Categoria: Museu

  • Ilha de Museus (Berlim): conheça os 5 na região central de Mitte

    Ilha de Museus (Berlim): conheça os 5 na região central de Mitte

    É uma ilha, posto que é cercada por água. Mas é acessível por terra, visto que nós chegamos até ela a pé. Uma vez ilha, poderíamos dizer, sem medo, que é paradisíaca, dada a quantidade de museus (5) que, reunidos, guardam em torno de 6 mil anos de história da humanidade. A Ilha de Museus (Museumsinsel) fica em uma faixa de chão envolvida pelo Rio Spree, no distrito de Mitte, região central de Berlim. Ali perto, fica outro museu imperdível para quem se interessa pela história da Alemanha Oriental, o DDR Museum (compre o ingresso).

    Em virtude do monumental acervo, é praticamente impossível ver tudo na Ilha de Museus em uma mesma visita. Se quiser conhecer só as principais obras expostas, reserve pelo menos 1 dia inteiro para isso. Nesse caso, a tarefa é facilitada porque os museus ficam perto uns dos outros.

    Mapa da Ilha de Museus Berlim Viagem Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    A proximidade explica porque quase todos eles terminaram arrasados ao final da Segunda Guerra. Além dos bombardeios sobre Berlim que destruíram muitas obras de arte, algumas peças foram roubadas em meio ao caos que tomou conta da cidade, sem falar na divisão feita em parte do acervo após a separação das Alemanhas. O processo de revitalização dos museus ainda não havia começado quando Nathalia esteve em Berlim, em 1992 – o 1º museu reaberto totalmente foi o Alte Nationalgalerie, 2 anos após a Unesco declarar a Ilha de Museus Patrimônio da Humanidade, em 1999.

    Cada prédio tem estilo arquitetônico próprio, motivo suficiente para conhecer o conjunto formado por eles. Visitar a Ilha de Museus é prestar adoração à arte, tomá-la como algo sagrado. A seguir, um resumo do que você vai encontrar em cada espaço.

    1 | Pergamonmuseum

    Quando Nathalia, Joaquim e eu atravessamos a Via Procissional da Babilônia, rapidamente entendemos o que aquele corredor desejava despertar nos visitantes que se aproximavam da cidade na região da Mesopotâmia. A ferocidade dos leões pintados nas paredes buscavam intimidar a quem desejasse transpor aquela fronteira sem que tivesse sido convidado a fazer isso.

    Não era o nosso caso. Vencido o grande corredor, nos depararmos com a majestosa Porta de Ishtar, um dos acessos para a cidade da Babilônia. Aquela imensidão de azulejos azuis vitrificados nos torna ínfimos diante de seus mais de 14 metros de altura e 30 metros de extensão. A luz natural que entra pelo teto do museu potencializa a grandiosidade arquitetônica da obra.

    Caçula da ilha, o Pergamon é o museu mais frequentado de Berlim, com 1 milhão de visitantes por ano. Erguido em 1930, está dividido em 3 espaços e se destaca por reconstruir partes de cidades da Antiguidade. Quando estivemos na Alemanha, o museu já se encontrava em reforma, mas ainda foi possível nos sentarmos na escadaria do Altar de Pérgamo, obra erguida no século 2 a.C e dedicada a Zeus.

    Joaquim e eu nos aboletamos nos degraus enquanto ouvíamos as explicações do audioguia (Quim não entendia nada do inglês que era dito, mas fazia aquela cara de conteúdo, que terminou despertando risos num grupo de estudantes sentados ao nosso lado).

    Veja o altar e o painel de 113 m em baixo relevo que narra a luta entre deuses e gigantes da mitologia. Na ala dedicada à arte islâmica encontram-se ruínas da fachada do palácio de Mshatta. Compre o ingresso com direito a audioguia.

    2 | Neues Museum

    Construído na metade do século 19, o Novo Museu foi bastante castigado pelas bombas na Segunda Guerra, permanecendo em ruínas até 1999. Restaurado e reaberto 10 anos depois, apresenta peças de arte egípcia e coleções que abrangem do período Paleolítico à Idade Média. Vale ver o busto da rainha Nefertiti, encontrado em 1912 durante escavações em Amarna, capital do Egito Antigo. Compre o ingresso sem fila e com audioguia.

    Neues Museum (à direita) e cúpula da Catedral de Berlim (ao fundo)

    3 | Altes Museum

    Inaugurado em 1830, é o mais antigo museu da ilha, obra de arquitetura neoclássica do renomado Karl Friedrich Schinkel, que projetou um pórtico de quase 90 metros de altura, sustentado por 18 colunas em estilo jônico. Trata-se do maior e mais importante acervo de arte antiga, com peças greco-romanas e etruscas. Esculturas, vasos, moedas e joias estão entre as peças em exposição, com destaque para a estátua da Deusa Berlim. Veja também as representações dos rostos de Júlio César e Cleópatra.

    Altes Museum Berlim Museu Ilha Museumsinsel Viagem Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViaja
    Altes Museum, o mais antigo da Ilha

    4 | Bode-Museum

    Por fora, é o prédio que mais passa a sensação de que os museus ficam mesmo sobre uma ilha — sua estrutura lembra um pouco a proa de um navio. Esculturas produzidas do início da Idade Média até o final do século 18, obras do Período Bizantino, de parte do Renascimento Italiano e uma das maiores coleções de moedas do mundo fazem parte do acervo do museu, que leva o sobrenome de seu 1º diretor, Wilhelm von Bode. Há uma galeria para as crianças participarem de oficina de artesanato, lerem ou ouvirem histórias.

    ILHA DE MUSEUS
    Bode Museum, cuja arquitetura lembra a proa de um navio

    5 | Alte Nationalgalerie

    Depois de projetar o Neues Museum, o arquiteto Friedrich August Stüler se inspirou na Acrópole de Atenas para erguer a Antiga Galeria Nacional, inaugurada em 1876. Lá estão obras do século 19 doadas pelo banqueiro Joachim Heinrich Wilhelm, principalmente quadros de Caspar David Friedrich, representante da pintura romântica alemã.

    O museu foi o primeiro do mundo a comprar quadros impressionistas, de Édouard Manet e Claude Monet, em 1896. Atualmente o acervo é inspirador, com quadros também de Pierre-Auguste Renoir e Paul Cézanne – difícil fazer Nathalia querer sair do 2º pavimento, dedicado ao impressionismo.

    1º museu a investir em Impressionistas – Foto: @ComoViaja

    VALE SABER:

    Endereço: A Ilha de Museus fica em Mitte, perto da Catedral de Berlim (Berliner Dom)

    Funcionamento: De terça a domingo, das 10 às 18 horas. Os 5 museus fecham às segundas

    Preço: Altes Museum e Bode-Museum, 10 euros cada; Pergamonmuseum e Alte Nationalgalerie, 12 euros cada; Neues Museum, 14 euros. O ingresso que dá acesso a todos os museus custa 19 euros (ou seja, se você já tiver interesse em visitar pelo menos 2 museus, esse é o bilhete a ser comprado).

    Há ainda a opção de comprar o ingresso do Pergamonmuseum (com direito a audioguia) e o ingresso do Neues Museum (sem fila e com audioguia), com a GetYourGuide, empresa alemã que vende tours e entradas de atrações em destinos pelo mundo.

    Transporte: Se os museus ficam em uma ilha, natural que uma das maneiras de se chegar até lá seja navegando. Em Berlim, há várias empresas que realizam passeios de barco pelo rio Spree, cada uma com um píer próprio.

    De metrô (U-Bahn), use a linha U6 e desça na Friedrichstrasse

    De trem (S-Bahn), utilize as linhas S1, S2, S25 e desça também na Friedrichstrasse ou as linhas S5, S7 e S75 para descer na Hackescher Markt

    De tram (trem de superfície), use as linhas M1 ou 12, que param na Am Kupfergraben ou M4, M5, M6 e desça em Hackescher Markt

    De ônibus, tome as linhas 100 e 200 e desça no Lustgarten (o Jardim das Delícias fica em frente à entrada do Altes Museum) ou pegue o TXL e salte na Staatsoper ou ainda utilize a linha 147 e desça na Friedrichstrasse

    Alimentação: Cada um dos 5 museus possui um café. Paramos para um lanche rápido dentro da Alte Nationalgalerie. Enquanto folheou livros infantis, Joaquim faturou umas 4 ou 5 madeleines, aqueles bolinhos franceses em forma de conchas que acompanham uma xícara de café. Virou fã. Agora acha que tem madeleine sempre que paramos para um café

    Dicas: Se a ideia for se aprofundar um pouco mais sobre acervos e exposições, pergunte na bilheteria sobre audioguias.

    Lembre-se de andar com moedas de 1 euro se quiser usar os guarda-volumes dos museus. A moeda é usada para abrir o compartimento. Quando você retira suas coisas, ela é devolvida

    Site: smb.museum

  • 13 museus para crianças na Alemanha

    13 museus para crianças na Alemanha

    Confira uma lista de museus na Alemanha com atividades para criança. Visitamos vários em diversas cidades e contamos como eles são. Alguns são dedicados aos pequenos, outros mantêm áreas lúdicas ou interativas

    Sobram museus na Alemanha, e igualmente não faltam possibilidades de se levar crianças para aprender e se divertir neles. A dica é escolher a área de interesse e explorar, já que uma viagem nunca será suficiente para englobar tudo. Em nosso roteiro, priorizamos assuntos como comunicação e tecnologia. Além da vocação do país para máquinas e aparatos tecnológicos, apostamos que os acervos interessariam tanto a nós, os pais, quanto ao filho, Joaquim, então com 5 anos. Acertamos, máquinas e afins agradaram aos três.

    Outro tipo de instituição que ficamos curiosos em conhecer foi o Kindermuseum, museu das crianças. Adoramos a ideia. Seria tão bacana se no Brasil tivéssemos algo parecido. As 5 cidades que visitamos na nossa viagem em família pela Alemanha têm seu Kindermuseum. Eles não expõem necessariamente experimentos da ciência ou temas que a meninada estuda no colégio. São lugares dedicados a formar futuros frequentadores de museus. Com formatos e estruturas diferentes, proporcionam a garotada aprender experimentando e, assim, se sentirem à vontade dentro de um museu.

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
    ATIVIDADE INFANTIL NO MUSEU DA COMUNICAÇÃO, EM FRANKFURT — Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Também vimos crianças em instituições focadas em arte e cultura, com pais ou professores. E nós levamos Joaquim para conhecer, por exemplo, as esculturas da Antiguidade Clássica e o majestoso altar do Pergamonmuseum, que guarda ainda belos painéis e artefatos islâmicos em Berlim. Mas não incluímos essas instituições tradicionais na lista abaixo, tampouco os completos museus de carro existentes na Alemanha — no da Mercedes, além de veículos, descobrimos a história do automóvel.

    Aqui selecionamos lugares que mexem com o lado lúdico ou criativo da meninada. Reunimos 13 museus para começar. Mas esta lista pode crescer. Se descobrirmos novos programas ou instituições indicados para a garotada, vamos incluir a seguir. Veja só o que separamos para você levar a criança para dentro do museu na Alemanha:

    1, 2, 3 | MUSEUM FÜR KOMMUNIKATION (MUSEU DA COMUNICAÇÃO, EM BERLIM, FRANKFURT E NUREMBERG)
    Levar uma criança a um museu da comunicação é mais ou menos como apresentá-la aos dinossauros de um acervo de história natural. Muito do que ela verá deixou de existir faz tempo, mas nunca é demais saber de onde evoluímos. Na Alemanha, a Fundação de Museus de Correios e Telecomunicações mantém 3 instituições nas cidades de Berlim, Nuremberg e Frankfurt. O museu na capital alemã ficava quase em frente ao nosso hotel. Na chegada, Joaquim levou um susto ao ser saudado por 1 dos 3 simpáticos robôs que circulam pelo átrio. Lúdicas, as atrações das galerias interativas fizeram sucesso com nosso filho.

    Berlim Criancas Alemanha Viagem Museu da Comunicação Museum fur Kommunikation - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (768x1024)
    Alemanha Criancas Nuremberg Viagem Museu da Comunicação Museum fur Kommunikation - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (738x900)

    Em Nuremberg, o Museum für Kommunikation compartilha o prédio com o Deutsche Bahn Museum, museu de trens na cidade. Antes de conhecer o Kibala, a área infantil com o universo das ferrovias, Joaquim usou um telefone de disco para uma rápida conversa com o pai — acho curioso e pesado experimentar essa forma de comunicação. Apesar de vivermos a era da internet — e uma exposição discutir nosso papel como consumidores e produtores de conteúdo na grande rede –, brincar de apresentador de televisão, gravar seu programa em um estúdio e enviá-lo por e-mail ainda pode ser bem interessante para crianças.

    Alemanha Criancas Viagem Frankfurt Museu da Comunicação Museum fur Kommuminkation - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3) (800x507)

    Assim como na unidade de Nuremberg, também havia um correio pneumático no museu da comunicação de Frankfurt, no setor reservado à atividade infantil com monitores da instituição. Joaquim achou o máximo o sistema que transporta mensagens por uma rede de tubos. Ele escreveu um bilhete e enviou por um buraco, viu a cápsula com seu escrito viajar pelo espaço e foi encontrá-la em outro ponto do sala. Quim ainda usou uma pena para escrever seu nome em um cartão, enquanto nós, os jornalistas, voltamos ao passado que não vivemos e usamos tipos móveis para imprimir nossa marca, Como Viaja.

    VALE SABER

    Funcionamento: Berlim: Quarta a sexta, das 9 às 17 horas — terça, até as 20 horas; sábado, domingo e feriado, das 10 às 18 horas / Frankfurt: Terça a sexta, das 9 às 18 horas — sábado, domingo e feriado, das 11 às 19 horas / Nuremberg: Terça a sexta, das 9 às 17 horas — sábado, domingo e feriado, das 10 às 18 horas

    Preço: Berlim: 4 euros — menores de 18 anos, grátis / Frankfurt: 3 euros — entre 6 e 16 anos, 1,50 euro; até 5 anos, grátis / Nuremberg: 5 euros —  entre 6 e 17 anos, 2,50 euros; até 5 anos, grátis; bilhete familiar, 10 euros

    Site: mfk-berlin.de; mfk-frankfurt.de; mfk-nuernberg.de

    4 | LABYRINTH KINDERMUSEUM (MUSEU DAS CRIANÇAS, EM BERLIM)

    Na base da brincadeira, as crianças assumem o papel de construtores, arquitetos e urbanistas e transformam o pedaço de cidade instalada dentro do museu. Essa é a proposta da exposição Platz da! Kinder machen Stadt (algo como Abram caminho! As crianças fazem a cidade), prorrogada até 18 de abril de 2017. No Labyrinth, um tema é escolhido para ser explorado pelas crianças de modo nada contemplativo, mais sensorial. Nesse ambiente de ‘aprender fazendo’ multidisciplinar, meninos e meninas entre 3 e 12 anos descobrem o mundo ao seu redor. Estações são montadas para explorar diferentes aspectos de um mesmo assunto.

    VALE SABER

    Funcionamento: Sábado e domingo, das 11 às 18 horas — sexta, a partir das 13 horas

    Preço: 5,50 (adultos e crianças a partir de 2 anos) — às sextas, a entrada custa 1 euro a menos; bilhete familiar (2 adultos e até 4 crianças), 16 euros

    Site: labyrinth-kindermuseum.de

    5 | DEUTSCHES TECHNIKMUSEUM (MUSEU DA TECNOLOGIA, EM BERLIM)

    O bombardeiro suspenso no alto do prédio é um símbolo do Museu Alemão de Tecnologia. Só mesmo a ciência e a técnica para fazerem um avião parecer flutuar sobre o que já foi uma grande área industrial de Berlim.

    O moderno edifício de 5 andares concentra velhos e novos conceitos de tecnologia, do tear ao computador. Há exemplares valiosos de aeronaves que repassam, de modo cronológico, os 200 anos de história da aviação alemã. Tecnologia aeroespacial, escrita e impressão, transporte e navegação, cada área possui um rico acervo e muito conhecimento a ser adquirido em forma de atividades interativas. No setor de ferrovia, até estações de trem são reconstituídas.

    Não tente encarar os 25.000 m² de exposições. Se a criança gostar mais de aviões, carros e barcos não existe razão para circular por toda a ala de engenharia química e farmacêutica. Como o dia de visita pode ser puxado, vale comer no Café Anhalt, localizado no térreo, e que tem um bom apflestrudel com sorvete de baunilha.

    Berlim Crianca Museu da Tecnologia Alemanha -Foto Nathalia Molina @ComoViaja (765x1024)

    VALE SABER

    Funcionamento: Terça a sexta, das 9 às 17h30; sábado, domingo e feriado, das 10 às 18 horas

    Preço: 8 euros, adultos — menores de 6 anos, grátis; bilhete familiar (1 adulto e 2 menores de 17 anos, 9 euros) ou (2 adultos e 3 menores de 17 anos, 17 euros)

    Site: sdtb.de

    Berlim Criancas Museu Alemanha Viagem Tecnologia Deutsches Technikmuseum - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2)

    6 | MUSEUM FÜR NATURKUNDE (MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL, EM BERLIM)

    Os mineirais, os fósseis, os animais, todos os itens expostos no museu são resultado de muita pesquisa e investigação, fazendo com que o acervo seja permanentemente atualizado. Resultado de uma expedição feita no atual território da Tanzânia, na África, 250 toneladas de ossos de dinossauros foram encontradas e mandadas para Berlim, desde o início do século 20. Reorganizados, eles ajudaram a compor a maior parte do acervo de animais pré-históricos do museu. Destaque para o Braqueosauro exposto no centro do espaço Evolução em Ação. Com 13 metros e 27 centímetros de altura, trata-se do maior esqueleto de dinossauro montado no mundo.

    Quem for ao museu pode ver de perto também um exemplar de Tiranossauro Rex, cuja ossada foi achada durante escavações feitas em Montana, nos Estados Unidos. O esqueleto está temporariamente emprestado para fins de estudo e pesquisa.

    VALE SABER

    Funcionamento: Terça a sexta, das 9h30 às 18 horas — sábado e domingo, a partir das 10 horas

    Preço: 8 euros — criança entre 6 e 14 anos, 5 euros; até 5 anos, grátis; ticket de família (2 adultos e até 3 crianças abaixo de 14 anos); 15 euros; bilhete para família pequena (1 adulto e até 2 crianças abaixo de 14 anos), 9 euros

    Site: naturkundemuseum.berlin

    7 | DEUTSCHES MUSEUM (MUSEU DE TECNOLOGIA, EM MUNIQUE)

    Nem um dia inteiro será suficiente para ver tudo o que se encontra no museu, um dos maiores do mundo em matéria de tecnologia e ciência natural. Para se ter ideia, algumas alas estão fechadas para modernização (a reabertura total está prevista para 2019) , mas ainda assim é possível visitar setores interessantes, como os de transporte, computação e astronomia.

    Território exclusivamente dedicado às crianças, o Kinderreinch fez a alegria de Joaquim durante nossa visita. O reino da garotada no Deutsches Museum também passa por revitalização e volta a funcionar em 4 de junho de 2016.

    KINDERREICH, EM MUNIQUE

    VALE SABER

    Funcionamento: Diariamente, das 9 às 17 horas

    Preço: 11 euros, adultos — menores de 6 anos, grátis; bilhete família (2 adultos com menores até 15 anos), 23 euros

    Site: deutsches-museum.de

    8 | FB BAYERN ERLEBNISWELT (MUSEU DO BAYERN, EM MUNIQUE)

    Recomendado à geração Playstation, o museu do Bayern de Munique tem acervo que inclui todos os troféus conquistados pelo maior campeão do futebol alemão e mais uma parte digital com informações sobre jogos históricos, ídolos e estatísticas do clube fundado em 1900. Há atividades interativas para crianças e adultos. Joaquim, que não era fã de futebol, virou torcedor do Bayern depois de nossa visita ao museu.

    O espaço está instalado no nível 3 da Allianz Arena, estádio onde o clube bávaro joga e pelo qual também fizemos o tour. Como fica distante do centro de Munique, vale a pena combinar os dois programas. Nós passamos um ótimo dia por lá.

    Museu do Bayern, Munique, Futebol, Esportes4, Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

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    Funcionamento: Diariamente, das 10 às 18 horas (em dias de jogos do Bayern, só quem tem ingresso pode visitar o museu, que fecha quando o Munique 1860 joga na Allianz Arena)

    Preço: 12 euros — maiores de 14 anos; crianças entre 6 e 13 anos, 6 euros — menores de 5 anos, grátis

    Site: fcb-erlebniswelt.de

    9 | SPIELZEUGMUSEUM (MUSEU DE BRINQUEDOS, EM MUNIQUE)

    O tamanho diminuto parece adequado para um espaço que pretende expor brinquedos. O Spielzeugmuseum, em Munique, está instalado na torre do prédio medieval da antiga prefeitura da cidade (Altes Rathaus). Naquela ponta que se vê no canto da praça central de Munique, a cada andar uma salinha expõe a coleção do museu. É um programa rapidinho, que pode ser feito numa das muitas passadinhas que se dá pela Marienplatz quando se visita a capital da Baviera.

    Munique Marienplatz Alemanha Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1)

    Na visita, sobe-se de elevador até o 5º andar, para ir descendo depois. Uma estreita escada em caracol liga os pisos com brinquedos (são 4; um deles é fechado ao público) que inspiram ter muita história. As vitrines não têm cara de showroom de fabricante.

    A graça do Spielzeugmuseum está justamente na simplicidade. O acervo está mais para uma coleção de fato. Como se a vovó tivesse juntado os brinquedos de sua mãe, os seus e os das gerações futuras até chegar às atuais. A exposição inclui de artefatos do século 19 até exemplares mais modernos como bonecas e robôs. Antes do lançamento mundial recente da Barbie em várias silhuetas, foi curioso ver que a boneca também existia com cabelos ruivos ou escuros quando lançada.

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    Funcionamento: Diariamente, das 10 horas às 17h30

    Preço: 4 euros — criança de 4 a 15 anos, 1 euro; ticket de família (com filhos de até 15 anos), 8 euros

    10 | KINDER MUSEUM (MUSEU DAS CRIANÇAS, EM FRANKFURT)

    Coleção de figurinha, de boneca, de dinossauro, de bolinha, de adesivo, de lápis de cor. Criança junta tudo. Adulto também, só muda o objeto de desejo. Alguns inventam de expandir isso e chegam a uma coleçãozona, a essência de um museu. Quando visitamos o Kinder Museum Frankfurt, vimos a exibição Sammelfieber — Von den Dingen und Ihrer Geschichte (algo como A Febre de Colecionar — Das Coisas e Sua História), que mostrava exatamente isso: como surgem e são feitas as coleções. Nosso filho montou a dele, com objetos disponíveis no programa interativo da exibição.

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    Parte do Historisches Museum Frankfurt, o museu histórico da cidade, o Kinder Museum foi aberto em 1972, com o objetivo de aproximar as crianças do universo dos museus, para formar o público do futuro. Quando pagamos as entradas, Joaquim recebeu um papelzinho com ‘tarefas’ para ir seguindo as partes visitadas na exposição sobre coleções. Ele curtiu ainda a sala com máquinas de escrever e outra com jogos de computador simulando restaurações em obras de arte.

    Alemanha Criancas Viagem Frankfurt Museu Kinder Museum - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1)

    Pequenino, o museu é um programa tranquilo de fazer com crianças, pelo tamanho e pelo fácil acesso. Fica num ponto mais do que central da cidade, o Hauptwache. A estação de mesmo nome é o entroncamento das várias linhas de transporte de Frankfurt. Nós chegamos mesmo caminhando. O museu fica escondidinho no nível abaixo da praça, no mezzanino. Dá para comer sanduíches com as famosas salsichas alemãs no quiosque em frente à entrada. Nós aprovamos a dobradinha.

    VALE SABER

    Funcionamento: Terça a domingo, das 10 às 18 horas — durante as férias escolares alemãs, pode abrir também às segundas

    Preço: 4 euros — ticket de família, 9 euros

    Site: kindermuseum.frankfurt.de

    11 | DEUTSCHE BAHN MUSEUM (MUSEU DO TREM, EM NUREMBERG)

    Os mais de 180 anos de história da ferrovia na Alemanha são contados a partir de objetos e trens expostos — das velhas locomotivas a vapor aos modernos modelos de alta velocidade.

    Com 500 metros de trilhos e 30 miniaturas elétricas controladas por um funcionário do museu, uma grande maquete ganhou a atenção de Joaquim durante nossa visita a esse museu em Nuremberg. Para as crianças, há ainda o Kibala, área totalmente interativa e que inclui passeio a bordo de um trenzinho pelos quase 1.000m² do lugar.

    Crianca Trem Deutsche Bahn Museu Nuremberg - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1)

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    Funcionamento: Terça a sexta, das 9 às 17 horas — nos fins de semana e feriados, das 10 às 18 horas

    Preço: 10 euros (quem tiver ticket de trem ou metrô do dia paga só 4 euros) – entre 6 e 17 anos, 2,5 euros; até 5 anos, grátis; bilhete familiar (2 adultos e até 4 crianças), 4 euros

    Site: dbmuseum.de

    12 | SPIELZEUGMUSEUM (MUSEU DE BRINQUEDOS, EM NUREMBERG)

    A relação de Nuremberg com a fabricação de brinquedos vem desde a Idade Média. A produção industrial local ganhou tanta importância no século 19 que a cidade virou referência mundial em matéria de brinquedo — a mais importante feira internacional do gênero é realizada, anualmente, desde 1950, e o museu reflete a evolução da sociedade a partir destes objetos.

    Aberto em 1971, o Spielzeugmuseum agrada à família inteira. Antigos passatempos de madeira, bonecas e suas casas ricamente decoradas, brinquedos mecânicos e miniaturas estão em exposição pelos 4 andares do casarão de fachada renascentista. No verão, a brincadeira se espalha pelo quintal onde funciona o Café La Kritz.

    VALE SABER

    Funcionamento: De terça a sexta, das 10 às 17 horas (sábados e domingos, até 18 horas; durante a feira internacional de brinquedos, até 20 horas)

    Preço: 5 euros (adulto); 5,50 euros (1 adulto e 3 menores de 18 anos) ou 10,50 euros (2 adultos e 3 menores de 18 anos)

    13 | JUNGES SHCLOSS — KINDERMUSEUM (MUSEU DAS CRIANÇAS, EM STUTTGART)

    Joaquim já havia experimentado um capacete de cavaleiro medieval e um chapéu de camponês no Landesmuseum Würtemberg, museu sobre história e cultura em Stuttgart. Quando visitamos o Junges Schloss, museu infantil instalado na mesma construção, o antigo castelo (Alten Schloss), ele subiu de vez na vida: botou não apenas a coroa, mas a roupa toda de rei.

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    Chamado também de Kindermuseum (a esta altura, se você não sabe alemão como nós, já deve imaginar que se trata do museu das crianças), o setor é dedicado a exposições temporárias voltadas para a garotada. Achamos esse conceito muito interessante porque a meninada tem sempre algo novo para aprender por lá.

    As atividades são pensadas para envolver as crianças no tema proposto. Até 26 de junho de 2016, por exemplo, está em cartaz Römische Baustelle! Eine Stadt entsteh (numa tradução livre, Canteiro de Obras Romano! Uma Cidade Criada). Durante nossa visita, Quim participou de tudo que envolvia a exposição sobre a Rússia — diversas princesas de lá se casaram com nobres de Württemberg, trazendo influências e costumes de sua origem para a região no sul da Alemanha.

    Nosso filho escreveu no quadro-negro usando o alfabeto cirílico, viu de dentro de uma carruagem um filme com a paisagem que a nobre teria apreciado em sua viagem a partir da Rússia, montou quebra-cabeças com o mapa do roteiro percorrido, desenhou padronagens tipicamente russas em colheres de madeira. E ainda teve disposição para brincar de jogo da memória com uma das monitoras.

    VALE SABER

    Funcionamento: Terça a domingo, das 10 às 17 horas

    Preço: 3,50 euros — crianças entre 4 e 12 anos, 2 euros; até 3 anos, grátis; ticket de família (2 adultos e 2 crianças de 4 a 12 anos), 9 euros; bilhete de família pequena (1 adulto + 1 criança entre 4 e 12 anos), 5,50 euros

    Site: landesmuseum-stuttgart.de

  • Em Munique, o museu de ciência e tecnologia para criança

    Em Munique, o museu de ciência e tecnologia para criança

    O Kindereich, dentro do Deutsches Museum, museu de Munique, mostra ciência e tecnologia de modo divertido para criança na Alemanha. Garotada brinca com Instrumentos musicais, cordas, bolinhas e tintas de pintura

    ATUALIZADO EM 16 DE MARÇO DE 2017

    O aviso na entrada era expresso: adulto só entrava acompanhado por criança. Estávamos num dos mais completos museus que visitamos na Alemanha, em Munique: o Deutsches Museum. Como nosso filho, Joaquim, esteve conosco durante o tour pelo país, Nathalia e eu tivemos passe livre para entrar no Kinderreich, espaço onde a ciência é apresentada de modo divertido e intuitivo para quem, às vezes, ainda nem sabe ler. Com 8 setores, o salão era amplo. Grande mesmo, a ponto de ter dentro dele um caminhão de bombeiro, alegria da meninada, que sobia e descia, entrava e saía do veículo sem parar.

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos e vídeo: Nathalia Molina @ComoViaja

    Agora vamos ver o que reserva às crianças a extensa reforma em andamento no Deutsches Museum. Atualmente, o maior museu da capital da Baviera tem algumas áreas fechadas, entre elas o subsolo onde se localizava o setor dedicado à garotada quando fizemos nossa viagem em família pela Alemanha. Deve reabrir inteiramente renovado em 2019.

    Até lá, o Kinderreich funciona no piso térreo, com experiências novas. Entre elas estão grandes blocos de Lego para construir espaços e entrar neles, além de uma oficina de arte e de um painel para traçar o caminho de bolinhas rolando.

    Como é o museu para crianças em Munique

    Munique Museu Deutsches Museum Alemanha Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (6) (751x1024)Deutsches Museum Munique Museu Alemanha Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (14) (778x1024)

    O Deustches Museum por si só já desperta o interesse de crianças acima de uns 5 anos. Gigante, o museu bávaro reúne uma coleção invejável relacionada à ciência e à tecnologia, que inclui do sistema solar a máquinas voadoras. Devido à revitalização, diversas partes estão fechadas ao público, como o rico setor de fotografia e filmagem. Mas, não se preocupe, há sempre algo bacana para ser visto pela família toda.


    Especificamente sobre o Kinderreich, a proposta é fazer com que as cerca de 200 mil crianças de 3 a 8 anos que visitam essa área infantil por ano entrem em contato com as leis da natureza e tomem gosto pela ciência de um modo menos acadêmico, mais divertido. Nada de ciência da forma clássica. Sem perceber, a meninada aprende tudo, com rapidez.

    Acho fascinante existirem espaços com esse acervo tecnológico, essas demonstrações científicas, voltados para crianças. Eu só conhecia algo semelhante em 2 lugares em São Paulo: o Museu Catavento e a Estação Ciência (fechada para reforma faz tempo). A estrutura é bem diferente, mas o objetivo é o mesmo.

    O que fazer no Kinderreich

    Deutsches Museum Criancas Kinderreich Munique Museu Alemanha Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (7) (866x1024)

    No Kinderreich, Quim brincou com barquinhos num sistema de eclusas, mexeu no computador (os programas disponíveis mostram a imagem da criança na superfície da água e explicam o funcionamento do Corpo de Bombeiros, entre outras atividades), girou com a mãe uma roda de madeira para guiar bolinhas coloridas por canaletas até círculos da mesma cor.

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    Por mais que tudo estivesse acessível (e a ideia é fazer com que as crianças explorem cada objeto exposto), é sempre legal ficar de olho. Aos 5 anos, Joaquim estava meio sem saber como agir com um conjunto de polias e roldanas. Dei uma força – quer dizer, mais ou menos, já que o conceito dessa máquina simples é justamente facilitar a tarefa de erguer cargas pesadas. Não preciso dizer que ele adorou subir e descer sentado sobre um disco de metal sendo que eu só precisava puxar uma corda para erguê-lo. De quebra, nosso filho aprendeu algo que – na teoria – ele estudará a fundo lá pela adolescência.

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    Embora algumas partes do Kinderreich ainda fossem sofisticadas para seu entendimento, Joaquim passou por todas elas, no nosso roteiro em família — leia textos sobre viagem à Alemanha com criança. Mas, assim, sem formalidade, absorveu alguns conceitos de ótica e astronomia, ali dispostos em forma de experimentos práticos para as crianças. No Theodor Heuss, barco salva-vidas que leva o nome do primeiro presidente alemão, antes da reforma atual, era possível ver por espaços abertos a sala de comando, a cabine de passageiros e a sala das máquinas. Não se podia visitar o interior da embarcação.

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    Joaquim sempre foi musical. Por isso, o espaço em que ele mais se sentiu à vontade no Kinderreich foi o departamento com instrumentos, facilmente identificado por um enorme violão. É possível não só dedilhá-lo (isso, sim, exige esforço), bem como entrar em seu interior.

    Há também instrumentos de percussão e, numa sala fechada, um piano de armário. Joaquim, que nunca havia chegado perto de um, se sentou e saiu tocando uma sinfonia própria, composta ao sabor do improviso e da livre exploração. Como convém tudo no Kinderreich.

    [youtube https://youtu.be/IVz2vANN7SQ]

    VALE SABER

    Endereço: Museumsinsel 1

    Transporte: Todo tipo de transporte público serve para se chegar ao Deutsches Museum. A estação de trem (S-Bahn) mais próxima é a Isartor. De U-Bahn (transporte urbano da cidade), as opções são as linhas 1 e 2, descendo na estação Fraunhoferstrasse. Se optar pelo tram (bonde), pegue o 16 (Deutsches Museum), o 17 (Fraunhoferstrasse) ou o 18 (Isartor). Também levam até lá as linhas de ônibus 132 (Boschbrücke), 52 e 62 (ambas, Baaderstrasse)

    A pé da Marienplatz dá cerca de 20 minutos de caminhada em terreno plano. O percurso inclui passagem por 2 pontos turísticos de Munique: o Viktualienmarkt e o Isartor, 1 dos 4 portais que protegiam a cidade no período medieval

    Deutsches Museum Munique Museu Alemanha Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (5) (672x900)

    Funcionamento: O setor infantil funciona todo dia, das 9 horas às 16h45 — o Deutsches Museum fica aberto até as 17 horas

    Preço: Para acessar o Kinderreich, é preciso pagar o ingresso regular do museu: adulto, a 11 euros — crianças de 6 a 15 anos, 4 euros; até 5 anos, grátis; maiores de 65 anos e portadores de necessidades especiais, 7 euros. O ticket para a família, válido para 2 adultos com crianças até 15 anos, custa 23 euros

    Deutsches Museum Criancas Kinderreich Munique Museu Alemanha Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (21) (654x800)

    Alimentação: Há um restaurante no mezzanino (segunda a sexta, das 9 às 17 horas; sábado e domingo, até 15h30 — refeições quentes, sempre entre 10h30 e 15 horas). O Deustches Museum dispõe de 3 cafés: no térreo e no piso 3, eles vendem também lanches; dentro da loja do museu, há máquinas automáticas com opções para comer e beber. Existe ainda uma área para piquenique no térreo — tem espaço com trocadores.

    Site: Kinderreich no Deutsches Museum


    *Quando você reserva pelo Booking, um percentual do valor é repassado ao Como Viaja. Assim, você contribui para que a gente continue a escrever aqui. Conheça todos os parceiros do Como Viaja, que oferecem passagens, hotéis, guias e reservas de atrações

  • 9 museus de chocolate na Europa

    9 museus de chocolate na Europa

    A história do chocolate e degustações são parte do passeio por museus da Europa, em Paris, Berlim, Barcelona, Bruges, Viena e Praga. Conheça 9 opções para visitar e fazer doces comprinhas

    ATUALIZADO EM 25 DE MARÇO DE 2018

    Como maiores consumidores de chocolate do mundo, os europeus organizam vários eventos temáticos durante o ano — leia sobre 9 festivais de chocolate na Europa. Impressiona também a quantidade de museus voltados para o consumo (intelectual e orgânico) do chocolate.

    Com ligeiras alterações, essa sequência de fatos é contada praticamente do mesmo jeito em todos os museus, da Alemanha à Suiça, passando pela Bélgica, pela Espanha e pela Inglaterra. Por essa razão, a criatividade é fundamental na hora de seduzir o visitante — se for para pegá-lo, que seja pela boca!

    A seguir uma pequena lista de museus que compartilham história, receitas e brincadeiras com adultos e crianças, e onde o salgado pode, no máximo, ficar por conta do preço da entrada.

     

    1, 2, 3 > CHOCO-STORY (FRANÇA, BÉLGICA E REPÚBLICA TCHECA)

    Chocolate, Museu, Europa, Choco-Story, Bruges - Foto Divulgacao
    CHOCO-STORY, EM BRUGES – Fotos: Divulgação

    A marca Choco-Story tem 3 museus no continente europeu: em Paris, em Bruges e em Praga. Mas na capital francesa o lugar leva o nome de Le Musée Gourmand du Chocolat. Em todas, o acervo mostra o chocolate da origem do cacau às receitas que fazem todos salivar. Na unidade de Bruges, instalada num edifício do século 15, as crianças recebem uma missão: quem completa oito tarefas ganha um prêmio no fim da visita.

    VALE SABER

    Funcionamento: Diariamente — Paris: das 10 às 18 horas (entrada até as 17 horas); Bruges: das 10 às 17 horas (tickets à venda até as 16h45); Praga: atualmente, das 9h30 às 19 horas, mas o horário de funcionamento muda cerca de 4 vezes por ano (geralmente antes e depois do Natal e do verão)

    Preço: Paris: 11 euros — crianças de 6 a 12 anos, 8 euros; Bruges: 8 euros — crianças de 6 a 11 anos, 5 euros; Praga: 270 coroas tchecas — de 6 a 15 anos, 199 coroas tchecas

    Sites: museeduchocolat.fr; choco-story.be; choco-story-praha.cz

    Chocolate, Bélgica, Bruges, Museu Choco-Story - Foto Divulgacao

    4 > SCHOKOMUSEUM (ÁUSTRIA)

    Em Viena, o visitante é apresentado à história do cacau, vê um antigo maquinário usado na fabricação de chocolate e pode provar especialidades saídas diretamente da linha de produção. Isso porque o museu oferece visitas guiadas (em inglês, terça e quinta, às 13 horas) e mantém a produção durante a semana (de segunda a quinta, das 9 horas às 15h30; sexta, até o meio-dia; dependendo da temporada, a empresa informa que pode ser necessário parar a produção)

    VALE SABER

    Funcionamento: De segunda a sábado, das 9 às 16 horas — domingo, a partir das 10 horas (de 1º de outubro a 31 de março)

    Preço: 6 euros — crianças entre 5 e 10 anos, 5 euros; até 4 anos, grátis

    Site: schokomuseum.at

     

    5 > CADBURY WORLD (INGLATERRA)

    Inaugurado há 25 anos, o museu da empresa inglesa de confeitos não possui tour guiado e as visitas precisam ser agendadas. As salas são interativas e há uma sessão de cinema 4D. Para alegria da criançada, a rua onde John Cadbury abriu sua primeira loja, em 1824, foi reproduzida em detalhes no museu.

    VALE SABER

    Funcionamento: Varia conforme o período do ano. Veja o calendário disponível no site, no link Plan Your Visit / Opening Times. O museu está sempre aberto das 10 às 14 horas, mas em alguns dias pode abrir às 9 horas ou fechar às 16h30

    Preço: 17 libras — 12,50 libras para crianças de 4 a 15 anos; ingresso familiar (2 adultos e 2 crianças) custa 51 libras; (2 adultos e 3 crianças, 61 libras)

    Site: cadburyworld.co.uk

    Foto Visit Britain/Divulgação
    Foto: Visit Britain/Divulgação

    6 > BELGIAN CHOCOLATE VILLAGE (BÉLGICA)

    Com 900 metros quadrados de área, o centro do museu abriga uma estufa que recria a atmosfera onde estão árvores de cacau, bananeiras e outras espécies tropicais. Há áudio guia disponível em 7 línguas, com versões para adultos e crianças.

    VALE SABER

    Funcionamento: De terça a sexta, das 9 às 18 horas (entrada até as 17 horas) — sábado, domingo e feriado, abre 1 hora mais tarde

    Preço: 8 euros — entre 6 e 18 anos, 5 euros; família (2 adultos e 2 crianças), 20 euros

    Site: belgianchocolatevillage.be/en/

     

    7 > MUSEU DE LA XOCOLATA (ESPANHA)

    Chocolate, Barcelona, Museu de la Xocolata - Foto Museu de la Xocolata. Divulgacao
    Foto: Museu de la Xocolata/Divulgação

    Instalado na construção onde ficava o antigo Convento de Santo Agostinho, de Barcelona, este museu relata como o chocolate chegou à Europa e o papel social e econômico que ele desempenhou na Catalunha. Ao mesmo tempo lúdico e didático, o espaço oferece aos visitantes atividades divididas por faixa etária.

    VALE SABER

    Funcionamento: De segunda a sábado, das 10 às 19 horas (de 15 de junho a 15 de setembro, fecha 1 hora mais tarde) — domingos e feriados, sempre funciona das 10 às 15 horas

    Preço: 6 euros — crianças até 7 anos, grátis

    Site: museuxocolata.cat/

    Barcelona, Museu do Chocolate, Espanha - Foto Javier Miguélez Bessons, Divulgacao
    Foto: Javier Miguélez Bessons/Divulgação

     

    8 > MAISON CAILLER (SUÍÇA)

    Uma experiência interativa reúne passado e presente do cacau neste museu, que explora os sentidos dos visitantes e compartilha com eles seu conhecimento da arte de produzir o típico chocolate suíço. Há workshops voltados para crianças, adultos e famílias. Fica na cidade de Broc, acessível por trem partir de Montreux.

    VALE SABER

    Funcionamento: Diariamente, das 10 às 17 horas (de novembro a março, até 16 horas)

    Preço: 12 francos suíços — crianças de até 16 anos, acompanhadas por um adulto, grátis

    Site: cailler.ch

     

    9 > RITTER-SPORT (ALEMANHA)

    O grande barato de visitar este espaço em Berlim é bolar uma mistura de ingredientes ao chocolate e ter sua receita preparada por um chocolatier — dá para degustar a alquimia ali, na hora, ou presentear alguém. Nos 3 andares do prédio funcionam loja, exposição permanente e espaço com oficinas de chocolate para crianças (75 minutos a 9 euros; ). Há também um museu da Ritter em Waldenbuch, onde a fábrica surgiu — fica a meia-hora de carro do centro de Stuttgart.

    VALE SABER

    Funcionamento: Segunda a quarta, das 10 às 19 horas — quinta a sábado, até as 20 horas; domingo, até as 18 horas

    Preço: 9 euros

    Site: ritter-sport.de

  • CCBB Rio: passeio pelo Centro

    Sempre que estou no Rio com um pouco mais de tempo, faço um passeio até o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Há 17 anos morando em São Paulo ainda não criei esse hábito com a unidade paulistana — além das duas, existem as do Distrito Federal e de Belo Horizonte. Às excelentes exposições em cartaz (desde que abriu em 1989, o CCBB-RJ é ‘o’ programa cultural na cidade) soma-se o bom pretexto para um passeio pelo Centro, um dos meus programas favoritos no Rio.

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Eu tinha 18 anos quando o CCBB-RJ foi inaugurado, e me lembro de ficar maravilhada ao entrar lá pela primeira vez. Pelo prédio em si, deslumbrante — cúpula, lustres e elevadores são um charme — e pelas possibilidades que ele oferecia a quem morava na cidade. Cultura de graça ou a preços reduzidos. Fiz curso de teatro ali, assisti a peças e leituras. Mas eu não poderia imaginar então que o CCBB viraria um marco naquela área do Centro e uma atração não só para os cariocas.

    O imponente prédio, com 15.046 m² de área construída, ocupa um quarteirão inteiro na Rua 1º de Março. Seus enormes portões de ferro trabalhado atraem o olhar de quem passa por ali, mesmo sem a pretensão de fazer qualquer programa histórico-cultural. E olha que não faltam ideias naquele trecho, não só na construção do Banco do Brasil. Ao lado, ficam a Casa França-Brasil e o Centro Cultural Correios, ambos com atraente agenda cultural.

    O que fazer no CCBB

    São 2 salas de cinema e 3 de teatro, biblioteca e 2 mostras permanentes (Galeria de Valores, sobre moedas; e O Banco do Brasil e Sua História, sobre a trajetória da instituição). CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (11)CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (10)Existem ainda 14 galerias (10 no 1º andar e 4 no 2º), que recebem algumas das pri ncipais exposições do Rio de Janeiro.

    É a instituição cultural mais visitada do Brasil e a 20ª no mundo, de acordo com ranking publicado em abril de 2015 pelo jornal inglês The Art Newspaper, especializado em artes. O balanço de 2012 do Banco do Brasil aponta que o CCBB-RJ teve em torno de 2,2 milhões de visitantes. Em cerca de 25 anos de atuação, as 4 unidades do CCBB receberam juntas aproximadamente 74 milhões de pessoas, segundo informa página do banco.

    CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, Castelo Ra-Tim-Bum, Exposição, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3) CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, Filas, Exposição, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1)Para ficar apenas nas exposições mais recentes do CCBB-RJ, vimos Picasso e a Modernidade, Salvador Dalí, Kandinsky: Tudo Começa Num Ponto e Castelo Rá-Tim-Bum: A Exposição. Essa última tínhamos tentado em São Paulo, quando estava no Museu da Imagem e do Som (MIS). Mas a fila era tamanha que desistimos. Resolvi esperar entrar no CCBB-RJ, já que coincidia com a nossa temporada #rio40dias.

    Chegamos no horário em que abria e fiquei com a impressão de que a série não tinha tanto apelo no Rio quanto em São Paulo. Afinal, o programa passava na TV Cultura — nos anos 90 não era um canal de carioca. As cordas armadas para filas estavam vazias como aquelas fitas de aeroporto que te obrigam a fazer um zigue-zague mesmo sem movimento algum. Engano meu.

    Visitamos Rá-Tim-Bum sem sobressaltos. Na maior tranquilidade, Joaquim conheceu cenários do programa que não viu na TV, mas que conhece por meio das músicas e do filme.

    Quando saímos do prédio, a fila não cabia mais naquelas cordas do saguão de entrada. Era interrompida na área da rotunda e prosseguia em frente à Livraria da Travessa. Os funcionários seguiam organizando a espera até o lado de fora, onde uma linha já se formava rente à porta de entrada virada para a Igreja da Candelária.

    O mundo e o Brasil em moedas

    Antes de deixar o CCBB, checamos se havia outra exposição aberta ao público. A funcionária informou que não, mas que podíamos visitar as mostras permanentes e que, considerando que estávamos com uma criança, Joaquim poderia gostar de ver as moedas.

    Ãã, moedas? Depois de tantas vezes em que estive ali, como eu não sabia disso? A Galeria de Valores foi inaugurada em 2008, como parte das comemorações dos 200 anos de fundação do Banco do Brasil, e hoje faz parte do acervo permanente.

    CCBB-RJ, Moeda, Numismática, Galeria de Valores, Centro Cultural Banco do Brasil - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (9) (1280x783)

    É uma das principais coleções numismáticas do país, com 38.000 peças, sendo 2.000 delas expostas à visitação. Pela riqueza e pelo detalhamento que apresentam, muitas delas são obras de arte. Há cédulas raras, como as brasileiras de 200.000 réis e de 500.000 réis, ambas do meio do século 19.

    CCBB-RJ, Moeda, Numismática, Galeria de Valores, Centro Cultural Banco do Brasil - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1) (800x800)Caminhe sobre um rio de niqueis debaixo do piso e, ainda no chão, CCBB-RJ, Moeda, Numismática, Galeria de Valores, Centro Cultural Banco do Brasil - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3) (1024x1024) leia frases em que dinheiro é o assunto. As vitrines dispõem os exemplares agrupados por temas, que vão da escolha de desenhos para ilustrar as notas (animais, construções, personalidades) a uma parede de cofrinhos de porquinhos e outra com artigos já usados como dinheiro. Na era do PayPal, do cartão de crédito (até o Banco Imobiliário do Quim tem dinheiro de plástico), é legal relembrar que tudo foi moeda nessa vida: sal, marfim, cacau, pau-brasil…

    Entre os hábitos que mudaram, mostrados na exposição, também está o de imprimir notas maiores quanto maior for a quantia que a cédula vale. Em tempos inflacionários, não seria muito prático tampouco econômico gastar tanto papel para fazer notas com valores cheios de zeros.

    A funcionária tinha razão em dizer que a exposição é interessante para crianças. Acho que as maiores, de 8 ou 10 anos, devem aproveitar melhor. A mostra é bem densa para crianças pequenas. Joaquim ficou cansado e sofreu com o gelo da salas. Estivemos lá durante o alto verão, e o frio era tremendo. Para ver com calma a Galeria de Valores, esta dica é fundamental: vá agasalhado ou leve um casaquinho.

    CCBB-RJ, Moeda, Numismática, Galeria de Valores, Centro Cultural Banco do Brasil - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (10) (1280x907)

    A área que mostra a história do Brasil por meio da moeda é um dos destaques. As peças são exibidas em ordem cronológica e inseridas no contexto, no momento pelo qual passava o país. Dois florins holandeses expostos representam a primeira moeda do Brasil, onde o nome do país aparece gravado.

    Como avisa a frase no alto, na entrada da Galeria de Valores, “olhar uma moeda é como folhear um livro de história”. Esse é o propósito ali. O rico acervo (com perdão do trocadilho) permite contar a história da moeda no Brasil e no mundo. E o melhor: você não gasta nem um centavo.

    A história do prédio

    No mesmo andar, há a exposição permanente O Banco do Brasil e Sua História. Sinceramente achei que pudesse ser uma chatice só. Entrei apenas para verificar o que tinha lá e poder contar a vocês. Gostei das primeiras salas. As últimas mostram a diretoria e a biblioteca. Não me atraíram, passei rapidamente.

    CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, História, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (6)As da entrada me fizeram voltar no tempo com móveis e objetos usados nas agências antigamente. A máquina de visar cheques me causou arrepios, trazendo a memória das imensas filas do Banerj que eu enfrentava com minha mãe.

    Na reconstrução de um guichê para abrir conta corrente, o livrão para tomar notas ocupa metade da escura mesa de madeira. Atenção para o cinzeiro de pé, instalado ao lado da cadeira do bancário. Algo impensável hoje em dia.

    CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, História, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (4)

    Inicialmente, a construção onde está instalado o CCBB-RJ foi a sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Na área da rotunda, funcionava o pregão da Bolsa de Fundos Públicos. Projeto do arquiteto da Casa Imperial, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva, o prédio teve sua pedra fundamental posta em 1880 e foi inaugurado em 1906.

    Passou para o Banco do Brasil na década de 1920. Foi sede da instituição até 1960, ano de fundação de Brasília, quando todo o poder federal se transferiu para lá. Depois, virou agência bancária, como se vê numa foto na mostra. Abriu como centro cultural em 12 de outubro de 1989.

    A biblioteca e sua área para crianças

    Resolvemos checar ainda como é a biblioteca. Pois é ótima. Quando foi criada, em 1931, focava em assuntos técnicos. CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, Biblioteca, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (11)Atualmente mantém um acervo com cerca de 125 mil exemplares, nos campos da literatura, da filosofia, das ciências sociais e das artes. São 2.200 m², com salão de leitura para até 100 pessoas. Quem quiser consultar o acervo pode dar uma olhada em www.bibliotecasbb.com.br/pesquisa.

    Fiquei encantada, especialmente com a área infantil. A parede da entrada simula capas de livros de clássicos para esse público, e a porta giratória imita as páginas. Coisa mais linda ver aquele colorido. O espaço é dividido em 2 ambientes preparados especialmente para crianças e adolescentes. Uma estante separa bem as áreas, e até o mobiliário é adequado a cada faixa etária.

    Há em torno de 2.000 títulos, tudo ao alcance das mãos. Joaquim logo pegou um exemplar, sentou-se numa das mesinhas e se aventurou na leitura. Pronto, agora o filhote também é habitué do CCBB do Rio.


    VALE SABER
    Endereço: Rua 1º de Março, 66, Centro

    Transporte: O CCBB-RJ é de fácil acesso. Fica bem na esquina com o fim da Avenida Presidente Vargas, diante da Igreja da Candelária. Ônibus que passam na 1º de Março deixam lá perto (salte antes, próximo ao Paço Imperial). CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Candelária - Foto Nathalia Molina @ComoViajaO Centro do Rio está todo em obras, e muitas linhas mudaram seus percursos — consulte sites como rioonibus.com (de 4 empresas) ou vadeonibus.com.br (da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro).

    De metrô se desce mais distante, na estação Uruguaiana. Caminhe pela Avenida Presidente Vargas em direção à Igreja da Candelária, que fica em frente ao CCBB-RJ

    Funcionamento: De quarta a segunda, das 9 às 21 horas

    Preço: Grátis para exposições e atividades educativas (senhas distribuídas 1 hora antes); R$ 4 para cinema (venda começa 1 hora antes da sessão); R$ 10 para teatro, dança e ópera (venda começa na segunda anterior ao espetáculo). Pagam meia estudantes, idosos com mais de 60 anos, clientes e funcionários do Banco do Brasil e quem tiver cartão pré-pago do Metrô Rio ou do Clube do Assinante do Jornal O Globo

    Alimentação: No térreo, funciona um café; no mezzanino, um restaurante, com pratos executivos.

    Para quem não quiser ficar restrito às opções dentro do museu, há um polo gastronômico bem atrás do CCBB. Siga pela Rua Visconde de Itaboraí em direção à Rua do Rosário. CCBB-RJ, Centro Cultural Banco do Brasil, Livraria da Travessa, Rio de Janeiro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2)Nesses dois endereços fica uma série de restaurantes, de comida japonesa à menu mais sofisticadinho, passando por bares de petiscos. Na hora do almoço quase todos oferecem sugestões do dia

    Compras: Colada ao restaurante, a Livraria da Travessa mantém uma unidade dentro do CCBB desde 1985, oferecendo livros, CDs, DVDs e outros produtos relacionados aos temas expostos no centro cultural. É uma tentação.

    Quando fomos ver Kandinsky, Joaquim ganhou da avó um livreto de adesivos com obras do pintor russo, além de dois livros de arte para crianças

    Dicas: Há guarda-volumes no térreo, 1º e 2º andares.

    Site: culturabancodobrasil.com.br/portal/rio-de-janeiro

  • Caixa e BNDES: dobradinha cultural no Rio

    Caixa e BNDES: dobradinha cultural no Rio

    Quer fazer um programa de carioca antenado, pagando pouco ou nada? Siga então para o Centro do Rio, onde funcionam a Caixa Cultural e o Espaço Cultural BNDES, separados por menos de 150 metros de distância. É uma dobradinha de fácil acesso, pertinho do metrô, e com ótima programação.

    Se estiver com disposição, no mesmo dia é possível ver uma exposição na Caixa Cultural — atualmente está em cartaz lá a badalada Frida Kahlo: Conexões Entre Mulheres Surrealistas no México — e assistir a um concerto ou show de MPB no Espaço Cultural BNDES. Além de fôlego, claro, é preciso bater as agendas dos dois centros e conseguir ingresso para as atrações em sequência.

    Caixa Cultural, Rio de Janeiro, Centro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (8) (1280x960)
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Caixa: cinema e grandes exposições

    Inaugurado em 2006, a Caixa Cultural funciona no edifício-sede da Caixa Econômica Federal, em um complexo de 6 mil metros quadrados que fica na Avenida Almirante Barroso. É uma das sete unidades do projeto, que o banco mantém também em São Paulo, em Curitiba, no Recife, em Fortaleza, em Salvador e em Brasília (a mais antiga delas).

    No Rio, a Caixa Cultural conta com quatro galerias, salas e oficinas para ensaios, 2 cinemas e 1 teatro de arena. Atualmente em reforma, o Teatro Nelson Rodrigues, que fica na Avenida Chile, também faz parte do centro cultural.

    VALE SABER

    Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro, Rio de Janeiro

    TCaixa Cultural, Rio de Janeiro, Centro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1) (1024x768)ransporte: Carro e táxi nem pensar. A melhor alternativa é o metrô. Desça na estação Carioca, que tem uma saída colada à Caixa Cultural.

    Outra opção é o ônibus. Atualmente, o Centro está cheio de obras viárias — em breve, o VLT vai passar ali do lado, na Avenida Rio Branco. Por conta dessas obras, muitas linhas de ônibus estão com seus percursos modificados porque algumas ruas tiveram trechos interditados ou mudaram de mão. O site vadeonibus.com.br, da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), sugere rotas. Consulte também rioonibus.com, página do sindicato que reúne quatro empresas que operam linhas na cidade

    Funcionamento: De terça a domingo, das 10 às 21 horas — a bilheteria fecha uma hora antes

    Dica: Além da ampla atividade artística, a Caixa Cultural também recebe eventos corporativos. Em ocasiões assim o espaço é fechado à visitação pública. Ligue para saber se o centro cultural estará aberto no dia em que você pretender ir.

    Comigo e com Nathalia aconteceu uma situação chata. Telefonei para saber o horário de funcionamento da exposição Múltiplo Leminski, que mostra as várias facetas do poeta e jornalista. A atendente não me avisou que naquele dia (uma sexta-feira) o centro cultural estaria fechado para um evento. Resultado: demos com a cara na porta. Na portaria, uma funcionária extremamente atenciosa nos explicou a respeito dessa regra de funcionamento e nos pediu desculpas, meio sem jeito

    Preço: A entrada é gratuita para ver as exposições. Algumas exigem agendamento, como a que reúne 30 obras da pintora mexicana Frida Kahlo — a mostra que esteve no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, fica em cartaz na Caixa Cultural até 27 de março. É possível reservar sua entrada gratuita com horário marcado nesta página.

    O cinema também tem entrada grátis, mas é preciso pegar senha uma hora antes do início da sessão.

    O ingresso para o teatro de arena custa R$ 20 — menores de 21 anos, pessoas com mais de 60 anos, estudantes, professores da rede municipal de ensino, portadores de necessidades especiais e clientes Caixa pagam meia

    Site: caixacultural.com.br

     

    BNDES: mostras e shows musicais

    BNDES Cultural, Rio de Janeiro, Centro - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (11) (1280x960)O Espaço Cultural BNDES existe desde 1985, com atrações gratuitas, mediante reserva de ingressos. Uma ampla reforma foi realizada em 2013, com a criação da galeria de exposições e a modernização do Teatro Arino Ramos Ferreira, que recebe shows.

    A música sempre deu o tom, em projetos como o Quartas Clássicas (concertos semanais, às 19 horas) e o Quintas no BNDES (no mesmo horário, com apresentação de grandes nomes e novos talentos da MPB) — o site oficial destaca que os shows são realizados há 30 anos, sendo esse mais antigo projeto musical de realização contínua no país.

    Exibição de filmes e mostras de cinema compõem a programação do espaço cultural, que promete mais de 70 apresentações musicais e 5 exposições para 2016. A programação musical é exibida no site com tanta antecedência que dá para saber até o set list que vai ser executado.

    Nathalia e eu passávamos por ali em direção à Lapa num fim de tarde, quando resolvemos entrar para ver Rio 1908: A Cidade de Portos Abertos. A exposição foi montada pela primeira vez em 2007, para celebrar o bicentenário da chegada da família real portuguesa ao Brasil. Em 2015, a mostra fez parte de uma série de eventos comemorativos pelos 450 anos de fundação do Rio de Janeiro.

    Com ótimo acervo fotográfico, deu para ver como a arquitetura da cidade ganhou contornos franceses no início do século 20.  Foi possível também ver plantas e desenhos originais de edificações históricas construídas especificamente para a exposição mundial de 1908, organizada na Praia Vermelha. Essa exposição já saiu de cartaz. Fique de olho no que vem na programação.

    VALE SABER

    Endereço: Av. República do Chile, 100, Centro, Rio de Janeiro

    Transporte: A sugestão é a mesma dada para quem visita a Caixa Cultural. Ir de metrô é a melhor alternativa.

    De ônibus, consulte o site vadeonibus.com.br, da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) ou a página rioonibus.com, site do sindicato que reúne as quatr empresas que operam linhas na cidade. Ambos sugerem rotas

    Funcionamento: Acredite, o site oficial não informa claramente o horário de abertura e de fechamento das exposições. Liguei no número que aparece no site e a atendente (que também acessou a página enquanto falava comigo) esclareceu apenas que o fechamento varia entre 18 ou 19 horas, mas não informou horário para o início da visitação

    Preço:Todas as atrações têm entrada gratuita. Para os shows, chegar 30 minutos antes para retirada de senha

    Site: bndes.gov.br (no menu à esquerda, clique em Espaço Cultural BNDES)

  • MAR, na Praça Mauá: dicas para visitar o museu no Rio

    MAR, na Praça Mauá: dicas para visitar o museu no Rio

    Planeje sua visita ao Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá: ingresso, entrada com o Museu do Amanhã, exposições e restaurante. Ainda: o belo visual do terraço e a história da cidade por meio de expressões artísticas

    ATUALIZADO EM 15 DE MAIO DE 2018

    Se alguém me perguntar hoje sobre um bom lugar para entender um pouco da história do Rio, respondo que esse lugar é o mar. Calma, a praia — esse sagrado e democrático espaço — segue sendo um boa amostra para se tomar contato com a “cidade maravilha mutante”. Mas eu me refiro a outro MAR, como se abrevia em letras garrafais o Museu de Arte do Rio. Até 10 de março de 2019, por exemplo, está em cartaz a exposição O Rio do Samba: Resistência e Reinvenção, que trata da herança africana ao patrimônio cultural.

    Inaugurado em 2013, o MAR é a primeira atração do ambicioso projeto de revitalização da Praça Mauá, o Porto Maravilha, na zona portuária do Rio. A iniciativa incluiu ainda a inauguração do Museu do Amanhã e a instalação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que virou transporte para deixar e chegar ao Aeroporto Santos Dumont.

    MAR, Museu de Arte do Rio, Praça Mauá - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1024x976)
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    MAR, Museu de Arte do Rio, Praça Mauá, Entrada - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3)

     

    Como é o Museu de Arte do Rio

    O Museu de Arte do Rio está instalado em dois prédios, conectados por uma rampa a partir do 5º andar, onde começa a visita. Sobe-se de elevador e depois vem se descendo pelos andares de exposições. No edifício modernista dos anos 1940, funcionou a antiga rodoviária do Rio de Janeiro. O edifício é coberto por uma estrutura que lembra a ondulação da água.

    Vizinho a ele está o palacete D. João VI, de estilo eclético, construído em 1916. No primeiro prédio funciona a Escola do Olhar, projeto que visa levar arte ao alcance de todos por meio da educação. No espaço são dados cursos e palestras para professores. Do terraço, é possível ver a Praça Mauá revitalizada e o novo Museu do Amanhã, ao fundo.

    MAR, Museu de Arte do Rio, Vista, Visual, Praça Mauá - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (4)

    Já o palacete D. João VI abriga as exposições. No MAR não há mostra permanente, mas exposições temporárias, de curta ou longa duração, quase todas com temas ligados ao Rio: seu passado, sua formação, achados e encantos de uma cidade cercada de beleza e contrastes.

    Do terraço é possível tirar fotos da Praça Mauá e do Museu do Amanhã — tem-se um panorama geral da área revitalizada, mas o Amanhã fica distante na imagem (quem tem zoom ou lente profissional pode conseguir uma boa foto aproximada).

    O que fazer no MAR

    Fique atento às exposições programadas ao longo do ano no MAR. Já tivemos a oportunidade de ver Rio Setecentista — Quando o Rio Virou Capital, mostra comemorativa dos 450 anos de fundação da cidade, completados em 2015. A exposição tratava do período de transformações vividas pela então capital do vice-reino. Muitos sinais dessas mudanças, principalmente de ordem estética, ainda podem ser encontrados na atual paisagem carioca. Isso sem falar que a mostra ajudou a entender aspectos da formação social do Rio.

    MAR, Museu de Arte do Rio, Exposição Rio Setecentista, Praça Mauá - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3) (1024x802)

    MAR, Museu de Arte do Rio, Exposição Rio Setecentista, Praça Mauá - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2) (1024x768)

    Aproveitamos para visitar o último mês de outras duas exposições de fotografia. A primeira delas com imagens de Evandro Teixeira. Eu conhecia apenas o mito. Nathalia, que começou a carreira no Jornal do Brasil, teve a felicidade de ver de perto o trabalho de Evandro Teixeira, que fotografou para o velho JB por mais de 40 anos. Ela ficou tocada pela possibilidade de se aprofundar na arte e na história desse grande profissional.

    Na sala ao lado vimos também os retratos de Kurt Klagsbrunn, austríaco que fugiu da perseguição nazista e chegou ao Brasil em 1939. Suas fotos abrangem 40 anos de história do Rio de Janeiro. Nathalia e eu adoramos a última sala da exposição, que recriava o ambiente de um quarto de revelação. Quem, assim como nós, é jornalista da era antes das câmeras digitais, sabe bem o que é ter de mergulhar um filme em um tanque, aplicar revelador e fixador, ficar de olho no cronômetro e, só então, descobrir se aquela foto que tiramos ficou boa ou não.

    MAR, Museu de Arte do Rio, Fotografia, Exposição, Kurt Klagsbrunn, Praça Mauá - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3) (1280x960)Durante a visita ao MAR, nosso filho formou dupla com a avó Sonia e passeou pelas três exposições. Na Rio Setecentista, ele até se sentou no chão para ler a caudalosa explicação afixada na parede da entrada. Joaquim ainda assistiu ao vídeo sobre o Mestre Valentim, escultor e urbanista responsável por muitas obras que marcaram a paisagem do Rio de Janeiro, como o Chafariz das Saracuras e o Passeio Público.

    MAR, Museu de Arte do Rio, Praça Mauá, Entrada - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (2)Vista a projeção, Joaquim quis ir embora. Ficamos então para registrar com calma as exposições do 3º andar, enquanto nosso filho desceu com a avó e se juntou a uma atividade infantil que rolava no térreo. No hall de entrada, em meio aos pilotis, Quim participou de uma brincadeira que envolvia a obra Morrinho, símbolo do MAR desde sua inauguração, quando fez parte de uma exposição que tratava de espaço e moradia.

    O projeto nasceu no Morro do Pereirão, em Laranjeiras (bairro na zona sul), das mãos de Cirlan de Souza. Em 1998, ele começou a reproduzir a favela em que morava usando material reciclável e muita criatividade. Jovens de outras comunidades entraram na brincadeira e o resultado hoje está exposto no térreo, onde é possível entrar, ver a obra e seguir a vida, sem necessidade de entrar no museu. Vale a pena ver Morrinho com calma e atenção. Cada tijolo, cada frase, seu recado.

    Por ocupar a região que é uma espécie de ventre do Rio de Janeiro, a proposta do MAR é dialogar com a população de seu entorno, convidá-la a contar a história da formação da cidade com o auxílio luxuoso da arte.

     

    VALE SABER

    Endereço: Praça Mauá, 5, Centro

    Transporte: Vale a regra que utilizamos para visitar o Museu do Amanhã: esqueça o carro, vá de transporte coletivo. O VLT do Rio passa na porta do MAR. Pegue a Linha 1 no sentido da rodoviária e desça na Parada dos Museus.

    Se for de metrô, desça na estação Uruguaiana — ande na Avenida Presidente Vargas na direção da Candelária e vire à esquerda na Avenida Rio Branco. A Praça Mauá fica no fim da avenida. De trem, desça na Central do Brasil e escolha entre caminhar por 15 minutos ou tomar a linha 225.

    Muitas linhas de ônibus passam pelo Centro. O site vadeonibus.com.br, da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), sugere rotas. O bicicletário do MAR possui 54 vagas

    Funcionamento: De terça a domingo, das 10 às 17 horas. Chegamos na hora em que abriu. Pegamos o museu vazio para ver tudo com calma

    Preço: R$ 20 (aceita dinheiro ou cartão Visa ou Master) — na terça, é grátis. No domingo, o ingresso família, para até 4 pessoas, custa R$ 20. O Bilhete Único dos Museus dá acesso também ao Museu do Amanhã e custa R$ 32.

    A entrada é sempre gratuita para: crianças de até 5 anos e idosos acima de 60 anos, estudantes e professores da rede pública, guias de turismo, funcionários de museus e moradores da zona portuária. Pagam meia entrada: pessoas de até 21 anos, alunos da rede privada, portadores de deficiência, funcionários do município do Rio de Janeiro

    MAR, Museu de Arte do Rio, Praça Mauá - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (1024x768)

    Alimentação: O Cristóvão Café e Bistrô fica no térreo, no espaço batizado de Pracinha Mauá. Oferece pratos executivos e refeições rápidas. Abre de terça a domingo, das 9h30 às 18 horas.

    No 5º andar fica o Restaurante Mauá, com cardápio desenvolvido pelo chef Marcondes de Deus. No cardápio, receitas brasileiras com ingredientes exóticos e deliciosamente instigantes, como picadinho de caju ou camarão em crosta de tapioca. Das mesas externas vê-se a Baía de Guanabara, o Museu do Amanhã e o movimento da praça. O salão interno possui ar condicionado. Funciona de terça a domingo, do meio-dia às 18 horas.

    MAR, Museu de Arte do Rio, Praça Mauá - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (3) (768x1024)

    Há bebedouros espalhados pelo MAR: à esquerda da bilheteria e em áreas perto dos banheiros

    Compras: Na Pracinha Mauá, a loja Novo Desenho é totalmente dedicada ao design brasileiro, com trabalhos de profissionais consagrados e novos talentos. Abre de terça a sexta, do meio-dia às 18 horas — fecha uma hora mais tarde aos sábados e domingos

    Site: museudeartedorio.org.br

  • Museu da República, no Rio de Janeiro

    Museu da República, no Rio de Janeiro

    Durante 63 anos, grande parte das decisões mais importantes do Brasil foram tomadas no prédio ocupado hoje em dia pelo Museu da República, no Rio de Janeiro. O antigo Palácio do Catete serviu de residência a 18 presidentes brasileiros até a mudança da capital do país para Brasília, em 1960. O edifício ficou marcado pelo suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954.

    Eu senti um prazer particular ao percorrer aqueles salões. Porque foi inevitável não lembrar do romance Agosto, que tem como pano de fundo a crise política do governo Vargas e que culminou com a morte do ex-presidente. Li o livro depois de ter visto a minissérie produzida em 1993 pela Globo, a partir da adaptação da obra de Rubem Fonseca.

    museu da república no rio de janeiro
    Saindo da rua para entrar na história

    O bairro do Catete é colado nas Laranjeiras, a nossa base carioca. Nathalia e eu costumávamos ir a pé e andar por ali antes mesmo de o Joaquim nascer. Com ele, passamos a ir ao pedaço que fica no fundo do jardim, voltado para o Aterro do Flamengo, onde há um concorrido parquinho. A criançada mete o pé na areia e se acaba de brincar – leia mais sobre esse espaço no fim do texto.

    Como é o Museu da República

    O museu tem à esquerda da entrada uma sala com painéis que contam a origem do palácio. Projeto do alemão Gustav Waehneldt, sua construção teve início em 1858 e levou quase uma década para ser concluída.

    Batizado primeiramente como Palácio Nova Friburgo, o imóvel com diferentes elementos arquitetônicos pertenceu à família do fazendeiro Antônio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo. Ele mandou erguer o edifício a pedido da mulher.

    museu da república no rio de janeiro
    O Palácio e a Rua do Catete de antigamente

    Entediada com a paisagem bucólica da serra, a baronesa desejava viver onde pudesse observar o movimento da rua e das pessoas. E a Rua do Catete era o lugar ideal para admirar a agitação do Rio na segunda metade do século 19 (e até hoje é bem agitada).

    museu da república no rio de janeiro
    Joaquim olhando a rua, como fazia a baronesa

    O barão e a baronesa morreram três anos depois de o palácio ser concluído. Os filhos é que desfrutaram dele por um pouco mais de tempo. O prédio trocou de proprietário duas vezes (em um delas, quase virou hotel), testemunhou o fim do período imperial e a ascensão da República até ser comprado pela presidência do país em 1896.

    E seu o palácio fosse um hotel?

    O então presidente, Prudente de Moraes, estava doente e afastado do cargo. Coube então ao vice, Manuel Vitorino, adquirir o imóvel e realizar a transferência do poder executivo do Palácio do Itamaraty para o novo endereço, transformando-o no Palácio da República.

    Victorinos descobrem que o Vitorino comprou o palácio

    Em tempo: Manuel Vitorino era um médico e político baiano, filho de portugueses, mas não é meu parente — embora haja no museu um documento com a letra C na grafia do seu sobrenome, assim como no meu caso.

    O que fazer no museu no Catete

    Visitar o Museu da República é sentir-se dentro de parte da história do Brasil. Com exceção das notas pessoais acima, todas as informações que você leu até aqui estão expostas em painéis ou em totens dentro das salas do museu. Os textos são resumidos e estão escritos em português e inglês.

    O berro da manchete do jornal… e o sussurro da reportagem

    Na primeira visita que fizemos em família, Joaquim tinha 7 anos e, como qualquer criança, não estava muito empolgado com o passeio. Contudo, ele ficou parado por incríveis 14 minutos diante de uma TV.

    Na tela, um vídeo contava as três etapas da história do palácio: como residência aristocrática, como sede do poder e, atualmente, como museu. Essa trajetória era pontuada por fatos marcantes da vida política, econômica e artística do Brasil.

    À esquerda, a TV que roubou a atenção do Quim

    Nathalia seguiu tirando fotos enquanto assistíamos ao vídeo. Ela chegou no fim da exibição, e Joaquim disparou: “Mamãe, sabia que tudo aqui veio de vários países? A escada e os vidros do teto vieram da Alemanha! As pinturas, da Grécia. Os lustres são da França!” 

    Tudo bem, ele aumentou um pouco e botou no mobiliário peça vinda até do Japão. O que não seria impossível, pois praticamente todo o material usado na construção foi trazido do exterior.

    Lustre de bronze dourado e cristal rubi do Salão Mourisco

    No site oficial do Museu da República é possível realizar uma Visita Virtual, que serve como recurso como um guia áudio (ah, não se esqueça de usar o fone de ouvido para não atrapalhar outros visitantes).

    E não deixe de olhar para baixo e para cima durante a visita, para não perder a pintura (teto) ou o mosaico (piso) e a riqueza de detalhes da decoração. Não use flash nas fotos. É proibido, e os funcionários do museu marcam em cima de quem burla a regra (com toda razão).

    museu da república no rio de janeiro
    Pinturas fazem alusão a cenas da cidade de Pompéia

    O acervo do Museu da República é formado por cerca de 9 mil peças, entre objetos e coleções pessoais dos presidentes que dali comandaram o Brasil. No salão ministerial, repousa sobre a imensa e pesada mesa de madeira o conjunto de pastas de couro usadas em despachos e reuniões entre os líderes de cada área. É nesse espaço que está também o quadro A Pátria, tela em óleo pintada por Pedro Bruno, em 1919, representação simbólica dos primeiros anos da República.

    museu da república no rio de janeiro
    Anjos em bronze protegem o sobe e desce da escada principal

    As marcas republicanas estão presentes também na sala de refeições, onde a prataria, as taças, os pratos e os guardanapos levam a inscrição Palácio do Catete. A mesa está posta; os janelões altos, abertos com vista para o Jardim do Palácio.

    museu da república no rio de janeiro
    Peças de louça que pertenceram à baronesa

    O 3º andar do Museu da República era onde ficavam os quartos dos moradores do palácio. O dormitório que foi do ex-presidente Getúlio Vargas durante sua segunda passagem pelo poder (1951-1954). Por razões óbvias, é o espaço mais simbólico do palácio.

    museu da república no rio de janeiro
    Quarto simples para os padrões de um palácio

    Os móveis são de 1920, encomendados na época por causa da visita dos reis da Bélgica ao Brasil. A decoração é até um tanto espartana. O banheiro da suíte é todo de louça branca e impressiona pela simplicidade quando comparado à riqueza das demais salas do palácio.

    museu da república no rio de janeiro
    Banheiro: muito branco, pouco luxo

    O pijama de Vargas já não fica mais sobre a cama. Uma caixa de vidro guarda a peça de roupa que o ex-presidente usava na noite de sua morte. Com ele estão a bala e o revólver de cabo branco de madrepérola, cujo tiro mudou a história em 24 de agosto de 1954.

    museu da república no rio de janeiro
    Na parede, o retrato do velho: no mesmo lugar até hoje

    Quando estivemos no Museu de República pela última vez, apenas um quadro com um desenho marcava o lugar da roupa. A peça histórica ficaria seis meses lá e o restante do tempo meses fora, para receber cuidados de conservação, segundo informaram os funcionários do museu.

    museu da república no rio de janeiro
    O tiro que mudou o rumo da história

    Apesar de ter sido palco de uma tragédia, o quarto não chega a ter uma aura pesada. Contudo, Juscelino Kubitschek não pensava assim. Eleito em 1956, o presidente preferiu morar no Palácio Laranjeiras — localizado no alto do Parque Guinle — a viver no Catete. No mesmo ano em que a capital do país foi transferida para Brasília, o palácio passou a abrigar o Museu da República.

    VALE SABER

    Endereço: Rua do Catete, 153, Catete

    Transporte: A estação Catete do metrô tem uma saída bem em frente ao museu. Há diversos ônibus vindos da zona sul que passam na Rua do Catete e das zonas norte e Niterói que deixam o visitante na Rua Bento Lisboa. Como há muitas obras no Rio, algumas linhas sofreram modificação. Consulte o vadeonibus.com.br (site da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Rio de Janeiro)

    Funcionamento: De terça a sexta, das 10 às 17 horas. Sábados, domingos e feriados, das 11 às 17 horas — os portões são sempre fechados 30 minutos antes do fim das visitas.
    O jardim do palácio funciona diariamente, das 8 às 18 horas, com entrada gratuita; desde maio de 2022, o parquinho tem novos brinquedos, todos gratuitos

    Preço: Grátis (temporariamente)

    Alimentação: Piqueniques são permitidos no jardim do Palácio do Catete, limitado a grupos de 10 pessoas

    Site: museudarepublica.museus.gov.br

  • Museu do Amanhã (Rio): ingresso, onde fica e como chegar

    Museu do Amanhã (Rio): ingresso, onde fica e como chegar

    O Museu do Amanhã, na Praça Mauá, explora a fundo o conceito de interação, com tecnologia presente em cada pedaço do que está exposto. Reunimos todas as dicas para você visitar esse ponto turístico do Rio de Janeiro: como é por dentro, o que ver, quanto custa o ingresso do Museu do Amanhã, como comprar e que dia a entrada é grátis. Para planejar sua viagem, veja opções de hospedagem no Rio e nossas sugestões de hotel barato no Rio de Janeiro. A região próxima ao Museu do Amanhã e ao Aquário do Rio de janeiro tem unidades de redes econômicas.

    A ida ao Amanhã é um passeio que provoca uma reflexão sobre o estilo de vida que levamos e o futuro que esperamos. Não há acervo estático, passivo. E não pense que dá para aproveitar tudo o que essa grande atração oferece numa única e detalhada incursão. Bom motivo para sempre para voltar. A fim de facilitar sua visita, descrevemos abaixo, em detalhes, um passo a passo que você pode seguir quando for até lá. A Easy Travel Shop, empresa brasileira que fornece serviços turísticos e aceita pagamentos em até 10 vezes sem juros, faz um passeio de 4 horas, com city tour no Boulevard Olimpíco, voltinha de VLT e ingresso do Museu do Amanhã,

    Como é a instituição na Praça Mauá

    Distribuído em dois andares, o museu foi projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava. Dizem que a forma foi inspirada na flor da bromélia. Nós não conseguimos ver assim. Parece mais um esqueleto, uma espinha de peixe ou mesmo um navio, que avança sobre a Baía de Guanabara. Use a imaginação e nos conte o que achou do desenho.

    A construção, que ocupa um total de 30.000 m² de área, faz parte do projeto de revitalização da Praça Mauá, na zona portuária do Rio, antes da Olimpíada de 2016. A iniciativa incluiu ainda a inauguração do Museu de Arte do Rio (MAR) e a instalação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT Rio), meio de transporte também para deixar e chegar ao Aeroporto Santos Dumont e à Rodoviária Novo Rio.

    O Museu do Amanhã virou um cartão-postal como o Cristo Redentor (leia mais em Corcovado: como chegar) e o principal estádio da cidade (saiba como é o Maracanã Tour).

    Foi inaugurado em 19 de dezembro de 2015. As filas eram enormes nos primeiros meses de funcionamento. Visitamos o Amanhã 10 dias depois de sua abertura, o que nos levou a uma espera de 3 horas para conseguir entrar. Na época, o clima não estava convidativo para praia e o feriado do Réveillon estava próximo, razões pelas quais muita gente resolveu aproveitar para visitar o museu. E, como se não bastasse tudo isso, ainda era uma terça-feira, dia em que o ingresso do Museu do Amanhã é grátis.

    Na época, achamos importante encarar aquela parada toda para mostrar aos nossos leitores como era a experiência de um visitante comum, sem atalhos pela assessoria de imprensa. Para se ter ideia, nem levamos nosso filho, Joaquim. Ele voltou conosco ao Museu do Amanhã cerca de 6 meses depois, pouco antes da Olimpíada Rio 2016.

    No início daquele ano, o museu passou a vender ingresso na internet, com hora marcada e fila especial para entrar. Experimentamos a compra online e não esperamos nada. E ainda pegamos um dia lindo, o que rendeu as fotos ensolaradas que acompanham este texto.

    Filas no verão da inauguração
    O Museu do Amanhã em 2015…
    Ingresso do Museu do Amanhã pela internet
    …e a mesma entrada 6 meses depois

    O que fazer no Museu do Amanhã

    Logo que você passa a porta de vidro, sente um aliviante frescor do ar-condicionado e se depara com uma fileira de gente com as mãos para cima. Não é um agradecimento ao Senhor por ter finalmente entrado. O globo do Museu do Amanhã, no Rio, é o novo Cristo, como bem observou Fernando. Todos querem ter o mundo nas mãos.

    Entrada do museu na Praça Mauá
    Erguei as mãos

    Com 4 metros de diâmetro, o globo suspenso dá uma pista do que o visitante encontrará pela frente. A iluminação de LED vai se alternando e nos lembra que “tudo na Terra está movimento”, para em seguida mostrar os deslocamentos das correntes marítimas e das massas de ar, a formação de furacões e tsunamis e a migração de pessoas pelo mundo. Por fim, a pergunta nos convida a refletir: “Quais amanhãs queremos?”

    Apesar de muito fotografado, pouca gente parece se dar conta do significado daquele movimento de cores e desenhos no globo. Nos surpreendeu ver um adolescente explicar para a família que aquilo tratava de aquecimento global e de mudanças climáticas. O apelo visual e toda a tecnologia do museu servem para ele sair bem na foto.

    O Museu do Amanhã é fotogênico. Mas, se de cada 100 pessoas que postaram selfies nas redes sociais ao menos uma parar para pensar no mundo atual e nos desafios que temos pela frente, o museu terá cumprido seu papel.

    No térreo, ficam salas de exposições temporárias. Uma das primeiras mostras na época da inauguração era Perimetral, videoinstalação sobre a implosão do elevado que escondeu a Praça Mauá e a zona portuária do Rio durante décadas.

    Na visita de julho de 2016, vimos a temporária O Poeta Voador, Santos Dumont. Completa e totalmente audiovisual, mostrava os veículos voadores inventados pelo brasileiro, expondo diversos modelos e ensinando a dobrar vários tipos de avião de papel. Joaquim fez um sobrevoo virtual a bordo do Demoiselle. O passeio dele ao lado da mãe foi sobre o Rio de Janeiro (Paris era a outra opção de cenário). Também nos divertimos com os painéis preparados para fotos (tem até marcações para o fotógrafo se posicionar).

    Exposição temporária sobre Santos Dumont
    Asas da imaginação

    Quem vai com crianças pequenas tem também um refresco na área educativa, localizada à direita da escada principal. A meninada se distrai com jogos de madeira e livros que tratam de temas relacionados à ciência. Na primeira visita, vimos também alguns pequenos pintando e desenhando com auxílio de monitoria. Essa área estava vazia na segunda visita.

    Durante a primeira visita, fomos diretamente para o primeiro andar, para ver a exposição permanente. Como o Museu do Amanhã havia sido inaugurado poucos dias antes, estávamos curiosos.

    Prepare-se para muitos recursos audiovisuais e espaços interativos (incluindo jogos diversos). Você aproveita melhor a visita se respeitar a ordem a seguir, em que os 5 ambientes temáticos estão dispostos: Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós.

    O museu inteiro está em 3 línguas — além de português, há avisos em inglês e em espanhol. Esse fato é algo para lá de louvável, não apenas pelo propósito do Amanhã (de fomentar a discussão em torno de um tema tão importante para a Humanidade), mas também para uma cidade e um país que têm no turismo um caminho econômico possível, ainda que, na maior parte das vezes, mal trabalhado.

    A visita é guiada pela Iris, cartão magnético que você recebe na chegada para registrar seu nome e e-mail — isso pode ser feito rapidamente em qualquer uma das mesas interativas do 1º pavimento. Cadastrado, o visitante monitora no mapa o que viu de cada área do museu. Aviso: é praticamente impossível ver todo o conteúdo de uma só vez. Portanto, numa segunda ida ao Amanhã, a Iris informa o que faltou ver como também quais conteúdos foram atualizados em relação à primeira passagem.

    Nós testamos o serviço na segunda visita, e o cartão funcionou perfeitamente. Fomos alertados sobre os setores em que passamos o cartão da primeira vez.

    O nome da assistente digital combina com o símbolo do museu, que lembra o formato da íris, a parte mais visível do olho humano, única em cada pessoa tal como as impressões digitais. No fundo, cada visitante carregará uma visão muito particular do Amanhã com o auxílio luxuoso da tecnologia.

    Cosmos

    Se a fila for pequena, entre no domo negro onde um filme de 8 minutos é exibido em formato 360 graus. Cabem 80 pessoas no interior da sala — como havia muita gente, encaramos 1 hora de espera para entrar. Há fila preferencial, o que gerou comentário indignado de uma senhora que achou que a monitoria privilegiava a entrada de idosos e crianças (bobagem, eles botavam 40 pessoas de cada fila por sessão). Dica: deitado nos almofadões para ver a projeção é mais impressionante.

    Cosmos conecta passado e presente, mostrando fenômenos que tiveram início há bilhões de anos e resultaram na formação da Terra e no surgimento dos seres vivos.

    Quem está acostumado a ver na televisão documentários a respeito do tema em canais como Discovery e NatGeo talvez não se impressione. A monitora informa que quem não se sentir bem pode deixar a sala antes do fim do filme. Fernando garante ter ficado mais enjoado assistindo Gravidade (Gravity, 2013) numa sala de cinema Imax.

    Nathalia assistiu a um filme muito parecido sobre a formação do universo no planetário de Montreal, no Canadá. Mas o que é exibido no Amanhã é legal? Sim, o material tem o selo da 02, produtora do cineasta Fernando Meirelles. Joaquim assistiu à projeção ao lado da avó, Sonia, durante nossa segunda visita. Ambos gostaram muito da experiência. Nesse dia, a entrada pela fila preferencial não demorou nem meia-hora.

    Depois da projeção, os visitantes deixam a sala e se espalham pelo museu. No espaço seguinte ao domo há seis mesas interativas com informações sobre aspectos do universo, como densidade, distâncias, velocidades etc. Por serem baixas, essas bancadas são facilmente acessadas por crianças a partir dos 6 anos. Aliás, vimos algumas delas mexendo sem medo e até ensinando gente mais velha a usar.

    Terra

    Depois de saber de onde viemos, hora de questionar quem somos. O segundo módulo do Museu do Amanhã tem 3 cubos, cada um simbolizando um aspecto do planeta.

    Interatividade no Museu do Amanhã

    Fique atento às mesas interativas que estão do lado de fora deles. Nelas há informações relevantes sobre o que foi abordado dentro das caixas. Quando se aprende que cada ser humano é um ecossistema fica mais fácil entender a necessidade de nos preservarmos também. Nossas conexões cerebrais e fenômenos como ilusão de ótica são assuntos abordados nas telas touch no cubo do pensamento.

    Você se sente novamente numa aula de ciências, mas sem ser chata.

    • Matéria
    Cubo na área da Terra, no Museu do Amanhã

    O cubo é recoberto por cerca de 180 fotos capturadas por telescópios. Ampliadas, as imagens recriam um cenário parecido com o que o astronauta russo Iuri Gagarin (primeiro homem enviado ao espaço, em 1961) viu e imortalizou na frase “A Terra é azul” — aliás, a explicação científica sobre a cor de nosso planeta é umas das informações disponíveis nas telas interativas ao lado do cubo.

    Dentro, na obra Fluxos, do artista Daniel Wurtzel, dois pedaços de tecido bailam no ar sem parar numa representação dos movimentos que transformam o planeta a partir da combinação dos elementos ar, terra, luz e água. É contemplativo. Poético. O rodopiar dos tecidos lembra um pouco uma cena do filme Beleza Americana (American Beauty, 1999), quando o personagem de Wes Bentley (aficionado por fazer vídeos com sua câmera) mostra à garota pela qual é apaixonado um plano-sequência de um saquinho plástico dançando no ar ao sabor do vento.

    Assim que entramos no cubo, um homem de meia idade, carregado sotaque carioca, perguntou a uma mulher:

    — A senhora é daqui?
    — Sim!
    — Os caras gastaram tanto dinheiro pra botarem essas coisas aqui, um pano voando?

    Não ficamos para ouvir a resposta, se é que houve alguma. Verdade seja dita, as pessoas quase não falam no interior do cubo, exceto para pedir para um conhecido ficar mais à direita ou à esquerda no enquadramento da foto ou da selfie. 

    • Vida

    As paredes do segundo cubo estão recobertas pelo código do DNA, a combinação química que organiza o desenvolvimento e o funcionamento de todos os seres vivos, dos mais simples aos mais complexos. A relação entre os diversos níveis de organismos vivos e sua importância são apresentados no interior da caixa. É ali, entre tantas descobertas lúdicas, que ficamos sabendo que 1,5 kg do peso de um ser humano adulto é composto por bactérias fundamentais à vida, seja para absorver nutrientes, seja para agir no nosso sistema de defesa. Não é à toa que o aviso é expresso: cada pessoa é um ecossistema único.

    É possível também conhecer o ecossistema da Baía de Guanabara — local onde o museu foi construído. A fauna e a flora estão ali expostos em fotos. É de chocar como tamanha biodiversidade foi afetada pela poluição.

    • Pensamento

    O terceiro e último cubo ilustra, do lado externo, o sistema nervoso, capaz de conferir a cada ser humano a capacidade de percepção e de ação perante o mundo. Na parte interna, colunas com fotografias mostram diferenças e semelhanças entre povos do nosso planeta. A despeito das diferenças religiosas, ideológicas e raciais, rimos, choramos, amamos, nos organizamos quase sempre da mesma forma.

    Incrível como a sisudez do poder — personificada na figura do exército — pode ser igual em vários lugares do mundo. E como a alegria soa igualmente bela na expressão de um sorriso, seja na paquistanesa Islamabad ou na Cidade do México.

    Apaixonada por fotografia e escrita, Nathalia gostou dessa sala justamente porque ela reúne boas imagens com informações — para ela, o painel que apresenta as diferentes formas de se escrever pelo mundo foi o que chamou sua atenção.

    O jogo de espelhos das paredes ilude, faz a sala parecer maior. Engano que se desfaz à medida que se percorre o labirinto formado pelas colunas de fotos. É muito comum ver as pessoas rodarem em torno dos totens em sequência. Todos giram, quase ninguém se tromba. Aprende-se muito. A concepção visual (foto + legenda) lembra os totens com fatos históricos expostos na Sala das Copas, do Museu do Futebol, em São Paulo.

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    Antropoceno

    Alguns cientistas chamam de Antropoceno o período da história do planeta em que as atividades humanas passaram a impactar sobre a Terra. Aquecimento global e desequilíbrio de ecossistemas são temas do filme exibido nas 6 colunas de 10 metros de altura. Cada visitante se torna nanico diante daqueles painéis de luzes frenéticas.

    O ritmo acelerado das imagens apresenta a lado perverso do progresso. Ganhamos. E perdemos muito. Em 50 anos, gastamos mais, consumimos mais, comemos mais. Desperdiçamos demais. Poluímos muito, muito mais. O homem transformou e inventou paisagens. Nathalia sintetizou o filme como um soco no estômago. Sensação que se repetiu na nossa segunda ida ao museu, mesmo não sendo mais uma novidade.

    Amanhãs

    Lembra da pergunta feita no globo terrestre da entrada? É hora de se discutir que amanhã queremos para nós e para os nossos. É a zona dos jogos interativos. Não é mais o museu quem dá as informações. Agora ele quer saber do comportamento de seus visitantes em suas tarefas cotidianas.

    As mesas nos centros das salas atraem curiosos. Adultos e crianças descobrem quantos planetas são necessários para sustentar o modo de vida dele. Os visitantes se surpreendem quando ficam sabendo como suas escolhas no dia a dia afetam a Terra.

    Jogo para refletir sobre o planeta

    Joaquim se divertiu e aprendeu na prática sobre o impacto que nossas escolhas têm sobre a Terra. Tudo de maneira muito lúdica. À época com 7 anos, ele ficou louco para brincar nas mesas e respondeu a cada pergunta proposta. Se a frase era muito complexa para a idade dele, a gente traduzia com exemplos do dia a dia. Funcionou, foi a parte do museu de que ele mais gostou.

    Qual é sua pegada ecológica

    Nós

    A visita termina numa espécie de oca estilizada, formada por duas paredes arqueadas em madeira trançada. Um convite a desacelerar. A iluminação, nos explicou um funcionário, simula as cores de um amanhecer, com tons que passam do azul ao rosa.

    Informação por aqui só a que está escrita no Churinga. Encontrado em um antiquário de Paris, esse objeto de origem aborígene era usado pelos habitantes da Oceania para conectar gerações passadas e futuras. No fundo, é o propósito do Amanhã.

    Saindo da última área do museu, ficamos de frente para a Baía de Guanabara. Pode-se questionar que todo o dinheiro investido naquele espaço poderia servir para despolui-la. Pode-se reclamar que falta área verde ao redor da imensidão branca e cimentada do Amanhã. Pode-se criticar cada iniciativa pública sustentável tomada em qualquer parte do Brasil e do mundo. Mas acreditamos que a ideia ali não é reforçar a visão pessimista sobre o atual estado das coisas em nosso planeta. E sim termos ciência de onde viemos, sabermos que somos matéria, vida e pensamento. Que nos organizamos, construímos culturas. E que podemos transformar o futuro.

    Ingresso do Museu do Amanhã

    A entrada custa R$ 30 — na terça, grátis. O Bilhete Único dos Museus dá acesso também ao Museu de Arte do Rio (MAR) e custa R$ 32.

    O ingresso do Museu do Amanhã é sempre gratuito para: crianças até 5 anos e pessoas acima de 60 anos, estudantes e professores da rede pública, guias de turismo, funcionários de museus, acompanhantes de portadores de necessidades especiais, moradores da zona portuária, funcionários do Santander e da Shell — com exceção das crianças, nos demais casos exigem comprovação mediante documentação.

    Pagam metade do valor do ingresso: pessoas de até 21 anos, alunos da rede privada, estudantes de universidades públicas e particulares, portadores de necessidades especiais, funcionários do município do Rio de Janeiro, moradores da cidade e clientes do Santander.

    Se quiser evitar filas, compre o ingresso pela internet. Na nossa segunda visita ao Amanhã, em julho de 2016, nós compramos as entradas online.

    Espelho d'água no Museu do Amanhã

    VALE SABER

    Endereço: Praça Mauá, 1, Centro, Rio de Janeiro

    Transporte: Esqueça o carro. Afinal, a ideia é mesmo cuidar do meio ambiente, né? Ir ao Centro do Rio de carro é sempre uma furada. Prefira o transporte coletivo.

    O VLT Rio é o jeito mais prático e bacana de se chegar à Praça Mauá.

    Se for de metrô, desça na estação Uruguaiana — ande na Avenida Presidente Vargas na direção da Candelária e vire à esquerda na Avenida Rio Branco. A Praça Mauá fica no fim da avenida.

    De ônibus, consulte as linhas no site vadeonibus.com.br, da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), que sugere rotas. Mas, na hora de checar o resultado da busca, dê preferência às rotas que não usam dois ônibus desnecessariamente.

    Os bicicletários dispõem de 120 vagas para quem for pedalando.

    Horário de funcionamento:  De terça a domingo, das 10 às 18 horas (última entrada às 17 horas)

    Alimentação: O Café Fazenda Culinária funciona à direita da entrada do museu, de terça a domingo, das 10 às 18 horas. Ele esteve lotado a tarde inteira durante a nossa primeira visita — na ocasião, o que nos salvou foi ter levado um bolinho e uns biscoitinhos. Encontramos o café mais vazio na chegada de manhã durante nossa segunda visita (compramos apenas água). As comidas são preparadas com ingredientes cultivados no Rio de Janeiro, o que achamos bem bacana dentro do conceito de sustentabilidade, valorizando a produção local. Como ocorre geralmente nesse tipo de produto, os preços são altos.

    Já o Restaurante Fazenda Culinária funciona do meio-dia às 17 horas. Ele fica do lado de fora, na parte de trás do museu e do espelho d’água. Trata-se de um restaurante-escola, cuja a equipe é formada exclusivamente por jovens.

    Compras: A tentadora lojinha do museu fica à esquerda na entrada — de terça a domingo, do meio-dia às 18 horas; clientes do Santander têm 10% de desconto. Vende artesanato, bijuteria e artigos feitos por gente que privilegia trabalhos manuais

    Dicas: Há bebedouros e banheiros nos dois pisos. Evite usar apenas os que ficam logo à direita no térreo. Como são os primeiros encontrados pela maior parte das pessoas, costumam estar mais cheios. Você vai suar. Use roupas leves e curta a agradável sensação de sentir a brisa do ar-condicionado do museu quando a fila se aproximar da porta de entrada.

    Para quem vai com bagagem, diretamente do Aeroporto Santos Dumont ou da Rodoviária Novo Rio, o museu possui guarda-volumes. O espaço está sujeito à lotação e limitado a mochilas, malas ou bolsas com dimensões de até 50 cm x 60 cm, segundo informações do museu

    Site: museudoamanha.org.br

  • Museu Mercedes-Benz, na Alemanha: como é a atração de Stuttgart

    Museu Mercedes-Benz, na Alemanha: como é a atração de Stuttgart

    ATUALIZADO EM 31 DE MARÇO DE 2019

    Meu coração é de Maria, mas viajo com Mercedes. A frase me saltou aos olhos quando a li em um para-choque de caminhão no meu tempo de criança. Essa gaiata declaração de amor feita à base de um trocadilho é para mim o melhor texto de publicidade escrito fora da publicidade. Ideia simples, um paradoxo em se tratando de uma marca luxuosa como Mercedes–Benz. Vencidos mais de 130 anos da invenção do automóvel, os carros da estrela de três pontas permanecem como símbolo de status, de algo para poucos. Já o museu da montadora, em Stuttgart, na Alemanha, anda na contramão da suposta imagem elitista.

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    Como é o Museu Mercedes-Benz

    Instalado em um lindo prédio futurista, que chama atenção à medida que você se aproxima dele, o acervo do museu de nove andares está dividido em duas exposições: Legend Rooms e Collection Rooms. Ao todo, são 160 veículos e cerca de 1.500 objetos expostos. Circulando por seus 16.500 m², você não esbarra tanto em potenciais compradores nem machos clássicos, daqueles que entendem tudo sobre quatro rodas.

    O Museu Mercedes é um espaço bem bacana para quem se interessa por história. Isso faz dele um programa ideal para adultos e crianças, como nós comprovamos durante nossa viagem em família pela Alemanha.

    O que fazer no Museu Mercedes

    O tour começa pelo alto. O elevador com pinta de cápsula do tempo leva o visitante a 1886, ano em que Götlib Daimler e Karl Benz buscavam criar, cada um em um canto da Alemanha, o primeiro automóvel movido por motor de combustão interna.

    A partir do salão onde estão expostos veículos pioneiros como o Benz Velo, de 1894, você é levado a percorrer os andares do museu por meio de rampas — super viável para cadeirantes. Painéis localizados à esquerda da descida contam de forma cronológica passagens da história da Mercedes — da junção dos rivais Benz e Daimler ao papel inovador que a marca sempre exerceu no mercado automobilístico, sem se esquecer do contexto mundial em que os fatos transcorreram.

    Nathalia e eu, que adoramos história, concluímos que se não houvesse um mísero carro exposto a visita teria valido a pena mesmo assim. Já o nosso filho, Joaquim, que ainda não sabia ler,  ficou atento às fotos. Quando reconheceu os Beatles — associados em um painel a uma determinada passagem da trajetória da Mercedes — ele parou e quis saber o que faziam naquela imagem os caras que cantam Don’t Let Me Down (“Du lé mi daun”, como dizia o Quim aos 3 anos).

    Nas sete Legend Rooms são apresentados lendários carros que ilustram um período histórico a partir de um tema central: da invenção do automóvel às inovações no campo da segurança — a Mercedes foi pioneira na criação do air-bag e do sistema de freio ABS, por exemplo.


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    Um piso inteiro conta o nascimento da marca Mercedes, batizada com o nome da filha de Emil Jèllinek, homem de negócios e piloto vocacional, cujas vitórias nas pistas ajudaram a impulsionar as vendas dos primeiros veículos da empresa na Europa.

    O que ver no museu na alemã Stuttgart

    Mais do que modelos de passeio, a Mercedes também se especializou na fabricação de veículos pesados, de serviços de emergência e para transporte de massa. Nas áreas chamadas de Collection Rooms estão expostos táxis, vans, ônibus, carros de polícia e de bombeiro, ambulâncias e até o papamóvel, tudo o que for capaz de fazer a criançada ficar vidrada naqueles brinquedinhos avantajados. Quando visitamos, havia lá também um caminhão parecido com o que vi na infância, mas sem a frase antológica no para-choque. Merecia estar escrita.

    Collection Rooms e Legend Rooms são exposições independentes, mas conectadas a cada andar. À direita fica o espaço dos veículos Collection. Se preferir ver apenas os Legend, vá para a esquerda e desça a rampa. O acervo completo consome duas horas de tour, aproximadamente.

    Os dois percursos terminam numa curva fechada intitulada Flechas de Prata — Corridas e Recordes. Nessa área comprova-se o poder da Mercedes em diversas categorias do automobilismo, das provas do turismo europeu à Fórmula 1, com destaque para os carros pilotados nos anos que antecederam a Segunda Guerra — tempo em que surgiu o mito das Flechas de Prata, assim chamados pela imprensa devido à ausência de pintura na lataria dos carros. Vê-se ainda os modelos que levaram o argentino Juan Manuel Fangio a dois de seus cinco títulos mundiais, e os carros que marcaram o retorno da Mercedes à Fórmula 1 com uma equipe própria, ocorrido em 2010, depois de 55 anos de ausências das pistas.

    Museu Mercedes, Alemanha - Foto Nathalia Molina @ComoViaja (14) (800x457)
    Mercedes-Benz, um mito das pistas de corrida

    VALE SABER

    Endereço: Mercedesstrasse, 100

    Transporte: A partir da estação central de Stuttgart, pegue a linha 1 do S-Bahn no sentido Kirchheim (Teck), desça em NeckarPark (Mercedes-Benz) e siga as placas que indicam o caminho do museu, a uns 15 minutos de caminhada. Em dias de jogos do Stuttgart, cujo estádio fica próximo, o acesso ao museu pode estar restrito. Portanto, use o transporte público para chegar ao Mercedes-Benz Museum

    Horário: De terça a domingo, das 9 às 18 horas (a bilheteria fecha 1 hora antes)

    Ingresso: adultos, 10 euros; jovens entre 15 e 17 anos e pessoas acima de 60 anos, 5 euros (menores de 14 anos entram de graça, se estiverem acompanhados por um adulto). A taxa inclui o áudio-guia, disponível em oito idiomas. Não há versão em português.

    Até 30 de junho de 2020, quem visitar o Museu Mercedes terá desconto de 25% na compra do ingresso para o Museu Porsche, mediante apresentação do bilhete. E vice-versa

    Alimentação: O café-bar do 1° andar (terça a domingo, das 9 às 18 horas) oferece de refeições rápidas a sanduíches. Durante o verão, sentar-se no terraço do restaurante (terça a domingo, das 10 às 19 horas) é ideal para saborear pratos da cozinha regional e internacional enquanto se admira a bela arquitetura do museu

    Site: mercedes-benz-classic.com/museum


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    Visita feita a convite do Museu Mercedes e do Turismo de Stuttgart



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