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  • Jaguaribe Lodge (Ceará): bangalôs nas dunas e ao sabor do vento

    Jaguaribe Lodge (Ceará): bangalôs nas dunas e ao sabor do vento

    É você olhar umas fotos do Jaguaribe Lodge, no Ceará, para ter vontade de reservar agora este hotel em Fortim, a 130 km de Fortaleza. Com a finalidade de preservar a natureza local, cada bangalô foi erguido todo em madeira sobre as dunas, de forma sustentável.

    Neste trecho do litoral do Nordeste venta muito, de tal forma que o Jaguaribe é point de kitesurfe. Por isso há uma escola da modalidade ao lado do hotel, integrante da associação Roteiros de Charme, da mesma forma que o seu “irmão mais velho”, o Hotel Vila Selvagem, também em Fortim, no lado leste do litoral cearense. Se acaso você também for para Jeri, no lado oeste, confira também onde ficar em Jericoacoara, o que fazer no destino e onde comer por lá.

    Bangalôs de frente para o mar

    Todo mundo tem seu dia de querer mandar tudo às favas (não é bem o lugar para onde eu gostaria de mandar, mas a boa educação manda que eu escreva isso) e de se mudar para a praia, de preferência para um bangalô de frente para o mar, sem nunca mais ter de se preocupar com nada nem ninguém.

    Passarelas ligam os bangalôs sobre as dunas e a vegetação

    Pois deu para viver essa ilusão por uns dias hospedado no Jaguaribe Lodge. O hotel está de frente para a Praia do Canto da Barra, em um trecho do litoral do Ceará que, por enquanto, está livre da massificação encontrada a meia-hora dali, na tradicional Praia de Canoa Quebrada.

    No fim de 2021, o Jaguaríndia Village abriu suas portas na mesma faixa de areia. O novo hotel é voltado ao público de luxo e pertence aos mesmos donos do Jaguaribe. São franceses que começaram a explorar turisticamente a região de Fortim com a construção do Hotel Vila Selvagem, localizado a 15 minutos dos dois primeiros, onde também nos hospedamos.

    Como é o hotel em Fortim

    Em primeiro lugar, o charme do Jaguaribe Lodge está na sua construção. São 23 bangalôs erguidos totalmente em madeira, incluindo janelas, portas e seus travamentos. O projeto privilegia a visão do mar e, primordialmente, os ventos fortes que sopram em todo o Ceará. Recepção, restaurante bem como o spa acompanham o estilo arquitetônico.

    jaguaribe lodge ceará
    Arquitetura das acomodações garante boa circulação de ar

    Os bangalôs têm aberturas que garantem a circulação de ar, suprimindo com facilidade a ausência de ar refrigerado. Há um ventilador de teto sobre a cama, mas o vento que sopra é suficiente para refrescar o quarto. Nath e eu só não dormimos com tudo escancarado porque nossa urbanidade ainda fala mais alto. Nem por isso passamos calor. De madrugada, a força do vento era tamanha que eu até senti o bangalô balançar um pouco, mas faz parte da engenharia, me explicaram.

    Ficamos no Lodge Oceano I, com a praia toda diante dos olhos. Na varanda, além de uma mesinha com duas cadeiras, havia uma rede de solteiro para se largar e admirar a paisagem. Na saída, sugerimos que houvesse a opção de uma rede maior, já que o Jaguaribe Lodge recebe de casais a famílias (eles têm bangalôs com capacidade para 4 adultos e 2 crianças). Se a gente estivesse com o nosso filho, Joaquim, ele poderia dormir em um dos sofás das laterais do nosso quarto.

    Rede na varanda é um convite à preguiça

    Não há televisão nas unidades nem telefone, de modo que toda a comunicação com recepção e room service é feita por WhatsApp. O wifi é ótimo, o que me permitiu editar e botar no ar um episódio do Como Viaja | podcast de viagem enquanto tomava a água de coco de cortesia deixada dentro do frigobar.

    O que fazer no Jaguaribe Lodge

    O hotel atrai muitos praticantes de kitesurf. Eles passam o dia explorando os ventos, que sopram mais forte entre julho e fevereiro. A escola de kite ao lado do Jaguaribe Lodge é para quem já tem alguma noção ou deseja aprender. Segundo o chefe da equipe de instrutores, David Bernard, francês radicado em Fortim por causa do esporte, o mínimo de 6 horas/aula fornece as noções básicas.

    Kite à frente e parque eólico ao fundo: vento sobra no Ceará

    O pedaço da praia em frente ao hotel é bem utilizado pelo povo da pipa voada. Se quiser dar um mergulho sem se preocupar com eles, vá um pouco mais para o lado esquerdo. Se for pra não fazer nada, escolha ficar entre sofás e espreguiçadeiras ou acomodado na varanda do restaurante de praia do hotel.

    Moça pensativa em passeio de barco à beira do mangue

    Se quiser explorar a região, existe a possibilidade de fazer tours de buggy, a cavalo ou quadriciclo. O passeio de barco pelo vizinho Rio Jaguaribe é um clássico da programação local. Nath e eu fizemos esse tour quando ficamos no Vila Selvagem.

    Coquetéis e comidinhas diante do verde mar

    A piscina fica afastada da praia, mas nem por isso deixa de ser interessante. Ao redor dela há três espaços onde se pode fazer as principais refeições. É pedir o que comer e só deixar a água na hora em que o prato chegar.

    Piscina do hotel em Fortim: longe da praia, mas não menos atraente

    Culinária franco-nordestina

    A comida é um caso sério no Jaguaribe Lodge. A gente se hospedou sem levantar informação prévia do lugar. Quando folheamos o cardápio pela primeira vez, chamaram nossa atenção as opções de cortes bovinos. Mas a gente jogou no seguro, pedindo peixe no jantar da chegada (o cenário mudou bastante, mas essa regra de comer pescado quando se está no litoral ainda vale em todo o Brasil).

    Ao procurar por uma sobremesa, meus olhos pararam na tarte tatin by Celian. E então liguei lé com cré, constatando que a cozinha tinha pegada francesa por causa dos proprietários. Gente, eu soltei uns bons palavrões a cada colherada da torta de maçã em camadas, quentinha. Eu já tinha comido tarte tatin anteriormente, mas nunca tão maravilhosa como aquela. Se nada mais te apetecer no cardápio (difícil, tá), coma apenas ela, por favor.

    A pornográfica tarte tatin do Jaguaribe Lodge

    Padaria dentro do hotel

    O café da manhã ampliou esse prazer. Quando a garçonete se aproximou da mesa para nos servir, o cheio de manteiga do croissant chegou primeiro. Ele compunha a cesta de pães absolutamente frescos e quentinhos, todos feitos na padaria que funciona dentro do Jaguaribe Lodge. Mon Dieu c’est parfait! A produção atende ao Lodge, ao Vila Selvagem e ainda está disponível na Zeste Pâtisserie, no centro de Fortim. A gente não deu sorte de pegá-la aberta.

    Panificação francesa à perfeição no café da manhã

    O uso consciente de madeira, a preservação da vegetação e das dunas, o aproveitamento dos ventos como forma de refrigerar as acomodações, tudo isso faz parte de um plano do Jaguaribe Lodge de ser um hotel sustentável. E ele se mostra bem sucedido em sua proposta. Nenhuma dessas práticas diminui a experiência da hospedagem, pelo contrário. É justamente esse charme rústico de hotel na beira da praia – e que não abre mão do serviço nem da boa cozinha – a principal virtude do Jaguaribe Lodge.

  • Hotel Vila Selvagem (Ceará): refúgio a 135 km de Fortaleza

    Hotel Vila Selvagem (Ceará): refúgio a 135 km de Fortaleza

    A praia como quintal, com a areia e o mar a pouquíssimos passos de distância do quarto. Acabo de resumir nossa sensação ao entrar no Hotel Vila Selvagem, no Ceará. É um refúgio a 135 km de Fortaleza, em meio a uma vila de pescadores na cidade de Fortim, antes de Canoa Quebrada. Membro da associação Roteiros de Charme, o hotel é dos mesmos donos do Jaguaribe Lodge e alia charme com boa gastronomia, assinada por chef dono de uma estrela Michelin.  

    Nath e eu nos hospedamos primeiro no Jaguaribe, que fica a 15 minutos do Vila Selvagem. Estávamos com um carro alugado desde a saída da capital, mas há traslados entre o aeroporto e esses dois hotéis de Fortim, que no fim de 2021 ganharam a companhia do Jaguaríndia Village, terceiro empreendimento do grupo. Todos eles estão de frente para o mar, num trecho do litoral livre de aglomeração.

    Mar, areia e jangadas: um Ceará de antigamente em Fortim

    Inaugurado primeiro, o Hotel Vila Selvagem foi erguido na Praia do Pontal do Maceió. A geografia local proporciona experiências muito próprias quando se está nele em relação aos hotéis-irmãos. Em comum aos três, em termos naturais, só mesmo o vento, abundante como em todo o Ceará. Se você também for para a badalada Jeri, no oeste do litoral cearense, confira também onde ficar em Jericoacoara, o que fazer no destino e onde comer por lá.

    Como é o Hotel Vila Selvagem

    Ficamos no Bangalô Royal Oceano. Todas as acomodações têm cama king size, logo o espaço definitivamente não é um problema dentro das acomodações. Elas podem ter vista para o jardim ou para o mar – só não possuem varanda os apartamentos luxo localizados no piso acima do restaurante, mas ainda assim eles estão voltados para a praia.

    Roupa de cama de boa qualidade, amenities L’Occitane en Provence, ar refrigerado, TV e frigobar fazem parte da configuração de todas as unidades.

    Flores do jardim na decoração do quarto

    O Hotel Vila Selvagem consegue passar a sensação de privacidade que casais muitas vezes procuram em hospedagem de charme ao mesmo tempo em que transmite um certo espírito de pousada familiar, em que uma criança pode se divertir sozinha na piscina enquanto seus pais descansam confortavelmente em um dos gazebos ao redor dela. Há uma segunda piscina, reservada e mais próxima ao bar e ao restaurante.

    O menu do restaurante Vila Selvagem teve consultoria do chef Emmanuel Ruz, dono de uma estrela Michelin no currículo. Sua origem francesa se faz presente em receitas combinadas à brasilidade de ingredientes, especialmente os pescados. Escolhido pela Nath, o rigatoni com camarões na cestinha de parmesão fez companhia no jantar ao meu filé de camurim (robalo) e banana, com batatas de guarnição, ambos gratinados. Pela manhã, decidimos trocar o almoço por petiscos, como bolinho de peixe, macaxeira frita e siri.

    Visão e paladar: sentidos estimulados logo pela manhã

    No café da manhã estão presentes os pães de fermentação natural produzidos no Jaguaribe Lodge e também à venda na Zeste, pâtisserie no comércio próximo ao Hotel Vila Selvagem, mas que demos o azar de encontrar fechada nos momentos em que passamos em frente.  

    O fazer no hotel de charme em Fortim

    Faça o delicioso exercício (você nunca imaginou encontrar este vocábulo no Como Viaja, né?) de percorrer a faixa de areia a pé, sem pressa. A gente saiu à direita do hotel e foi encontrando pelo caminho jangadeiros recolhendo suas velas enquanto falavam de mais um dia de saída ao mar; gente local sentada jogando conversa fora e um casal de filhos com os pais curtindo a beira do mar, sendo tocados delicadamente pela espuma final das ondas.

    Cenário encontrado na caminhada pela areia

    Em um cenário poético como esse você pode contratar passeios de buggy ou barco para conhecer melhor a região e testemunhar o pôr do sol, por exemplo. A gente resolveu ver o fim de tarde sentados em espreguiçadeiras na areia, depois de um mergulho. De vez em quando, surgem na água alguns kitesurfistas – bem menos do que diante do Jaguaribe Lodge, habitat natural dessa espécie de esportista. Mas, no geral, a praia do Pontal do Maceió é bem tranquila, um convite ao joie de vivre.

    Pôr do sol na Praia do Pontal do Maceió, no Ceará

    Existe a opção de relaxar com os tratamentos do spa do Hotel Vila Selvagem, que oferece ainda programas completos com duração de uma semana. Se sua ideia de tranquilidade não passa por óleos, cremes nem toques, nossa sugestão é curtir sua varanda de frente para o oceano, sem o celular nas mãos. A gente experimentou um detox digital assim meio sem querer, muito por conta do apagão mundial nas redes sociais, ocorrido em outubro de 2021.

    Sinceramente, pas mal.

  • Botanique Hotel (Campos do Jordão): pós-luxo na serra de SP

    Botanique Hotel (Campos do Jordão): pós-luxo na serra de SP

    Emolduradas por vidro e aço, as montanhas da Mantiqueira me encaram firmemente. Não tomo aquela presença maciça como provocação. Sentado, estou bem acomodado demais para olhar os morros com cara de quem ousasse desafiá-los. O que havia para escalar dessa paisagem Nathalia, Joaquim e eu tínhamos acabado de fazer. Primeiro, por meios próprios, subindo a serra com o nosso carro; depois, na carona do carrinho elétrico do Botanique Hotel, em Campos do Jordão.

    Isso mesmo que você leu, Campos. Admito ter achado por muito tempo que o hotel boutique ficasse na junção dos municípios de São Bento do Sapucaí, Santo Antônio do Pinhal e Campos do Jordão. Ele está mesmo é no Bairro dos Mellos, nas franjas da cidade sempre associada à badalação de seu centrinho turístico. Nessa mesma viagem, ficamos no Hotel Toriba, também ótima opção para se hospedar longe do movimento do Capivari.

    Montanhas da Mantiqueira: presença constante em vários pontos do hotel

    Viagem para Campos do Jordão

    As nossas listas com sugestões são constantemente atualizadas. Fazemos uma apuração jornalística para chegar a essa curadoria. No caso de hospedagem, incluem apenas opções com boa avaliação nos sites de reserva.

    O que fazer em Campos do Jordão

    Onde ficar em Campos do Jordão

    Guia gratuito de Campos do Jordão

    A calmaria do hotel, entretanto, em nada lembra a agitação (e afetação) daquela região. Mal havíamos chegado e eu já estava com vontade de morar ali mesmo, no hall de entrada do Botanique. São 13h30 do domingo e o sol da serra arde do lado de fora. Apesar do dia quente, o calor da lareira às minhas costas me traz muito conforto, juntamente com o chá de capim limão e hortelã. Boas-vindas melhor, impossível.

    Como é o hotel em Campos do Jordão

    Tudo passa pelas características do terreno. O projeto arquitetônico privilegiou a visão da Serra da Mantiqueira, então, restaurante, spa e acomodações foram concebidos para valorizar a beleza natural. Além das suítes acima do prédio principal, o Botanique Hotel é composto por vilas espalhadas pela propriedade.

    Suítes do edifício principal do Botanique, em Campos do Jordão

    Estivemos lá logo na nossa primeira viagem após sairmos da quarentena, em 2021, na pandemia. Naquela época, ele havia virado uma unidade da rede Six Senses. O hotel deixou o portfólio da rede no ano passado. Agora, em março de 2023, reabriu após um retrofit, novamente com administração própria.

    Ficamos hospedados na Nodo, uma das vilas mais escondidas e próximas da recepção. Foi como ter sua própria casa de campo. Apesar de o vidro e a madeira estarem presentes na estrutura geral das vilas, a decoração e a configuração delas são diferentes entre si. A nossa tinha uma banheira de imersão dentro do quarto, diante da cama king. 

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    Um chuveirão ficava uns degraus abaixo da banheira, cercado por janelas com vista para a mata. Para quem está hospedado a dois, a ideia de contemplar o parceiro(a) com a Mantiqueira ao fundo pode soar sexy. Não há indícios de que alguém te veja do lado de fora, já que lá fica o quintal da vila.

    A suíte Nodo tem banheira diante da cama king; ao fundo, a visão da mata

    Separado por um corredor curto envidraçado, a sala de estar com lareira virou dormitório do Quim. Uma cama foi montada no canto. Diferentemente do nosso quarto, não havia blecaute nem cortina, então a luminosidade preencheu a sala nas primeiras horas da manhã. Por sorte, nosso filho estava tendo aula online, não chegando a ser um problema sair cedo da cama. Exceto pelas baixas temperaturas, típicas em Campos, ainda mais em agosto. 

    Na primeira noite no Botanique Hotel, sentimos um pouco de frio, Joaquim principalmente. Foi pura bobeira nossa mesmo, porque a lareira estava ali, carregada de lenha dentro e fora. E o staff do hotel estava à disposição para ajudar quem tenha dificuldade com o acendimento.

    Café quentinho aos pés da lareira para começar o dia frio na serra paulista

    Aquela ideia de casa de campo é reforçada quando você solicita o café da manhã no quarto, sem ter de tirar o pijama para fazer a primeira refeição do dia. Na noite anterior, deixamos uma lista do lado de fora com os itens que queríamos comer. Tudo era trazido nos carrinhos elétricos, no horário determinado pelo hóspede. Como a manhã estava gelada, trocamos o café na na varanda pela mesinha de centro, sentados nas poltronas, perto do fogo.

    O que fazer no Botanique

    O conceito de experiência está bem traduzido na hospitalidade oferecida pelo Botanique Hotel. Tomamos o café da manhã seguinte na agradável área externa do restaurante Mina, com o cantar dos pássaros da região. No almoço, as mesas próximas aos janelões do salão ampliam essa imersão à natureza, com a visão dos canteiros de onde alguns ingredientes saem diretamente para a cozinha. Ervas e plantas são cultivas em caixas dispostas de acordo com a topografia do terreno, na frente do hotel.

    O spa é um dos destaques do Botanique. Nós três ficamos na parte molhada da área de bem-estar do hotel, que inclui uma piscina isotônica. Com a mesma quantidade de sais minerais do corpo humano, ela proporciona a sensação de flutuar, você simplesmente não afunda. De quebra, admira a Mantiqueira pelo vidro.

    De uso exclusivo dos adultos, a sauna seca do Botanique Hotel também oferece visão das montanhas enquanto à vapor com chuva de floresta tropical faz desabar água do teto de tempos em tempos. Rola até um barulho da tubulação que lembra um trovão prenunciando a tempestade refrescante.

    Piscina isotônica, uma das áreas do spa do hotel na Mantiqueira

    A maior parte dos alimentos consumidos no Botanique vem de pequenos produtores locais, caso da sorveteria Eisland. Vizinha ao hotel, visitá-la é um programa a ser feito quando se está em Campos do Jordão.

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    O próprio Botanique Hotel organiza, com pagamento à parte, tours a fazendas locais, passeios a cavalo e saídas para observar pássaros ou conhecer cervejarias artesanais. Também há mountain bikes à disposição dos hóspedes perto da casa de vidro, na parte baixa do terreno, na chegada ao hotel. É do seu interesse ver um filme na sala de cinema privativa? Acredite, isso também está disponível ali.

    Sombra e espumante fresco durante o piquenique

    E, quando estivemos lá, também fizemos um piquenique sob a sombra de um jatobá mirim, atividade paga separadamente. Foi muito especial. Pouco antes do nosso check out, a gente adorou a ideia de ficar por cerca de três horas saboreando queijos, frios, crepes e pães, encarando as montanhas com a mesma admiração da chegada.  

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  • Tropical Executive: hotel em Manaus, na Praia da Ponta Negra

    Tropical Executive: hotel em Manaus, na Praia da Ponta Negra

    No Brasil dos quase 7.500 km de praias, hospedar-se de frente para um rio pode parecer algo menor, quase sem importância. A visão desimpedida do mar e de suas ondas faz parte da fantasia de quase todo turista, daqui ou de fora. Eu me incluo nesse grupo. Mas admito ter mudado meu conceito quando fiquei no Tropical Executive, hotel em Manaus, diante do Rio Negro.

    Meus olhos ficaram pregados na linha do horizonte. Diferentemente do que (não) se vê no oceano, havia algo possível de se enxergar naquele que é um dos principais afluentes do Rio Amazonas. Apesar de toda aquela imensidão, sua margem oposta estava ali, num perto-longe que me fascinou a partir da piscina de borda infinita. 

    Nathalia e eu havíamos descido com a ideia de abrandar um pouco o calor da capital do Amazonas, mas sequer entramos na água. O pôr do sol nos proporcionou algumas das melhores imagens de toda a viagem, que incluiu um cruzeiro pelo próprio Rio Negro, dias na Amazônia (no Juma Lodge e no hotel Mirante do Gavião), antes de terminarmos a viagem no Juma Ópera, hotel de luxo em Manaus. Pois bem, queridos, eu poderia morar naquele entardecer e nem subir de volta ao quarto.

    Como é o hotel Tropical Executive Manaus

    O Tropical Executive fica na Ponta Negra, bairro de alto padrão de Manaus. A valorização desse pedaço da capital amazonense inclui condomínios residenciais e prédios com vista-rio. É também uma região altamente turística formada pela orla da Praia da Ponta Negra, com bares, quiosques e restaurantes.

    O nome e as salas de convenções não escondem sua vocação de hotel de negócios, mas o Tropical Executive cabe como opção a quem deseja curtir uma praia de rio, mas não terá tempo de experimentar algo assim fora de Manaus. Ainda que a piscina faça forte concorrência nesse caso.

    Todos os apartamentos do Tropical Executive têm ar condicionado (gelaaado), cama queen (ou duas de solteiro espaçosas), banheiro sem firulas, mesa de trabalho, TV e frigobar. As unidades das categorias luxo e tropical possuem varanda. Nas demais, a visão do rio é total ou parcial, caso do superior queen em que dormimos.

    Quarto do Tropical Executive, hotel em Manaus
    Suíte sem firulas no hotel na Ponta Negra, em Manaus

    O que fazer no hotel na Praia da Ponta Negra

    Embora o hotel não ser administre a piscina, seu uso pelos hóspedes é livre mediante a apresentação de uma pulseira, que os funcionários dão no check-in. É possível pedir lanches e petiscos, além de bebida.

    Quando chegamos ao Tropical Executive, faltava ainda 1 hora para o serviço voltar. A gente pediu uma porção de pastéis e refrigerante no quiosque da piscina, que não lança a despesa na conta do hotel. Como eu havia descido sem cartão de crédito ou dinheiro, fiz um Pix.

    Rio Negro, visto do alto do hotel Tropical Executive
    Vista do Rio Negro a partir da suíte do Tropical Executive Manaus

    O hotel não tem academia, mas a proximidade com a orla da Ponte Negra ajuda a quem quer correr ou fazer uma caminhada. Vamos combinar que o visual ao redor é bem melhor do que qualquer esteira em ambiente fechado.

    Em esquema de buffet, o café da manhã é servido no restaurante do hotel, o Maragogi. Apresenta itens básicos como frutas, cereais, pães, bolos, frios, queijos e algumas receitas regionais, caso do x-caboquinho. Sanduíche típico do café da manhã amazonense, ele é a soma de pão francês, queijo coalho, fatias fritas de banana pacovã (da terra) e lascas de tucumã (fruto de uma palmeira da Amazônia). 

     

    Café da manhã do hotel Tropical Executive
    Café da manhã tem especialidades locais, como o x-caboquinho

    O Tropical Executive está localizado a 15 minutos de carro do aeroporto. Com quase o dobro desse tempo se chega ao Centro Histórico, onde está o circuito básico de atrações turísticas, entre elas, o Teatro Amazonas, o Palácio Rio Negro e o Mercado Adolfo Lisboa, todos erguidos durante o apogeu econômico vivido por Manaus com o Ciclo da Borracha, no fim do século 19. Nenhuma obra de engenharia supera o pôr do sol às margens do Rio Negro.

  • Fasano Boa Vista (SP): hotel de luxo no interior, sem afetação

    Fasano Boa Vista (SP): hotel de luxo no interior, sem afetação

    “O senhor sabe como chegar lá?” A pergunta feita pelo segurança tem o seu porquê. É nossa primeira vez no Fasano Boa Vista, hotel no interior de São Paulo. Estamos em Porto Feliz, a cerca de 1 hora de carro da metrópole. A unidade de campo da tradicional rede hoteleira de raízes italianas fica no km 102,5 da Castelo Branco, sentido capital. Ou você lança esses dados no GPS ou tem de estar atento ao aviso de retorno antes do pedágio que fica neste ponto da rodovia.

    Sem esse aparelho nem sinal de internet (oi, cadê o sinal de celular, operadora?), Nath e eu não podíamos nem apelar para o Waze, como sugeriu o segurança no portão de entrada, onde outros dois agentes zelavam pela proteção da fazenda – algumas famílias quatrocentonas paulistas, outros emergentes e parte do PIB brasileiro se hospedam ou têm casas de fim de semana ali.

    No fim, o condomínio é bem sinalizado, com placas indicando a direção do hotel. Além do mais, a gente é jornalista, bicho fuçador que encontra o que quiser onde estiver. As alamedas têm velocidade controlada, o que ajuda a contemplar a paisagem até chegarmos à recepção do Fasano Boa Vista, 20 minutos depois.

    Veja também outras sugestões de hotéis românticos em SP, hotel fazenda no interior de em SP, resort em São Paulo, hotéis no litoral de SP e hotéis no interior de SP; todos com boa avaliação em sites de reserva.

    Como é o hotel de luxo no interior de SP

    É um hotel Fasano, então espere tratamento de primeira, incluindo serviço de mordomo para desfazer e fazer as malas dos hóspedes. Ainda que tenha um serviço como esse à disposição, os funcionários não te tratam de forma subserviente (acredite, tem hotel no Brasil que ainda vive num pré-1888). 

    Pense no uso de madeira e pedra com elegância, e você entenderá o conceito do arquiteto Isay Weinfeld, autor do projeto do Fasano Boa Vista. Todos os 39 apartamentos (12 deles suítes) estão voltados para o lago artificial, com a visão das montanhas e do pôr do sol. Ficamos no 1º andar, no apartamento deluxe de 60m². As suítes duplex (120m²) e de dois quartos (180m²) têm dois andares e ampla sala de estar.

    Surpresa com balões e fotos ao chegar no quarto

    Na chegada ao quarto tivemos uma agradável surpresa. Balões com fotos instantâneas de momentos de viagem em casal e com nosso filho flutuavam sobre a cama – era nossa primeira viagem a dois na pandemia, após mais de um ano e meio isolados os três em casa. Não é sempre essa mesma ação que ocorre, mas o hotel costuma preparar algo personalizado para cada hóspede. Luxo é isso, senhoras e senhores.

    Todas as acomodações têm cama king size, lençóis de algodão egípcio 300 fios e travesseiros de pluma de ganso. Acrescento à descrição o ótimo blackout da janela, que não deixa os primeiros raios de sol da manhã te acordarem antes da hora. Uma longa bancada em madeira se estende pela parede oposta à cama. Com a pandemia, muita gente fez home office no Fasano Boa Vista, levando a administração a turbinar sua internet. Nath escreveu uma matéria de última hora e fez upload de fotos pesadas sem passar aperto.

    Mesa para trabalho remoto, com boa conexão de internet

    Tudo isso enquanto Frank Sinatra entoava You Brought a New Kind of Love to Me na caixinha bluetooth, parte das facilidades do quarto. Coube a mim a difícil tarefa de selecionar a trilha sonora de dentro da banheira. Não gosta de imersão? A ducha é forte, revigorante. À base de produtos amazônicos, as sustentáveis amenities da Costa Brazil te fazem ter vontade de levar frasquinhos e mais frasquinhos para casa, sem culpa.

    O que fazer no Fasano Boa Vista

    Não andamos a cavalo, não jogamos polo, tênis ou golfe (pena, já que esse é o único hotel no Brasil com dois campos de 18 buracos, um deles assinado pela lenda Arnold Palmer). Então nos restou alimentar o corpo e o espírito. Se você está em um Fasano, é normal criar expectativa pela comida. O menu tem receitas consagradas nos 100 anos de história da marca.

    Atreva-se a sair do convencional e peça o carpaccio Fasano, com tapenade de azeitonas e pinoli. Ele e a ótima burrata caem bem com os drinques elaborados em comemoração aos 10 anos do hotel de campo. O filé mignon ao molho marsala com batatas rústicas é bem generoso na carne, então peça o prato para dividir sem medo de parecer sovina (luxo é não desperdiçar). No máximo, solicite mais batata à parte, se você gosta delas como Nath as ama.

    Saborosa gastronomia no hotel Fasano Boa Vista

    O menu do restaurante do Fasano Boa Vista mescla refinadas receitas de fazenda com clássicos da cucina italiana, como o ravioli de carne com creme padano e o risoto de parma. Outro ponto alto: os pratos não têm invencionices nos nomes. São chamados pelo que realmente são e suas descrições, objetivas : ravioli é ravioli, risoto é risoto (luxo é ser simples, por mais paradoxal que isso seja na sociedade brasileira). Das sobremesas, a massa da cheesecake por si só é deliciosa, tal como gostam os americanos que inventaram essa perdição.

    Buffet de café da manhã no hotel de luxo no interior paulista

    Foram duas noites de hospedagem com direito a café da manhã no salão (buffet) e na varanda do quarto. Nesse caso, solicitamos na véspera ao room service a lista de itens a serem servidos. Eles estranharam não desejarmos iogurtes, frutas (havia uma bandeja no quarto desde o check in). Optamos por manteiga, requeijão, ovos Benedict e a seleção de pães (bem boa, com pão de queijo, croissant, pain au chocolat, pão de mel, francês e um pão de grãos delicioso).

    A gente se arrependeu de ter pedido para montarem a mesa na varanda. Apesar da vista incrível, alguns mosquitinhos (não eram pernilongos) atrapalharam um pouco a experiência. Outros senãos foram o suco de laranja da Nath meio doce demais e o bolo formigueiro seco para o meu paladar. Acontece, são detalhes. Mas o Fasano Boa Vista está na nossa lista de melhores cafés da manhã de hotel certamente.

    Jantar à luz de velas na varanda do Fasano Boa Vista

    Já à noite o jantar romântico na varanda, à luz de velas, foi super gostoso. A escuridão ao redor ampliou a sensação de estarmos só nós dois, num clima intimista. Estando num hotel da marca Fasano, nada mais apropriado do que pedir massas; eu fui com linguiça e a Nath, com camarão.

    Bicicleta estão disponíveis para os hóspedes pedalarem pelo condomínio

    Entre uma refeição e outra, a gente explorou uma fração da imensa propriedade com as bicicletas à disposição dos hóspedes, embora muitos deles optem pelos carrinhos elétricos. Febre local, o uso do veículo exige habilitação e respeitos às regras de trânsito. Blitz educativas e radares de velocidade fazem parte do cotidiano do condomínio, que é quase uma minicidade e tem um pequeno conjunto comercial, com lojas de grife, conveniência e um minimercado.

    Lojinhas na praça ao lado do Fasano Boa Vista

    O shopping a céu aberto fica perto da área da piscina do Fasano Boa Vista. De borda infinita e raia de 25 metros, ela tem uso exclusivo para natação das 9h da manhã ao meio-dia. É uma área gostosa para tomar drinks e ver o pôr do sol.

    Pôr do sol visto da piscina do hotel no interior de São Paulo

    Quem deseja manter a forma ou busca tratamentos estéticos e massagens encontra tudo isso a uma curta caminhada desde a recepção. O Spa Fasano tem academia de ginástica, cardápio com terapias variadas e piscinas.

    Mesmo quem não vai fazer tratamentos pode agendar horário nessa área molhada do spa, incluído no valor da diária. A força da cascata impressiona. Foi o que eu mais gostei porque te passa mesmo uma sensação de estar na natureza e deixa os ombros bem relaxados. No caminho até ela, pedras massageiam os pés. Foi difícil tirar a Nath da jacuzzi com cromoterapia. Nós dois também experimentamos a piscina beeem aquecida.

    Excelente área molhada do Spa Fasano, no interior paulista

    Além disso, Nath e eu desfrutamos do Ritual Bem-Estar, criado para celebrar a década de funcionamento do Fasano Boa Vista. A sessão de 90 minutos começa com escalda-pés de flores e especiarias finalizado com massagem nos ombros. Estreante em spas, eu dormi durante a etapa seguinte: uma terapia corporal relaxante para soltar nódulos de tensão enquanto também ativa a circulação sanguínea. O tratamento original do menu previa ducha escocesa no fim, mas conseguimos trocá-la por mais minutos de massagem.

    Desfrutamos de tudo isso indo no início da semana, momento em que o movimento do hotel estava relativamente tranquilo. Fizemos check out na tarde de quarta-feira, quando teve início na recepção o festival do Dior, fosse no corpo ou nos carrinhos de bagagem. 

    Preciso dizer também que durante as 48 horas que passamos no Fasano Boa Vista não escutamos uma vez sequer o termo diferenciado, esse mantra-muleta empregado na ausência de palavra melhor para definir bom serviço, boa hospitalidade e boa gastronomia.

    Quarto do requintado Fasano Boa Vista

    Atendidos por cerca de 15 funcionários diferentes em dois dias, notamos como cada um deles se mostrou muito bem preparado para responder as mais variadas questões, sem aquele discurso ensaiado que a gente escuta, por exemplo, em alguns hotéis. Chamou nossa atenção a preocupação em antever necessidades do hóspede, até as mais banais. 

    Cito como exemplo a tarde em que eu me peguei admirado com o som alto e estridente de duas aves em uma árvore. Fiquei com a impressão de serem maritacas por causa da plumagem verde. Passando pelo valet, um dos manobristas, que tinha assistido à cena toda a uma distância de uns 150 metros, disse: “são maritacas, senhor”, confirmando meu palpite. Luxo é isso também.

  • Hotel Maui Maresias: piscina, pé na areia e gastronomia no litoral

    Hotel Maui Maresias: piscina, pé na areia e gastronomia no litoral

    Apenas 30 metros separam a praia do Hotel Maui Maresias, que proporciona dias de pé na areia, piscina, mimos e boa gastronomia.

    Especialistas alertam que mimar é um equívoco com raízes na infância, mas deixemos essa questão para a psicologia. Contudo, em matéria de hospedagem romântica em hotéis-boutique, atender às exigências é parte da filosofia, preocupação essencial para garantir uma experiência plena.

    Voltado exclusivamente ao público adulto, estivemos no hotel no litoral norte de São Paulo, curiosamente, em família.

    A fim de atender a um pedido feito por antigos hóspedes, o Maui reserva 4 fins de semana por ano para quem quer se hospedar lá com filhos.

    As datas selecionadas são Páscoa (excepcionalmente em 2024), Dia das Mães, Dia dos Pais e Natal.

    Desde que abriu as portas, o Hotel Maui Maresias virou referência em viagem a dois, não importa em que fase o relacionamento esteja — vimos de namorados adolescentes a casais mais velhos. Para todos, haverá a mesma disposição da equipe em saber previamente o que agrada aos viajantes.

    Veja também outras sugestões de hotéis românticos em SP, hotel fazenda no interior de em SP, resort em São Paulo, hotéis no litoral de SP e hotéis no interior de SP; todos com boa avaliação em sites de reserva.

    Hotel Maui Maresias
    Viagem em família no litoral norte de SP: nossa já tradicional selfie juntos

    Como é o Maui Maresias

    Com nossa reserva confirmada, Nathalia e eu recebemos da concierge um questionário sobre as nossas preferências.

    Então, quando chegamos ao Maui, lá estavam em nosso quarto uma carta de boas vindas, delicados bombons e a suíte do jeito que havíamos solicitado, ou seja, sem qualquer sinal de fragrância no ar (somos alérgicos).

    Além de o frigobar estar abastecido com nossas solicitações, entre elas, pratos com as frutas favoritas devidamente prontas para o consumo. 

    Evidentemente, é possível pedir à equipe do Maui Maresias uma decoração específica para o quarto, com flores e tudo mais que você julgar indispensável para uma ocasião romântica. Deseja deixar sobre a cama uma joia encomendada ao concierge? O mimo estará lá para surpreender o amor de sua vida.

    Uma vez que a a viagem era na companhia de nosso filho, a suíte Molokaii ganhou uma cama extra para o Joaquim.

    Hotel Maui Maresias
    Lua cheia em Maresias: lindeza com céu limpo

    Arquitetura moderna é um charme

    O charme do Maui Maresias começa com sua arquitetura, que nos remeteu um pouco ao estilo Mid-Century californiano, de grandes janelas e portas envidraçadas deslizantes, forte presença de luz natural e espaços abertos, como os da recepção e da sala de TV.

    No paisagismo, cactos e palmeiras conferem igualmente ao cenário um pouco mais desse clima de costa oeste americana.

    Hotel Maui Maresias
    Super clima para viagem a dois: piscina se destaca de dia e à noite

    No centro da propriedade está a piscina, com o restaurante, a sauna e as varandas ao redor. Como não há janelas voltadas para a área comum, a privacidade e o silêncio no interior das acomodações estão preservados.

    Ao todo, o Maui Maresias tem 18 suítes, todas batizadas com nomes de ilhas do Havaí. A suíte Big Island é a maior (50m²).

    Hotel Maui Maresias
    Quarto do Hotel Maui Maresias com cama extra para nosso filho

    De decoração clara e sem excessos, os quartos têm TV, dock station, ar split e amenities L’Occitane.

    Hotel Maui Maresias
    Amenities L’Occitane: amamos os mimos

    A cama queen de nossa suíte foi ligeiramente deslocada para o lado e uma menor foi armada para o Joaquim dormir. O acesso ao wifi é liberado, e o sinal pega bem em todas as áreas, até na faixa de areia próxima ao hotel.

    Durante nossa hospedagem, não só conseguimos postar momentos da viagem quase tempo real, como também nosso filhote não deixou de curtir os sucessos de sua playlist favorita a cada noite.

    O que fazer no hotel boutique no litoral norte

    O Hotel Maui Maresias não fica de frente para o mar, mas ele está a menos de 30 m de distância. Bastam alguns passos para chegar à areia e perceber que a praia do litoral norte de São Paulo é quase um quintal do hotel.

    Do mesmo modo que foi o playground de Gabriel Medina, tricampeão mundial de surfe, que mantém um instituto com seu nome a menos de 1 km do Maui.

    A saber: você vai ver muitos meninos e meninas passarem com prancha debaixo do braço rumo às ondas, inspirados pelo sucesso do brasileiro no circuito internacional.

    Hotel Mauí Maresias
    Surfe e Maresias, praticamente sinônimos na praia que revelou Gabriel Medina

    Para alugar uma prancha ou ter aulas de surfe, solicite ao hotel, que também pode providenciar uma sessão de ioga à beira mar, se for mais do seu agrado.

    Ou então entregue-se às sugestões do menu de terapias do Spa Maluhia. Individuais bem como a dois, sessões de reike, de bambuterapia e de massagem relaxante podem ser agendadas pela equipe de concierge, além de banhos de ofurô.

    Aos que só precisam de um lugar ao sol para relaxar, a equipe de praia do Maui arma ombrelones e espreguiçadeiras sobre a areia fina e clara.

    Atentos aos sinais e discretos na abordagem, o time de funcionários também se encarrega do serviço de apoio.

    As refeições no Maui Maresias

    Coquetéis e comidinhas são tarefas do Guató Gastronomia, restaurante que funciona dentro do Maui Maresias. Sua cozinha une produtos da região a ingredientes contemporâneos, com um refinamento estético alinhado à proposta do hotel.

    Aberto ao público, o restaurante é opção de alta gastronomia nessa faixa do litoral de São Sebastião. 

    Hotel Maui Maresias
    Penne com migas tostadas e limão siciliano, prato do Guató

    O cardápio foi ligeiramente reformulado em relação à época em que estivemos. Contudo, a combinação de vieiras seladas sobre creme de ervilhas e crispy de presunto serrano segue no menu.

    Na ocasião, pedi penne ao pesto branco com migas tostadas. O toque de limão siciliano trouxe frescor cítrico ao prato, perfeito para um jantar em uma noite de calor. Pena não figurar mais no cardápio.

    Em matéria de finger food, recomendamos os dadinhos de tapioca, com melado de laranja e pimenta sichuan. Do mesmo modo, sugerimos as croquetas de vaca atolada, recheadas com carne de costela desfiada.

    Durante todo o fim de semana, Nath e eu abrimos mão do vinho em nome de uma coquetelaria básica, em doses plurais.

    Hotel Maui Maresias
    Petiscos no serviço de praia, na área da piscina ou no rooftop

    O café da manhã no Maui Maresias nos brindou com croque monsieur, uma das opções para acompanhar a primeira refeição do dia. Nath pediu ovos benedict.

    Pois o Joaquim não dispensou a porção de pão de queijo assada na hora. E todos provamos e repetimos os quentíssimos e saborosos mini croissants e os bolos de maçã sem glúten e de limão com creme (doce na medida). Ponto alto também são os sucos frescos (e não de polpa) em todas as refeições. 

    Buffet de café da manhã; se tiver bolo de maçã sem glúten (o 1º à direita), prove

    Rooftop para curtir o entardecer

    Não havia rooftop no Maui quando estivemos no hotel. O terraço fica acima do Guató e, a exemplo do restaurante, recebe público externo. É um espaço patrocinado pela casa Veuve Clicquot, aberto entre 17 e 22 horas, portanto para curtir o pôr do sol no mar e a noite de Maresias. Cenário perfeito para uma fim de tarde a dois, não?

    Ainda que seja um hotel focado no público adulto, os funcionários do Maui foram muito atenciosos com nosso filho. Tiraram dúvidas (e Joaquim pergunta mesmo, tem a quem puxar) e mostraram-se compreensivos quando ele abriu de mão de participar das atividades organizadas no fim de semana especialmente para os pequenos, preferindo ficar conosco.

    Quim aderiu à oficina de argila no fim da viagem. De sexta a domingo, as ondas bastaram para nosso menino.

    Atividade para criança com argila, à beira-mar

    Ser notado com atenção, encontrar em um mesmo lugar a trilha sonora que agrade, a bebida que desperte sentidos e a comida que aflore memórias.

    Saímos com a impressão de que quem escolhe o Hotel Maui Maresias para uma daquelas viagens românticas cheias de surpresas, chocolates e champagne.

    E, principalmente, para quem quer ter suas demandas especialmente atendidas.

    Afinal, mimar não é algo tão errado assim.

  • Tiradentes, Minas Gerais

    Tiradentes, Minas Gerais

    Uma das mais bonitas Cidades Históricas do Brasil. Tiradentes, em Minas Gerais, se manteve pequena – são em torno de 7.500 habitantes – e preservada, com casario colonial e igrejas barrocas. Prático e completo, o Guia de Viagem Gratuito | Como Viaja reúne tudo o que precisa saber sobre o destino para resolver sua viagem: clima, preparativos, hospedagem, passeios, restaurantes, transporte, compras, eventos e esticadas.

    Para saber o que fazer em Tiradentes e se planejar com antecedência, veja também as nossas sugestões de onde ficar em Tiradentes e de passeios como maria-fumaça de Tiradentes.

    Antigo Arraial de Santo Antônio da Ponta do Morro, fundado em 1702, Tiradentes teve seu conjunto arquitetônico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1938. A cidade ganhou fama nacional nos anos 1980 e estabeleceu um importante calendário de eventos, como a Mostra de Cinema, em janeiro, e o renomado Festival de Gastronomia de Tiradentes, em agosto.

    Nos últimos 10 anos, Tiradentes cresceu muito, mas não perdeu sua identidade. Hoje oferece a possibilidade de uma viagem rica em história, com artesanato e comida mineira – bem como restaurantes de culinárias diversas (tem até a tailandesa do Uai Thai) – e lojas de design (caso do ateliê da artista Daniela Karam). Nessa década, aumentou bem a oferta de lojas e pousadas em Tiradentes. Também cresceu a lista dos melhores restaurantes de Tiradentes, entre eles, o Angatu, o Tragaluz e o Pacco & Bacco.

    Artesanato mineiro em ferro e madeira
    Madeira e ferro no artesanato mineiro

    Como ocorre em toda boa cidade de interior que se preze, a vida em Tiradentes começa em torno da praça central, lá chamada de Largo das Forras. Em qualquer rua que se tome a partir dali, surgem possibilidades de passeios e atividades. A Serra de São José serve de cenário ao redor e é apreciada tanto de perto, em trilhas e cachoeiras, quanto à distância, na maria-fumaça de Tiradentes, o passeio de trem até São João del Rei.

    Super-indicado para uma escapada romântica, com pousadas e ruas charmosas, o destino mineiro cai bem também para uma viagem em família. Um roteiro em Tiradentes de 2 dias inteiros é suficiente para curtir a cidade, mas não é nada mal ficar mais tempo.

    Largo das Forras, principal praça de Tiradentes
    Largo das Forras, a principal praça de Tiradentes

    Confira abaixo o guia gratuito de Tiradentes (MG), com dicas de passeios, hospedagem, restaurantes, compras, clima, eventos, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossa série com opções de guia de viagem traz informações grátis e completas para você se planejar para conhecer destinos brasileiros e internacionais.

    Clima

    Na hora de arrumar a mala, não esqueça de incluir um casaco. A temperatura na cidade de Tiradentes é agradável, mas as noites são frescas mesmo no verão (média de 17°C). De dia, o sol de serra engana, mas queima; use protetor solar. Os termômetros oscilam em torno dos 24°C ao longo do ano inteiro.

    Os meses de dezembro e janeiro são historicamente os mais chuvosos, com precipitação acima dos 270 mm. Junho, julho e agosto têm dias secos e praticamente sem nuvens. O céu azul em contraste com o casario colorido deixa as fotos ainda mais lindas.

    Durante o inverno, as noites costumam registrar 11°C em média, com possibilidade de queda durante a madrugada. Cuidado com botas e calçados de solado escorregadio porque pode deslizar no calçamento pé de moleque.

    Preparativos

    Transporte

    Depois, opte pelo aluguel de carro na capital mineira (a 190 km), distante umas três horas de estrada. Dá o dobro disso e pouquinho mais se você sair de São Paulo (a 490 km) e tomar a Fernão Dias, rodovia que une mineiros e paulistas. Do Rio de Janeiro (a 370 km), o caminho é a BR-040.

    Chegando lá, estacione e só reassuma o volante novamente para visitar o comércio na rua de entrada da cidade, ir à cidade de São João del Rei ou dar um pulo no vizinho distrito de Bichinho. No mais, gaste calorias e sola de tênis subindo e descendo as ladeiras de pé de moleque do centro histórico de Tiradentes. De avião, vá até Belo Horizonte.

    Dinheiro

    Cartões de crédito e débito são bem aceitos pelos principais bares, restaurantes e lojas de Tiradentes. Mas alguns pequenos produtores de queijo ou de artesanato podem aceitar apenas dinheiro em espécie.

    A cidade tem duas agências bancárias, separadas por uma parede e localizadas a 100 metros do Largo das Forras. A entrada do Bradesco fica na Rua Ministro Gabriel Passos, enquanto o acesso ao Itaú é feito por uma viela lateral à esquerda. Não precisa nem trocar de calçada.

    Café em Tiradentes: cartão é bem aceito
    Cartão bem aceito em cafés, restaurantes e lojas

    Não há caixas eletrônicos da Rede 24 Horas em Tiradentes. Para encontrar um deles, será necessário ir até São João del Rei, cidade vizinha onde também há agências do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Santander – abrem às 11 horas da manhã.

    Hospedagem

    Não se preocupe, você vai encontrar pousadas em Tiradentes, e de sobra. Para se ter ideia de como a cidade mineira cresceu nos últimos 10 anos, há centenas de hotéis em Tiradentes na Booking. De hotel no centro histórico a propriedades logo na entrada da cidade mineira; há ainda hospedagem com a Serra de São José como cenário, caso da Solar da Serra Tiradentes, no caminho para Bichinho. A cidade acomoda todo tipo de viajante. De pousadas baratas, ao estilo cama e café, até opções com serviço de recreação infantil, como a Pousada Pequena Tiradentes e o Santíssimo Resort, buscados por famílias.

    Pousada Pequena Tiradentes, com piscina
    Hotéis e pousadas no Centro e fora, como a Pequena Tiradentes

    Em 2019, Nathalia se hospedou na Pousada do Largo, com cama confortável, ar-condicionado split, amenities no banheiro e localização imbatível. Fica diante da principal praça da cidade, o Largo das Forras, onde também se localiza a Pousada Mãe D’Água.

    Para quem não faz questão de estar dentro do Centro, mas quer chegar lá com uma curta caminhada, a Pousada Don Quixote é uma boa alternativa (ficamos nela em 2007, quando foi inaugurada; gostamos muito). Tem piscina, como a Pousada Villa Allegra e a Pousada Ouro de Minas, outras sugestões de hospedagem perto da área histórica – ambas oferecem alguns apartamentos com banheira de hidromassagem. Bonita e bem avaliada nos sites de reserva, a Lis Blue Pousada, perto da estação da maria-fumaça, tem chalés que lembram uma casinha no campo e quitutes preparados no fogão à lenha.

    Passeios

    A voltinha de charrete pela cidade é quase sempre irresistível para casais de namorados ou famílias com crianças. É possível fazer passeios de bicicleta, a cavalo, de bicicleta ou de carro até a Serra de São José, para ver a natureza local e explorar cachoeiras em Tiradentes. Agências locais organizam tanto tours históricos a pé pelo centro e roteiros gastronômicos com degustação de cachaça e queijo quanto cavalgadas e trekkings na mata em torno da serra.

    Matriz de Santo Antônio, o cartão-postal
    Matriz de Santo Antônio, o cartão-postal – Foto: Divulgação

    Como faz parte das Cidades Históricas de Minas Gerais, ligadas à exploração de ouro no Brasil Colônia, Tiradentes mantém igrejas cheias de detalhes, como pedia o estilo barroco, vigente até meados do século 18. As linhas amarelas da Matriz de Santo Antônio se sobressaem na paisagem, no alto do vale. Quase 500 kg de ouro foram usados na pintura e no folheado da igreja, frequentada por donos de terra e de escravos. Na rua de baixo, a Nossa Senhora do Rosário era a igreja dos negros (o único branco a entrar lá era o padre).

    Ao caminhar pelas ruas do centro histórico de Tiradentes, repare nas bonitas capelas, que são abertas na procissão da Semana Santa, cada uma representa um dos Passos de Cristo. Outra linda construção é o Chafariz de São José, de 1749. Com uma pintura em tom de azul, lembra a fachada de uma igreja em tamanho reduzido.

    Tiradentes tem museus interessantes, a maior parte relacionada à religiosidade, importante aspecto da cultura local. A recuperação de um casarão do século 18 e de centenas de peças ligadas ao catolicismo deu origem ao Museu da Liturgia, que abriga 420 itens datados do século 18 ao 20. Já o Museu Sant’Ana reúne quase 300 imagens da mãe de Maria, em sua maioria com a filha, em obras dos séculos 17 e 18, produzidas por artesãos de várias partes do Brasil.

    O que conhecer em tiradentes: Chafariz de São José
    Chafariz de São José, como a fachada de uma igreja

    Quem aprecia pintura e escultura deve conferir o Instituto Mário Mendonça. O pintor brasileiro, mestre em arte sacra, fez da sua casa em Tiradentes um museu para suas obras e sua coleção, que inclui bailarinas de Degas e quadros de Di Cavalcanti e Guignard. O Museu Padre Toledo funciona no casarão onde o vigário morava, lugar da primeira reunião dos inconfidentes. Repare nas pinturas do texto, no mobiliário de época e na Sala dos Espelhos.

    Bichinho e Tiradentes são ótimos destinos para garimpar móveis rústicos e artesanato. Quem viaja em família também costuma esticar até esse distrito, no vizinho município de Prados, para brincar na Casa Torta. Um roteiro em Tiradentes para crianças sempre inclui o centro cultural com camarim, parede para pintar e cama elástica.

    Restaurantes

    Vá a Tiradentes, mas não conte ao seu cardiologista. Quem gosta de comer (e bem) se esbalda na cidade mineira, onde há mais de duas décadas é realizado o Festival de Gastronomia Tiradentes, com participação ativa dos chefs locais. São eles que contribuem para a fama de boa mesa que a cidade tem. Com mais ou menos tempo de estrada, há restaurantes para todos os gostos (licença pelo trocadilho e pelo chavão).

    O colorido das culinárias tailandesa e mexicana, por exemplo, está presente no Uaithai (vá de rolinho primavera de pato e de sorvete de tamarindo na sobremesa) e no Casazul Bistrô (frozen margarita, nachos com guacamole e quesadillas com recheio de carne moída ou porco desfiado são as pedidas). Café com bolo e maçãs verdes cobertas com chocolate belga são o atrativo do Jane’s Apple, que também vende objetos para casa.

    UaiThai, comida mineira com tailandesa
    Comida tailandesa com mineira no UaiThai

    Raízes mineiras são a essência do Pau de Angu – de onde se tem uma linda vista da Serra de São José, na chegada a Bichinho – e do Padre Toledo, alojado em um sobrado de 1722 em Tiradentes. É também em um casarão com três séculos de história que funciona o Tragaluz, cuja goiabada cascão prensada na castanha de caju, servida sobre queijo cremoso e com sorvete de goiaba dá o que falar. E o que dizer do Mané sem Jaleco, a senha para comer um clássico do tradicional restaurante Estalagem do Sabor?

    Porém, uma cidade que abriga um dos mais respeitados festivais culinários do país não se limita ao arroz com tutu. Angatu e Pacco & Bacco são representantes da cozinha contemporânea. Apreciadores de pasta italiana têm no Gourmeco uma alternativa. A lonjura do mar não é impedimento para que se encontre um especialista em bacalhau em Tiradentes, o Atrás da Matriz.

    Petisco no boteco Biroska
    Botecar, uma arte mineira, nos petiscos do Biroska

    Se a intenção for botecar, drinks e 100 tipos de tintos e brancos estão à espera no Entrepôt du Vin, animado ponto da cidade. Simplicidade é a receita do Biroska Santo Reis, com cerveja gelada, ótimos petiscos e uma mercearia para comprar queijo e cachaça. Peça os bolinhos de aipim recheados com queijo ou carne moída. Os quitutes também são gostosos no Templário (soa inacreditável, mas é maravilhosa a coxinha com recheio de rabada). Uma pedida tradicional nos botequins de Tiradentes são os pastéis de angu, de queijo ou carne.

    Vegetarianos também participam da arte de beber e beliscar, já que o Cultivo é o primeiro bar e restaurante do gênero em Tiradentes. As bolinhas de queijo Catauá e os croquetes de milho com ora pro nóbis caem muito bem com o caipeta, caipirinha de limão capeta (como cravo ou rosa em outras partes do Brasil), misturado ao xarope de rapadura.

    Compras

    Ótimas opções de compras se apresentam ao longo das ruas paralelas Direita e Ministro Gabriel Passos. Produtos típicos de Minas Gerais, certamente, estão na lista de compras em Tiradentes: queijos de todas as curas, doces, cachaças, artesanato e tapeçaria, como  caminhos de mesa e jogos americanos de qualidade.

    Ouro Canastra Q’jaria e o Empório Quejos e Doces (loja no Mini Mix Shopping) são os endereços certos para fãs de queijo, além de venderem ótimos produtos mineiros, entre mel, goiabada cascão (é deliciosa a da marca Zélia, molinha ou de cortar) e doce de leite (aprovamos o Rocca com mistura de café). Caso encontre pela cidade, não deixe de experimentar (e comprar) o queijo da Lúcia – o nome da marca é Sabores do Sítio, mas a proprietária, cujo produto extra curado foi premiado na França, ficou tão famosa que basta dizer que procura o queijo da Lúcia.

    Ouro Canastra Q'jaria: loja de queijo em Tiradentes
    Em Minas, queijo também é souvenir

    Se for a Bichinho, não deixe de passar na Mazuma Mineira, para conhecer o processo de produção da cachaça e levar para casa garrafas de rótulos envelhecidos em barris de diferentes madeiras. No distrito vizinho, uma voltinha pela rua principal apresenta muito artesanato e móveis de demolição à venda – a pioneira Oficina de Agosto ficou tão conhecida que já conta com lojas em São Paulo, Rio, Natal e ainda tem representantes na Bélgica e nos EUA.

    Na chegada a Tiradentes, também se passa por vários pontos comerciais com lindas cômodas, cadeiras e mesinhas. Uma delas é a Joelma Marques Móveis e Decorações (confira que lindeza são os relicários), que tem peças prontas e aceita encomenda de personalizadas. Em várias lojas da cidade, como a Empório Heliodora, há a pomba do Resplendor Divino Espírito Santo de vários tamanhos e cores.

    Tiradentes, no entanto, surpreende também pela variedade de artigos descolados, produzidos por gente que se mudou para lá e montou ateliê ali nos últimos anos. Na loja Daniela Karam – Alfaitaria para Casa, por exemplo, encontram-se lindas almofadas, cadeiras, necessaires e cadernos de capa dura. A artista cria as estampas inspiradas em viagens no Brasil ou ao exterior e depois lança coleções com elas.

    Peças de cerâmica de Tiradentes
    Peças de cerâmica estão entre os produtos locais interessantes

    Para quem busca objetos com design diferente, vale checar a Casagrande Cerâmica Artesanal (com belos pratos e travessas em cores sólidas) e a Marcas Mineiras (lugar aconchegante, tem de vasos de cristal a roupa de cama e banho bordada, passando por utensílios para cozinha). Tome um café nos fundos da propriedade (o espresso mineiro vem com doce de leite lambuzado na xícara), acompanhado de bolo de laranja com ganache de chocolate (uma bela forma de terminar um dia de passeio com compra).

    Eventos

    O calendário de eventos em Tiradentes é agitado o ano todo. A cada mudança de temporada um estilo musical é tema do Quatro Estações Festival: MPB, Blues, Jazz ou Bossa Nova. Em janeiro, a Mostra de Cinema de Tiradentes tem exibições e oficinas gratuitas. O maior evento local, no entanto, se chama Bike Fest, um encontro de devotos de Harley-Davidson com cerca de 30.000 pessoas, realizado no fim de junho, quando a calmaria da cidade dá lugar ao ronco dos motores.

    Na Semana Santa e no Corpus Christi, feriados religiosos, a cidade mantém a tradição dos tapetes de serragem de Minas, traçando o caminho da procissão. O Encontro de Congados no fim de julho reúne grupos de várias cidades da região. 

    Festival gastronômico de Tiradentes – Foto: Divulgação

    Também em junho, é realizado o Tiradentes Vinho & Jazz Festival, mesmo tipo de música do Duo Jazz, realizado em novembro em 2021. No mesmo ano, Tiradentes voltou a realizar seu Festival de Gastronomia Tiradentes, um dos mais renomados do país. O evento organizado em setembro promoveu jantares, aulas e apresentações culturais.

    A cidade também celebra eventos voltados a outros públicos. O Festival Artes Vertentes mexe com fotografia, literatura, artes plásticas, cerâmica, entre outras manifestações. Quem quer saber das tendências deve ir à Semana Criativa de Tiradentes, em outubro. Para as festas de dezembro, a cidade se enfeita de luzes de Natal e tem programação de Réveillon no Largo das Forras.

    Esticada

    Tiradentes pode ser combinada com um roteiro pelas Cidades Históricas de Minas Gerais. A dupla Ouro Preto e Mariana fica em torno de 160 km. Outra opção é dividir a hospedagem entre São João del Rei e Tiradentes. O trajeto entre as duas cidades pode ser feito de carro ou de maria-fumaça – verifique se há saídas do passeio de trem de Tiradentes no período em que estiver na região e fique atento a horário e direção.

    Maria-fumaça de Tiradentes
    Maria-fumaça de Tiradentes a São João del Rei

    Também pode ser interessante fazer uma dobradinha com Belo Horizonte, incluindo ainda outros destinos próximos à capital mineira; entre eles, Inhotim (a cerca de 40 km) e o Parque Nacional Serra do Cipó (quase 100 km).

  • Como é a Pousada do Largo, hotel na praça principal de Tiradentes

    Como é a Pousada do Largo, hotel na praça principal de Tiradentes

    É botar o pé na rua, e a cidade mineira está toda ali para ser desbravada. A Pousada do Largo, em Tiradentes, como o nome já diz, fica diante do Largo das Forras. É o hotel da praça principal da cidade de Minas Gerais. Um roteiro de 3 dias é suficiente para aproveitar bem a cidade mineira, não importando sua escolha de onde ficar em Tiradentes. Mas a localização, no miolo do centro histórico, certamente é um trunfo da Pousada do Largo, pela praticidade e pela economia de tempo nos deslocamentos.

    Pousada do Largo na praça principal, ao lado de um dos passos abertos na Semana Santa

    Existente há cerca de 20 anos, a Pousada do Largo surgiu justamente da falta de opções de hospedagem para os visitantes que iam a Tiradentes antes de o destino ser famoso no país como é hoje. Porque alguns turistas iam conhecer o patrimônio da cidade histórica, outros buscavam móveis rústicos e arte regional feita com madeira de demolição vendidos ali com frequência.

    Largo das Forras com charretes no centro da histórica Tiradentes

    A pousada se divide em 2 espaços. Um deles está situado atrás do Empório Valnice, loja também na praça central. O outro reúne acomodações no lado oposto do Largo das Forras. Apenas esse segundo se encontrava em funcionamento; o primeiro está em obras. Por isso, os hóspedes eram levados para tomar o café da manhã na Pousada Pequena Tiradentes, hospedagem de categoria superior, dos mesmos donos – não eram cobrado adicional pelo transfer nem pelo café da manhã.

    Como é a Pousada do Largo de Tiradentes

    Eram apenas 7 acomodações com estilos diferentes: 2 na categoria luxo e 5 standard, menores com 12 m². Os apartamentos da categoria luxo: a suíte 1, na entrada da pousada, com 25 m² de área, janelas voltadas para a rua e banheiro todo revestido de pedras; e a suíte 7, de 18 m², no fundo da propriedade, diante de uma pequena piscina aquecida.

    Chegada a Tiradentes com docinho e chá no quarto

    Mas um aspecto é essencial para mim: uma boa cama. E isso minha suíte na Pousada do Largo tinha. A cama era muito boa, nem dura nem mole, na medida para uma noite de sono embalada pelo edredom fofinho. No quarto, havia frigobar, televisão e ar-condicionado split (não usei, mas no verão pode ser necessário). Banheira, secador e amenities (toca, sabonete, xampu e condicionador) me aguardavam no banheiro.

    Cama boa e pousada bem localizada, no centro de Tiradentes
    Banheira e amenities na suíte luxo da Pousada do Largo

    Um item que me deixa muito feliz ao ver num quarto de hotel é uma máquina de café. Além de poder tomar um espresso (cápsula paga à parte), me dá a possibilidade de fazer um chazinho para tomar antes de dormir. Uma máquina maior ficava na salinha perto da recepção, para quem quiser bater um papo embalado por uma bebida quentinha.

    Tanto na suíte quanto na saleta da entrada, havia saquinhos daqueles de chás industrializados, em sabores como verde, cidreira e camomila, combinados com canela e maracujá, por exemplo.

    O que fazer no hotel na praça principal da cidade

    Fiquei hospedada na suíte 7 da Pousada do Largo, no fundo do terreno, perto da piscina aquecida. Como era fim de junho, o friozinho já podia ser sentido, principalmente cedo pela manhã e após o anoitecer. A piscina esteve coberta ao longo da minha hospedagem. Durante o dia, o sol pegava forte e rolava um calor, mas estávamos visitando a cidade, então nem cheguei a pensar em piscina.

    No caminho até meu quarto, percorria um longo corredor e passava pela entrada da sauna a vapor. Tampouco tive chance de usar essa sauna, que funcionava de noite. Dependendo do destino, não me importo muito com esse tipo de estrutura (tudo muda de acordo com o propósito da viagem). Nas Cidades Históricas de Minas Gerais, gosto mesmo é de estar na rua batendo perna e descobrindo lugares e pessoas.

    A grande vantagem de estar hospedado diante do Largo das Forras é que todo o centro histórico pode ser explorado a pé, em curtas caminhadas, intercaladas com pausas em igrejas, atrações, lojas, restaurantes e cafés.

    Porque, dali, chega-se facilmente à Rua Direita e à Rua Ministro Gabriel Passos, ambas cheias de opções de restaurantes, café e compras. Basta subir ladeira para chegar à Igreja Matriz de Santo Antônio, passando pelo Museu Padre Toledo.

    Rua Ministro Gabriel Passos, calçamento pé de moleque na cidade mineira

    Cansou ou tem bolsas de compras para deixar no hotel? Alguns passos levam de volta à região da Pousada do Largo. Essa comodidade é muito importante em destinos como as Cidades Históricas de Minas Gerais, com calçamento pé de moleque, feito de pedras irregulares.

    O que comer no café na Pousada Pequena Tiradentes

    A diária da Pousada do Largo, como é usual em Tiradentes, inclui o café da manhã. Como o salão onde ele era servido está em obras, os hóspedes podem usar o transfer gratuito para ir à Pousada Pequena Tiradentes desfrutar do buffet de café da manhã, servido lá das 8 horas às 10h30. Tinha frutas frescas, sucos, iogurtes, queijos, bolos e pães caseiros.

    Buffet de café da manhã da Pequena Tiradentes; hóspedes da Pousada do Largo têm transfer gratuito

    Eu gosto muito de tomar comer cedo no mesmo lugar onde me hospedo e de voltar para o quarto para ler e relaxar um pouco na cama. Mas fui 2 manhãs à Pousada Pequena Tiradentes. A variedade no buffet de café da manhã é grande, e a simpatia dos funcionários ajuda a começar bem o dia – se estiver por lá, mande um beijo meu para a Silvana, uma simpatia de pessoa.

    Silvana e as bolinhas de queijo no café da Pequena Tiradentes

    Quando ela oferecer fondue de queijo mineiro para você passar sobre o pão caseiro, não desperdice a oportunidade. Para a pousada variar os itens servidos, nem sempre ele está disponível, pois pode ser dia de bolinhas de queijo (aceite também). Se no buffet de café da manhã tiver broa de fubá ou rocambole de doce de leite com amora, também não perca a chance de provar um pedaço de cada.

    Fondue de queijo mineiro e omelete

    O que comprar de móveis rústicos e arte regional

    Caso você goste de alguma peça da decoração da Pousada do Largo ou da Pousada Pequena Tiradentes, pode pensar em comprá-la; procure pela etiquetinha com o preço. Pois objetos e peças da mobília que preenchem os ambientes são produzidos pelo Empório Valnice, da mesma proprietária dos dois hotéis, Vanilce Barbosa. Também há itens à venda nas lojas do Centro e da Pequena Tiradentes.

    Loja interminável, anexa à pousada, com móveis rústicos e objetos para casa
    Ambiente relax na pousada completa, na entrada da cidade

    De pequena, aliás, ela não tem nada, nem no tamanho do hotel, nem na extensão da sua loja. Inaugurada em 2000, numa área de 25.000 m², a Pousada Pequena Tiradentes dispunha de 62 quartos, 2 piscinas (1 com bar molhado e 1 coberta), sauna com jacuzzi, salas de massagem e de leitura, fitness center, parquinho, recreação infantil e heliponto. Na loja, ainda podia ser adquirido o perfume vaporizado nos quartos do hotel.

  • Montréal, Canadá

    Montréal, Canadá

    Montréal preserva tradições – a língua francesa é a oficial e a gastronomia ocupa um espaço importante na vida de seus habitantes –, mas é uma cidade aberta ao moderno e ao contemporâneo, com atenção à sustentabilidade e à mobilidade. Com cerca de 750 km de ciclovia disponíveis em todos os bairros, os moradores usam a bicicleta mesmo com neve. É o Canadá francês cosmopolita.

    Talvez seja a cidade canadense mais bilíngue (os negócios nas empresas, na maioria localizadas no Centre-Ville, o Downtown local, criam a necessidade de falar também o inglês). Quem busca intercâmbio no Canadá pode combinar programas nos 2 idiomas em Montréal. Ela também se mantém atualizada com as tendências mundiais de moda e tecnologia. Há um relevante polo de games na cidade — a província de Québec responde por 30% da produção nacional, sendo que 70% dos estúdios ficam em Montréal e na sua área metropolitana.

    A arte tem uma importância tal em Québec que a lei da província determina que 1% do valor de cada construção seja destinado a obras expostas ao público. Por isso, ao caminhar, você verá muitas esculturas, por exemplo, ao longo da Rue Sherbrooke. Essa rua, aliás, é o endereço de 2 excelentes museus de Montréal: o Musée des Beaux-Arts (belas artes) e o Musée McCord (história e sociologia da cidade). Outras 2 instituições de acervo interessante completam a lista de indispensáveis para os fãs de museu: o Musée d’Art Contemporain (arte contemporânea no Quartier des Spectacles) e o Pointe-à-Callière (arquelogia e história da fundação da cidade, na Vieux-Montréal, a parte histórica).

    Entre os pontos turísticos de Montréal o mais conhecido é o Mont-Royal, logicamente, já que o monte deu nome à cidade e até hoje uma lei municipal determina que nenhuma construção pode exceder a altura dessa montanha, de 233 m. De lá, é possível apreciar uma bonita vista panorâmica e, a seus pés, o Parc du Mont-Royal, com muitas atividades tanto no verão (apresentações de música e dança) quanto no inverno (patinação e escorregador no tobogã natural formado pelo gelo).

    Além do Mont-Royal, entra para o roteiro essencial pela cidade outro parque, o Jean-Drapeau. Formado por 2 ilhas, ele abriga o Casino de Montréal e o Autódromo Gilles Villeneuve. Também valem uma visita a Basilique de Notre-Dame, catedral no centro histórico, e o Parque Olímpico com sua torre inclinada.

    O cenário e o próprio clima mudam completamente de acordo com as estações. No verão quente e úmido, a temperatura em Montréal atinge picos de 30°C, e a cidade é repleta de eventos ao ar livre, como o renomado Festival Internacional de Jazz de Montréal. Já na época de frio rigoroso, a sensação térmica pode ser de até -30°C e fica fácil entender a praticidade do Réso de Montréal, a cidade subterrânea com 33 km de túneis e em torno de 2.000 restaurantes e lojas, por onde passam cerca de 500.000 pessoas por dia.

    Uma das atividades quase obrigatórias para se fazer em Montréal é experimentar o melhor da sua comida típica. Poutine, bagel e brisket (smoked meat, a carne defumada em sanduíches) são algumas das pedidas. Explorar os mercados de Montréal, outras. Entre eles se destacam o Marché Jean-Talon e o Marché Atwater.

    Confira abaixo o que fazer em Montréal, além de hotéis, restaurantes, compras, clima, eventos, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossa série de guia gratuitos de viagem traz informações grátis e completas para você se planejar bem para conhecer destinos internacionais e no Brasil.

    Clima

    Entre junho e setembro, a temperatura em Montréal tem média de 20°C, com dias mais quentes especialmente em julho e em agosto, meses que podem registrar picos de 32°C. O fato de estar em uma ilha deixa todo esse calor mais úmido, responsável por botar todo mundo na rua, especialmente nos parques e piscinas públicas. Atrações e restaurantes também costumam ficar mais cheios nessa época do ano, alta temporada no Canadá.

    Leve agasalho se viajar a partir da segunda quinzena de setembro, momento em que as folhas de outono deixam a paisagem avermelhada e os primeiros ventos frios começam a soprar, derrubando os termômetros para baixo dos dois dígitos pelos meses seguintes. Novembro e dezembro registram com frequência marcas negativas e janeiro é o auge do inverno, quando a média fica em torno dos -10°C.

    Moradores de Montréal ficam atentos à força do vento, que nesse período do ano faz a sensação térmica chegar a -30°C em alguns dias. A época exige roupas e calçados apropriados para suportar o frio congelante, que, nesse caso, não é força de expressão. O desconforto pelo clima gélido começa a ser desfeito e as marcas voltam a ficar positivas com a chegada da primavera, em março.

    Preparativos

    Passagem aérea

    A Air Canada tem voos direitos para Montréal a partir de São Paulo. Também é possível voar pela empresa até Toronto e pegar uma conexão. Com as companhias americanas, o voo vai até alguma cidade dos Estados Unidos e de lá o viajante pega uma conexão para Montréal.

    Visto

    Veja o passo a passo para tirar seu visto canadense, pois o país exige esse documento de viajantes brasileiros. Se você esteve no Canadá ou nos Estados Unidos nos últimos 10 anos, pode pedir uma eTA Canada, autorização eletrônica de viagem, caso sua chegada ao país desta vez seja de avião. A autorização eletrônica de viagem é bem mais barata e o processo para solicitá-la é menos burocrática do que o de visto.

    Carro

    Dirigir é dispensável em Montréal. Você pode optar pelo aluguel de carro se quiser explorar a província de Québec ou ainda a vizinha Ontario, onde ficam Toronto e a capital do Canadá, Ottawa.

    Trem

    A VIA Rail conecta Montréal a cidades como Quebéc, Toronto, Ottawa e Halifax.

    Transporte

    Além do táxi ou de um carro alugado, outra opção para deixar o aeroporto é subir no Expresso 747, ônibus que conecta o terminal de passageiros com Downtown. A linha funciona 24 horas por dia, durante o ano inteiro. A tarifa custa CAD$ 10 e pode ser paga diretamente no ônibus (só aceita quantia exata e apenas em moedas, nunca cédulas) ou com qualquer um dos cartões de transporte que dão direito a viagens ilimitadas durante determinado período (de 24 horas a 7 dias de uso).

    Os cartões podem ser comprados no terminal de desembarque internacional do aeroporto, em terminais de ônibus da cidade e nas estações de metrô. O Expresso 747 tem duas linhas, uma que segue direto à estação de metrô Lionel-Groulx, outra com destino ao terminal Berri-UQAM, passando pelo Boulevard René Lévesque, com paradas próximas a muitos hotéis.

    A cidade é convidativa a andar a pé, tem uma das melhores redes de ciclovias do Canadá (750 km de extensão) e um sistema de transporte público bom e super acessível, que inclui ônibus e 4 linhas de metrô, operadas pela Société de Transport de Montréal (STM). Há tíquetes que dão direito desde uma simples viagem (CAD$ 3,50) até deslocamentos ilimitados durante 3 dias consecutivos (CAD$ 20,50) – mantenha seu bilhete até o fim do deslocamento, como prova de pagamento

    Moeda

    Compre dólar canadense para levar moeda estrangeira — a cotação é mais baixa que a do americano. Cartões de débito e crédito são aceitos em praticamente todos os lugares, inclui hotéis e restaurantes.
    Gorjetas: nos restaurantes e táxis, acrescente 15% ao total da conta; nas cafeterias, você pode deixar as moedas do troco na caixinha dos funcionários; nos hotéis, o costume é dar CAN$ 2 por mala carregada ou serviço prestado.

    Hotéis

    Na hora de escolher onde ficar em Montréal, saiba que a maior parte dos hotéis está em Downtown e no centro histórico. Nathalia já se hospedou InterContinental Montréal e recomenda. Corretíssimo nos serviços oferecidos, esse 5 estrelas fica próximo da Catedral de Notre-Dame (Basilique Notre-Dame) e tem acesso direto ao Réso, rede de caminhos subterrâneos. Em outro momento na cidade, ela passou alguns dias no Hôtel Alt Montréal. Moderno, elegante e com boa relação custo-benefício, o hotel tem facilidades como geladeira com sucos e sanduíches frios à venda na recepção. Localizado em Griffintown, bairro de restaurantes e lojas fora da curva e bem interessantes.

    Para celebrar um momento especial ou simplesmente porque você deseja se dar um luxo, uma noite no Le Mount Stephen talvez seja interessante. Este hotel boutique ocupa um casarão histórico de 1880 que é a cara de Golden Square Mile, região de construções vitorianas e muito arborizada. Colado na Boulevard Saint-Laurent, o Hôtel Zero 1 é uma alternativa próxima ao Quartier des Spectacles. Moderno e ajeitadinho, tem quartos e suítes voltados para o portal de Chinatown. Fica na René-Lévesque, avenida por onde passa o Expresso 747.

    Quem se utiliza do ônibus que liga o aeroporto ao Centro também pode descer muito próximo ao Novotel Montreal Centre. Com quartos confortáveis, esta unidade da rede está situada a cerca de 300 metros do Bell Centre, casa do Montréal Canadian, time de hóquei da cidade.

    Imagine despertar diante do Rio Saint-Laurent? Nada mal para quem se hospeda no Auberge du Vieux Port, onde as paredes originais de pedra e tijolos emprestam mais charme aos quartos e suítes do hotel, instalado em um armazém do século 19. Serviços à francesa, pé direito alto e janelões são atributos do Hotel Bonaparte, onde 30 quartos e uma suíte oferecem ampla visão das ruas de paralelepípedos. A uma curta caminhada de restaurantes, boutiques e marcos históricos da cidade.

    Passeios

    Para quem prefere viajar por conta própria e com calma, há o passe de 72 horas com entrada em atrações e bilhete de metrô (Montreal Attractions Pass with Metro Ticket). Também dá direito a transporte de ônibus, incluindo a linha 747 de Montréal para o aeroporto.

    O passe inclui 28 atividades, como o cruzeiro no Vieux-Port, a MTL Zipline (tirolesa), o Musée des Beaux-Arts (Museu de Belas Artes, com pinturas e esculturas), o Musée d’Art Contemporain (com exposições e instalações), o Musée Grévin (de cera), o Musée McCord (com mostras sobre história e sociologia da cidade), o Pointe-à-Callière (de arqueologia e história, sobre a fundação de Montréal), o Biosphère (museu do meio ambiente no Parc Jean-Drapeau), o bonito Jardin Botanique (jardim botânico), o planetário (o interessante Planétarium Rio Tinto Alcan) e a Torre do Parque Olímpico (La Tour de Montréal, com 165 m a 45 graus, símbolo da Olimpíada de 1976).

    Considerando as principais atrações de Montréal com entrada paga, estão fora do passe apenas a Basilique de Notre-Dame (catedral com um maravilhoso altar azul) e o Biodôme (espaço do antigo velódromo nos Jogos Olímpicos adaptado para receber ecossistemas das Américas, com plantas e animais).

    Antes da viagem, você pode garantir ingressos de atrações e passeios em Montréal, como o cruzeiro pelo Rio São Lourenço (Fleuve Saint-Laurent) ou o cruzeiro com jantar e dança, para ver Montréal de dentro da água; ou a entrada da roda-gigante sem fila (La Grande Roue), para apreciá-la do alto. Ou ainda fazer um passeio panorâmico num tour guiado de ônibus de 3,5 horas. Entre as atrações da cidade estão a Notre-Dame e o mirante do Mont-Royal.

    Também existe a possibilidade de ter uma experiência diferente, por exemplo, um passeio em Montréal com alguém local, um tour de 3 horas de scooter, uma caminhada pela cidade subterrânea (Réso) ou um passeio a pé de 2 horas pelo centro histórico de Montréal (incluindo ingresso da Notre-Dame). Adeptos de bicicleta encontram várias opções na cidade do Canadá francês.

    O City Bike Tour de 3 horas com aluguel da bicicleta incluído após o passeio apresenta pontos conhecidos e escondidos da cidade e sua prática rede de ciclovias, com parada para degustação. Realizado pela Ça Roule (Nathalia fez o passeio de bicicleta em Montréal com essa empresa e gostou do serviço), o tour começa e termina na Vieux-Montréal, passando por vários bairros.

    Restaurantes

    As raízes francesas justificam a fama de Montréal como destino gastronômico no Canadá. Enquanto se visita a maior cidade da província de Québec, é praticamente impossível ficar de boca fechada, exceto enquanto se mastiga. Com cerca de 75 restaurantes por km², a dica é provar de pouco em pouco em cada lugar, a fim de tornar a jornada pela gastronomia de Montréal mais completa.

    As manhãs podem começar com baguete ou pão multigrãos quentinhos da Première Moisson, rede de padarias com filiais por toda a cidade, incluindo os dois principais mercados de Montréal — a do Marché Atwater abre primeiro, logo às 6 da matina. Oportunidade de ver logo cedo a chegada de produtos frescos, boa parte deles cultivados na província de Québec. Ponto turístico, o Marché Jean-Talon é ideal tanto para saborear crepes de frutas vermelhas quanto para comprar uns saquinhos com frutas secas, perfeitas para serem comidas durante deslocamentos pela cidade. E não deixe de visitar o Le Marché des Saveurs du Québec, loja na rua no entorno do Jean-Talon, boa para quem procura por xarope de maple (syrup d’erable, em francês) e outras maravilhas québécois, como os mirtilos locais (bleuts).

    Brasileiros que conhecem Nova York não estranham ouvir falar em bagels e pastrami, dois artigos famosos também em Montréal — e motivo de disputa entre as cidades para saber quem tem o melhor. Desde 1928, o Schwartz’s serve generosas lascas de carne defumada com molho de mostarda entre fatias de pão de centeio. O cantor e poeta Leonard Cohen preferia a versão preparada na Main Deli Steak House, localizada do outro lado do Boulevard Saint-Laurent. Na Rue Sainte-Catherine, a pedida é o Reuben’s, onde além do pastrami tradicional saboreia-se o legítimo sanduíche que leva o nome da casa, com carne defumada, queijo suíço e repolho.

    Ainda na linha refinamento zero, sabor dez, Montréal é o lugar para provar poutine. A combinação de batata frita, pedaços de queijo e molho de carne, uma das comidas típicas do Canadá, aquece corações e almas em tempos frios. Mas dá para ser devorada o ano inteiro. Os cardápios do La Banquise e do Frite Alors! oferecem variações sobre o tema, e vão além, com hambúrgueres e fritas. Você encontra as 2 casas no Plateau Mont-Royal, bairro que não tem apenas porn food. A zona boêmia da cidade e seu bairro vizinho, Mile End, concentram boas opções gastronômicas, como o Bistrô La Fabrique, e um dos 10 melhores restaurantes para um brunch, o Fabergé, cujos ovos benedicts alavancam sua reputação. No mesmo bairro, para tirar a prova dos 9 sobre os já mencionados bagels, faça sua escolha: St-Viateur Bagel e Fairmount Bagel.

    Bagel de Montreal
    Famoso bagel de Montréal – Foto: Alice Gao/Comissão Canadense de Turismo/Divulgação

    Outros bairros vêm ganhando destaque quando o assunto é restaurantes em Montréal, como Griffintown e Petite-Bourgogne. No 1º, alguns saborosos nomes são Foxy, especializado em grelhados na brasa, e Le Serpent, para cozinha italiana, vinho e sobremesas do chef pâtissière Masami Waki. No bairro seguinte, o Candide oferece um menu a preço fixo, diferente a cada mês, e o Joe Beef serve carnes e frutos do mar, em pratos como sua famosa massa com lagosta.

    Pelas ruas históricas de Vieux-Montréal também se encontram delícias. Entre galerias de arte e bons restaurantes da Rue Saint Paul, o Olive & Gourmando é um clássico, onde os paninis atraem muita gente para lá na hora do almoço. Nos arredores da Basilique Notre-Dame de Montréal, os macarons do Europea Espace Boutique seguem o padrão de qualidade que deram a Jérome Ferrer o título de Grand Chef Relais & Châteaux, por seu trabalho à frente do estrelado Europea. Nos meses mais quentes, aproximadamente 350 opções de food trucks se espalham por 20 pontos da cidade, do Parque Olímpico ao Vieux-Port.

    Eventos

    Conforme o tempo esquenta, aumenta o número de eventos em Montréal. L’International des Feux Loto-Québec promove um espetáculo de fogos de artifício, entre junho e julho, na Pont Jacques-Cartier, diante do La Ronde (parque de diversões da Six Flags). No meio do ano, o GP de Fórmula 1 agita também a Rue Crescent numa festa depois da prova. O Boulevard Saint-Laurent ganha cores e desenhos pintadas por artistas do mundo todo durante os 11 dias do Mural Festival, em junho.

    No mês seguinte, a 1ª quinzena é de circo em Montréal, com o Complètement Cirque, e a 2ª é de humor, com o Just for Laughs Festival. Entre setembro e outubro, tem Momenta – Biennale de l’Image, para fãs de fotografia, e Gardens of Light, festival de lanternas no Jardim Botânico de Montréal.

    A música é outro tema de destaque no calendário local. O Festival de Jazz de Montréal, instalado no Quartier des Spectacles, é o evento mais conhecido internacionalmente. Os 10 dias de apresentações pagas e gratuitas vão do fim de junho ao início de julho. Os parques de Montréal também viram palco de espetáculos musicais no verão. Tambores e dançarinos animam o Parc du Mont-Royal todo domingo com a realização de Tam Tams. Esse festival se estende do começo de maio até setembro (dependendo do ano, alcança outubro) e se concentra perto do monumento dedicado a Sir George-Étienne Cartier no parque. No Parc Jean-Drapeau, o Piknic Électronic reúne DJs locais e convidados internacionais em shows de música eletrônica, com ingressos cobrados, da 2ª metade de maio ao fim de setembro.

    Festival de Jazz de Montréal
    Festival de jazz em Montreal – Foto: Frédérique Ménard-Aubin/Montreal Jazz Festival/Divulgação

    Com 3 dias de shows de indie e hip hop, o Osheaga, organizado em agosto, é comumente comparado ao Lollapalooza, ao Glastonbury e ao Coachella. No outono (5 dias no fim de setembro), é a vez do hipster Pop Montreal, com cobrança de ingresso, apresentar em torno de 400 artistas — no fim de semana do festival, há atividades gratuitas para crianças. Com a neve caindo, o Igloofest bota a galera para dançar música eletrônica no Vieux-Port, da 2ª quinzena de janeiro ao começo de fevereiro.

    Como destino gastronômico em essência, Montréal organiza eventos ligados a comida e bebida ao longo do ano todo. Na 1ª metade de junho, é realizado o Mondial de la Bière, festival de cerveja artesanal que já tem edições no Rio de Janeiro e em São Paulo. Quando esfria, na 1ª quinzena de novembro, ocorre a MTL à Table, a restaurant week de Montréal. Cerca de 150 restaurantes preparam menus a preço fixo para brunch, almoço ou jantar.

    O cenário branquinho de neve em dezembro ganha luzes, comidas e atividades em mercados de Natal do Canadá, presentes também em Montréal. Atmosfera perfeita para diversão no inverno em família. Entre janeiro e fevereiro, a criançada se diverte na Fête de la Neiges, aos sábados e domingos no Parc Jean-Drapeau. com trenó, esculturas de gelo, shows e atividades pagas e gratuitas. Dá para fazer pirulito de xarope de maple no gelo.

    Gastronomia com arte e diversão se encontram no Montréal en Lumière, do fim de fevereiro ao início de março, no Quartier des Spectacles. Tem shows gratuitos, atividades culinárias com chefs e produtores de vinho e atrações como tirolesa, tobogã e roda gigante. A Nuit Blanche, noite inteira de arte com cerca de 200 atividades culturais (várias, gratuitas), é realizada no último fim de semana do Montréal en Lumière. Muitas luzes também estão nas instalações de artistas espalhadas ao redor da Place des Festivals durante o Illuminart, evento gratuito e interativo, também entre o fim de fevereiro e começo de março.

    Compras

    Em matéria de qualidade e quantidade, a Rue Sainte-Catherine é praticamente imbatível. Com 15 km de extensão, ela é a principal rua de comércio de Montréal. Concentra cerca de 1.500 lojas, que incluem as básicas H&M (roupas e acessórios), Dollarama (artigos para casa e lembrancinhas), eletrônicos (especialidade da Best Buy e da The Source), passando ainda por grandes redes de departamento, entre elas, Hudson Bay e Simons (esta originária de Québec).

    É na Sainte-Catherine que você também encontra a Ogilvy, maison local que reúne marcas renomadas como Balenciaga, Moncler e Louis Vuitton. E não dá para esquecer dos vários shopping centers ao longo da rua — Complexe Desjardins, Promenades Cathédrale e Eaton Centre, o maior e mais famoso deles. Os subsolos desses grandes centros de compras são conectados pelo Réso, o sistema de caminhos subterrâneos, que oferece 2.200 lojas e restaurantes, abertos faça sol ou chuva (neve, para ser mais exato).

    Ainda em Centre-Ville, a dupla Rue Crescent e Rue Sherbrooke concentra elegantes boutiques, livrarias, galerias e bares para uma happy hour ao fim das compras. Criações exclusivas dos melhores estilistas de Québec estão nas vitrines da MO 851 e de outras lojinhas do Plateau e de Mile End, com destaque para as que se espalham pelas Avenue Mont-Royal e Rue Saint-Denis. A faceta mais trendy de Montréal é também um lugar para comprar roupas de segunda-mão, achados vintage, objetos e acessórios que fogem aos padrões da moda e da decoração. Vá, compre e fique um pouco mais para descobrir os prazeres que o Plateau tem a oferecer quando a noite se aproxima, especialmente no Boulevard Saint-Laurent.

    Artigos únicos, peças contemporâneas e sabores originais de Québec e região formam o leque de opções do Marché Bonsecours, mercado na área do porto. Explore as ruas de paralelepípedo do centro histórico, com suas lojinhas de souvenir e de produtos locais. Na Délices, Érable & Cie, o maple é vendido de todas as formas possíveis, do clássico xarope a tempero, passando por sorvete e o que mais for possível inventar.

    Durante o verão, nos bairros de Montréal, você pode encontrar alguma vente trottoir (venda de calçada). As lojas expõem mercadorias com desconto do lado de fora. As ruas são fechadas para o tráfego de veículos e recebem barraquinhas de comida e, em alguns casos, atividades para crianças. No centro da cidade, por exemplo, na Sainte-Catherine, as lojas também podem exibir itens em promoção do lado de fora, mas é nos bairros que se tem a experiência mais autêntica desse tipo de comércio.

    Esticada

    A cidade de Québec é um charme só e fica a 230 km de Montréal. Caso passe uns dias lá, considere se hospedar no icônico Fairmont Le Château Frontenac, o hotel em forma de castelo no alto da parte murada.  Uma opção de bate-volta é uma excursão de 1 dia para Québec e Cataratas de Montmorency.

    Para explorar mais, há uma excursão de 1 dia às Laurentides, que mostra a beleza da cadeia de montanhas ao norte de Montréal, passando por cidades e lagos (com cruzeiro no Lac-des-Sables). Ou curta a paisagem mais conhecida da região num passeio de 1 dia a Mont-Tremblant.

    Para esticar até outras cidades do Canadá, há opções como Ottawa (a 165 km), capital do Canadá, e Toronto (a 550 km), ambas na rota de trem Corridor da Via Rail. Uma boa dobradinha é o roteiro por Toronto e Montréal, as maiores cidades do Canadá inglês e francês.

  • Hotel & chocolate

    Hotel & chocolate

    Fotos: VisitBritain/Divulgação
    Fotos: VisitBritain/Divulgação

    A pequena Bournemouth, a 170 quilômetros de Londres, guarda um doce de lugar. The Chocolate Boutique Hotel dispensa tradução. Seus 15 quartos levam nomes das várias denominações de chocolate, e a decoração é toda em tons de caramelo, creme e, claro, chocolate.

    Quem se hospeda por lá ganha dose diárias de trufas nas suítes e prova deliciosas panquecas recheadas (você sabe com o quê) no café da manhã. Se a viagem for a dois, há um pacote romântico que inclui fonte de chocolate para mergulhar carnudos morangos, um par de “chocktails” (trocadilho mais que apropriado para coquetéis) e uma garrafa de espumante espanhol.

    Quem quiser botar a mão na massa e aprender a fazer trufas decoradas pode se inscrever nos vários workshops oferecidos pelo hotel e cobrados à parte.

    Na cidade de chocolate

    Já The Hershey Hotel leva o nome da família fundadora da empresa de chocolate criada no estado americano da Pensilvânia. De inspiração mediterrânea, a construção com 276 quartos fica no topo de uma montanha, com vista para a fábrica da marca, que hoje também dá nome à cidade, distante 2 horas de Washington e 3 de Nova York.

    O spa que funciona no hotel oferece diversos tratamentos, entre ele o que privilegia o produto que fez a fama da família Hershey. Banhos e massagens à base de cacau e chocolate estão disponíveis no espaço, que não aceita menores de 18 anos.

    O hotel faz parte da Hershey Entertainment & Resorts, proprietária também de um parque temático, de um museu da marca de chocolate e de vários outros meios de hospedagem.

    Muitos hotéis da cidade americana de Hershey fazem referência ao tema chocolate em seu nome, casos do Cocoa Motel e do Cocoa Country Inn Hershey At the Park.

    Reserve seu hotel em Hershey pelo Booking

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