Essa história começa assim, ela é sobre o Joaquim.
O Joaquim é um menino bonito que ama Natal. Ele adora os enfeites, as luzes, o Papai Noel e tudo de mágico que traz o Natal. A mamãe do Joaquim foi viajar para a Terra de Reis e Rainhas, bem pertinho do Natal, e lá viu muitas cidades enfeitadas e vários mercados. É que na Terra de Reis e Rainhas as pessoas amam Natal, como o Joaquim.
As crianças adoram os mercados!
Antes mesmo de chegar o dia 24 de dezembro, os moradores desse reino já vivem num Natal encantado. Em novembro, eles enfeitam as cidades e montam mercados cheios de barraquinhas. Nelas, as pessoas vendem comidas e bebidas bem quentinhas porque na Terra de Reis e Rainhas faz um frio de rachar!
Luz, muita luz, nos prédios e nas ruasCaneca de vinho quente
Os adultos bebem um vinho quente que vem numa caneca e comem um cachorro-quente com uma salsicha comprida e magrela. As crianças adoram os biscoitos de coração. Eles têm desenhos de Papai Noel e de flores, e uma palavra escrita bem no meio. A mamãe do Joaquim pediu para a moça escrever o nome dele no coração. O biscoito é durinho, e a mamãe carregou com muito carinho, então ele chegou para o Joaquim inteirinho. Ele adorou o coração e o gosto de canela!
De fraldinha, feliz pelo biscoito com seu nomeO quebra-noz parece brinquedo
Com muito brilho e luzinhas, os mercados têm músicos e corais que cantam bonitas canções. Em alguns, também se apresentam dançarinos. É uma época de festa na Terra de Reis e Rainhas. Um tempo em que os enfeites se espalham nas ruas e nas casas, um tempo em que as pessoas festejam com a família e os amigos, enquanto esperam o Natal, que é o dia do nascimento do Menino Jesus.
A cada domingo antes de 24 de dezembro, as famílias se reúnem, almoçam juntas e acendem uma das quatro velas do candelabro em cima da mesa. Candelabro é o nome de uma coisa que a gente usa para acender várias velas. E esse candelabro de quatro velas é conhecido em toda a Terra de Reis e Rainhas.
Um candelabro de 4 velas gigante!
Todas as casas têm também um calendário de 24 dias, com um bolsinho para cada dia até o Natal. As crianças da Terra de Reis e Rainhas ganham presentinhos em todos os dias de dezembro até o Natal.
Com as janelinhas fechadas, aparecia o desenho do mercado de Natal de Frankfurt
A mamãe trouxe um calendário desses para o Joaquim. Ele era de papel. Em vez de bolsinhos, tinha janelinhas para destacar. O Joaquim procurava o número do dia e abria a janelinha. Lá dentro, ele encontrava um chocolatinho. Cada um com um formato diferente. Tinha de sino, de anjo, de estrela, de tudo o que coisa que a gente vê na época do Natal.
Com as janelinhas abertas, deliciosos e divertidos chocolates
No dia 24 de dezembro, a janelinha era dupla, com um chocolate maior, para comemorar o nascimento do Menino Jesus.
O Joaquim gostou muito do que a mamãe trouxe e contou sobre a viagem. Ele aprendeu sobre os costumes na Terra de Reis e Rainhas e ama ainda mais o Natal. Agora, enquanto toca Noite Feliz na caixinha de música que ganhou da mamãe na volta para a casa, ele vê a árvore de Natal girar na frente do Papai Noel e sonha com o reino encantado da Terra de Reis e Rainhas.
Uma caixinha de música do tamanho das mãozinhas do Joaquim
Estranho entrar numa livraria e olhar para as letras como se fossem parte de uma instalação de artes plásticas, e não palavras. Tive essa sensação enquanto percorri os corredores da Alexandra, em Budapeste. Nos nomes das seções, colocados acima das prateleiras, as palavras se aglomeravam. Tentei encontrar qualquer sentido para a raiz de uma ou de outra expressão, apelando para todas as línguas com as quais já tive contato. Só funcionou com as óbvias ‘Sport’ e ‘Hobbi’.
A Alexandra é um bom lugar para uma parada durante a caminhada na Andrássy út, uma das principais avenidas de Budapeste. E não apenas para se perder nas letras. No segundo andar, tem um café. Não comi nem tomei nada lá porque segui para o almoço ali perto – para experimentar um autêntico goulash. Mas deu vontade de ficar. O ambiente de confeitaria centenária é gostoso, e a pintura do teto, linda. É surpreendente encontrar algo assim lá dentro porque a fachada da livraria (no número 39 da Andrássy) anuncia uma decoração moderna, o que se confirma na área das prateleiras de livros e de bebidas.
Ué, bebidas? Pois, outra surpresa que tive na saída. No térreo – para quem entra a seção fica logo à direita –, as publicações dão lugar às garrafas. Dá para comprar ali o tokaji (em húngaro, tokaj), vinho tradicional do país. Um dos tipos mais conhecidos de tokaj é o Aszú, que eu provei no jantar, acompanhando a sobremesa. A Wikipedia informa que gente do naipe de Luiz XV, Beethoven e Goethe consumia tokaji. Sei lá, de todo modo, soa quase uma heresia eu dizer que achei doce demais… Ok, é para se tomado com doces. Mas o problema para mim está justamente aí. Não consigo com nada muito doce. Acho que prefiro ficar com a sopa de letrinhas.
Saiba como funciona a Oktoberfest São Paulo: ingressos e atrações da festa da cerveja no Anhembi, com comida típica e muita música. Inspirado em Munique, evento reúne artistas consagrados e bandas de Blumenau
ATUALIZADO EM 15 DE AGOSTO DE 2017
A Oktoberfest São Paulo voltou. Criada em 2012, mas há dois anos sem ser realizada, a maior festa da cerveja ganha nova edição na capital paulista, agora no Sambódromo do Anhembi. Os organizadores do evento esperam receber cerca de 150 mil pessoas na nova casa. Veja como funciona, as principais atrações e quanto custam os ingressos.
PROJETO DA BIERGARTEN – Divulgação
A festa não é open bar; paga-se ingresso para entrar nos diferentes setores (onde há entretenimento) e o que for consumido (bebidas e comidas). Para a Oktoberfest São Paulo, o Sambódromo está dividido em três grandes áreas:
Biertent: Ocupa um grande pavilhão, que conta com palco para os principais shows, tenda que vende a cerveja oficial da festa e um bar de bebidas destiladas — segundo os organizadores, a parte gastronômica fica a cargo de um chefe alemão.
Biergarten: Nos moldes da Oktoberfest Munique, grandes mesas e bancos vão compor o jardim de cerveja ao ar livre, onde também há apresentações musicais e muito o que comer e beber.
Bierpark: Perto da entrada principal da festa, o Bierpark tem roda-gigante de 20 metros de altura, carrossel, chapéu mexicano entre outras brincadeiras voltadas principalmente à criançada (menores de 16 anos devem estar acompanhados pelos responsáveis).
PROJETO PARA FACHADA DA BIERTENT – Divulgação
Para os pequenos haverá também o espaço kids, localizado próximo à área destinada aos food truck e onde será realizado também um festival de cervejas artesanais do Brasil e da Alemanha — o rock de garagem dá o tom no pequeno palco erguido nessa região do Sambódromo.
PROJETO DO BIERTENT POR DENTRO – Divulgação
A música típica alemã vai ficar por conta de grupos que tradicionalmente tocam na Oktoberfest Blumenau, casos da Banda do Barril, da Banda Munique e da Cruzeiro Orquestra. Em São Paulo, eles vão dividir o lineup com Michel Teló, Durval Lelys, Cidade Negra, entre outros cantores e bandas já confirmados pela organização do festival.
MAPA DA OKTOBERFEST SÃO PAULO 2017 – Divulgação
VALE SABER
Quando: Em 2017, de 29 de setembro a 8 de outubro
Horário: De quarta a sexta, das 14 às 22 horas (sábados e domingos, do meio-dia às 23 horas)
Preço: Os ingressos dão direito à entrada nas seguintes áreas (a festa não é open bar; bebidas e comidas são pagos à parte):
Comum Individual: dá acesso às áreas Biergarten e Bierpark, R$ 100 (R$ 50, meia-entrada)
Comum Individual Trajes Típicos: exige que o visitante esteja com traje típico alemão e dá acesso às áreas Biergarten e Bierpark, R$ 60
Comum Família: inclui pai, mãe e até 2 filhos de até 14 anos e dá acesso às áreas Biergarten e Bierpark, R$ 150
Tenda Individual: dá acesso às áreas Biertent, Biergarten e Bierpark, R$ 150 (R$ 75, meia-entrada)
Tenda Individual Trajes Típicos: exige que o visitante esteja com traje alemão e dá acesso às áreas Biertent, Biergarten e Bierpark, R$ 90
Tenda Família: inclui pai, mãe e até 2 filhos de até 14 anos e dá acesso às áreas Biertent, Biergarten e Bierpark, R$ 250
Alimentação: Barracas venderão comidas típicas na área do Biergarten, um chefe alemão cuidará da parte gastronômica no Biertent e um food park vai se encarregar de saciar a fome dos festeiros na região do Bierpark
Compras: Uma boutique da Oktoberfest vai vender artesanato entre outros produtos alemães
Transporte: Deixe o carro em casa (vais beber, não?) e vá de transporte público. A estação de metrô mais próxima do Anhembi é a Tietê-Portuguesa, que fica a cerca de 30 minutos a pé; segundo o site oficial do evento, linhas especiais de ônibus partirão das estações de metrô Tietê-Portuguesa (linha 1 – azul) e Palmeiras-Barra Funda (linha 3 – vermelha). Se ainda assim você decidir dirigir, saiba que o estacionamento mais próximo é o do portão 38, na Avenida Olavo Fontoura
Se você é fã de goulash, cuidado ao olhar o cardápio e fazer seu pedido em Budapeste. Pode acabar tomando sopa. O Gulyás (nome húngaro para o prato) é prato principal no Ocidente, com pedaços de carne no molho com páprica, acompanhados pelo macarrão spätzel, espécie de nhoque.
Mas, na Hungria, se você disser apenas goulash, vão entender que quer a sopa, feita com carne e temperos como cebola e páprica. Pode ser degustada de entrada, como eu experimentei no Halászbástya — palavra em húngaro para o ponto turístico onde o restaurante fica: o Bastião dos Pescadores, no alto de Buda, umas das metades da cidade e do nome que a batiza.
Em receita tradicional, líquido como sopa
No menu do restaurante, basta procurar por Halászbástya derített bélszín gulyás (ou Halászbástya clarified beef goulash, na versão em inglês). É um caldo de carne de gosto marcante.No menu do restaurante, basta procurar por Halászbástya derített bélszín gulyás (ou Halászbástya clarified beef goulash, na versão em inglês). É um caldo de carne de gosto marcante.
No restaurante no Bastião dos Pescadores, o prato típico da Hungria em forma de sopa
O Halászbástya é ótima pedida para um jantar romântico. Ao som de violinos, é maravilhoso ver as luzes das pontes da cidade, conectando essa margem do Rio Danúbio à outra, chamada de Peste. Completa o cenário o Parlamento (Országház) iluminado. É para uma noite especial porque obviamente se paga também pelo serviço, pelo ambiente e pela localização.
Ou sólido, servido com spätzel
Mas no fim como se chama aquela carne com macarrãozinho? Pörkölt. Quando quiser comer um goulash como conhece no Brasil, peça um pörkölt na Hungria. Eu comi um bem gostoso no descoladaço Menza — a foto do prato está no alto deste texto. Com mobília em estilo anos 1970, o ambiente é moderno, com uma boa seleção musical – a trilha do site dá uma ideia (eles avisam que vendem a sequência no restaurante). O Menza fica na agradável Liszt Ferenc ter, uma praça mais para rua de pedestres cheia de bares e restaurantes.
Restaurante de Budapeste com visual anos 1970: o descolado Menza
No menu do restaurante, procure por Marhapörkölt galuskával para comer a carne com spätzel. Se preferir outro prato principal e quiser experimentar a versão líquida de entrada, peça Gulyásleves, sopa de carne com páprica.
Gulyás significa comida de vaqueiro em húngaro. O caldo forte, originalmente preparado num caldeirão sobre a fogueira, dava energia e mantinha o corpo quente. O costume se alastrou pelo antigo Império Austro-Húngaro. Ou seja, em Viena e adjacências também dá para provar goulash. Mas ali aperte a tecla sap de volta e peça goulash mesmo (ou gulasch, em alemão).
Não é preciso pretexto para celebrar a cerveja em Munique. Mas, para os mais empolgados, uma ocasião pode ser especial: a Oktoberfest Alemanha. Anualmente a cidade no sul do país recebe quase 7 milhões de pessoas para o evento, que chega à sua 187ª edição em 2019. Países como Estados Unidos, Grã-Bretanha, Áustria, França e Suíça estão entre os que mais levam visitantes à festa.
O evento teve origem em 1810 na celebração do casamento do príncipe bávaro Ludwig (mais tarde, rei Ludwig I) com a princesa Therese de Saxônia-Hildburghausen. A festa é realizada em Theresienwiese, lugar que acabou dando origem a um apelido para a Oktoberfest entre os moradores de Munique: ‘die Wiesn’.
Cervejarias da Oktoberfest de Munique
A festa é organizada em tendas (ou pavilhões), sendo 17 grandes e 21 menores. Elas são restaurantes que servem cerveja e comida, embaladas pela típica música alemã. Algumas das mais tradicionais cervejarias de Munique têm seus pavilhões no evento.
A gigante HB, da cervejaria de Hofbräuhaus (Munique), oferece pouco mais de 6.000 lugares (em torno de 3.000 na área externa) e disposição para servir meio milhão de litros de cerveja e cerca de 8.000 porções de salsicha. Na Augustiner, mais antiga cervejaria de Munique (produz desde 1328), há 6.000 lugares dentro e 2.500 do lado de fora. A tenda Marstall está com espaço para receber até 3.200 pessoas (230 em pé) na área interna e quase 900 na parte externa. Na Löwenbräu, um leão (löwen, em alemão) é quem dá boas-vindas aos visitantes, rugindo o nome da cervejaria do alto de uma torre a cada 2 minutos. O espaço comporta 5.700 pessoas, sendo 2.800 externamente.
Maiores tendas, como a da HB, abrigam quase 10.000 pessoas – Foto: Pierre Office Gaff Adenis/German National Tourist Board/Divulgação
Oferecendo boa bebida e entretenimento, as tendas menores ajudam a compor o cenário festivo da Oktober. Restaurantes como Münchner Knödelei e Vinzenzmurr Metzger Stubn são lugares onde é possível encontrar comidas típicas da Alemanha.
Canecas de cerveja no equilíbrio da garçonete- Foto: Divulgação
Preço da cerveja e vagas nos restaurantes
Em todas as tendas, grandes ou pequenas, o canecão com 1 litro de cerveja fica entre 12 e 13 euros. Para se sentar numa tenda (ou restaurante), não é necessário reservar. Se você for à Oktoberfest de segunda a quinta, até o meio da tarde, é provável que consiga vaga. Quando o movimento é maior e a lotação chega ao máximo dentro da tenta, ela é fechada para o público, mas costuma ser reaberta conforme o total de clientes diminui. Para garantir seu lugar em algum restaurante específico, é bom entrar em contato diretamente com ele. O site oficial da Oktoberfest tem links para as páginas das tendas.
Festa com crianças e parque de diversões
Além de comida e bebida, na Oktoberfest há um grande parque de diversão. Os brinquedos incluem roda gigante, montanha russa com 5 loopings, carrinho de bate bate, elevador que despenca e muito. Para todos, vale aquela recomendação de trânsito: se beber, não suba no brinquedo.
Para os nostálgicos, o espaço Oide Wiesn resgata atrações que faziam a alegria do público da Oktoberfest muitos e muitos anos atrás. Foi criado em 2010 para celebrar os 200 anos da festa, mas o povo de Munique gostou tanto que ele continuou sendo organizado. Nele há brinquedos menos radicais (um singelo carrossel, por exemplo), canções tradicionais, receitas clássicas, tudo em um ambiente vintage e bem mais intimista quando comparado à multidão que invade os pavilhões das grandes cervejarias. A entrada nessa parte da festa custa 4 euros (grátis para crianças até 14 anos), e uma voltinha nos brinquedos sai por 1 euro.
Parque de diversões com as tradicionais cadeiras voadoras – Foto: Divulgação
Não se paga nada para ver os desfiles nas ruas tampouco para entrar na área da Oktoberfest. Em família, para descontos em refeições e ingressos de brinquedos, vá numa terça durante a festa, chamadas de Dias da Família, das 10 às 19 horas. Aliás, de um modo geral, crianças menores de 6 anos só podem permanecer nas tendas de cerveja acompanhadas dos pais e até as 20 horas.
Souvenir, trajes bávaros e caneca da Oktoberfest
São vendidos souvenirs como bichos de pelúcia, ímãs, chapéus e canecões de cerveja. Todo ano é lançada uma caneca oficial da festa com capacidade de 1 l — em 2022, custa a partir de 19 euros.
Os típicos trajes bávaros também são muito vistos e podem ser comprados por lá. A roupa das mulheres se chama ‘dirndl’, e a dos homens, ‘lederhosen’. Todo ano na Oktoberfest há um desfile com trajes típicos em Munique, no primeiro domingo de festa.
VALE SABER
Quando: Em 2022, de 17 de setembro a 3 de outubro — o desfile de trajes por Munique será em 22 de setembro, às 10 horas
Horário: As cervejarias maiores abrem das 10 horas às 23h30 (última caneca sai às 22h30), nos dias de semana — a partir das 9 horas aos sábados, domingos e feriado (3 de outubro). Nas tendas menores, comida, música e a última cerveja são servidos até 23 horas.
Para brinquedos e apresentações, o horário vai das 10 horas às 23h30, de segunda a quinta e domingo — sexta, sábado e 2 de outubro, até meia-noite
Transporte: O Theresienwiese fica a apenas 15 minutos da Marienplatz, praça central de Munique e hub das principais linhas de trem e metrô da cidade. Por essa razão, a melhor alternativa para ir à festa é usando o transporte público
O título deste post pode soar contraditório, afinal, todo bar não é para cervejeiro? Mais ou menos. Tomar cerveja com frequência nem sempre significa ser entendido no assunto. Pelo contrário, na maioria das vezes está mais para aliviar o calor ou encher a cara mesmo.
Gosto de provar cervejas artesanais e acho que vale pagar mais por elas do que se gasta com as industriais, produzidas em larga escala. Se eu entendo alguma coisa de ale ou weizen? Entendo de beber. A vida é muito corrida para se aprender de tudo, a gente tem que escolher em que investir tempo. Em termos de cerveja, me contento em experimentar. Deixo o conhecimento para gente como meus amigos Roberto Fonseca, que escreve o blog B.O.B. no site do Estadão, e Talita Figueiredo, que mantém o FemAle Carioca com outras cervejeiras. Quem estiver disposto a mergulhar na cerveja de modo ‘mais científico’ pode acompanhar esses blogs. Há ainda outras páginas. Com explicações sobre tipos de cerveja e rankings das melhores marcas, o site Brejas, por exemplo, inclui link com curiosidades que casam bem com filosofia de botequim, como frases relacionadas com cerveja e uma lista de expressões para aprender a pedir e a brindar em várias partes do mundo.
Pois foi a minha amiga Talita, do FemAle Carioca, que me indicou o Boteco Colarinho, na saída do metrô Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. Quase desistimos de esperar mesa: na sexta lota como qualquer bar, naquela clássica esticadinha depois do expediente, e o pessoal parece mais interessado no movimento do que no chope diferente propriamente dito. Com isso, foi um tanto engraçado chegar ali com uma criança. A Talita costuma ir com seu filhote também — em frente tem uma pracinha –, mas em outro horário. Mas a ida ao Rio seria rapidinha, então resolvi tentar a sorte.
Ela estava a favor. Meu filho quis fazer xixi e, nisso, vagou uma mesa. Como bem disse meu marido, os deuses da cerveja me salvaram. Eles não podiam mesmo só mandar a vontade insuportável de ir ao banheiro depois de várias tulipas. E eu ia ficar aguada vendo tanto copo bonito nos arredores.
De cara, pedi um Roter Brauhof, que eu tinha visto na mesa ao lado, com aquele amarelo turvo delicioso. Bem levinho, gostoso, mas eu ainda provei um Corujas Extras, amargo na medida para mim. Para acompanhar (porque eu não sei beber sem petiscar), escolhemos um bolinho de gorgonzola e empadas. Eu não sou do time dos loucos por empada, muito menos de palmito, mas devo admitir que não vejo a hora de comer de novo aquela. A massa é fininha e o recheio um creme de palmito temperado com alho.
Teria ficado por ali bebendo muito mais, só que o pequenino precisava de uma caminha. Pedimos a conta e pegamos o metrô, logo em frente, prático assim.
Há comidas e lugares que representam bem mais do que o que se come ou vê. Vêm acompanhados de boa dose de afeto. Ir à Vila Madalena nas tardes ensolaradas de sábado para mim é assim, um passeio carregado de memórias de felicidade. Quando cheguei a São Paulo há 13 anos, frequentava os bares do bairro tantas vezes por semana que poderia trabalhar na seção de reportagens sobre bares no jornal. Sem família por aqui, com uma queda forte por chopes e petiscos e a noite paulistana à minha espera, eu praticamente vivia na Vila Madalena, só não morava por lá. E foi num bar que acabei conhecendo meu marido. Quem disse que a bebida não leva a nada? Essa é a versão mais gostosa. A real é que um amigo em comum nos apresentou, no bar Filial.
Hoje, trocamos de ponto e vamos ao Genial. Seguimos nosso velho amigo Aílton, garçom bem conhecido pelos antigos frequentadores do Filial. Espécie de padrinho boemio da história, Aílton tem até um filho da mesma idade que o nosso, o que faz dele um ser mais gentil ainda quando nos vê em família no bar. O ambiente e o cardápio também contribuíram para a mudança de rota. Entre as opções alguns tradicionais petiscos do Filial e do Genésio. Já deu para sacar que o Genial é dos mesmos donos, certo? Numa daquelas junções de nomes que, neste caso, deu num bom resultado. Impossível não lembrar, porém, de outras tantas não tão bacanas usadas para batizar a criançada.
Mas nós viemos aqui para beber ou para conversar? Os dois, e de preferência acompanhados por apetitosas gordurinhas. Boteco que se preze tem de ter fritura. Seguindo a tradição que sustentamos desde as noites amanhecidas no Filial, nossa pedida é o bolinho de arroz. Pode torcer o nariz, eu também torci na primeira vez. Afinal, nunca tinha comido nenhum bolinho de arroz de que gostasse. Pois esse é diferente, tem uma pitada de cebolinha, um tanto de queijo, sei lá, mas é bom demais. Ficou mais gostoso ainda na boca do pequeno Joaquim. Pela voracidade, temos outro sócio para matar a porção. Bobeira, breguice, coisa de mulher e mãe botequeira, mas cheguei a ficar emocionada em ver nosso menino tão satisfeito comendo aqueles bolinhos que nos acompanharam em momentos deliciosamente felizes.
Tive sensação parecida ao vê-lo cair dentro na feijoada da Benê, no Dita Cabrita, bar do amigo Waltinho (com quem trabalhei tantos anos) e de sua mulher Benedita, à frente dessa cozinha no bairro da Pompeia. Dizem que toda mãe se orgulha com o filho comendo bem. Claro que fiquei contente de ver sumir do prato couve e companhia na maior naturalidade. Não foi só isso, no entanto. No Dita Cabrita fiz meu chá-de-bebê — onde mais poderia ser no caso de um casal que se conheceu num bar? Voltamos algumas vezes com nosso filhote, para rever os amigos, provar da comida da Benê e desfrutar do quintal e de suas árvores.
E foi exatamente o quintal e a brincadeira de comer no palitinho que nos levaram a voltar à Casa do Espeto, do outro lado da Avenida Pompeia, depois de 10 anos. Árvores e muito espaço ao ar livre, tudo o que se pode pedir numa tarde de sol em São Paulo. Um porém para os pais: com filhos de 10 meses até 2 anos, pode não ser uma boa ideia já que o quintal tem vários níveis e eles não resistem a um degrau. Joaquim explorou tudo (fomos subindo até parar quase na sala do administrativo). Nós nos fartamos de espetinhos e cerveja estupidamente gelada. Na sobremesa, fique com o morango coberto de chocolate. Eu adoro um abacaxi (será que Freud explica?), então, pedi na brasa com mel e raspas de limão. Apesar da aparência suculenta, ficou com gosto de xarope contra a tosse, momento-criança um tom a mais.
Há comidas e lugares que representam bem mais do que o que se come ou vê. Mas, se o gosto for bom e o ambiente bonito, melhor certamente. Sem nenhuma pretensão de alta gastronomia, só o prazer besta de passar uma tarde agradável com gente querida.
Sentar entre amigos, jogar conversa fora e provar, em miniatura, a culinária tradicional ou a alta gastronomia da Espanha: tapear. Frios ou quentes, as tapas espanholas (ou pintxos, assim chamadas no norte do país) são aperitivos preparados de maneira rápida, regados por um bom azeite, normalmente acompanhados por vinho ou cerveja. Portanto, tapa é toda pequena porção de alimento que escolte um trago, segundo a Real Academia da Língua Espanhola.
Ravioli de camarões com shitakes ao vinho de xerez, no Menys Bar – Foto: Divulgação
Origem do nome
Contudo, a origem do nome tapas espanholas é controversa, mas a teoria mais aceita é a de que, num passado distante e poeirento, era costume no país ibérico usar um pratinho com um pedaço de pão, presunto ou qualquer outro alimento para cobrir (tapar) o copo e, assim, evitar que algum inseto ou sujeira caísse dentro da bebida.
Na Espanha, o conceito é comer e partir para o bar seguinte, para repetir esse ritual, “ir de tapas”, como eles dizem. A iguaria tem até um dia mundial, celebrado em 16 de junho. Em São Paulo, ir de bar em bar só “petiscando” ainda não é um hábito. Porém, as tapas espanholas já ganharam o gosto do paulistano. Uma oportunidade de levar à boca sabores únicos espanhóis, deixando uma pergunta na ponta da língua: vamos de tapas?
Para conhecer um pouco mais dessa tradição e ver imagens de salivar, assista ao Giro Como Viaja abaixo. E lembre-se de que comer sem beber dá ruim. Portanto, aprendamos como os espanhóis! Se beber, não deixe de pedir algo mais para beliscar.
As comidas típicas de Portugal são a perdição de qualquer viajante pelo país. É preciso ser muito enjoado para não se deliciar com receitas que esbanjam sabor e tradição. O bacalhau, o caldo verde, as alheiras, tudo isso está no imaginário do brasileiro quando se pensa no que o povo português nos deixou de legado culinário. Os pratos de Portugal vão da delicadeza do pescado (abundante em um país abraçado pelo oceano) ao vigor das carnes (grelhadas, assadas, ensopadas, deliciosas todas).
Certa vez, escrevi que dificilmente abandona-se a mesa em Portugal sem carregar nas papilas marcas de uma cozinha farta em paladar e quilos a mais na cintura por obra da gula. Como netos de portugueses, Nathalia e eu decidimos fazer esta lista de comidas típicas de Portugal sabedores de que você vai terminar de ler o texto com água na boca. A relação está destacada por região do país, indo rumo ao sul no mapa e incluindo a Ilha da Madeira e os Açores.
Comidas típicas do Porto e Norte
Portugal nasceu aqui, região que tem no Porto sua cidade mais conhecida. A região do Minho, de cidades como Braga e Viana, foi a que mais contribuiu para o fluxo migratório rumo ao Brasil. Porém, as comidas típicas do noroeste de Portugal nem de perto são conhecidas como as incontáveis versões de bacalhau que a mesma região nos brindou. Aliás, o bacalhau pode ser encontrado de todas as maneiras: fresco, salgado e ainda em conserva. Então, comecemos com as receitas que levam o ‘fiel amigo’, apelido do pescado mais famoso do país.
Bacalhau, prato típico de Portugal – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
Bacalhau à Gomes de Sá
Tradicional receita do Porto feita com lascas de bacalhau marinadas em leite durante cerca de 2 horas antes de irem à panela. Os pedaços são preparados em azeite, com cebola e alho. Eles chegam à mesa com os acréscimos de azeitonas pretas e ovos cozidos. O nome foi dado em homenagem ao criador da receita, o comerciante José Luis Gomes de Sá
Bacalhau à Minhota
As postas de bacalhau são douradas dos dois lados em azeite quente. Sobre elas são colocadas cebolas e alho picado puxados no mesmo óleo. Batatas em rodelas, também fritas no azeite, acompanham o prato, que ainda leva tiras de pimentão vermelho.
Bacalhau ao Zé do Pipo
José Valentim, o Zé do Pipo, criou este prato para um concurso culinário no Porto. É a versão que mais aprecio à base de bacalhau. Aqui, o fiel amigo serve de recheio a uma massa que leva purê de batatas e maionese levada para gratinar. No meio dessa mistura vão temperos e ingredientes que tornam o prato ainda mais saboroso.
Tripas à moda do Porto
A história ensina que este prato passa pela tomada de Ceuta (1415) pelos portugueses, quando o exército precisou levar a bordo todo o estoque de carne da região do Porto, restando à população as tripas animais (daí os cidadãos portuenses serem apelidados de tripeiros). Trata-se de um grande cozido à base de vísceras, de enchidos (salsichas ou linguiças) e feijão branco. Qualquer semelhança com a nossa dobradinha não é mera coincidência. Prato de sabor intenso.
Tripas à moda do Porto, comida típica – Foto Porto Convention & Visitors Bureau
Rojões à moda do Minho
Prato forte à base de pedaços carne de porco sem osso aos quais se juntam posteriormente fígado suíno e tripas enfarinhadas (enchido típico do Norte de Portugal), ambos fritos. Depois, essa mistura é cozida lentamente. Acompanha batatas e castanhas na hora de servir.
Papas de sarrabulho
Por ser uma receita típica do Minho, ela é muitas vezes servida com os rojões. Leva sangue de porco, miúdos suínos, carnes de vaca e de galinha, cominho, farinha de milho, entre outros ingredientes. Prato para ser apreciado no inverno, sobretudo.
Arroz de lampreia
O protagonismo desse arroz está na lampreia, animal aquático de forma alongada e cilíndrica, como uma enguia. A cidade de Penacova, próxima a Coimbra, é considerada a capital portuguesa da lampreia, que tem um festival gastronômico dedicado a ela em fevereiro há cerca de 30 anos.
Posta mirandesa
Comida portuguesa da região de Trás-os-Montes feita à base de carne de vaca, temperada com sal grosso e levada à grelha. O acompanhamento fica a cargo das famosas batatas ao murro (cozidas e posteriormente esmagadas de forma grosseira) e grelos salteados (talos de hortaliças levados à frigideira sem gordura).
Alheira
Os judeus que queriam escapar da Inquisição driblaram o fato de não comerem carne de porco fazendo um enchido à base de aves e usando pão para dar consistência à massa. As tripas recheadas eram igualmente postas para defumar em varais, como os cristãos faziam com os enchidos de carne suína, não gerando assim suspeitas de sua origem religiosa.
Alheira de Mirandela – Foto: Turismo de Portugal/Divulgação
Francesinha
Sanduíche parrudo, típico da cidade do Porto. Dentro do pão vão salsicha, linguiça, presunto, bife de vaca, tudo coberto por queijo derretido e molho que mistura cerveja, caldo de carne e vinho do Porto. E, em alguns casos, cabe ainda um ovo frito por cima. É servido com batatas fritas. A bomba calórica ganhou esse nome por guardar alguma semelhança com o sanduba francês croque-monsieur.
Caldo verde
As sopas engrossam a lista de comidas portuguesas típicas. Mas é o caldo verde que parece simbolizar nossa relação com o país europeu. É pura tradição do Minho. Leva batatas, couves e chouriço (no Brasil, a linguiça Toscana cumpre este papel). É um prato de inverno, de comer suando.
Comidas típicas do Centro de Portugal
Fátima, Coimbra e Castelo Branco fazem parte do Centro de Portugal, onde se localiza a Serra da Estrela, o ponto continental mais alto do país e também a região em que se produz um dos queijos portugueses mais famosos.
Caldeiradas de peixe
O nome revela ser receita de uma panela. E é. No caso, uma invenção culinária de pescadores, que colocaram peixe, batatas, cebolas e tantos outros ingredientes em camadas dentro de um tacho.
Leitão da Bairrada
Crocante por fora, macio e suculento por dentro, essa receita de leitão típica da Bairrada, no Centro de Portugal, é muito consumida em dias de festa. Vai sempre muito bem com batatinha cozida sem pele e laranja em rodelas.
Cabrito estonado a Oleiros
O consumo do cabrito não se limita à Páscoa na Beira Baixa de Portugal. Nesta receita, típica da cidade pertencente ao distrito de Castelo Branco, a pele do animal é mantida na hora de assar em forno a lenha, a fim de garantir suculência e sabor.
Chanfana
A rigidez da carne de cabra velha é vencida pela marinada em vinho tinto e temperos. Uma dose de aguardente é acrescentada quando tudo vai à panela de barro, selada para ser esquecida no fogo por quase 5 horas de cozimento. o Resultado é um prato típico português da região da Bairrada, já eleito uma das 7 Maravilhas da Gastronomia, em 2011.
Única capital da Europa em que o sol se põe no mar, Lisboa oferece de restaurantes refinados a tascas mais simples. Em todos eles há pratos típicos de Portugal, ora em releituras, ora em verão ortodoxa, sem nunca dever em termos de qualidade e sabor.
Bacalhau à Brás
Diz a crença popular de que as raízes do prato estão no Bairro Alto, em Lisboa. A receita leva bacalhau desfiado e batata palha, ambos fritos com cebola em azeite. Ovos batidos com garfo são derramados sobre os ingredientes, dando uma textura cremosa ao prato. Azeitonas pretas picadas são o toque final.
Sardinhas assadas
Considerada a rainha do mar, a sardinha em sua versão assada vai à grelha apenas com sal grosso. Prato comum nas festas dos santos populares (Antônio e São João, no período junino), ele é servido com batatas cozidas e pão.
Bife à Marrare
Napolitano radicado em Lisboa, Antônio Marrare criou este prato, muito popular sobretudo nos cafés lisboetas do século 19. Trata-se de um bife coberto por molho à base de manteiga e natas (algo semelhante ao creme de leite). Feita na própria frigideira, a mistura cremosa adquire a coloração meio marrom do suco da carne. O restaurante Brilhante, no Cais do Sodré, é um dos poucos da cidade que revive este clássico.
Choco frito
Esse molusco é o principal ingrediente dessa receita comum à região de Setúbal (área metropolitana de Lisboa). Marinados em alho, limão e sal, os tentáculos do choco são ainda empanados em farinha de milho. Frito, o petisco é servido com limão para espremer por cima.
Peixinhos da horta
Na primeira metade do século 16, muito antes de as PANCs (plantas alimentícias não convencionais) serem consumidas, surgiu este prato feito com vagem de feijão encapada por massa de farinha, frita em óleo. Sim, se você pensou em tempurá, acertou. Os portugueses apresentaram a novidade aos japoneses, durante o período das Grandes Navegações.
Castanhas assadas
A simplicidade está materializada nesta receita, que exige castanhas, forno a 200°C e cerca de 30 minutos de espera. Polvilhar sal grosso sobre o fruto seco é opcional. Sazonal, seu consumo se dá mais a partir do outono, quando é comum ver pessoas comendo castanhas na rua, preparadas em fogareiro a carvão.
Comidas típicas do Alentejo
O passado de carências fez surgir no Alentejo uma cozinha em que o pão e a água se converteram em base para uma série de receitas. A eles foram adicionadas ervas aromáticas, que enriqueceram de sabor as poucas quantidades de carnes ou pescados. Estão no mapa da região cidades como Évora, Santarém, Sines, Portalegre e Beja.
Sopa de tomate
A base deste caldo leva tomate, cebola, alho, temperos variados (louro, orégano, sal e pimenta) e água fervente. O que confere ponto mais viscoso à mistura é a batata. No Alentejo, os ovos são acrescentados para serem escalfados (fervidos no próprio líquido) antes de a sopa ser servida.
Açorda
Não há carne nem legumes nesta receita típica do Alentejo. Leva pão rústico picado, alho picado e coentro. Acrescenta-se água fervente aos poucos, criando uma papa. Por fim, adiciona-se uma gema de ovo, para ser cozida no calor dos ingredientes.
Migas
A primeira parte deste prato consiste em fritar carnes de porco e reservar. Então pega-se pedaços de pão rústicos para passar na mesma frigideira. O acréscimo de água faz surgir uma papa e, posteriormente, umas pelotinhas. É uma comida típica de Portugal no inverno, para ganhar quilos à mesa.
Ensopado de borrego
Pedaços de cordeiro novo estão na base deste prato, mais consumido na Páscoa. Suculenta, a receita ganha batatas cozidas no próprio molho da carne e um toque de hortelã fresca ao cozido. O pão alentejano tostado é um complemento indispensável na hora de saborear.
Carne de porco à Alentejana
Terra e mar em um prato criado por um cozinheiro do Algarve, mas que usa o porco típico do Alentejo. Marinados de um dia para o outro, os pedaços de carne suína são fritos e ganham a companhia das amêijoas. O calor da mistura faz cozinhar e abrir a concha deste molusco semelhante ao marisco. Nacos de batatas fritas fazem parte do resultado final.
Comidas típicas do Algarve
Sinônimo de sol e praia, o Algarve é destino de férias no sul de Portugal. Com o mar a seus pés, natural que as receitas típicas tivessem ingredientes vindos das profundezas do oceano. Da capital, Faro, às cidades de Tavira e Albufeira os pratos primam por frescor e traços da cultura árabe.
Amêijoas de Cataplana
O molusco mais famoso do Algarve é cozido na tradicional panela, originária dos anos de domínio árabe na região. Não faltam cebola, alho, tomate, louro e salsa na composição dessa iguaria, acrescida ainda de pequenas partes de chouriço e bacon. Come-se com pão, especialmente para molhar no caldo.
Carapaus alimados
Versão escabeche deste peixe. Limpo e cozido rapidamente em água fervente, ele é regado por azeite e suco de limão. Salsa e rodelas de cebola crua completam a receita, criada para ser consumida até mesmo dias depois do preparo.
Estupeta de Atum
As partes menos nobres do atum são chamadas de estupetas. Nesta salada típica do Algarve, a carne é dessalgada antes de ser misturada com cubos de cebola, tomate e pimentões verde e vermelho.
Polvo
O complemento deste título poderia ser grelhado, ensopado, à vinagrete, em forma de salada, assado… Come-se este molusco de todas as maneiras no país. O prato típico de Portugal é muito consumido, especialmente no Algarve, onde se destaca o polvo à lagareiro, temperado a sal e alho e fartamente regado por azeite. Para comer junto? Batatinhas, ora pois.
Comidas típicas da Ilha da Madeira e dos Açores
As ilhas situadas no meio do Oceano Atlântico guardam um certo ar tropical em seu clima. Há receitas semelhantes entre si e outras que remetem às comidas típicas de Portugal continental.
Cozido de Furnas
Comida de uma panela só. Nela vão carnes de porco, de vaca e de galinha, morcela, chouriço, inhame, repolho, couve, batata, cenoura e nabo. Os ingredientes são postos sem água nem gordura na panela, que é enterrada em buracos no solo vulcânico. Tudo é cozido no vapor a 110°C por cerca de 5 horas. Prato típico de Furnas, localidade na ilha açoriana de São Miguel.
Bolo lêvedo
Assim como ocorre com o bolo do caco da Ilha da Madeira, esta receita dos Açores está mais para pão, por causa do formato. E as semelhanças param por aí, já que o de lêvedo, à base de farinha e batata, tem sabor adocicado.
Bolo do caco
Entre as comidas típicas de Portugal está esse pão originário da Ilha de Porto Santo, com raízes árabes. Um dos segredos está na quantidade de dobras (3) da massa, que leva nada além de farinha de trigo, água, sal e fermento. O pão é assado sobre uma pedra (o caco) aquecida em brasa.
Bolo do caco, quase um pão pitta – Foto Holger Leue/Divulgação
Bifes de atum
Peixe abundante na região da Ilha da Madeira, o atum é temperado com vinagre, louro, alho e sal. Frito em azeite, ganha acompanhamentos de milho frito e molho vilão – à base de vinho branco, vinagre, cebola e segurelha (erva aromática).
Lapas
Este pequeno marisco da ilha é grelhado em manteiga derretida e alho por apenas 5 minutos (se passar disso, fica borrachudo). Serve-se com suco de limão. Prato sazonal, já que a lapa só pode ser apanhada no mar de outubro a abril.
Lapa, molusco da Ilha da Madeira – Foto Francisco Correia/Divulgação
Espetadas de carne
Pedaços de carne são temperados com sal grosso apenas e fincadas em espetos de loureiro, árvore comum na Madeira. Come-se com cubos de farinha de milho e couve.
Carne de vinha d’alhos
O segredo está na vinha d’alhos, marinada que combina vinho, vinagre, alho, louro, cravo-da-índia, pimenta do reino e sal. Pedaços de carne de porco ficam imersos nesta mistura por cerca de 6 horas (há receitas que falam em 2 ou 3 dias!). Depois de dourada em gordura, a carne é servida com pão frito em azeite ou batatas coradas.
São Paulo, Rio de Janeiro e outras 13 cidades realizam a Restaurant Week Brasil, com o melhor da gastronomia em menu a preço fixo. Evento tem uma data diferente para cada lugar onde é realizado; confira o calendário
ATUALIZADO EM 15 DE ABRIL DE 2018
Evento gastronômico que oferece menu a preço fixo, a Restaurant Week se espalhou pelo Brasil. Realizado em até 15 cidades, tem uma data para cada lugar onde ocorre. O cardápio dos restaurantes inclui entrada, prato principal e sobremesa.
Algumas das cidades que fazem sua edição da Restaurant Week são São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Belo Horizonte, Vitória, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Recife e Salvador. São Paulo e Rio de Janeiro, além da edição tradicional, costumam ter também uma versão Premium do evento, com restaurantes que cobram um valor mais alto. Em todas as cidades os preços não incluem bebidas nem os 10% sobre o valor total da conta.
Em 2018, o tema do evento é a Copa do Mundo, com as 32 seleções que vão disputar o torneio na Rússia servindo de inspiração para os chefs montarem seus menus a partir de ingredientes dos países participantes do mundial.
No site do evento, são atualizadas as datas das edições por lugar. É possível clicar em cada cidade e verificar os restaurantes participantes da Restaurant Week.
Foto: Divulgação
VALE SABER
São Paulo (22ª edição)
Data: Até 22 de abril
Restaurantes: cerca de 200
Preços Menu Week: Almoço desde R$ 46,90 e jantar a partir de R$ 58,90
Preços Menu Premium: Almoço desde R$ 68 e jantar a partir de R$ 89 (ambos, mediante reservas)
Curitiba (17ª edição)
Data: De 19 de abril a 12 de maio
Restaurantes: 35
Preços: Almoço desde R$ 46,90 e jantar a partir de R$ 58,90