Margaritaville Cap Cana: resort all inclusive para adultos no Caribe

Resort all inclusive no Caribe para adultos, o Margaritaville Cap Cana oferece bom serviço e ambiente informal, diante do mar azul turquesa
Margaritaville com a Praia Juanillo ao fundo - Foto: Fernando Victorino
Margaritaville com a Praia Juanillo ao fundo - Foto: Fernando Victorino

O chinelo azul em tamanho avantajado na entrada do Margaritaville Cap Cana, resort all inclusive em Cap Cana, na República Dominicana, serve de salvo-conduto e convite. A partir dali ninguém mais vai exigir rigor nas suas vestes. A ordem é relaxar. Seus problemas ficaram para trás.

Com um pouco mais de atenção, o hóspede que chega ao resort, aberto em outubro de 2021 no Caribe, lê na lateral da marquise dele o clássico ditado “minha casa é sua casa”, escrito em espanhol. Tão logo a primeira margarita frozen seja estendida na sua direção como sinal de boas-vindas, acredite, você definitivamente poderá se sentir de férias diante do mar turquesa de catálogo de viagens.

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Punta Cana é o principal destino turístico da República Dominicana. E Cap Cana é o crème de la crème ao sul da região há 20 anos. Um condomínio de acesso restrito, com praia exuberante, campos de golfe de excelência, marina com barcos que custam todos os órgãos de seu corpo e vocação para o descanso em alto nível na Praia Juanillo, faixa de areia fina e clara. Tudo isso a cerca de 15 minutos de distância do movimentado aeroporto internacional de Punta Cana.

Marina, um hotspot de Cap Cana – Foto: Fernando Victorino

Não que eu estivesse com pressa de chegar ao Margaritaville Cap Cana. Mas, se pudesse, retardaria até o último momento o meu check-out. Integrante do grupo Karisma Hotels & Resorts, esse all inclusive vai na contramão do que vivi nos dias de hospedagem no Hotel da Nickelodeon em Punta Cana, membro do mesmo portfólio de resorts e hotéis de luxo. De modo direto e reto, foi como ter deixado o berçário para a vida adulta, sem escalas.

Descanso proporcional ao calor gigante do Caribe – Foto: Fernando Victorino

Como é o Margaritaville em Cap Cana

O Margaritaville Cap Cana compreende 40 vilas de luxo com piscina privativa e hospedagem destinada a adultos. Some-se a essas exclusivas ilhas de conforto 228 suítes, algumas das quais também com acesso direto a piscina particular. Nos dois casos não há vista para o mar, algo possível em acomodações como a Luxury Junior Suite, como a que eu fiquei por duas noites. Instalado no quinto andar do bloco de apartamentos mais próximo da praia, tive o privilégio de ver o sol nascer sem sequer sair da cama king. Sorry people.

De manhã ou à tarde, praticamente sem visual – Foto: Fernando Victorino

Essa suíte de 58m² tem um bom closet à esquerda da porta de entrada, ideal para concentrar a mala e as roupas da viagem, sem bagunçar o quarto todo com fragmentos de bagagem pelos cantos (tenho mania, algum problema?).

A cama king (ou mirante da alvorada) – Foto: Fernando Victroino

O banheiro busca recriar um clima de spa no quarto. Para mim, o chuveirinho do box serviu melhor do que a ducha. Eu só ajustei a regulagem de modo que ele ficasse em uma altura capaz de molhar o corpo todo. E o principal: com pressão d’água suficiente para relaxar as costas.

Onde o azul é mais azul – Foto: Fernando Victorino

Menção à parte a respeito da banheira de imersão. Ela ocupa uma posição estratégica, com boa visão para a smart TV, que é tão grande quanto aqueles monitores onde o pessoal apresenta a previsão do tempo nos telejornais. A divisória de madeira ao lado da banheira pode ser puxada, deixando a visão da tela desimpedida Além de sais de banho, há amenities para fazer esfoliação corporal durante o banho.

O spa particular da suíte – Foto: Fernando Victorino

As opções são tantas que fica até difícil escolher onde se instalar para melhor curtir a suíte. Não fosse pelo calor, eu teria ficado mais tempo na varanda, que tem vista para o mar e para as piscinas do Margaritaville Cap Cana.

De novo, a mesma situação encontrada no Nick Resort. O frigobar fica encastelado por um móvel, fazendo com que o motor produza tanto calor que não dá conta de gelar as bebidas. Por outro lado, a política do Margaritaville Cap Cana é a de que você abastece o seu frigobar com o que quiser.

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No mercado há de café a margaritas – Foto: Fernando Victorino

Para isso há o Joe Merchant’s, cafeteria e conveniência onde você compra comidas e bebidas do seu gosto e leva para o quarto. Há ainda duas máquinas, ingredientes e a receita passo a passo para você produzir sua própria margarita.

Aprenda com os profissionais – Foto: Fernando Victorino

Mais do que abrir a porta da sua acomodação, a pulseira entregue no check-in é carregada com crédito em pontos a serem gastos no mercadinho. Lógico que não é para fazer a despesa do mês, mas pelo menos você compra só o que realmente consome. Se você ultrapassar o crédito de pontos, o valor é acrescentado na sua conta no hotel.

O que fazer no hotel em Cap Cana

A história do Margaritaville Cap Cana passa pela música homônima do cantor e compositor americano Jimmy Buffett. Sucesso de 1977, a canção mudou a vida do músico, que ramificou sua atuação como empresário para o campo da hospitalidade. Mais do que um negócio, Margaritaville espelha um estado de espírito descontraído e casual. O chinelão na porta de entrada e trechos da canção de Buffett espalhados pelo hotel em Cap Cana dão a dimensão disso.

Letras de Jimmy Buffett estão por toda parte – Foto: Fernando Victorino

A rigor, há uma piscina principal em toda a área comum. Mas de tão recortada e sinuosa parece até se multiplicar ao olhar mais desatento. Ela abraça o principal ponto de encontro do resort durante o dia: o bar 5 O’Clock Somewhere, onde o barman fará o possível para que seu copo não fique vazio.

Sem sombra de dúvida, o melhor refúgio do calor – Foto: Fernando Victorino

Tanto no 5 O’Clock quanto no Punch Bar & Lounge os coquetéis são relativamente suaves na dosagem alcóolica. A piña colada desce como água. Já o meu mojitômetro não registrou algo memorável entre cinco tentativas (a margem de erro da pesquisa é de dois coquetéis, para mais ou para menos). As margaritas estão por toda a parte, até mesmo no café da manhã do restaurante Boathouse.

De sucos a biritas no café do Boathouse – Foto: Fernando Victorino

O Aperol Spritz é a minha sugestão para depois de um jantar italiano no Frank & Lola’s. Desejei o ossobuco alla milanese, cozido por 8 horas e servido com risoto de açafrão, molho de vinho Barolo e batatas ao alecrim. Agora imagine a frustração de salivar depois de ler toda essa definição no cardápio e descobrir que infelizmente não havia o prato naquela noite.

Salta aos olhos – Foto: Fernando Victorino

O saltimbocca alla romana substituiu com galhardia um jantar aberto com carpaccio (molho um pouco puxado no limão, até larguei meu mojito da vez para não criar uma overdose cítrica) e encerrado com cannoli de baunilha e de chocolate – gente do bairro paulistano da Mooca lamberia os beiços com a caprichosa versão do Margaritavile Cap Cana.

Iluminada sugestão de sobremesa – Foto: Fernando Victorino

Com seus cortes preparados em parrilla à lenha, o menu do JWB Steakhouse faz frente aos pratos sicilianos do Frank & Lolas’. A começar pela tábua de pão de cebola com molho chimichurri. Se eu não tivesse pedido carne como prato principal (ótimo, por sinal), certamente repetiria o saboroso par de empanadas. Se houvesse para a viagem…

Tem pra viagem? – Foto: Fernando Victorino

O segundo jantar selou um dia de dieta à base de muita proteína, iniciado no Rum Runners. Nesse restaurante de comida caribenha, há pratos no cardápio com o selo de instagramável. Meu pedido não tinha nada de fotogênico, mas certamente despertaria piadinhas de taolkeys no Twitter: provei a picalonga, comida típica da República Dominicana.

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Picalonga, prato típico da República Dominicana – Foto: Fernando Victorino

Com exceção do Table 10 (menu degustação), todos os restaurantes do Margaritaville Cap Cana são super casuais em relação ao uso de bermudas e chinelos. Por isso mesmo faça uma mala com roupas leves e, no máximo, um calçado fechado, que provavelmente será utilizado apenas nos voos.

O clima é de relaxamento e descontração, seja nos shows ao vivo no lounge do Punch Bar ou no after hour que rola na Landshark, a cervejaria artesanal que funciona dentro do resort. É possível conhecer a unidade de produção instalada logo atrás do balcão. A stout fabricada por eles é tostadaça, mas sem deixar aquele amargor de herança na boca. De 15 de setembro a 27 de outubro, a Landshark promove a primeira edição da sua Oktoberfest, a festa da cerveja inspirada no tradicional evento de Munique, na Alemanha.

Landshark tem um cervejaria atrás do balcão – Foto: Fernando Victorino

Bar que encerra a noite no resort em Cap Cana, a Landshark promove uma pitoresca balada silenciosa. Munidos de fones de ouvido, cada hóspede escuta a seleção comandada pelo DJ. Todo mundo na mesma vibe, dançando por entre as mesas do restaurante. Eu nunca havia experimentado isso com estranhos. Porque em casa eu só cozinho, lavo louça e faço faxina de fone na orelha. Senti falta da minha playlist com Doobie Brothers, Stones e Mutantes.

Em alto e bom som, a reggae night pré-balada silenciosa – Foto: Fernando Victorino

Se você chegou até o fim desse texto perguntando quando diabos eu vou falar da praia, meus parabéns! Duplamente. Por sua persistência e inteligência em notar que guardei o melhor para o fim. Relaxe e curta os próximos parágrafos.

Precisa legendar? – Foto: Fernando Victorino

Praia Juanillo é linda. Sofre com sargaço e o próprio canal interno de TV do Margaritaville Cap Cana não esconde se tratar de um problema relacionado às mudanças climáticas em todo o mundo, com consequências danosas para a natureza local, a razão do êxito como destino turístico.

Caminhada na direção do trecho sem sargaço – Foto: Fernando Victorino

Esse tipo de alga, que serve de alimento para tartarugas marinhas, peixes e aves, se acumula sobremaneira na praia, motivo pelo qual vê-se um trator todos os dias recolhendo punhados delas para posterior descarte adequado.

Turistas em Praia Juanillo – Foto: Fernando Victorino

Eu e outros hóspedes fomos aconselhados a caminhar cerca de três minutos para a esquerda em relação ao mar. É nítida a diferença. Poucos passos e o típico azul caribenho surge vívido. Eu fui ao píer próximo, de onde tirei fotos sobre a água. Estava sozinho, fiz um montinho com minhas coisas e, claro, me larguei no mar morninho e claro.

Visão da praia a partir do píer – Foto: Fernando Victorino

Sensação melhor do que essa só mesmo a do amanhecer em Juanillo, com um desfile de todos os tons possíveis produzidos pelo sol no horizonte.

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