo a história dos acadianos

    Canadá, Acadianos, Le Pays de la Sangouine, Bouctouche - Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Os acadianos falam francês, como o povo da província de Québec, mas não têm história e cultura diferentes. Os acadianos se estabeleceram essencialmente nas Províncias Marítimas do Canadá: New Brunswick, Nova Scotia e Prince Edward Island. Eles foram expulsos a partir de 1755 pelos ingleses, por não tomarem partido na briga entre Inglaterra e França pela colonização.

    Canadá, Acadianos, Le Pays de la Sangouine, Bouctouche - Nathalia Molina @ComoViaja (14)Eu conheci um pouco dessa história na minha viagem recente viagem ao Canadá. Quem visita essa região, no leste do Canadá, pode conhecer a história e a cultura desse povo em algumas atrações na província de New Brunswick, como Le Pays de la Sagouine, em Bouctouche.

    Para uma experiência acadiana, há ainda a Village Historique Acadien, reprodução de uma vila acadiana, em Caraquet.

    No Musée Acadien na Université de Moncton, estão cerca de 35 mil objetos relacionados à vida dos acadianos nas Províncias Marítimas do Canadá, desde 1604 até a atualidade. Entre eles, uma pintura sobre a deportação dos acadianos. Também está lá a primeira bandeira dos acadianos, adotada após a segunda convenção dos acadianos, realizada em 15 de agosto de 1884, em Prince Edward Island. Parece a da França com uma estrela amarela.

    Em 15 de agosto, é celebrado no Canadá o dia dos acadianos, com a Fête Nationale de l’Acadie (em inglês, National Acadian Day).

    Canadá, Acadianos, Bandeira

    Foto reproduzida da internet

  • Passeio de bicicleta em Montréal

     

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    Nem me lembrava da última vez em que tinha subido numa bicicleta. Certamente mais de 20 anos. Mas a ideia de pedalar em Montréal era muito sedutora. Por vários aspectos.

    Sabe aquelas situações em que os fatos fluem na mesma direção? Pois é, foi o que aconteceu. Eu já tinha ido a Montréal e não tinha pedalado. Mas agora estou gradativamente retomando a atividade física na minha vida e também ando com muita vontade de experimentar, de uma nova forma, coisas que já fiz um dia. Bem nesse momento, volto a Montréal.

    Eu poderia ter pedalado em muito lugares, até mesmo em São Paulo, onde moro e há espaço para isso — tanto que na volta me animei e fui em família pedalar no Parque Villa-Lobos. Mas o reencontro com uma bike foi em Montréal, uma cidade intimamente ligada às duas rodas. Ciclovia ali não é enfeite, tampouco foi feita só para constar, para a cidade se dizer politicamente correta. Lá bicicleta é assunto sério, é meio de transporte.

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    As pessoas se locomovem de bike. Na porta de escritórios, bares e restaurantes, é comum ver bicicletas estacionadas. Ao todo, Montréal conta com 500 quilômetros de ciclovia. A prefeitura incentiva essa prática entre os moradores com o sistema BIXI, cujo foco é na locomoção. Paga menos quem não retém a bicicleta por muito tempo e quem comprar passes mais longos — neste post eu falo mais sobre o BIXI.

    Assim, quando eu soube que nosso grupo de blogueiros faria um tour de bike, fiquei animada e apreensiva ao mesmo tempo. Eu estava mais do que enferrujada, e não conhecia ninguém antes da viagem. Fiquei com vergonha com a possibilidade de atrapalhar o passeio. Será que eu iria conseguir subir na bicicleta e pedalar sem nenhum constrangimento? Resolvi tentar. E digo que ainda bem! Foi um dos passeios mais emocionantes da minha mais recente viagem ao Canadá.

    Está bem, o que tem de tão especial? Sendo bem franca, é um passeio de bike numa cidade bonita muito bem estruturada para isso. Até aí, normal? Sim, tudo depende de como você sente o lugar. E eu costumo sentir, mas do que pensar as coisas. Em Montréal, as pessoas respiram bicicleta, cultivam a cultura da bike como estilo de vida. Aí está o toque especial para mim. E, como experiências nunca são compostas apenas pelos lugares, entrou nessa química meu momento de vida também. Eu tinha saído de uma crise forte de fibromialgia. Resultado: uma manhã marcante.

    O dia amanheceu azul. Depois de eu pegar temperaturas abaixo dos 10 graus nas províncias da Nova Scotia e de New Brunswick, no leste do Canadá, finalmente fazia um calorzinho. Saímos do hotel em direção à região do porto, onde fica a Ça Roule Montréal. Desde 1995, André Giroux organiza passeios de bike. Sua empresa mantém 3 opções formatadas, com a duração de cerca de 4 horas, ao preço de 65 dólares canadenses por pessoa. Para quem prefere alugar a magrela e sair pedalando, a hora começa em 8 dólares canadenses – a Ça Roule fornece mapas com ideias de circuitos.

    NOSSA PEDALADA

    Na frente da loja, vestimos capacete e colete luminoso. Depois testamos as bicicletas. Era muita marcha! Ai, que vergonha… Algo tão básico para aquele povo. Todo mundo sabia usar, menos eu. Mas aprendi.

     

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    Todas as minhas dúvidas perguntei à guia e ao grupo, e eles foram muito compreensivos comigo. Ao longo do percurso, sempre faziam questão de saber seu estava bem, se estava dando conta.

    Dei conta da parte inicial. Pedalamos ao longo do porto, paramos para contemplação – e fotos, é claro! Diante de nós, o rio e as ilhas. Mais exatamente Fleuve Saint-Laurent e Ilês Sainte-Hélène e Notre-Dame (onde fica o circuito de F1 Gilles-Villeneuve). Que lindeza de visão com o céu azul!

    Seguimos e paramos de novo mais adiante, na Plage de L’Horloge, para apreciar os barcos na marina com a Vieux-Montréal ao fundo. Bonito ver as construções da parte antiga da cidade. Naquele ponto, diante da torre do relógio, uma praia é montada no verão, de 22 de junho a 2 de setembro, das 11 às 17 horas. Sem direito a banho de rio, mas com chuveiro e guarda-sol.

    Foi um desafio chegar até a parada seguinte. Quase morri pedalando na subida da Place Jacques Cartier, ponto turístico na parte antiga de Montréal – a ladeira é cercada por bares e restaurantes lindinhos. Me senti poderosa por conseguir.

    Retomei o fôlego enquanto tirava fotos com o prédio da Prefeitura de Montréal (Hotêl de Ville) atrás de mim, na Rue Notre-Dame. Daquele ponto em diante, ficamos mesmo pelas ruas de Montréal. A faixa da ciclovia está claramente desenhada em todo o centro e é de fato respeitada pelos motoristas. Delícia viver isso.

    Em grupo, segui pedalando e até me empolguei na velocidade. Sabe aquela pedalada mais forte para depois você só aproveitar o ventinho do embalo? Não me lembrava dessa sensação de criança…

    Nossa direção era a Pont Jacques-Cartier, ponte que liga Montréal a Longueuil, cidade na outra margem do Saint-Laurent. No caminho, a Jacques-Cartier atravessa a Île Sainte-Hélène, lugar onde o grupo seguiria pedalando.

    Antes de chegar a subida da ponte, passamos pelo Village, bairro gay de Montréal, localizado em torno da estação de metrô Beaudry. Paramos na Rue Sainte-Catherine para ver a decoração de verão da rua e para descansar um pouco. De maio a setembro, a Sainte-Catherine vira rua de pedestres e fica enfeitada. Está toda rosa neste ano, uma graça.

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    Dali, partimos para a ponte. Eu cheguei a começar a subir, mas resolvi respeitar meu limite (àquela altura, meu joelho direito já acusava existência). Parei a bike e dei uma olhada na vista.

    Esse rosinha no horizonte é a Sainte-Catherine, onde tinha acabado de estar.

    Voltei para a Ça Roule Montréal para devolver a bicicleta. Meus colegas me disseram que o passeio segue leve pelo plano depois da parte inicial de subida da Jacques-Cartier. Tudo bem, na próxima eu tento chegar ao circuito da F-1, no Parc Jean-Drapeau.

    Por ora, me contento com minhas 2 horas de bike com paradas estratégicas. Fazer esse passeio de certa forma mudou minha vida. Me emocionei ao ver que podia sim voltar a pedalar. Dizem que a gente nunca esquece como se anda de bicicleta. Aos 42 anos, posso atestar que isso é verdade.

    Viajei a convite da Comissão Canadense de Turismo e da VIA Rail na aventura #ExploreCanada Blogger Train

  • Aluguel de bicicletas no Parque Villa-Lobos

    Aluguel de bicicletas no Parque Villa-Lobos

    Há tempos eu queria experimentar em família o aluguel de bicicletas no Parque Villa-Lobos. Como nós morávamos perto da Avenida Paulista, quando vinha a ideia de parque, era sempre Trianon (em frente ao Masp) ou Ibirapuera. Mas essa realidade mudou em 2012. O Parque da Água Branca, na zona oeste de São Paulo, ocupou o lugar do Trianon como parque perto de casa, uma espécie de quintal com brinquedos e árvores. Faltava experimentar um espaço mais amplo, para atividades mais expansivas.

    Finalmente fomos ao Villa-Lobos. Desde a minha viagem ao Canadá em 2013, onde voltei a pedalar após mais de 20 anos e fiz um passeio de bicicleta em Montréal, eu fiquei com aquela ideia de andar de bicicleta de novo. Se eu podia fazer isso em outra cidade, por que não em casa? Esse pensamento e um lindo sol de inverno foram essenciais para a nossa ida ao parque na zona oeste. Olha eu aí no pedal.

    Eu de bike no Villa-Lobos

    Na entrada principal do Villa-Lobos é possível alugar bicicletas. Meu marido e eu decidimos pegar apenas uma bike de marcha para dividirmos. Assim um ficava com o Joaquim enquanto o outro pedalava. Era a primeira vez em que o Joaquim andava de bicicleta — ele tinha aprendido a se virar bem com o patinete, mas nunca havia subido numa magrela. Então, para nosso filhote, na época com 4 anos, alugamos uma de rodinha.

    Ciclovia do Villa-Lobos

    Entramos no parque e fomos para a ciclovia. Ficamos à direita para sentir como seria a velocidade. Nosso medo era de atrapalharmos o fluxo e acabarmos sendo ‘atropelados’ por ciclistas experientes. A surpresa foi ver famílias e mais famílias pedalando juntas. Vimos crianças ainda ganhando confiança sem as rodinhas. Quando alguém empancava, o restante desviava na boa. O Villa-Lobos que eu vi não é território de ciclistas profissionais, e sim, de gente disposta a se divertir, onde novatos são bem-vindos. Adorei!

    Paramos diversas vezes ao longo da volta completa da ciclovia. Numa dessas paradas, fomos dar uma espiada na Marginal Pinheiros. Um barato ver aquele ponto do ângulo oposto, já que geralmente passamos lá embaixo de carro e vemos o parque no alto. Leve protetor solar, chapéu ou boné. Inaugurado em 1994, o Villa Lobos ainda é um parque com poucas áreas de sombra. Hidrate-se, fique atento principalmente com as crianças

    Diversão com amigos ou em família

    Ah, ao andar na grama, um importante aviso especialmente para as crianças, dado pelo senhor que guarda carros perto do Villa-Lobos: cuidado com as formigas! A região é cheia de formigueiros, fora e dentro do parque. Sob um céu maravilhoso, nos divertimos muito pedalando em família. E, claro, tiramos muitas fotos juntos.

    Foi emocionante ver o Joaquim enfrentando o medo de cair, caindo e seguindo adiante ralado e, no fim, já fazendo curva e tudo sozinho! Vê a desenvoltura do pequeno já na saída da área de aluguel. Fomos devolver as bicicletas e tomamos um sorvete para refrescar.

    Me sentei na grama para curtir aquela visão deliciosa: o céu azul de pano de fundo e um garotinho animadíssimo. Que manhã de sábado gostosa.

  • Cangaço Eco Parque, na rota do Xingó

    Cangaço Eco Parque, na rota do Xingó

    O Cangaço Eco Parque, entre Sergipe e Alagoas, dispõe de restaurante e passeio de barco. Veja onde fica a atração na rota do Xingó. Fica perto da alagoana Piranhas e de onde Lampião foi morto, na Grota do Angico

     

    ATUALIZADO EM 22 DE FEVEREIRO DE 2017

    Estive no Xingó do São Francisco em 2001 e fui à região de Sergipe onde Lampião foi capturado e morto, na Grota do Angico. Não havia nada lá, a não ser a caminhada até o último pouso do cangaceiro. Agora a região conta com o Cangaço Eco Parque, passeio em Sergipe, localizado do outro lado da margens do São Francisco em relação a Alagoas, onde está a cidade de Piranhas. A atração oferece restaurante, passeio de barco e pontos de sombra de frente para a água doce.

    Em 2015, meu pai, Luiz Augusto, e minha madrasta, Vania, estiveram na região e conheceram o Cangaço Eco Parque. Gostaram da estrutura que viram. Vestido de cangaceiro, o guia mostrou a eles a flora local. Na trilha pela caatinga, conheceram vários tipos de cactos, durante a caminhada de ida e volta até o lugar onde Lampião foi morto.

    MEU PAI COM O CANGACEIRO DURANTE O PASSEIO – Fotos: Vania Sady/Arquivo pessoal

    NA GROTA DO ANGICO

    Quando estive ali, fiz a caminhada até a Grota do Angico. Foi um passeio legal pela caatinga, mas não tinha estrutura nenhuma. Gostei mais de me deslocar de barco suavemente pelo Rio São Francisco e de conhecer os paredões rochosos do Xingó. Que delícia tomar banho naquela água verde!

    Cangaço Eco Parque, Sergipe - Foto Divulgação3
    Foto: Divulgação

    Sobre a realidade atual, os leitores Erica e Celso (ribeirinho, morador da cidade de Piranhas) deixaram relatos bem bacanas nos comentários abaixo — obrigada pela participação! Eles também destacam que a estrutura do Cangaço Eco Parque e o preparo dos guias valem o passeio, que pode ser complementado com um bom peixe frito e um banho de rio.

    Meu pai e Vania seguiram esse roteiro também. Depois da trilha guiada, relaxaram nas mesas diante do São Francisco. Comeram petiscos, beberam cerveja e tomaram muito banho de rio.

  • Em Buenos Aires, museu e roteiro do papa

    Catedral Metropolitana – Foto retirada do site de Buenos Aires

    O papa Francisco nasceu no bairro de Flores, em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, como Jorge Mario Bergoglio. Para quem se interessa pela vida no pontífice, há uma visita guiada organizada pela prefeitura que passa por lugares relacionados a ele.

    Com duração de cerca de uma hora e meia, o passeio parte da Basílica San José de Flores, às 15 horas, toda quinta. O circuito inclui o Colegio Nuestra Señora de la Misericordia, a casa onde ele passou a infância, a Plazoleta Herminia Brumana e a Escuela Nº 08 D.E. 11 – Cnel. Ing. Pedro Antonio Cerviño. É grátis — mais informações no site de Buenos Aires.

    E Buenos Aires está prestes a ganhar mais uma atração ligada ao papa. A Catedral Metropolitana, na Plaza de Mayo, deve abrigar o museu Cardeal Jorge M. Borgoglio, com objetos pessoais e religiosos.

     

  • Chicago: dicas e passeios

    Chicago: dicas e passeios

    Priscila Marie no Millenium Park, Chicago, Estados Unidos - Arquivo PessoalFotos: Priscila Marie – Arquivo Pessoal

    Chicago está nos seus planos de viagem? Dá uma olhada nas dicas e nos passeios da leitora Priscila Marie na cidade americana:

    “Em Chicago, não é preciso carro. O transporte público é bom, e acabamos fazendo quase tudo a pé. Nós alugamos carro, mas devolvemos antes do tempo. O único dia em que efetivamente usamos o carro foi quando fomos fazer compras no outlet, mas creio que tenha meio de transporte para lá. Estacionamento é caro!!!

    Eu andei pela Magnificent Mile. Uma coisa que não fiz e me arrependi foi alugar uma bike e margear o Lago Michigan. Na verdade não fiz porque não deu tempo!

    Priscila Marie na Willis Tower, Chicago, Estados Unidos - Arquivo PessoalDO ALTO

    Outra dica é ir ao John Hancock Center (no Observatory) e ao Sears Tower (no Skydeck do Willis Tower). No segundo prédio, tem uma varanda de vidro no 103º andar. É demais! Sugiro que vá a um à noite e ao outro de dia. Fui ao Hancock à tardinha e esperei anoitecer. E no outro de dia. A vista é maravilhosa, principalmente do Lago Michigan.

    Vista Noturna do Hancock Center, Chicago, Estados Unidos - Foto de Priscila Marie, Arquivo Pessoal

    Sobre atrações, vale visitar o Museu de História Natural, Ciência e Indústria e o Planetário. O aquário também é muito bacana. Comprei o City Pass, inclui os ingressos dos melhores passeios.

    Outros lugares que indico são o Navy Pier, o Buckinghan Foutain e o Millenium Park. Se tiver sorte, há alguns concertos à noite neste parque — leia sobre show grátis no Millenium Park.

    DE BARCO

    Fizemos três passeios com a Shoreline Sightseeing. A arquitetura de Chicago é maravilhosa!!  Fizemos o Skyline Lake Tours para ter uma ideia da cidade vista do Lago Michigan. Os outros dois passeios foram o Architecture Tours (de dia) e o Fireworks Cruises (à noite). Comprei os ingressos todos por aqui. A saída dos passeios é sempre do Navy Pier, onde ficam as bilheterias para trocar os vouchers.”

    E você? Tem dicas da sua viagem ou cidade? Nem precisa ser extenso (mas, se for, fica à vontade!). Manda para mim no e-mail comoviaja@gmail.com, que eu publico como Dica de Viajante ou Morador.

    Canais de Passeios de Barco, Chicago, Estados Unidos - Arquivo Pessoal

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