Autor: Fernando Victorino

  • Maracanã Tour: como é a visita ao estádio no Rio de Janeiro

    Maracanã Tour: como é a visita ao estádio no Rio de Janeiro

    Antes de mais nada, o Maracanã Tour é um passeio a ser incluído na lista do que fazer no Rio Janeiro. A visita ao estádio pode ser feita na companhia de um guia bilíngue. Primeiramente, dois fatos em comum unem nossas passagens pelo Maraca.

    Zico, o grande goleador do Maracanã; marcou 333 vezes no estádio

    Da primeira vez, na tarde de 3 de março de 2015, Arthur Antunes Coimbra, o Zico, ídolo do Flamengo e maior artilheiro do estádio com 333 gols, completava 62 anos. Tempos depois, outro Arthur, este Fluminense roxo, era o dono da festa. Nosso sobrinho comemorou o aniversário de 10 anos dentro do Maracanã, com direito a jogo de bola para a criançada e passeio guiado.

    Maracanã Tour
    Parabéns no Maracanã, um aniversário para quem é louco por futebol

    A nossa impressão foi de que o tour melhorou. Anteriormente, parecíamos estar em uma visita técnica, mais com ar de inspeção do que de passeio histórico.

    Maracanã Tour
    No Maraca, aproveite para fazer fotos com o estádio vazio

    Para quem quer unir duas paixões brasileiras, a Civitatis tem um tour pelo Maracanã + Cidade do Samba, onde são criados os desfiles de Carnaval. A empresa também oferece a experiência de assistir a um jogo de futebol no Rio de Janeiro com guia local. Primeiramente, o programa inclui ida a um botequim. No caso do Maracanã, há bares na Tijuca muito frequentados por torcedores em dias de jogos.

    Como é o novo tour do Maracanã

    Com 50 minutos de duração, o tour do Maracanã se concentra no térreo, onde está exposta parte importante da memória do futebol brasileiro. Assim como da primeira visita, vimos a camisa 7 usada por Mané Garrincha na conquista do bicampeonato mundial de 1962, no Chile, e a rede estufada por Pelé na noite de 19 de novembro de 1969, data em que o Rei do Futebol marcou seu milésimo gol na carreira, justamente no Maracanã.

    Maracanã Tour
    Fernando e os objetos do Rei do Futebol, no tour pelo Maracanã

    Não só as Copas de 1950 e de 2014 são relembradas em fotos e objetos, como também as bolas usadas na finais vencidas por Uruguai e Alemanha fazem parte do acervo exposto. A conquista do inédito ouro olímpico de 2016 pela seleção brasileira está igualmente registrada.

    Maracanã Tour
    Maracanazo: guia explica a derrota na Copa de 50

    Há uma reverência especial para a Rainha Marta, eleita 6 vezes a melhor jogadora do mundo. Nathalia não resistiu a uma selfie com sua echarpe lilás, para marcar o poder de ação das mulheres num esporte que no Brasil ainda é, sem dúvida, dominado por homens.

    Rainha Marta, persistente no futebol feminino

    Relíquias de brasileiros e estrangeiros

    Os principais clubes do Rio Janeiro estão representados com camisas e objetos ligados à carreira de jogadores que ajudaram a escrever a história do Maracanã. Além disso, há uma exposição de bolas e chuteiras lendárias e ainda a Calçada da Fama, da qual fazem parte craques como o brasileiro Romário e o alemão Franz Beckenbauer, também reverenciado no Museu do Bayern de Munique, visitado por nós em 2014.

    Bolas e chuteiras históricas no Maracanã Tour

    Anteriormente, o visitante podia fazer o tour individualmente, já que os painéis com informações básicas orientavam o público a se orientar sobre fatos e feitos ocorridos no Estádio Mário Filho, nome oficial do Maracanã, em homenagem ao jornalista esportivo e um dos defensores de sua construção. Essa opção já não está mais disponível no site do tour, apenas as visitadas monitoradas.

    Experiências no Maracanã Tour

    O tour pelo Maracanã ganhou experiências ao longo dos últimos anos, entretanto pagas separadamente. Você pode assistir a um Fla x Flu com um óculos de realidade virtual, por exemplo. Ou então tirar fotos com uma bandeira do seu clube de coração, em um cenário de chroma key. Tem ainda a possibilidade de marcar um gol no Maracanã, em uma experiência que varia entre 3 e 5 tentativas. E, principalmente, comemorar o aniversário de crianças entre 3 e 12 anos tendo o estádio como salão de festas.

    Bancando o boleiro no gramado do Maraca

    O ponto alto do Maracanã Tour é o acesso ao vestiário — decorado com camisas de clubes brasileiros — e a entrada até a beira do campo. Contudo, ao contrário da visita que fizemos à Allianz Arena, na Alemanha, o tour do Maracanã permite fotos perto do gramado. Portanto, você pode fazer pose no banco de reservas, feito técnico tenso ou boleiro marrento.

    Maracanã Tour
    Dá para fazer uma foto no banco de reservas

    Quem comemora o aniversário no estádio ganha alguns privilégios. Assim, Arthur teve direito a um vestiário exclusivo com o nome dele na porta. Orientada por um monitor, a criançada fez exercícios na sala de aquecimento antes de atravessar o túnel que leva ao campo.

    Tricolores posam na porta do vestiário do Maracanã

    Não é permitido pisar no gramado do Maracanã, então o público circula pela grama sintética do entorno. Atrás de um dos gols oficiais havia duas traves, para a criançada jogar por quase 2 horas.

    Nossos boleirinhos ao lado do gramado do Maraca

    Meu gol no Maracanã

    Uma bola extra caiu nos pés dos adultos, que armaram uma roda de altinho perto da criançada. Eu entrei nessa e, preciso confessar, não resisti à ideia de marcar um gol no Maracanã. Quando todos se encaminharam para cantar parabéns, peguei a bola e, sem alarde, empurrei para o fundo da rede.

    A exemplo do que ocorreu com Pelé, que no mesmo Maracanã marcou um golaço pelo Santos contra o Fluminense, em 1961, ninguém registrou o meu feito.

    Enquanto o Rei do Futebol ganhou uma placa pelo lindo gol marcado (por sugestão do jornalista Joelmir Beting, daí a expressão ‘gol de placa’), eu me contentei com o entrondoso grito de gol que ecoou dentro da minha alma de menino. Entrei para a história.

    Como o gol de Fernando foi discreto, não há registro

    VALE SABER

    Endereço: Avenida Rei Pelé, Portão A (pedestres), Portão 2 (carros) – Maracanã, Rio de Janeiro

    Transporte: Se for de carro, há estacionamento acessível pelo portão 2 (R$35). De metro ou trem, desça na estação Maracanã, atravesse a passarela que chega ao portão A. Porém, a opção mais segura é ir de carro particular ou de aplicativo e descer na porta.

    Funcionamento: O tour no Maracanã funciona entre 9 e 17 horas, com saída do último grupo às 16h30; em dias de jogos, o tour é encerrado 5 horas antes de os portões serem abertos para a torcida. Em virtude da decisão da Libertadores, por exemplo, a visitação ao estádio foi suspensa

    Preço: A visita guiada custa R$ 66. Têm direito a meia entrada (sempre com a apresentação de documento): crianças de 6 a 10 anos, idosos acima de 60 anos, estudantes com carteirinha e portadores de necessidades especiais. Até 5 anos, crianças não pagam

    Alimentação: Há uma lanchonete na área de visitação

    Site: tourmaracana.com.br

  • Zoológico de Nuremberg, com show de golfinhos

    Zoológico de Nuremberg, com show de golfinhos

    Texto de Fernando Victorino

    Resolvemos visitar o Zoológico de Nuremberg no dia em que ele fazia 102 anos. Uma história marcada por três reconstruções, duas devido às guerras. Da terceira vez em que precisou ser reerguido, o Tiergarten foi instalado na parte leste da cidade alemã, a 20 minutos de trem da estação central (Hauptbahnhof).

    Durante nossa viagem à Alemanha, visitamos quatro zoológicos imperdíveis. O zoo de Nuremberg foi um deles.

    Era domingo e, como nos disseram, o aniversário do zoológico seria um dia dedicado às famílias. Ao longo do nosso trajeto de bonde, era fácil notar pais e mães carregando mochilas, garrafas de água e pacotes de biscoito, acompanhados dos filhos. Mesmo sem entendermos nada do que eles conversavam, a sensação que passavam era a de que todos – tal como nós – estavam animados com aquele dia especial. Gostosa alegria sob o sol que teimava aquecer a manhã fria de 11 de maio de 2014.

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    No dia da nossa visita, o zoológico estava em festa pelo aniversário. As famílias ganhavam um vale-foto, e estandes espalhados pelas alamedas ofereciam atividades para as crianças. Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaEra possível, por exemplo, personalizar uma casinha para passarinhos.

    O Tiergarten é um orgulho para a gente de Nuremberg. Em 1934, o governo de Hitler decidiu que a área do zoo seria usada para a ampliação do espaço onde eram realizados os comícios nazistas. Deslocado para o lugar onde funciona até hoje, em 1939, pouco antes do começo da Segunda Guerra, o zoológico foi mais uma parte da cidade alemã dizimada pelo conflito.

    Com o fim da Segunda Guerra, o zoológico atravessou longos e progressivos períodos de reconstrução, sempre com o apoio (financeiro ou não) da população local. Isso segue até hoje, em eventos como o concerto beneficente realizado neste ano na lagoa dos golfinhos, cuja renda foi revertida para a preservação de espécies ameaçadas de extinção.

    Aos 102 anos, o zoológico de Nuremberg encontra formas de sobreviver à estupidez humana, que o obrigou a renascer três vezes e até hoje o leva a se reinventar. Tudo para manter seus habitantes vivos e suas portas abertas, a fim de que famílias ruidosas desfrutem de domingos de sol como o que vivenciamos durante nossa visita.

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Visão geral: um bosque no meio da cidade

    Localizado em um terreno de topografia irregular, o Tiergarten exige do visitante disposição para caminhar por subidas em certos momentos. O mapa do zoo mostra desde uma rota plana, voltada principalmente para cadeirantes – mas que não contempla todos os animais – até caminhos com perfis de inclinação diferentes: ligeiro, moderado ou acentuado.

    Não raro, vemos pais levando filhos de cavalinho por ladeiras. Uma alternativa para minimizar o cansaço das crianças são carrinhos de puxar que podem ser alugados no portão principal.

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaO relevo que castiga bípedes sedentários permite aos animais de montanha condição de vida próxima à do seu habitat. Entre a visita a uma espécie e outra, a caminhada não é penosa porque é feita por alamedas cercadas por árvores. Em uma delas flagramos um esquilo descendo o tronco em busca de comida.

    Diferentemente de zoológicos encravados no centro da cidade, o Tiergarten reúne fauna e flora de modo quase selvagem. A sinalização tira um pouco do fator surpresa que é perambular por um caminho e se deparar com o bicho mais adiante. Mas as placas são úteis em um parque dessa dimensão.

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    A propósito, é bom escolher o que você pretende ver porque pode ser difícil observar todas as espécies com a devida calma. Instalado em uma área de 670 mil metros quadrados, o zoológico de Nuremberg foi inaugurado em 1912, com 1.200 animais. Atualmente, possui 3.000 bichos de 300 espécies.

    Nosso filho, Joaquim, de 5 anos, queria ver o leão, então, nossa visita incluiu uma parada nos felinos. Encontramos o bicho preguiçoso, deitado sobre uma pedra como se desejasse que o mundo acabasse em barranco (que no caso dele se encontrava a uns 5 metros de distância).

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaJá o tigre mostrou-se indócil com tanta gente dentro da gruta de onde se pode observá-lo mais de perto. A foto tirada num raro momento em que ele se pôs quieto foi prejudicada pelo reflexo do vidro (santo vidro!) que nos separava.

    Também através de vidros vimos os pinguins nadando em um espaçoso parque aquático. Algumas crianças não precisam do colo dos pais para admirar o balé da turma de fraque porque a plataforma de observação fica a certa altura, com um vidro de proteção que desce até o chão. A visão fica tão desimpedida, que nosso pequeno Joaquim alternou entre uma lambida no sorvete e uma espiadinha para baixo.

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    Destaque: show com leões-marinhos e golfinhos

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Deixamos a área dos pinguins e aproveitamos a descida para apertar o passo rumo à lagoa dos golfinhos, cujo show iria começar em poucos minutos.

    Ponto alto do Tiergarten e atração rara para um zoológico, o show existe desde os anos 1970 e é bastante disputado pelos visitantes. Mas há um bom espaço para acomodar o público nas arquibancadas em volta dos tanques.

    Apesar de a apresentação ser feita toda em alemão, é possível apreciar os truques de golfinhos e leões-marinhos numa boa. Nosso filho não desgrudou os olhos da exibição, acompanhando as acrobacias feitas pelos animais.

    Não se trata de uma superprodução ao melhor estilo parques de Orlando, mas distrai bem crianças e adultos durante meia hora. As apresentações ocorrem diariamente, de acordo com a tabela do site oficial do zoológico: todos os dias, às 14 horas e às 15h30; de segunda a sexta, também às 10h30 e ao meio-dia; aos sábados e domingos, também às 11 horas e às 12h30.

    VALE SABER

    Endereço: Am Tiergarten 30

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaTransporte: Nós usamos a linha 5 do bonde elétrico (tram), que pegamos em frente ao Grand Hotel Le Méridien, na Bahnstrasse, perto da Hauptbahnhof, estação central de trem. O ponto final do bonde nos deixou muito perto da entrada. Outra opção é usar a linha 65 de ônibus, com destino ao Tiergarten

    Funcionamento: O horário muda conforme a época do ano.

    1 de janeiro a 2 de março: das 9 às 17 horas

    3 de março a 29 de março: das 9 às 18 horas

    30 de março a 3 de outubro: das 8 horas às 19h30

    4 de outubro a 26 de outubro: das 9 às 18 horas

    27 de outubro a 31 de dezembro: das 9 às 17 horas

    Preço: 13,50 euros – crianças de 4 a 13 anos, 6,50 euros; abaixo de 4 anos, grátis. O zoológico oferece duas opções de family ticket (adulto com suas próprias crianças por 18 euros ou 2 adultos com suas crianças por 31, 50 euros)

    Alemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaAlemanha, Nuremberg, Zoológico, Tiergarten - Foto Nathalia Molina @ComoViajaAlimentação: Após a entrada, há quiosques para comprar um lanche rápido. Ao longo do zoológico, outros quiosques vendem lanches, sorvete e água.

    Dois quiosques maiores (que estão mais para lanchonete) ficam um à beira da lagoa dos golfinhos – do terraço, dá para assistir à apresentação, do lado oposto à plateia – e outro na área do petzoo. Escolhemos comer nesse segundo, que serve combos de salsicha ou schnitzel acompanhados por variações de batata (salada, cozida ou frita). O movimento é grande, mas não foi complicado achar mesa. Há banheiros e fraldário na parte de baixo do restaurante.

    Durante o inverno, é feito um revezamento na abertura dos quiosques. Já o restaurante Waldschänke , no ponto mais alto do zoológico, funciona o ano inteiro, das 9 às 19 horas (diariamente)

    Compras: Lembrancinhas como simpáticos macaquinhos de pelúcia também são encontrados em quiosques

    Dicas: É possível ver os animais serem alimentados. A maioria deles no período da tarde, de acordo com a tabela do site oficial:

    14h15 – urso polar (diariamente)

    14h30 – leões e tigres (exceto segunda e quinta)

    14h45 – lontra (diariamente)

    15h15 – pinguins (diariamente)

    O Tiergarten dispõe de carrinho de madeira para você levar sua cesta de piquenique, mochilas ou as crianças quando elas estiverem cansadas do passeio. Custa 3 euros mais um depósito de 20 euros que serve como caução. Pelos mesmos valores alugam-se cadeiras de rodas (mediante reserva pelo telefone 44-911-5454-825)

    Site: www.tiergarten.nuernberg.de

  • Zoológico de Stuttgart: Wilhelma, com jardim botânico

    Em Stuttgart, zoológico e jardim botânico se juntam no Wilhelma. Essa união faz do espaço um belo passeio com crianças na Alemanha. Flores e animais Ele foi um dos quatro zoos imperdíveis para crianças, que visitamos na Alemanha

    Não fosse o elefante como símbolo na entrada, você demoraria a entender que o Wilhelma, em Stuttgart, é também um zoológico. Porque a primeira visão que salta aos olhos nesse parque da Alemanha é a das cores nos canteiros, da beleza de um espaço concebido originalmente como um jardim botânico.

    O Wilhelma foi um dos quatro zoos que visitamos na nossa viagem à Alemanha. Quatro zoológicos da Alemanha, cada um a seu modo. O visual do Willhelma está certamente entre os mais bonitos.

    CANTEIRO DE FLORES NA ENTRADA DO WILHELMA – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Assim que entramos, nosso filhote, Joaquim, encontrou os pinguins à direita da lojinha. Observou os bichos de pertinho. A altura do lugar é excelente para crianças, bate na cintura de um adulto.

    Foto Nathalia Molina @ComoViaja - pinguins

    Depois brincou num painel que relaciona habilidades humanas com animais. A criança olha a atividade física, aí gira a figura e vê que bicho faz aquilo também. Com 5 anos, Joaquim gostou de suas pequenas descobertas.

    Antes de nos aventurarmos pelo restante da bicharada, visitamos as estufas de flores e atravessamos o histórico jardim mourisco, criado a pedido do rei Guilherme I. O governante inventou o Wilhelma para ele mesmo desfrutar na forma de palácio real, tendo Alhambra, na Espanha, como inspiração.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (30)

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (43)

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (51)

    Em nossa visita, além da flora, demos um giro no que consideramos o primeiro escalão do reino animal: elefante, girafa, zebra, leão e macaco. Pelo menos para o nosso filho, eles são imprescindíveis numa ida ao zoológico.

     

    Como é o Wilhelma

    O próprio site do Wilhelma explica que é impossível ver tudo em um só dia e recomenda ao visitante escolher regiões do parque por área de interesse.Diante de 300.000 m² de extensão, facilita muito a empreitada se você der uma olhada antes no site, que oferece sugestões de roteiro para fãs de botânica, adoradores de aquário, amantes das árvores ou para quem simplesmente quer dar um passeio por suas alamedas no fim de tarde. Até roteiro para dias de mau tempo tem.

    Em casos assim, recomenda-se visitar espaços fechados, como a Casa da Amazônia (Amazonienhaus), que reúne 2.000 plantas de 350 espécies da floresta mais famosa do mundo. Você se sente cercado pela vegetação em um ambiente em que a temperatura oscila entre 25 e 28 graus, com umidade em torno de 80%. Tivemos de tirar os casacos para aguentar a sensação.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (52)

    Para quem se interessa por aranhas, centopeias e outros pares, outro lugar coberto é o insetário (Insektarium). Não é o nosso caso.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (56)Curtimos mesmo visitar uma única área dele: o salão das borboletas (Schmetterlingshaus). Não dê bobeira com a porta aberta ao entrar e sair. Elas voam livremente pelo jardim e pousam nos bancos e no chão. Cuidado ao se sentar ou pisar.



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    Um vidro mantém as borboletas que estão para sair do casulo. É lindo poder ver essa transformação, e mais bonito ainda ser agraciado pelo delicado pouso de uma das borboletas em seu corpo. Convenhamos, experiência bem mais agradável e menos aflitiva do que ver tarântulas e lacraias (ainda que pelo vidro).

    Nós pegamos tempo bom. Na parte baixa do Wilhema, perto da Casa da Amazônia e das borboletas, vimos ainda ao ar livre a região dos cangurus.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (60)

    Joaquim ficou feliz de se medir na régua dos bichos e saber que está da altura de um cachorro. Também gastou energia pulando no piso elástico ali ao lado.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (59)

    Para ver animais maiores como leões, zebras, girafas e elefantes, é preciso ir até a área mais alta do Wilhelma, depois dos jardins. Nós vimos todos esses, a visita mais marcante, porém, foi à onça. Ela caminhava de forma imponente ao longo da grade, passando bem diante de nós. Ainda na linha dos bichos que costumam ser mais cobiçados pelas crianças num zoológico, visitamos vários tipos de macacos.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (32)

     

    O que fazer no zoológico de Stuttgart

    Os bonobos são estrelas no Wilhelma e têm uma casa bacana para chamar de sua. Aberta em maio de 2013, a Affenhaus abriga bonobos e gorilas, separadamente. Os bonobos são os símios que apresentam maior semelhança com os seres humanos, daí tantas câmeras apontadas para registrar o cafuné da mamãe no filho ou a pose do macho descansando sobre um monte de palha, como quem se joga num sofá depois de um dia de muito trabalho.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (36)

    Os animais são vários e bem expostos, mas lembre-se, antes de tudo, você está em um jardim botânico. Por essa razão, reserve um tempinho para visitar as estufas localizadas à esquerda da entrada principal. Fizemos isso logo de cara e não nos arrependemos da escolha.

    Chama atenção o cuidado que as estufas recebem, como se o cenário estivesse pronto para uma sessão de fotos. Não há aquela cara de canteiro da vovó ou aquele cheiro de terra molhada o tempo todo. Do lado de fora, sequências de flores formam um colorido tapete sobre o gramado verdejante. Minha mulher, Nathalia, adora flores e se perdeu pelas estufas. Joaquim a acompanhou tirando muitas fotos. Em algumas, foi ele que registrou a mãe em meio ao jardim. O iPad virou filmadora porque a profusão de cores exigiu registro de cada tonalidade encontrada em azaleias, orquídeas e demais espécies.

    O jardim mourisco, no caminho de quem sobe para ver os animais, estava carregado de magnólias na época do ano em que passamos por lá. Deu vontade de sentar num dos vários bancos no entorno e ficar de papo para o ar.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (28)

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (27)

     

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    VALE SABER

    Endereço: Wilhelmaplatz 13

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Transporte: A partir da Hauptbahnhof, a estação central de Stuttgart, o caminho mais rápido é pegar a linha U14 do metrô, sentido Remseck Neckargröningen, e descer na parada Wilhelma.

    Nós voltamos por esse percurso, mas chegamos pela linha U13 porque estávamos em outra área da cidade. Descemos na estação Rosensteinbrücke, na rua lateral do Wilhelma. Voltamos contornando o muro e viramos à direita para chegar à entrada.

    De ônibus, as linhas 52, 55 e 56 são indicadas pelo site oficial, que sugere descida também na parada Rosensteinbrücke

    Funcionamento: Abre 365 dias por ano com horários de entrada que variam conforme os meses:

    Novembro a fevereiro: das 8h15 às 16 horas (fechamento às 17 horas)

    Maio a agosto: das 8h15 às 18 horas (fechamento às 20 horas)

    Março e outubro: das 8h15 às 17 horas (fechamento às 18h30)

    Abril e setembro: das 8h15 às 17h30 (fechamento às 19h30)

    Preço: 14 euros – crianças de 6 a 17 anos, 7 euros; abaixo de 6 anos, grátis. O zoológico oferece duas opções de family ticket (adulto com suas próprias crianças por 21 euros ou 2 adultos com suas crianças por 35 euros)

    Alimentação: Nossa visita ocorreu após o almoço, mas há três lugares para matar fome, todos da rede Schuler’s GastZoonomie, que mantém unidades também nos zoológicos de Berlim e Kalrsruhe. Em Stuttgart, o maior deles é o restaurante Wilhelma. Fica perto da entrada principal (entre o insetário e o espaço dos cangurus) e oferece pratos locais.

    Alemanha, Stuttgart, Zoológico, Jardim Botânico, Crianças, Wihelma - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (57)

    Opção localizada no extremo oposto é o restaurante próximo à mini-fazenda. É ideal para ir com crianças, já que fica perto do zoológico e ainda possui área com Lego e quebra-cabeças. Tem cardápio semelhante ao do Wilhelma, incluindo menu infantil. Quem estiver com bebês pode solicitar aquecimento de mamadeira, como sugere o próprio site do zoo.

    Entre abril e setembro, o Bistrô Belvedere funciona como uma opção para pratos rápidos, massas e pizza. Café e bolos também fazem parte do menu. Um restaurante pequeno, num ponto alto, de onde, como o nome em italiano sugere, se tem bela vista

    Dicas: Além de ver alguns bichos comendo, as crianças podem acompanhar o banho dos elefantes, diariamente, em horário indicado na própria casa do animal. Outras espécies têm sua rotina de alimentação assim indicada pelo site oficial.

    11 e 15 horas – leões-marinhos (exceto quintas)

    11h30 – tigres (exceto segundas e sextas)

    14 horas – crocodilos (às segundas)

    14 horas – aves de rapina (exceto segundas e sextas)

    14h30 – pinguins (diariamente)

    Site: www.wilhelma.de

  • Museu Porsche, em Stuttgart, na Alemanha

    Museu Porsche, em Stuttgart, na Alemanha

    O Museu Porsche, em Stuttgart, na Alemanha, fica colado à estação de trem e oferece um bom desconto na compra do ingresso até 2020. Veja como foi nossa visita a esse santuário da esportividade na terra do automóvel

    ATUALIZADO EM 15 DE DEZEMBRO DE 2017

    Você salta do trem e, da plataforma, escuta o berro grave de um motor que rasga a aparente tranquilidade daquela região. Um som uniforme, de respeito, um alerta para que você tenha a exata noção de onde foi parar. Você identifica um vulto azul como responsável por aquela ruidosa saudação de boas-vindas.

    Em frente à estação um prédio futurista parece flutuar. Você está a poucos metros do Museu Porsche, em Stuttgart, na Alemanha. Da saída da Neuwirtshaus não são necessários mais do que dois minutos de caminhada para se alcançar a entrada desse santuário da esportividade.

    MUSEU PORSCHE, EM STUTTGART, ALEMANHA – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Como é o Museu Porsche

    O clima é de devoção. Pelo menos foi a impressão que eu, sujeito não aficionado por carros, tive quando visitei os mais de 5.000 metros quadrados do acervo, que reúne 80 exemplares.

    Diante de cada modelo em exposição, homens feitos parecem crianças em frente a uma vitrine de brinquedos. Máquinas profissionais ou celulares à mão, fotografam cada ângulo daqueles automóveis. Procuram um clique diferente, inédito, revelador. Nem um motor exposto escapa da sanha das lentes. Perdoai-vos, senhor! Eles são adoradores de Porsche.

     

    O que fazer no Museu Porsche

    Percorre-se o museu em pouco mais uma hora se você não for do tipo que lê cada explicação contida nas placas ao lado dos carros. Notei que a turma do flash quase não fez isso. Provavelmente sabem tudo sobre a história daquelas máquinas. Já meu conhecimento sobre Porsches vem do cinema. A propósito, nunca vi um desses carros estacionados ou guiados abaixo da linha dos 120 por hora nos filmes.

    Minto. Sally, a charmosa Porsche Carrera do filme Carros não demonstra pressa na maior parte das cenas da animação produzida em parceria pela Pixar-Disney. E foi calmamente que Sally chegou a Stuttgart, em fevereiro de 2014, e permaneceu em exposição por três meses, para alegria do meu filho, Joaquim, fã da animação. Era parte das mostras especiais criadas pelo museu, maneira encontrada pela Porsche para mostrar seu espírito inquieto, de constante renovação.

    Em 2018, a montadora comemora os 70 anos da criação do primeiro carro esporte batizado com a marca Porsche, o 356 Roadster. A exposição especial 70 Years Porsche Sportscars será aberta em 9 de junho.

    Tive a sorte de ver em cartaz a mostra 24 horas para a Eternidade, dedicada a contar a história da Porsche nas 24 horas de Le Mans, tradicional corrida de resistência disputada na França desde 1923. A exposição marcava o retorno da montadora de Stuttgart à prova depois de 15 anos. Dispostos como se estivessem em uma pista, mais de 20 carros ajudavam a repassar a participação da Porsche na prova, da qual é recordista com 19 títulos.

    Naquele fim de semana da corrida, o museu ficou aberto pela primeira vez de forma ininterrupta, das 9 horas da manhã de sábado às 6 da manhã do domingo. Fãs puderam assistir à prova em monitores dentro e fora do prédio. A entrada no fim de semana especial foi gratuita.

    Museu da Porsche, Stuttgart, Alemanha, Viagem, www.comoviaja.com.br - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    A primeira vitória da montadora em Le Mans ocorreu em 1970, mesmo ano em que foi produzido filme homônimo, estrelado por Steve McQueen, notório fã de automobilismo. O ator norte-americano tinha intenção de disputar a corrida para valer ao lado do piloto Jackie Stewart, mas McQueen apenas conduziu o modelo 908, equipado com câmeras que captaram cenas da corrida. Lançado no ano seguinte, o filme não fez sucesso.

    Em 1979, o também ator Paul Newman conseguiu um 2º lugar guiando um Porsche 935 na categoria que reunia pilotos profissionais e amadores. Amante da velocidade, Newman montaria sua própria escuderia anos mais tarde, mais especificamente na Fórmula Indy.

    O primeiro carro

    O nascimento de um mito como Porsche poderia perfeitamente estar nas telas do cinema. Conceitos de velocidade, potência e design sempre estiveram entre os desafios a serem vencidos pelo fundador da marca, Ferdinand Porsche. Austríaco nascido numa cidade que hoje faz parte da atual República Tcheca, ele esteve envolvido com inúmeros projetos da Daimler, empresa que daria origem à Mercedes-Benz, em 1929. Dois anos mais tarde, Porsche abriria seu próprio escritório de engenharia, com uma equipe que incluía seu filho, Ferdinand Anton Porsche, ou Ferry, como ficou conhecido.

    MUSEU DA PORSCHE – Foto: Porsche AG/Divulgação

    O velho Ferdinand foi o homem que deu vida ao Fusca, veículo popularizado na Alemanha de Hitler. De suas pranchetas nasceram também duas máquinas de guerra: os tanques Tiger e Elefant.

    Por sua ligação com os nazistas, Ferdinand Porsche terminou preso na França ao fim da Segunda Guerra. Nos quase dois anos em que esteve detido, Ferry foi quem levou adiante a fábrica em ritmo quase artesanal, e criou em 1948 o primeiro carro identificado com o nome Porsche: o 356, modelo nascido a partir de conceitos do Fusca, como o motor traseiro, por exemplo.

    Produzido até meados dos anos 1960, o carro ainda não era veloz e potente como seu sucessor, o 911, lançado no Salão do Automóvel de Frankfurt, em 1963.

    De lá para cá, o modelo 911 passou por evoluções. Concebido para corridas, o Carrera foi criado nos anos 1970. Virou um mito. O som de seu motor é rouco e alto, com um chiado ao fundo que lembra um assobio, como quem convoca alguém a dar uma volta. Num dos vários pontos interativos do museu, é possível ouvir o motor do 911 e de outros modelos pisando abaixo de círculos com áudio. 

     

    Outro momento interativo que faz sucesso é a possibilidade de entrar num Porsche.

    Em Carros, Sally Carrera convida o protagonista Relâmpago MacQueen, um promissor e veloz carro de corrida, a dar uma volta pela Rota 66. Antes de deixá-lo comendo poeira na lendária rodovia dos Estados Unidos, a simpática personagem usa uma frase que poderia servir de provocação para quem ficou com vontade de visitar o Museu da Porsche em Stuttgart: ‘E aí, você vem ou não vem?’

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    VALE SABER

    Endereço: Porschplatz, 1

    Transporte: O museu fica ao lado da estação Neuwirtshaus (Porscheplatz). A linha que leva até lá é a S6, no sentido Weil der Stadt — fique atento pois também servem os trens com o letreiro escrito Leonberg ou Renningen, estações anteriores ao ponto final, mas posteriores à parada do museu. Da Hauptbanhof (estação central), são apenas quatro estações, nem 20 minutos de trajeto

    Museu da Porsche, Stuttgart, Alemanha, Viagem, www.comoviaja.com.br - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (4)

    Funcionamento: De terça a domingo, das 9 às 18 horas

    Preço: adultos, 8 euros; crianças até 14 anos, 4 euros (menor de 14 anos, grátis, desde que acompanhado por um adulto). Até 30 de junho de 2020, quem visitar o Museu Porsche terá desconto de 25% na compra do ingresso para o Museu Mercedes, em Stuttgart, na Alemanha

    Alimentação: Há um café e um restaurante no museu (não comemos por lá)

    Compras: Na loja, miniaturas, camisetas, pôsteres e livros estão à venda. É legal a vitrine com carrinhos entre as listras

    Dicas: Na entrada do museu, ventava muito em abril. Há armários para guardar mochilas, casacos ou bolsas. Tenha moeda de 1 euro para encaixar atrás da fechadura e destravar a chave. Ela pode ser retirada de volta na saída

    Site: www.porsche.com/museum

     

    Museu da Porsche, Stuttgart, Alemanha, Viagem, www.comoviaja.com.br - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (6)


    *
    As entradas nos foram dadas como cortesia, a convite do Museu Porsche e do Turismo de Stuttgart

  • Como Viaja na Copa: é brinquedo, sim!

    Como Viaja na Copa: é brinquedo, sim!

    Durante nossa viagem à Alemanha passamos um dia no Playmobil FunPark na Alemanha, em Zirndorf, cidade próxima a Nuremberg onde os famosos bonequinhos foram inventados na metade dos anos 1970. Ficamos tão na onda que, durante a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, o Como Viaja entrou em campo com uma seleção de craques da brincadeira.

    A exemplo do que já havia feito em 2006, ano em que o Mundial foi realizado na Alemanha, a empresa alemã geobra Brandstätter relançou a linha Sports & Action do Playmobil, com bonequinhos que possuem uma alavanca para executar chutes e passes e fazem parte de um jogo de futebol de tabuleiro.

    Como Viaja! na Copa, Mundial no Brasil - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (21)
    Como Viaja! na Copa, Mundial no Brasil - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (5)

    Por razões óbvias, um jogador da Alemanha foi comprado. Por motivos ainda mais lógicos, o Brasil integra a lista — o número 19 foi colocado no jogador por um certo menininho que faz aniversário neste dia. A Holanda foi escolhida por dois motivos: primeiro, porque o tradicional laranja do uniforme ficou realmente bacana; segundo, porque foi um holandês, o vendedor de brinquedos Hermann Simon, que viu enorme potencial naqueles bonequinhos de 7,5 centímetros apresentados pela primeira vez na Feira Internacional de Brinquedos de Nuremberg, em 1974.

    Ah, sim. O quarto representante que trouxemos especialmente para a Copa é da Argentina e usa a camisa 10. Além de toda a rivalidade com o país vizinho, nenhum outro jogador personifica tão bem um Playmobil quanto o craque Lionel Messi: pequenino e com um corte de cabelo que lembra o famoso e inconfundível penteado do bonequinho.

    Completamos a brincadeira com um trio de arbitragem.

    Como Viaja! na Copa, Mundial no Brasil - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (14)

    Como visitamos a Legoland na Alemanha e entramos totalmente no clima, também trouxemos as pecinhas para montar no Brasil. Em homenagem aos 40 anos dos bonequinhos cabeçudos da Alemanha, também em 2014 (leia curiosidades sobre Playmobil), à Legomania que tomou conta aqui de casa e à Copa do Mundo no Brasil, o Como Viaja! cobre o Mundial de 2014 de forma diferente, com brinquedos.

    Entra em campo a Copa de Brinquedo do Como Viaja:

    Brasil vence Croácia, na abertura do Mundial 2014 em São Paulo. A estreia no Mundial terminou com uma vitória de 3 a 1
    A revanche da final da Copa de 2010 aconteceu no Brasil, em Salvador. Chocolate com laranja: 5 a 1 para a Holanda em cima da Espanha
    A velha zebra está de volta. A Costa Rica vence o Uruguai por 3 a 1 e sai na frente até de Itália e Inglaterra
    Num Maracanã que estava mais para Monumental de Nuñez, a Argentina venceu a Bósnia por 2 a 1. O tão esperado gol de Lionel Messi saiu, com direito a desabafo
    A Alemanha atropelou Portugal em Salvador por 4 a 0. O camisa 13, Thomas Müller, marcou 3 gols
    Zero a zero morno entre Brasil e México. As poucas chances da Seleção pararam no goleiro Ochoa
    Campeã na Copa 2010, a Espanha é eliminada no Maracanã, no Rio.
    Perdeu para o Chile por 2 a 0. Deixa o Mundial com 2 derrotas, 7 gols sofridos e apenas 1 marcado
    O atacante Suárez deu um show de superação e marcou os 2 gols do Uruguai contra a Inglaterra
    Messi salva a Argentina com um lindo gol contra o Irã. A equipe segue invicta
    A zebra voltou! Depois de vencer o Uruguai, a Costa Rica ganha da Itália por 1 a 0. Assim, a equipe se classifica para as oitavas-de-final. Desde 1990, isso não acontecia
    Klose virou o maior artilheiro das Copas, ao lado do brasileiro Ronaldo. Mas, com o empate de 2 a 2 com Gana, a Alemanha ainda não tem garantida sua classificação para as oitavas
    O galo de Portugal cantou no último minuto contra os Estados Unidos. O empate de 2 a 2 deu uma sobrevida à equipe portuguesa e tirou a classificação antecipada dos americanos
    Com a vitória de 4 a 1 sobre Camarões, o Brasil fica em primeiro no grupo e escapa de pegar a Holanda nas oitavas-de-final.
    A Seleção vai enfrentar o Chile
    O Uruguai venceu a Itália por 1 a 0 e passa às oitavas. Os italianos voltam para casa. Para os brasileiros, o Uruguai simboliza o Fantasma de 50 por causa da fatídica derrota do Brasil no Maracanã. Agora a equipe apresenta uma nova ameaça: a dentadura do craque Suárez
    Messi fez 2 dos 3 gols que a Argentina marcou contra a Nigéria. Impressionante, se a bola cai nos pés dele, o craque mata. Com isso, o argentino iguala Neymar com 4 gols nesta Copa
    A Alemanha venceu os Estados Unidos por 1 a 0 e terminou em primeiro lugar no grupo. Müller fez seu quarto gol neste Mundial, igualando a marca de Neymar e Messi. Nas oitavas, a Alemanha vai enfrentar a Argélia, que pela primeira vez passou para essa fase numa Copa. No confronto entre as duas seleções no Mundial de 1982, a equipe africana derrotou a europeia por 2 a 1
    Herói da vitória do Uruguai sobre a Inglaterra, Luis Suárez foi vilão contra a Itália. A mordida no zagueiro Chiellini rendeu suspensão de 9 jogos para o atacante uruguaio, que também não poderá frequentar atividades relacionadas ao futebol pelos próximos 4 meses. A Fifa ainda multou o jogador em cerca de 250 mil reais. Acuado, Luisito Suárez pegou sua mala e deixou a concentração uruguaia em Natal rumo a Montevidéu
    O Brasil jogou mal e acabou indo para os pênaltis contra o Chile. Julio Cesar e a trave salvaram a Seleção e nos levaram às quartas-de-final
    Virada espetacular da Holanda em cima do México nos últimos minutos do jogo. Placar final: 2 a 1
    A Alemanha tomou um suadouro da Argélia. A vitória difícil foi na prorrogação por 2 a 1
    A Suíça lutou, mas terminou perdendo por 1 a 0 para a Argentina na prorrogação. Depois dos suíços, a equipe argentina enfrenta outra potência mundial do chocolate, a Bélgica. Será que no próximo jogo ele rola em campo também, na forma de gols?
    Os números da Alemanha impressionam: em 18 Copas disputadas, 13 semifinais. Essa será a quarta consecutiva. No Maracanã, a equipe venceu a França por 1 a 0, com gol de Hummels
    Na ‘Batalha do Cafezinho’, o Brasil levou a melhor. Ganhou da Colômbia por 2 a 1, com gols dos zagueiros David Luiz e Thiago Silva. A Seleção vai enfrentar a Alemanha na semifinal
    Edição Extraordinária! Neymar está fora após levar uma pancada do colombiano Zuñiga. Nosso filho Joaquim, de 5 anos, não assistiu ao jogo. Mas, quando viu na repetição a saída do camisa 10 machucado, falou: ‘Coitado do Neymar’. Depois de um tempo, nos chamou para ver a montagem que tinha feito com os bonecos reproduzindo a imagem vista na TV. Nenhuma foto da nossa Copa de brinquedo poderia ser mais autêntica do que uma produzida a partir da imaginação do nosso menino.
    Vai aqui, então, nosso singelo desejo de melhoras ao craque brasileiro
    Depois de 24 anos, a Argentina chega a uma semifinal. A vitória sobre a Bélgica também acabou com o jejum de Higuaín: o jogador fez seu primeiro gol no Mundial
    Nós escolhemos a dedo!! Os quatro bonecos do Playmobil que compramos durante nossa viagem à Alemanha são os semifinalistas! Uhuuuuu!!! Lê só a história da nossa escolha por esses bonecos. Nas quartas-de-final, a Holanda foi até os pênaltis para conseguir vencer a Costa Rica e completar a festa. A equipe holandesa se junta a Argentina, Brasil e Alemanha em busca de chegar à final
    Brasil sofre sua maior derrota na história: uma goleada da Alemanha por 7 a 1. Agora é tentar o terceiro lugar
    Argentina vence Holanda nos pênaltis na semifinal. O goleiro Romero foi o jogador da partida e virou herói nacional. Argentinos e alemães disputam o título no domingo no Rio
    A Holanda venceu o Brasil por 3 a 0 e ficou com o terceiro lugar no Mundial.
    Veja lances da campanha do Brasil na Copa 2014
    E também lances da campanha da Holanda
    Chegou a hora de usar a foto da Copa que tiramos na Legoland, na Alemanha! E justamente ela, a Alemanha, é a campeã da Copa do Mundo 2014!! A equipe ganhou seu quarto título mundial derrotando a Argentina no Maracanã, no Rio. O garoto Mario Götze fez o gol da vitória, matando no peito e enchendo o pé.
    Seu número, 19, poderia estar no bonequinho da foto. Mas escolhemos deixar a camisa lisa para homenagear todo o time da Alemanha, uma seleção que vence como um grupo forte e não apenas com talentos individuais. Nossa torcida vinha sendo por Brasil e Alemanha
    Veja lances da campanha da Argentina na Copa 2014
    E também da campanha da Alemanha
  • Estádio Olímpico de Berlim: 7 curiosidades, de Hitler a Copas

    Estádio Olímpico de Berlim: 7 curiosidades, de Hitler a Copas

    Principal estádio de Berlim, o Estádio Olímpico de Berlim reúne história, mitos e fatos, de Hitler a Zidane. O Berlin Pass dá acesso gratuito a esse e a mais de 60 outros pontos turísticos de Berlim e passeio na capital alemã, incluindo Catedral de Berlim, instituições da Ilha de Museus, passeio de barco pelo Rio Spree, ônibus hop-on hop-off e Museu Judaico de Berlim, além de tours a pé e de bicicleta.

    Para visitar a Torre de TV de Berlim, você precisa comprar entrada — garanta o ingresso com acesso prioritário. Diretamente na bilheteria,  quem apresenta o Berlin WelcomeCard tem desconto (apenas na entrada normal, não vale para ingresso com acesso prioritário). O Berlin WelcomeCard dá acesso a transporte público e redução no valor de atrações.

    Na capital alemã, estivemos no Estádio Olímpico de Berlim, o Olympiastadion, 2 dias depois de o Bayern de Munique ser campeão alemão numa partida contra o Hertha Berlin, time local. Durante nossa viagem ao país, em Munique, também fizemos o tour na Allianz Arena e visitamos o Museu do Bayern de Munique.

    Conheça abaixo 7 curiosidades sobre o Estádio Olímpico de Berlim:

    1 | Vocação esportiva do lugar

    Localizado em Charlottenbourg, distrito de Berlim, a área onde atualmente fica o estádio foi, no passado, um local para corridas de cavalos. Posteriormente, o Hipódromo Grunewald deu espaço ao Estádio Nacional (Deutsches Stadion), construído para a Olimpíada de 1916, não realizada devido ao estouro da Primeira Guerra Mundial.

    Berlim, Estádio Olímpico, Sala de Imprensa, Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3)
    Na sala de coletiva de imprensa do estádio de Berlim

    2 | Tal pai, tal filho

    Otto March assinou os projetos de construção do Hipódromo e do Deutsches Stadion. O filho dele, Werner Otto, foi o arquiteto responsável pela criação do Olympiastadion, erguido para os Jogos de 1936.

    Berlim, Estádio Olímpico, Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (6)
    Olympiastadion, projeto de Werner Otto

    3 | Mais rápido, mais forte…

    O grande nome da Olimpíada de 1936 foi o norte-americano Jesse Owens, dono de quatro medalhas de ouro no atletismo. Ele venceu os 100 metros, 200 metros, a prova do salto em distância e o revezamento 4×100. Por ser negro, seus resultados são sempre reverenciados como resposta ao discurso de ‘superioridade ariana’ sustentado pelos nazistas. Até hoje há muita controvérsia sobre se Owens foi cumprimentado ou não por Adolf Hitler. Certo é que o velocista norte-americano batiza rua próxima ao Estádio Olímpico e possui espaço de destaque dentro dele.

    Berlim, Estádio Olímpico, Jesse Owens, Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2)
    Jesse Owens, vencedor da Olimpíada de 1936

    4 | Berlim nas Copas do Mundo

    Ao todo, 9 jogos foram disputados no Estádio Olímpico de Berlim nas 2 Copas do Mundo organizadas pela Alemanha. O Brasil estreou na edição de 2006 contra a Croácia. Venceu por 1 a 0, gol do meia Kaká. Outros cinco jogos, incluindo a final daquele ano, foram realizados em Berlim. No Mundial de 1974, com o país dividido, a seleção que mais atuou no estádio foi o Chile: três jogos. As Alemanhas Ocidental e Oriental atuaram em Berlim uma vez cada.

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    5 | Zidane perdeu a copa e a cabeça

    As 69.000 pessoas presentes ao Estádio Olímpico de Berlim viram Zinédine Zidane desferir uma cabeçada no peito de Marco Materazzi e ser expulso aos 5 minutos da prorrogação da final entre França e Itália. A vitória nos pênaltis por 5 a 3 e o quarto título da Azzurra ficaram em segundo plano.

    A agressão ao adversário que teria xingado sua irmã foi o último gesto da carreira de Zidane, que se aposentou ao final da Copa do Mundo de 2006.

    6 | Bomba da Segunda Guerra

    Em 2002, durante escavações de uma reforma, operários encontraram uma bomba da Segunda Guerra debaixo de um setor de arquibancada do Estádio Olímpico de Berlim. O explosivo de fabricação inglesa falhou quando foi lançado e acabou não sendo detonado. A área foi evacuada para que técnicos desarmassem a bomba.

    Berlim, Estádio Olímpico, Hertha Berlin, Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (5)
    Souvenir de Berlim: bolas do Hertha, time de futebol local

    7 | Hertha: em casa de ferreiro…

    Competição mais importante depois da Bundesliga, a Copa da Alemanha tem sua final disputada no Estádio Olímpico de Berlim desde 1985. De lá para cá, o Hertha, time que manda seus jogos no estádio, chegou apenas uma vez à decisão do torneio. Com um time amador, perdeu a final de 1993 para o Bayer Leverkusen por 1 a 0.

  • Estádio do Bayern de Munique, com visita ao museu do time alemão

    Estádio do Bayern de Munique, com visita ao museu do time alemão

    ‘A sessão vai começar em 5 minutos’, avisa uma moça à porta de uma sala de onde saem acordes que me soam familiares. Aceito o convite e entro. Na tela, uma orquestra sinfônica executa o hino oficial da Uefa Champions League, o principal torneio de clubes da Europa. Justo, já que estou no estádio do Bayern de Munique, último campeão da competição. O time da moda, do técnico mais incensado dos últimos tempos: Pep Guardiola. Quando visitamos o museu dedicado ao time alemão, a equipe era treinada pelo espanhol.

    Natural da Catalunha, o treinador pode repetir na Alemanha a trajetória de sucesso que obteve comandando o Barcelona. Por ora, desfruta de um display com sua imagem em tamanho natural na área onde também estão posados os jogadores do atual elenco. Para que Guardiola deixe de ser aquela figura estática em alumínio e ocupe outros espaços mais nobres do museu será necessário tempo. E ganhar títulos.

    Ninguém na Alemanha venceu mais que o Bayern — vale visitar também a Allianz Arena Munique, estádio que vimos nesse mesmo dia. São 24 salvas de prata, como é chamado o troféu dado ao campeão nacional. Na área denominada Via Triunphalis elas estão dispostas lado a lado em estantes envidraçadas. Lembram uma equipe de futebol perfilada durante a execução de um hino. Admito que essa foi sensação que tive ao vê-las, talvez por vício profissional. Inspecionar cada taça, copa e salva demanda tempo pois, definitivamente, informação a respeito de cada conquista não falta.

    Conquistas do Bayern expostas nas vitrines

    E se você for chegado a números, escalações e toda sorte de conhecimento de almanaque, eles estão disponíveis em telas ao alcance do dedo. Toque e tenha acesso a dados do passado e presente, de Ludwig Hymon (jogador dos anos 30) a Manuel Neuer, atual goleiro titular do Bayern.

    A propósito, se quiser testar seus reflexos como se fosse o próprio arqueiro titular da seleção alemã, há 2 tótens com luzes que se acendem de forma alternada. Ganha quem tocar as lâmpadas o maior número de vezes no menor tempo. Se, como eu, você for melhor com os pés experimente o desafio do painel luminoso com três níveis de dificuldade. Capriche e acerte a cruz em vermelho que pisca de modo aleatório. Ok, meu resultado foi satisfatório.

    Chute a gol, treinando a pontaria no museu

    Para um leigo, não há mistério para explorar o Museu do Bayern de Munique. Arrisco dizer que dá até para dispensar o áudio-guia.

    Principais jogadores do Bayern de Munique

    A rica história do clube é dividida em sete marcos a partir de 1900, data de sua fundação. Com explicações escritas em alemão e inglês, o visitante consegue entender o contexto histórico do período em questão, vê lances de jogos e conhece atletas que simbolizaram cada era.

    Camisa de jogadores do Bayern que fizeram história

    Franz Beckenbauer é o maior deles. Foi contemporâneo de Pelé e seu companheiro de time no fim da carreira do brasileiro, no Cosmos, dos Estados Unidos. Como o Rei, ganhou apelido equivalente: Kaiser (Imperador, em alemão). Seu nome, sua figura esguia e seu mito estão presentes em três ambientes do Museu: na Calçada de Fama, ao lado do goleiro Sepp Meier e do artilheiro Gerd Muller, parceiros de clube nos chamados Anos Dourados (1966 a 1979, quando o time enfileirou três títulos europeus em sequência a partir de 74); no espaço dedicado aos treinadores, Beckenbauer figura entre os que se destacaram à beira do gramado; e na antiga sala de reuniões da presidência recriada no museu, onde um vídeo gravado reúne Willi Hoffmann, Fritz Scherer e Franz Beckenbauer, que dirigiu o clube entre 1994 e 2009.

    Na parede, ídolos do clube do sul da Alemanha

    Outra semelhança com Pelé é que Beckenbauer também se aventurou a cantar. Nada de composição própria como o Rei do Futebol, mas duas canções gravadas em compactos em meados de 1960, cujas capas têm a foto de Beckenbauer ao melhor estilo Chega de Saudade, o disco-símbolo de João Gilberto lançado em 1959, marco da bossa nova.

    Frank Beckenbauer: do sucesso como craque no gramado à tentativa de cantar

    Em uma parede, estão expostos demais LPs, inspirados ou que contaram com o talento musical de outros ídolos do Bayern, como Gerd Muller e Rummenigge, que teve seus ‘joelhos sexies’ homenageados pela dupla pop inglesa Alan e Denise, em 1983.

    Você pode ouvir todo esse material. Eu dei meu voto de confiança a Beckenbauer na faixa Nada vai separar grandes amigos (Gute Freund kann Niemand Trennen). Empata em carisma com Pelé e seu antológico refrão ABC, ABC, toda criança tem que ler e escrever.

    No filme mencionado por mim no início do texto, Beckenbauer nem aparece tanto. Também é um dos poucos personagens, do passado e do presente, que não usa a palavra família para descrever o ambiente que caracteriza o clube. Sentimento que não exigiu muito esforço de tradução na hora de explicar para o filho de 5 anos. Sentado ao meu lado durante os 15 minutos de projeção, ele quase não piscou os olhos. Mesmo para uma criança que não fala alemão, ouvir uma narração em que o locutor se esgoela gritando ‘Tor, Tor, Tor’ deixa claro o que aquelas três letrinhas significam.

    Vibração da torcida do Bayern de Munique, em filme no museu

    Antes de o filme começar, ainda com a tela escura, meu filho ficou entusiasmado com o som da torcida gritando o nome do time a plenos pulmões. Saiu da sala imitando aquele canto, dizendo que queria torcer para o Bayern.

    Joaquim, o novo pequeno torcedor do Bayern

    Desejo que pôde ser estimulado um pouco mais quando atravessamos a loja de produtos oficiais, a caminho da saída.

    Antes, demos uma passadinha pela área dedicada aos torcedores. Aderimos à onda selfie em uma máquina digital posicionada de frente para um banner com o escudo do clube.

    Nossa selfie em família com o Bayern: ‘Tor, tor’

    Em questão de segundos nossa imagem foi parar no painel eletrônico com fotos de outros visitantes. De alguma forma também estamos imortalizados naquele museu.

  • Allianz Arena Munique: como é o tour no estádio do Bayern

    Allianz Arena Munique: como é o tour no estádio do Bayern

    Dentro do estádio, no nível intermediário das cadeiras, a visão que se tem do gramado da Allianz Arena Munique lembra muito a do Estádio do Pacaembu, em São Paulo, onde, às vezes, é possível escutar os jogadores falando, principalmente nos jogos com pouca torcida, tamanha proximidade da plateia com o campo.

    No estádio construído para a Copa do Mundo de 2006 é quase impossível ouvir o falatório dos atletas, já que seus 57 mil lugares são tomados durante o ano todo por fãs do Bayern e do rival Munique 1860. Vazio durante a visita que fiz durante uma manhã de primavera, o silêncio reinante foi quebrado pelo som da máquina de cortar grama.

    ‘Nosso atual técnico, Pep Guardiola, é muito exigente. Quer que o gramado seja sempre aparado de modo que fique bem rente. Exige também que a grama seja molhada para que a bola role mais depressa’, explica a guia, que arremata com certa ironia: ‘Bem, nosso treinador gosta de ter o controle de tudo por aqui’. Pep Guardiola era, então, treinador do Bayern de Munique, hoje comandado pelo croata Niko Kovač.

    Não foi à toa que Pep mandou instalar uma sofisticada e moderna aparelhagem para fazer suas prelações ao time antes dos jogos, no vestiário. É no ambiente mais sacrossanto do futebol que ouvi o nome de Guardiola vir acompanhado de uma pequena maldade associada com feng shui, expressão chinesa que relaciona fluxo de energia com a harmonia de um espaço. Difícil é acreditar que com um gramado daqueles e um vestiário amplo e organizado a harmonia não prevaleça.

    Ida ao vestiário durante o tour pela Allianz Arena

    No vestiário do Bayern de Munique

    No tour os visitantes têm direito de escolher qual dependência querem visitar. Formado por outros brasileiros, dois argentinos e um chinês, nosso grupo escolheu o lado do Bayern. De acordo com a guia, o Munique 1860 usa espaço com características semelhantes, mas sem a cor vermelha — vale visitar o Museu do Bayern, que vimos nesse mesmo dia.

    Passeio em família até o estádio do Bayern

    A divisão do estádio entre os rivais inclui mudança de cor do revestimento externo, em plástico fino, leve e resistente. Por fora, a Allianz Arena lembra um pneu de carro. Nos jogos do Bayern, luzes vermelhas se acendem. O azul dá o tom em partidas do 1860.

    Vermelho do Bayern ilumina o estádio nos jogos do time – Foto: Markus Dlouhy/Turismo de Munique/Divulgação

    Quando é a seleção da Alemanha que joga por lá, prevalece a neutralidade do branco. Só não há divisão na ampla sala de imprensa, onde adotou-se o neutro cinza para as cadeiras dos técnicos e dos jornalistas.

    Sala de imprensa na Allianz Arena

    A visita passa por vestiários e corredores internos e termina no corredor que leva à subida ao gramado. Excepcionalmente, a porta que dá acesso ao campo estava aberta, fato raro. Pudemos então percorrer o caminho que Dante, Lahm, Ribéry, Robben e outros passam antes de cada jogo.

    Famosa escadaria até o campo, vista pela TV nos jogos do time alemão

    Ponto alto do tour, essa entrada simbólica fica mais emocionante quando a guia põe para tocar o hino oficial da Uefa Champions League. Ao contrário do que fazem os atletas, nossa subida termina no último degrau, onde uma fita não nos permite pisar o gramado que segue sendo cuidadosamente cortado, como manda Pep Guardiola.

    Ver de perto o gramado da Allianz Arena é o ponto alto da visita
  • Cidades da Alemanha para turismo e o que fazer em cada uma

    Cidades da Alemanha para turismo e o que fazer em cada uma

    Conectadas por trem, as 11 principais cidades da Alemanha para turismo rendem bons roteiros no país europeu.

    Algumas combinações interessantes são Berlim com Dresden – a capital alemã é vibrante e moderna, e a outra, barroca – ou o trio Munique, Stuttgart e Nuremberg, uma viagem marcada por história, automóveis e cervejas pelo sul do território alemão.

    Os destinos mais visitados por brasileiros são Berlim, Munique e Frankfurt. Mas as maiores cidades para turismo na Alemanha, pela número de atrativos e pela excelente infraestrutura, vão além desse trio.

    Hamburgo, Stuttgart, Colônia, Nuremberg, Dresden, Leipzig, Hannover e Düsseldorf também recebem muitos turistas. Conheça um pouco dessas 11 cidades alemãs, suas curiosidades e principais pontos turísticos.

    Berlim, a virbrante capital da Alemanha

    O Portão de Brandemburgo (Brandenburger Tor) e o Parlamento Alemão (Reichstag) são marcos da capital da Alemanha.

    A cidade que mais atrai visitantes brasileiros possui 400 galerias de arte e três casas de ópera em funcionamento.

    A agitada vida noturna, os 1.500 eventos diários e as exposições da Ilha de Museus, Patrimônio Mundial da Unesco desde 1999, fazem a festa dos turistas que buscam cultura e entretenimento.

    Berlim é dos bares, pubs e clubes noturnos que funcionam até de madrugada. E da gastronomia que não se limita ao currywurst (a típica salsicha com curry que, a propósito, merece ser saboreada).

    É das compras na KaDeWe e na tradicional Kurfürsterdamm, avenida que mantém vivo muito de seu charme.

    Não deixe de circular também pela antiga Berlim Oriental, onde ficam ícones da cidade, como a Torre de TV da Alexanderplatz e a catedral (Berliner Dom).

    Símbolos da era comunista viraram atrações na capital alemã: os Ampelmännchen, bonequinhos da sinalização de trânsito, e o Trabant, carro-padrão da República Democrática da Alemanha.

    Vá o DDR Museum, máquina do tempo que leva o visitante ao cotidiano na era comunista. É possível ainda ver um trecho do Muro em pé, hoje uma galeria de arte (a East Side Gallery) e um ponto de checagem da época em que a cidade estava dividida (o Checkpoint Charlie).

    E, não importa a direção a ser tomada, há uma Berlim a ser explorada também com crianças, em atrações como o Berlin Zoo, o mais antigo zoológico da Alemanha, e o Legoland Discovery Center, nas proximidades da Potsdamer Platz.

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    Munique: a terra da Oktoberfest

    A capital da Baviera é lembrada pela Oktoberfest, maior festa de cerveja do mundo, imitada em outros tantos países.

    No sul da Alemanha, Munique oferece área verde ao ar livre, museus, compras e bons lugares para comer e beber as delícias da Baviera, acompanhadas do Bretzel, pãozinho típico em formato de coração.

    Seus jardins de cerveja, os biergartens, são mundialmente famosos. De junho a setembro, tomam-se ali ótimos copões, com o líquido devidamente resguardado pela Lei da Pureza da Cerveja, escrita em 1516.

    A Marienplatz é praça principal desde a fundação da cidade. É considerada a sala de visitas de Munique e muito conectada por linhas de metrô e ônibus.

    Nas ruas de seu entorno estão lojas, restaurantes e cartões postais, como a Frauenkirche (igreja de inconfundíveis cúpulas verdes) e o Viktualienmarkt, o mercado de alimentos frescos.

    Antiga morada dos reis bávaros, o Residenz exibe ao público seus ambientes decorados e um bonito jardim, o Hofgarten.

    No Englischer Garten, um dos maiores parques urbanos do planeta, pode-se relaxar tomando cerveja no biergarten da Torre Chinesa (Chinesischer Turm), andar de pedalinho, caminhar ou observar o surfe nas margens do Isar, principal rio da cidade.

    Com 50.000 m² de área, o Deutsches Museum é um dos primeiros museus de ciência e tecnologia do mundo.

    Nele, as crianças têm um espaço só delas, o Kinderreich. Vale também ir até a Allianz Arena, fazer o tour pelo estádio e visitar o Museu do Bayern de Munique.

    Dê ainda um giro pelo moderno Museu da BMW, vizinho ao parque olímpico. Palco dos Jogos de 1972, o é estádio aberto à visitação. Ao lado, estão a torre de TV com vista panorâmica e um aquário SeaLife.

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    Frankfurt: o centro financeiro da Alemanha

    Uma cidade, duas vertentes: riqueza cultural e financeira. Na margem sul do Rio Meno, Frankfurt é conhecida pela impressionante sequência de 13 museus (Museumsufer).

    Em prédios do século 19 restaurados funcionam preciosidades como o Städel, com obras de arte de sete séculos, e o Museum für Moderne Kunst, dedicado à arte moderna. No Centro, há até um museu para formar novos frequentadores de museu, o Kinder Museum Frankfurt.

    Os arranha-céus de Frankfurt contrastam com a arquitetura do Centro Histórico. A cidade é sede da Bolsa de Valores da Alemanha, do Euro e tem escritórios de 300 instituições financeiras internacionais.

    Suba à plataforma panorâmica da Main Tower para admirar a vista de Frankfurt.

    Um giro pela parte antiga da cidade inclui a visita à linda praça central, a Römerberg. A casa de Goethe, grande nome da literatura alemã, é outro ponto turístico no Centro.

    Ao fazer uma pausa para saborear pratos da culinária da Alemanha, prove o vinho de maçã, bebida típica da cidade.

    Dona do maior aeroporto da Alemanha, a cidade de Frankfurt é a porta de entrada para o turismo de negócios no país.

    No calendário de eventos da cidade, destaque para a anual Feira do Livro e o Salão Internacional do Automóvel, com as novidades do setor a cada dois anos.

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    Stuttgart: a cidade das fábricas de automóveis

    Arte e velocidade andam juntas em Stuttgart. Mercedes-Benz e Porsche possuem museus na cidade. Eles mantêm suas coleções e contam a história do automóvel, inventado na Alemanha em 1883.

    Essa paixão pelos carros fica ainda evidente durante a Retro Classics, a maior feira de automóveis antigos da Europa, realizada anualmente em março.

    Para ver arte, no sentido tradicional da palavra, visite a Staatsgalerie Stuttgart, com trabalhos de mestres modernos e contemporâneos, e o Stuttgart Kunstmuseum, onde estão guardadas cerca de 15 mil obras de arte moderna.

    Em Stuttgart, não deixe de visitar as coleções de arqueologia e de etnologia do Landesmuseum, que possui uma área específica para crianças, o Junges Schloss.

    Nos dias ensolarados, os passeios pela cidade pedem atrações ao ar livre. Estender-se pelo gramado da praça em frente à antiga residência real (Neues Schloss) é programa para turistas e locais.

    E inclua eu seu roteiro uma ida ao Wilhelma, o primoroso jardim botânico e zoológico criado pelo rei Guilherme I.

    Stuttgart faz parte de uma das 13 regiões produtoras de vinho da Alemanha, com rótulos premiados. As propriedades estão localizadas nas encostas da cidade e prontas para receber visitantes.

    Uma vassoura pendurada na porta é o sinal para você entrar e desfrutar de uma taça de Trollinger ou Lemberger, por exemplo. Se possível, saboreando o maultaschen, o ravióli da região da Suábia.

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    Nuremberg: a melhor salsicha e o Playmobil

    O centro antigo de Nuremberg fica dentro de uma muralha. Nele, destaca-se o Kaiserburg, castelo no alto da colina, de onde se tem plena vista da cidade.

    Nuremberg passou por uma enorme e meticulosa reconstrução depois de ser praticamente destruída pelos bombardeios dos Aliados, em 1945.

    Interessados na Segunda Guerra encontram pontos ligados ao assunto, casos do Centro de Documentação do Nazismo, que conta como foi a ascensão do regime liderado por Adolf Hitler, e do Memorial do Tribunal de Nuremberg, onde ocorreram os julgamentos dos crimes cometidos no conflito mundial.

    Não deixe de provar a bratwürst, deliciosa salsicha local que pode ser encontrada tanto em tabernas medievais como o Zum Gulden Stern ou em barraquinhas de rua, na forma do sanduíche drei im weggla. No inverno, experimente também o lebkuchen, pão de mel típico de Nuremberg.

    A cidade no norte da Baviera tem um dos mais famosos mercados de Natal da Alemanha. Ocupa todo o centro antigo, com uma área dedicada às crianças.

    Nuremberg é bem receptiva aos pequenos, que podem conhecer os trens da Alemanha na Kibala (área infantil do Deutsche Bahn Museum), visitar o zoológico Tiergarten e se divertir no Playmobil Fun Park, parque dos bonequinhos na vizinha Zirndorf.

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    Hamburgo: o porto do norte da Alemanha

    Maior cidade portuária da Alemanha, Hamburgo é banhada por dois rios, o Elba e o Alster. Não é à toa que o mercado de peixe é uma atração aos domingos.

    Na região de Speicherstadt, o conjunto de armazéns do século 19 abriga museus atualmente, caso do Miniatur Wunderland, a maior maquete de ferrovia do mundo.

    Bairro em transformação, Hafen City une opções de lazer e de serviços, em um cenário que alterna modernos prédios comerciais e residenciais com velhos galpões de tijolinho às margens do rio.

    O futurista prédio da Filarmônica do Elba é um dos marcos dessa revitalização do cais. Todo mês de maio, Hamburgo comemora o aniversário de seu porto, com festa em terra e desfile de navios.

    Por leitos e canais é possível descobrir um outro lado da segunda maior cidade da Alemanha tomando uma embarcação a partir de Landungsbrücken, píer que no verão europeu ganha ares de praia.

    Em solo firme, recomenda-se uma visita à Igreja de São Miguel, à prefeitura de Hamburgo e um giro pelo circuito de compras da região de Mönckebergstrasse.

    Zona boêmia da cidade, St. Pauli concentra bares e pubs, além de bordéis.

    Acredite, foi nesse pedaço de mal caminho de Hamburgo que os bem comportados Beatles fizeram seus primeiros shows.

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    Colônia: a catedral gótica e o perfume

    A cidade alemã de Colônia e sua catedral são consideradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco. É na igreja em estilo gótico, famosa pela torres de 157 metros de altura, que está a urna com os restos mortais dos três reis magos.

    Em Colônia, existem 12 igrejas de arquitetura românica e 42 museus. Lá também fica a maior universidade da Alemanha (Universität zu Köln), o que confere à cidade espírito jovem e vida noturna agitada, especialmente nos bairros de Friensenvertel, Belgisches Viertel (o alternativo bairro belga), Südstadt e no antigo distrito industrial de Ehrenfeld.

    Outros destaques locais são o Carnaval, com desfiles pelas ruas, e o Luzes de Colônia, festival de fogos de artifício que iluminam a noite da cidade, todos os anos, no 2º fim de semana de julho. Colônia é ainda a cidade do perfume: lá são encontradas as sedes de fábricas bem antigas da Alemanha, como a Farina, fundada em 1792.

    Não deixe de provar a Kölsch. Mais do que uma cerveja artesanal, seu nome é sinônimo de um jeito de ser da maior cidade às margens do rio Reno. Essa vocação para celebrar a vida e liberdade faz de Colônia referência em matéria de eventos e atrações para a comunidade GLS.

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    Düsseldorf: o destino alemão da moda

    O assunto aqui é moda. Düsseldorf tem um luxuoso boulevard para compras, o Königsallee. Kö, para os íntimos, concentra vitrines de marcas como Armani, Jil Sander e Prada, entre outras grifes, internacionais. Hotéis de luxo e cafés completam o cena sofisticada da cidade.

    Se estiver em busca algo mais em conta, vá a uma das 120 lojas do Düsseldorf Arcaden, em Bilk. Em bairros como Flingern encontram-se moda alternativa e produtos de novos estilistas.

    Experimente também percorrer as ruelas do Centro Histórico. De dia, visite atrações como a Basílica de Lambertus e a Torre do Castelo. À noite, nessa mesma região da cidade, sente-se em um dos 260 restaurantes, bistrôs e pubs, que, alinhados, formam quase um único bar.

    Lugar de encontro, a orla do Rio Reno se estende do centro antigo à moderna área de MedienHafen. Ali, restaurantes e lounges agitam a região renovada por arquitetos como Frank Gehry e David Chipperfield.

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    Dresden: a barroca reconstruída após a Segunda Guerra

    Dresden foi arrasada pelos bombardeios da Segunda Guerra. É impressionante ver o trabalho de reconstrução da Frauenkirche (Igreja de Nossa Senhora), que reaproveitou parte dos tijolos originais.

    Situada no vale do Rio Elba — e chamada de Florença da Alemanha — a cidade possui maravilhas da arquitetura barroca, como o Palácio Zwinger, erguido no século 18.

    Possui ainda 12 museus imperdíveis no Palácio Real (Dresden Residenzschloss) e música de qualidade, ouvida no Semperoper (teatro para ópera, concerto e balé) ou em apresentações nos clubes de jazz que estão na Prager Straße, no centro histórico.

    No mercado de Natal mais antigo da Alemanha, a tradição fica por conta do stollen, o bolo típico de Dresden. Se tiver um tempinho a mais na viagem, faça um bate-volta até a vizinha Meissen, cidade famosa pela porcelana que fabrica.

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    Leipzig: a música clássica e seus mestres

    A trilha sonora aqui é clássica. A visita a Leipzig é embalada por Wagner, Schumann e Mendelssohn. Bons programas incluem apresentações na Leipzig Gewandhaus (a sala de concertos) e do Coral dos Meninos de São Tomás, fundado há 800 anos na igreja de mesmo nome (Thomaskirche) e que teve Bach como regente.

    Um tour de 5 km percorre outros locais onde esses mestres da composição viveram, trabalharam e frequentaram, como o Zum Arabischen Coffe Baum, um dos mais antigos cafés da Europa, aberto em 1711. Essa estreita ligação da cidade com a música também pode ser confirmada em uma visita ao Museu dos Instrumentos, com um dos maiores acervos do gênero.

    Do ponto de vista histórico, Leipzig teve um importante papel para a queda do Muro de Berlim e o consequente fim da divisão da Alemanha em duas, em 1989, a partir dos protestos pacíficos promovidos pela população, em especial na Igreja de São Nicolau (Nikolaikirche).

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    Hannover: os parques e jardins

    A imagem de centro mundial das feiras de negócios é a face mais falada e divulgada de Hannover. A cidade, no entanto, começa a ficar igualmente conhecida pelos grandes espaços verdes e pelas políticas de sustentabilidade nas últimas duas décadas. Por isso, talvez uma boa maneira de explorar a cidade seja de bicicleta.

    Entre as atrações mais visitadas está o prédio da nova Prefeitura (Neues Rathaus), cuja cúpula de 55 metros de altura proporciona uma visão panorâmica. Uma opção para conhecer a cidade é seguir a Roter Faden, rota demarcada por uma linha vermelha, com 4 km de extensão e que passa por cerca de 36 atrações.

    Não deixe de ir ao Herrenhäuser Gärten — parque com jardins barrocos, onde são realizados festivais de fogos de artifício, espetáculos de teatro e concertos ao ar livre no verão — ou dê uma passada no zoológico número 1 da Europa, que reproduz desertos e savanas africanas.

    Para compras, circule pelo Centro Histórico e lojas da Georgstrasse e da Bahnhofstrasse. Já um dos principais mercados de pulgas da Alemanha fica à beira do Leine.

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  • Confraria Colonial Hotel Boutique: charme no interior de SP

    Confraria Colonial Hotel Boutique: charme no interior de SP

    Publico numa rede social uma foto que chama a atenção dos meus amigos. Muitos me perguntam onde fica o resort à beira mar de onde postei aquela imagem. Digo que não foi necessário ir tão longe para ficar relaxado como pareço naquela foto ao lado da Nathalia. A ‘praia’ fica mesmo em Mairinque (SP), em torno de 80 km da capital paulista, mais precisamente no Confraria Colonial Hotel Boutique.

    Integrante da Associação Roteiros de Charme, essa belezura fica a (contados) 55 minutos a partir de nossa casa, na zona oeste de São Paulo. Tudo bem que esse tempo de viagem só foi possível ser cumprido no retorno a São Paulo, em um domingo à tarde. Dois dias antes, levamos cerca de 2 horas para deixar a capital paulista num fim de tarde de sexta. Tomamos a Rodovia Castelo Branco e enfrentamos o congestionamento típico de quem vai para Alphaville e afins (martírio que dura até a entrada do bairro nobre da região de Santana do Parnaíba e de Barueri).

    De carro, saindo da capital, é só usar a Rodovia Castelo Branco (SP-280) e pegar a saída para o Viaduto Edward C. Leme, no município de Mairinque. O viaduto vai atravessar a rodovia, então pegue a estrada municipal Olhos D’ Água. Ao longo desse caminho, placas indicam onde fica o hotel no Bairro Dona Catarina (Rua dos Gaviões).

    Como é o hotel boutique no interior de SP

    O Confraria Colonial Hotel Boutique não tem esse nome por acaso. Das paredes à decoração, muitos elementos remetem ao estilo barroco mineiro. É jeitinho de século 18, mas com conforto dos tempos atuais. Lado a lado, as suítes formam uma pequena vila em meio à mata nativa.

    Confraria Colonial, perto de SP
    Namoradeira na janela do quarto

    São 30 acomodações, divididas em quatro categorias, todas ar condicionado, frigobar e TV via satélite. Ficamos na suíte Visconde, um quarto bem grande, de decoração enxuta, mas super aconchegante.

    Suíte charmosa do hotel

    Cama queen confortável, ducha boa e amenities Granado (virei fã do castanha do Brasil que encontrei lá e adotei no meu uso diário). O quarto era aromatizado com um tipo de essência. Alérgica, Nathalia pediu à camareira se era possível não borrifar mais o perfume no ambiente. Pedido gentilmente atendido pela funcionária. Eficiência atestada em outras situações.

    Amenities Granado

    Feito o check-in e o reconhecimento do quarto, seguimos para o jantar. Nas duas noites em que nos hospedamos no Confraria Colonial Hotel Boutique, havia música ao vivo. A gastronomia contemporânea e de pratos mediterrâneos substituíram a cozinha de pegada amplamente mineira de quando estivemos lá — minha favorita, não sou sujeito de calcular calorias à beira da mesa (quanta indelicadeza, sô!).

    Saudosa feijuca

    Agora, esse toque das Gerais só aos domingos, em substituição à feijoada que era servida aos sábados. Pena, porque a danada da feijuca era parruda de sabor, mas sem deixar a gente com aquela sensação de que estamos gestando um porco depois de comer.

    Pão de queijo saboroso

    O café da manhã tem pão de queijo feito no próprio hotel e servido quentinho, quentinho (veja a foto e salive). As fotos do  almoço e do jantar também atiçam o apetite. Entre sexta e domingo, fizemos seis refeições.

    Um buffet só pra mim

    O que fazer no Confraria Colonial

    Entre uma refeição e outra, é possível realizar gostosas caminhadas pela área ao ar livre do hotel. Há uma suave trilha em meio a árvores e até um circuito mais radical, com direito a uma subidinha que exige alguma disposição. É no fim desse caminho que fica a quadra de tênis, de saibro.

    Lago e jardins no interior paulista

    No fim de semana em que nos hospedamos, não vimos praticamente ninguém fazendo algum esforço. Acontece que, em um dado momento, cismei de caminhar na esteira da academia do hotel. Aventura que durou o tempo de eu descobrir que rolava um cafezinho de fim de tarde não muito longe dali.

    Menos de 7 minutos depois…

    Confraria Colonial Hotel Boutique serve esse tradicional chazinho em um espaço bem gostoso, onde também são servidas pizzas preparadas e assadas na hora. Nathalia encontrou um bolo de milho cremoso que há tempos ela procurava. Bom, babau academia.

    Saca só esse bolo de milho

    Você deve estar se perguntando se nós só comemos por lá, certo? Não, descansamos também. O Confraria Colonial Hotel Boutique é daqueles lugares que buscamos quando precisamos desestressar um pouco, ficar um ou dois dias de bobeira (o que é uma delícia, não). Andamos por toda a propriedade, parando de flor em flor.

    Flores espalhadas pela propriedade

    Foi nesse ritmo que passamos pelo pequeno lago (havia pescadores, acredite), que atravessamos o spa, e que subimos uma pequena elevação do terreno antes de nos sentamos em um balanço de dois lugares, convidativo para casais.

    Juntos só nós 2

    Estávamos sem o nosso filho, Joaquim. Mas o hotel recebe bem crianças — até 6 anos são consideradas cortesia, de 7 a 11 anos, pagam 30% da diária. Além de um campo de futebol, tem um play perto da academia e, na falta de uma piscina infantil, a jacuzzi é ocupada pelos menores numa boa. Já a piscina principal é suficiente para espantar o calor, sem espaço para braçadas olímpicas.

    Piscina com bar molhada no hotel boutique

    Aos que não querem deixar a água, tem ainda o bar molhado do Confraria Colonial Hotel Boutique. Posei para a famosa foto de resort com um mojito nas mãos. Nathalia foi de caipiroska mista de vodka. Não é à toa que as pessoas pensaram que nós estivéssemos num lugar de praia. Deve ser também por causa da expressão leve no rosto, típica de quem está descansado, numa relax, numa tranquila, numa boa. E bem alimentados, claro.

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