Tag: Vinho

  • Cataratas do Niágara e visita às vinícolas perto de Toronto

    Cataratas do Niágara e visita às vinícolas perto de Toronto

    ATUALIZADO EM 3 DE FEVEREIRO DE 2019

    A região de Niagara fica a cerca de 1 hora e meia de carro a partir do centro de Toronto, e reúne as famosas Cataratas do Niágara, um bom punhado de vinícolas e o charmoso vilarejo de Niagara-on-the-Lake. É a chance de ver outro ponto turístico do Canadá, depois de visitar a icônica CN Tower, em Toronto. Dá para conhecer as cataratas em um dia de passeio — saindo cedo e voltando ao anoitecer —, mas existe sempre a chance de se hospedar por lá mesmo e poder aproveitar atrações como o cassino e ver as quedas d’água iluminadas à noite.

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    Visita às Cataratas do Niágara – Fotos: Niagara Parks Commission/Divulgação
    Cores em Niagara Falls

    Niagara Falls: visita às quedas em qualquer época do ano

    Niagara Falls é uma atração acessível durante o ano todo, apenas o passeio de barco só ocorre no verão. São várias as formas de visitar as Cataratas do Niágara. E, dependendo da época, há eventos específicos, como o show de fogos realizado durante a primavera e o verão.

    Fogos sobre as quedas d’água no Canadá – Foto: Niagara Parks Commission/Divulgação

    Com duração de 12 minutos, o voo de helicóptero pode ser feito mesmo quando as águas estão congeladas pelo rigoroso inverno canadense, assim como caminhar por trás das cataratas, através de túneis escavados na rocha (na experiência chamada de Journey Behind the Falls) e sentir a névoa formada pela força das quedas — sensação que deve amenizar o calor nos meses quentes, mas que me fez tremer de dia em novembro, quando as temperaturas começam a cair.

    Icewine e outros vinhos do Canadá

    Não foi algo tão frio quanto visitar o bar de gelo da Peller Estates, um dos cerca de 70 estabelecimentos que fazem de Ontario uma das regiões vinícolas canadenses. Por lá, a especialidade é a produção do icewine do Canadá, vinho de uvas congeladas. Eu vesti um casacão e encarei 10 graus negativos para experimentar a bebida típica sentada num bloco de gelo (mas cheia de estilo).

    Também estive na Two Sisters, onde a degustação terminou num almoço no Kitchen 76, uma das melhores refeições daquela viagem. Algumas vinícolas de Niagara-on-the-Lake possuem restaurante, enquanto outras (pouquíssimas, na verdade) oferecem ainda hospedagem. Todas as propriedade ao longo da rota de vinho da região de Niágara estão abertas à visitação, em um percurso de cerca de 20 km, que pode ser feito num tour de bicicleta (para os fortes) ou de carro (por conta própria, em passeios guiados ou com motorista particular).

    Passeio à vinícola Two Sisiters – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
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  • Icewine (Canadá): vinho feito a partir de uvas congeladas

    Icewine (Canadá): vinho feito a partir de uvas congeladas

    A temperatura tem de se manter por 3 dias a pelo menos 8 graus negativos. As uvas congeladas são, então, colhidas de madrugada para evitar que derretam e possam ser processadas ainda com gelo. Assim surge o icewine, típico vinho do Canadá. Perto de Toronto, ele é produzido pelas vinícolas da região de Nigara-on-the-Nake – veja passeio para Niagara Falls, com icewine, xarope de maple e as cataratas).

    Licoroso, o icewine é uma bebida que geralmente acompanha a sobremesa, mas, claro, pode ser apreciada sozinha ou ainda tomada junto com uma entrada de sabor marcante como foie gras. O vinho costuma ser mais adocicado. O primeiro que provei, em 2010, não me agradou. Era melado demais, e eu normalmente não gosto de nada muito doce.

    Depois disso, numa outra viagem ao Canadá, estive em Niagara-on-the-Lake, região vinícola em Ontario conhecida por sua produção de icewine. Devo dizer que gostei tanto do que experimentei na vinícola Two Sisters, que comprei uma garrafa para dar de presente de aniversário à minha cunhada.

    Veja excursão a 4 vinícolas premiadas da região de Niagara, com degustação.

    Além de fazer a degustação na Two Sisters, almocei no restaurante da propriedade (recomendo fortemente: comida italiana de qualidade). Na Peller Estates, a prova do icewine foi realizada num bar de gelo. Vesti um casacão e entrei num ambiente com temperatura a 10 graus negativos para experimentar a bebida.

    Como é feito o icewine

    Dependendo da variedade da uva, o icewine pode ter notas de mel, frutas, nozes e maple. Vidal é a mais usada, porém diferentes tipos de uvas vêm sendo experimentados. O que começou como uma bebida de tom dourado deu lugar também a novas versões de icewine, com uvas tintas.

    O vinho também é produzido na Alemanha, na Áustria e nos Estados Unidos, mas o Canadá é o único país tão frio que consegue manter uma produção anual, de acordo com o Agriculture and Agri-Food Canada, órgão governamental do setor de agricultura do país.

    A província de Ontario é a maior produtora de icewine do Canadá, seguida por British Columbia. Ontario exporta o equivalente a cerca de 15,6 milhões de dólares canadenses. Esse tipo de vinho também é feito, em menor escala, nas províncias da Nova Scotia e de Québec.

    Quanto custa uma garrafa

    O icewine é um vinho caro porque sua produção é custosa. Parte dos vinhedos é separada na colheita para produzir a bebida licoros. As uvas deixadas na parreira congelam com a queda de temperatura.

    Se resistirem às intempéries e à ação de pássaros, são colhidas à mão quando o clima se mantém a pelo menos 8 graus negativos – da colheita surgiu a ideia de organizar o festival de icewine no Canadá. As frutas devem ser processadas ainda congeladas.

    Degustação de icewine na Peller Estates, dentro do bar de gelo

    Rendem menos do produto final, em comparação com os tipos regulares de vinho, segundo a Canadian Vintners Association, associação de vinícolas canadenses. Em torno de 3 kg de uva levam a uma garrafa de 375 ml de icewine. No vinho de mesa, essa quantidade resulta em 10 vezes mais da bebida.

    E quanto se paga por uma garrafa de icewine? Depende de fatores como a qualidade da uva e o método de produção. Por exemplo, o que comprei em para a minha cunhada na Two Sisters é um Vidal, vendido na época a CAD$ 35 a garrafa de 200 ml.

    Já o Cabernet Franc cor de rubi que provei na degustação da Peller Estates saía por CAD$ 53,10 no mesmo tamanho de embalagem. Também há icewines engarrafados em 375 ml, como o Castel Mimi Riesling, que você pode comprar e receber em casa.

    Festivais de icewine em Niagara

    Janeiro, auge do inverno no Canadá, é o mês dedicado aos festivais de vinho e de icewine. O Cool as Ice Gala reúne as 15 principais vinícolas de Niagara-on-the-Lake, região produtora na província canadense de Ontario, localizada a cerca de 130 km de Toronto. Juntas, elas promovem uma noite de degustação de vinhos de alta qualidade, coquetéis à base de icewine, acompanhados por receitas preparadas por chefs, tudo ao som de bandas ao vivo e de DJ.

    O primeiro mês do ano é também tempo do Icewine Discovery Pass. Como a região fica movimentada nessa época, a organização do evento recomenda a compra de passes com antecedência. O discovery pass dá direito a 6 tickets para degustação de vinho e da culinária nas vinícolas participantes . Quem dirige pode comprar o passe de motorista (driver), com bebidas harmonizadas não-alcoólicas.

    No verão (dias 16 a 18 e 23 a 25), é a vez do Niagara Wine & Grape Festival (antigo Niagara Homegrown Wine Festival), um fim de semana com experiências enogastronômicas.

  • Canadá: espumante de maple

    Canadá: espumante de maple

    No Canadá, tem maple em tudo, não apenas na folha da bandeira do país. Em Québec, dá até para visitar uma fazenda produtora do xarope. Mas na Nova Scotia eu encontrei o xarope de uma maneira bem diferente. Numa visita à vinícola Domaine de Grand Pré, degustei o espumante feito com o xarope de maple.

    Eu estava no início da viagem e acabei não comprando para evitar carregar a garrafa durante 15 dias. Ai, que arrependimento… Em outras partes do Canadá, achei bebidas feitas com xarope de maple, mas nada daquele espumante. E o precinho era camarada: 19,90 dólares canadenses (valor final, já com imposto), no esquema ‘Compre um, ganhe outro’.

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Vinho do Grand Pré, Nova Scotia, Canadá, Vinícola Domaine de Grande Pré - Nathalia Molina @ComoViaja

    Que gosto tem? Eu provei na degustação da vinícola. Os puristas não vão gostar porque não tem nada a ver com espumante. É como beber xarope de maple com bolhinhas e um leve toque de álcool. Eu curti.

    Não tomaria em casa pelo espumante em si, mas pela experiência diferente. Apesar de levar o xarope, não é aquele doooce. Mas o sabor tampouco é seco como o de uva pura. Acho que deve ficar bom para beber enquanto se come um queijinho de gosto mais forte para equilibrar o adocicado do xarope.


    Viajei a convite da Comissão Canadense de Turismo e da VIA Rail na aventura #ExploreCanada Blogger Train

  • Canadá: vinho do Grand Pré, na Nova Scotia

    Canadá: vinho do Grand Pré, na Nova Scotia

    Vinho do Grand Pré, Nova Scotia, Canadá, Vinícola Domaine de Grande Pré - Nathalia Molina @ComoViaja (4)

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    A Nova Scotia possui três lugares declarados patrimônio mundial pela Unesco: Lunemburg, Joggins Fossil Cliffs e Grand Pré. Vinho do Grand Pré, Nova Scotia, Canadá, Vinícola Domaine de Grande Pré - Nathalia Molina @ComoViaja (2)O último foi listado há um ano, no fim de junho de 2012, e engloba o Grand Pré National Historic Site, área administrada pelo Parks Canada (departamento do governo responsável pelos parques nacionais).

    A região abrigou acadianos (primeiros colonos vindos da França para o Canadá) durante o período entre 1682 e 1755. Em 1750, a maior colônia de acadianos das Províncias Marítimas (Nova Scotia, New Brunswick e Prince Edward Island) se encontrava no Grand Pré, com 5 mil pessoas.

    Muitos desses franceses que no século 17 foram para o Grand Pré se instalaram no Vale de Anápolis (Annapolis Valley) e eram originalmente da Normandia e de outras regiões produtoras de vinho. Eles construíram diques nas áreas de charco para garantir a drenagem da água e para impedir que a maré alta alagasse o solo e implantaram a cultura do vinho na Nova Scotia.

    Vinho do Grand Pré, Nova Scotia, Canadá, Vinícola Domaine de Grande Pré - Nathalia Molina @ComoViaja (8)Isso durou até 1755, ano em que os acadianos foram expulsos pela Coroa Britânica porque se negaram a tomar partido na disputa entre ingleses e franceses pela posse do leste do Canadá. A região do Grand Pré só retomou o plantio das vinhas e produção de vinhos recentemente. Depois de 225 anos, portanto, em 1980.

    Lá, eu visitei a vinícola Domaine de Grand Pré. Não entendo de vinho, mas sei dizer o que gosto de beber. Provei o tinto Castel (muito doce para o meu gosto; a 16,78 dólares canadenses), o branco Tidal Bay (um pouco melhor do que o tinto; por 19,39), o espumante Champlain Brut (meu preferido na degustação; a 25,47) e o espumante Maple (divertido; por 17,13). Além da lojinha, dos vinhedos e de um lindo jardim com pérgola, o casarão tem um anexo para o restaurante Le Caveau.

    A região do Grand Pré está distante cerca de 85 quilômetros de Halifax, ou seja, em torno de uma hora de carro.

    Vinho do Grand Pré, Nova Scotia, Canadá, Vinícola Domaine de Grande Pré - Nathalia Molina @ComoViaja (11)Vinho do Grand Pré, Nova Scotia, Canadá, Vinícola Domaine de Grande Pré - Nathalia Molina @ComoViaja (6)

    Para ler todos os meus textos sobre o Canadá, acesse a área do blog específica sobre o país: Como Viaja! no Canadá

    Vinho do Grand Pré, Nova Scotia, Canadá, Vinícola Domaine de Grande Pré - Nathalia Molina @ComoViaja (3)

  • Mercados de Natal na Europa: Rüdesheim

    Mercados de Natal na Europa: Rüdesheim

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

    7º capítulo
    A cidade das caixinhas de música
    O coral de Frankfurt deixou a mamãe do Joaquim totalmente no clima de Natal. Mas ela nem imaginava que mais música a esperava em Rüdesheim.
    Rüdesheim é uma adorável cidadezinha, perto de Frankfurt. Lá tem um museu de caixinhas de música. Uma moça que parece uma boneca mostra as peças aos visitantes. O museu tem caixinha de música de todo jeito. Não só pequenininha. As caixinhas de música são de muitos tamanhos e formas. Tem uma que é um armário grandão!

    O armário-caixa de música e a moça-boneca

    Fofura de vitrine

    O museu fica na rua principal de Rüdesheim. Quando a mamãe do Joaquim saiu de lá, deu de cara com lojinhas que vendem caixinhas de música. Muitas eram carrosséis, que giravam enquanto a música tocava. As caixinhas das lojas não eram grandes como aquele armário do museu. Eram pequeninhas e encantadoras.

    Doce melodia

    A mamãe ficou tonta, sem saber o que comprar. Ela queria uma caixinha delicada como seu pequeno Joaquim. Depois de ver várias, a mamãe escolheu um carrossel de cavalinhos brancos, que cabe nas mãozinhas do Joaquim. Ele roda o topo do carrossel e ele dá corda.

    Fez um dia lindo

    O centrinho de Rüdesheim tem ruas pequenas e tortinhas. Mesmo a pessoa mais distraída não consegue se perder naquela cidade. As ruas vão levando a gente, vão levando. . . quando a gente vê, voltou ao ponto de onde saiu.

    Caminhada gostosa

    Cantinho verde-e-amarelo

    Nessas andanças, a mamãe do Joaquim viu uma barraquinha bem brasileira. No meio da comida alemã, lá estavam o guaraná e a bandeirinha do Brasil.
    Rüdesheim é bonita até sem decoração, mas a cidade combina muito bem com uma vila de Natal. Ficou linda com as luzes coloridas.

    Cenário pronto

    Exagerado

    Os moradores também enfeitam suas casas. Teve um que exagerou tanto que a casa ficou igual a uma loja de Natal!

    Caixinhas de música

    Em Rüdesheim, a mamãe do Joaquim se deu conta de que todos os mercados podem parecer iguais, mas não são. Como acontece com as pessoas, eles têm sempre uma coisinha que faz um diferente do outro. Em cada mercado, a mamãe aprendeu sobre uma tradição do Natal na Terra de Reis e Rainhas.
    Aquela adorável cidadezinha da Alemanha foi o último lugar da viagem. Depois, a mamãe voltou para casa, cheia de saudade e de histórias para contar para o Joaquim.

    Viva o Natal, crianças!

    §§§
    • Onde: Centro da cidade
    • Site: w-d-n.de

    Leia o restante da série Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na EuropaTradições natalinas (mercados, candelabro e calendário)Mercado de BudapesteMercado de VienaMercado de Regensburg (Alemanha)Mercado de Nuremberg (Alemanha)Mercado de Frankfurt (Alemanha)

  • Mercados de Natal na Europa: Frankfurt

    Mercados de Natal na Europa: Frankfurt

     

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

     

    6º capítulo
    O Natal numa casinha de boneca
    O Joaquim se mudou para uma casa perto de uma igreja que toca Ave Maria todo dia às seis da tarde. Ele gosta de ouvir e imitar o cantor. O Joaquim adora música.
    A música tem superpoderes. Ela cria um momento especial e guarda a lembrança para sempre na nossa cabeça. Isso aconteceu com a mamãe do Joaquim no mercado de Natal de Frankfurt.

    Mágico…

    Era de noite quando a mamãe entrou na pracinha do mercado de Frankfurt. Ela se apaixonou logo pelo lugar. Tudo era mágico. A mamãe foi girando o corpo, acompanhando os prédios fininhos, com fachadas quadriculadas, até formar um círculo. Ali dentro, ela se sentiu numa casinha de boneca.

    Encantado

    Dá para resistir?

    Do lado das barraquinhas, uma loja vendia os mais encantadores enfeites de Natal. A mamãe comprou uma caixinha de música com o Papai Noel para o Joaquim. Na praça, também havia um bonito carrossel de dois andares. Um coral se apresentava no palco num canto do mercado. A melodia da canção natalina embalou aquele momento de sonho da mamãe do Joaquim.

    O carrossel de dois andares

    Ela ficou ali paradinha um bom tempo. Depois continuou caminhando pelas ruas enfeitadas de Frankfurt. As barraquinhas do mercado se espalhavam por tantas ruas, que acabavam ligando aquela pracinha a uma outra maior.

    Um caminho iluminado

    De todo jeito

    Em Frankfurt, as pessoas também vendiam vinho quente, salsichas e biscoitos de coração, e mais um monte de outras comidas. Como tinha comida! O mercado de Frankfurt foi o mais variado de todos. A mamãe viu barraquinha até de nhá benta, aquele doce fofinho coberto com chocolate.

    O bolinho de batata

    O mercado tinha também um bolinho achatado, feito de batata. A gente comia o bolinho, botando num molho de maçã.

    Quanta batata!

    O Joaquim ia se lambuzar na barraquinha de batata frita. Os moradores de Frankfurt se lambuzam. As pessoas fritam quilos e mais quilos de batata para a festa.
    A mamãe gostou muito desse mercado de Natal e da cidade. De lá, ela trouxe o calendário de 24 dias e o biscoito de coração com o nome do Joaquim.
    Até hoje a mamãe se pega cantarolando a melodia do coral de Frankfurt. E não é que ontem, depois da Ave Maria, a igreja perto da casa do Joaquim tocou aquela canção natalina para o Joaquim ouvir junto com a mamãe?

    O Joaquim ia amar uma volta nesse carrinho

    §§§

    Leia o restante da série Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na Europa, Tradições natalinas (mercados, candelabro e calendário), Mercado de Budapeste, Mercado de Viena, Mercado de Regensburg (Alemanha), Mercado de Nuremberg (Alemanha), Mercado de Rüdesheim (Alemanha)

  • Mercados de Natal na Europa: Nuremberg

    Mercados de Natal na Europa: Nuremberg

     

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

     

    5º capítulo
    O mercado muito, muito, antigo
    A Terra de Reis e Rainhas tem castelos. Um deles fica no centrinho da cidade de Nuremberg, no alto de uma ladeira. A mamãe do Joaquim aproveitou para visitar o castelo. Lá de cima, ela viu as casinhas e a cidade toda iluminada. Nuremberg deve ter o Natal mais brilhante do mundo!
    As ruas estavam cheias de luzes. Alguns prédios tinham as fachadas inteirinhas iluminadas. A cidade parecia um imenso Natal.

    Fachada iluminada

    O mercado de Nuremberg é o mais famoso da Alemanha, o país onde fica essa cidade. O nome dela mesmo é Nürnberg, mas é tão difícil de falar que muita gente chama só de Nuremberg.
    Quando a mamãe do Joaquim esteve lá, não conseguiu saber se ali havia mais luzes de Natal ou pessoas. A cidade lembrava um formigueiro de tanta gente andando pelas ruas.

    Luz e gente

    A mamãe se espremeu para passar entre as fileiras de barraquinhas do mercado, e parou numa que devia de ter mais de 100 enfeitinhos de árvore de Natal. Eram renas, anjos, sinos e estrelas, feitos de madeira e pintados com cores alegres. A mamãe comprou uma menininha num trenó vermelho.

    Várias formas

    Com lâmpadas no lugar das velas

    Foi em Nuremberg que a mamãe do Joaquim viu sua primeira árvore de Natal de madeira. Ela tinha vários andares, com bonequinhos. A árvore começava grande e ia afinando até chegar lá em cima, e tinha lugar para acender velas em volta dela. Essa é uma árvore de Natal bem comum na Alemanha. O calor das velas faz girar a hélice no alto e também os bonequinhos nos andares.

    Delicada

    Mas a árvore de Natal mais linda de todas era a da praça de Nuremberg, onde ficava o mercado. A árvore era dourada e toda de pontinhas para o céu, como a igreja da praça. As duas faziam uma combinação perfeita!

    Pontinhas para o céu

    Delícia!

    Como nos outros mercados que a mamãe do Joaquim conheceu, as pessoas vendiam comidas, bebidas e várias coisas miúdas. Mas, em Nuremberg, todas as barraquinhas tinham o mesmo tipo de teto, feito com lona listrada em branco e vermelho.

    De carruagem, como reis e rainhas

    Dizem que o mercado de Natal de Nuremberg é o mais antigo da Alemanha. Existe há muitos e muitos anos, desde os tempos do muro que abraça o centrinho da cidade. Ele foi construído para proteger Nuremberg numa época beeem distante, antes até do castelo no alto do monte.

    Tudo de um tempo bem distante

    §§§

    Leia mais sobre Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na Europa, Tradições natalinas (mercados, candelabro e calendário), Mercado de Budapeste, Mercado de Viena, Mercado de Regensburg (Alemanha), Mercado de Frankfurt (Alemanha), Mercado de Rüdesheim (Alemanha)

  • Mercados de Natal na Europa: Regensburg

     

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

     

    4º capítulo
    As salsichas e o carrossel maluco
    O mercado de Natal de Regensburg foi o mais divertido que a mamãe do Joaquim visitou. Regensburg é uma cidadezinha da Alemanha, um país onde o que não falta é mercado de Natal!
    A mamãe ficou emocionada de ter ido lá porque, no trabalho dela, já tinha lido histórias e visto fotos de mercados de Natal na Alemanha, mas nunca tinha visitado nenhum. Lá, as pessoas se importam bastante com o Natal. É bonito ver como se preparam para a festa como em nenhum outro lugar.

    Muita luz e muita gente

    A plaquinha do vinho

    Nas barraquinhas dos mercados de Natal da Alemanha, as pessoas vendem uma porção de coisas. Mas tem uma que tem sempre: o vinho quente, preparado com canela. O nome dele é glühwein. Olha aí outra palavra que enrola a língua. Os adultos levam sua caneca de casa ou compram uma no mercado para tomar o glüwein. Aí vão esvaziando e enchendo de novo com o vinho.

    Que gostosura

    As pessoas também vendem biscoitos, enfeites e até salsichas! Foi no mercado de Regensburg que a mamãe do Joaquim provou a salsicha caseira mais gostosa que experimentou na Alemanha. A família que fazia e vendia a salsicha era muito animada. Acho que aquela felicidade passava para o gosto da salsicha por que ela tinha um temperinho delicioso.

    Humm…

    A rua mais fininha de todas

    Regensburg é um lugar muito fofo. As ruas tortas e fininhas vão se emendando e levando a gente até as praças da cidade. Andando para lá e para cá, a mamãe viu a rena mais diferente de todas. Era dentuça e tinha os olhos esbugalhados. Que engraçada, o Joaquim ia adorar!

    Comidinhas e bebidinhas para esquentar

    O mercado que a mamãe visitou ficava espalhado na praça principal de Regensburg. Os adultos comiam e bebiam, enquanto as crianças rodavam nos carrosséis. E como rodavam! Eram dois carrosséis, um vermelho e outro amarelo. O amarelo girava muito, muito, rápido. As crianças gritavam de alegria e pediam outra volta.

    Gira, gira, gira

    No friozinho, vendo o carrossel maluco rodando e ouvindo a gritaria, a mamãe se lembrou da gargalhada gostosa do Joaquim. Ela se divertiu um bocado naquela tarde e, quando se deu conta, já estava rindo também.

    Um Natal feliz, pessoal!

    §§§
    • Onde: Neupfarrplatz
    • Site: ­christkindlmarkt­-­regensburg.­de

    Leia o restante da série Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na Europa, Tradições natalinas (mercados, candelabro e calendário), Mercado de Budapeste, Mercado de Viena, Mercado de Nuremberg (Alemanha)Mercado de Frankfurt (Alemanha), Mercado de Rüdesheim (Alemanha)

  • Mercado de Natal de Viena (Europa): prefeitura iluminada e neve

    Mercado de Natal de Viena (Europa): prefeitura iluminada e neve

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

    3º capítulo

    O Natal com neve

    A mamãe do Joaquim se apaixonou por Viena. Nessa cidade, ela viu seu segundo mercado de Natal. Viena fica na Áustria, um país que já foi o miolinho de um reino enorme. Na verdade, era um império, que é como um reino bem grandão. No lugar do rei, tem o imperador para mandar num monte de gente.

    Esse império era muito rico, e as pessoas gostavam de construir casas e estátuas bonitas. Assim, os prédios de Viena têm tantos detalhes que parecem bolos confeitados. Por falar em doces, lá as tortas de verdade são deliciosas! Por isso, a mamãe do Joaquim chegou de barriguinha cheia ao mercado de Natal de Viena e nem reparou muito nas guloseimas.

    Viena tem tantos mercados de Natal que a mamãe teve de escolher um para ver. Ela foi visitar um bem na frente do prédio da prefeitura. Esse mercado tem as ruas arrumadinhas, como se fossem linhas desenhadas em cima de uma larga praça.

    Alto e brilhante

    Na pontinha das linhas está o prédio da prefeitura. A mamãe do Joaquim teve de entortar o pescoço todo para trás para alcançar com os olhos o topo da torre. Como era alto e brilhante o prédio da prefeitura!

    No mercado de Viena, tudo brilhava. Não eram só as luzes da decoração. Nas barraquinhas, senhoras vendiam bolinhas douradas, de todos os tamanhos. Lado a lado, elas formavam um borrão da cor do ouro.

    Embaixo do prédio da prefeitura, ficava outra rua de barraquinhas e também uma árvore cheia de corações vermelhos. A mamãe parou um pouquinho ali para ver o mercado todo. O prédio brilhante, as barraquinhas, a árvore de corações… Era lindo!

    De repente, começou a tocar uma delicada música e floquinhos de gelo caíram do céu. A mamãe imaginou como o Joaquim ficaria encantado de ver tudo aquilo, e chorou de mansinho. Não, ela não estava triste. Nem sempre quando a gente chora está triste. Ela estava feliz. Feliz por viajar com aqueles corações, levinha como um floco de neve, para junto do Joaquim.

    É só girar a manivela

    A mamãe do Joaquim passou o restinho da tarde vendo enfeites de Natal. Eram tantos, e tão fofos! Numa barraquinha, rodas-gigantes e trenzinhos se mexiam enquanto canções natalinas tocavam. Em outra, estavam montanhas de caixinhas de música porque Viena é conhecida como a cidade da música.

    Upa, cavalinho!

    Sonhando em arrumar a casa para o Natal com o Joaquim, a mamãe comprou um carrossel verde e também levou um Papai Noel sentado num trenó. Tudo para trazer na mala um pouquinho daquele momento especial.

    E ela conseguiu. Hoje, longe de Viena, no Natal do Joaquim, Papai Noel faz a mágica de nevar pertinho do Pão de Açúcar. Parece até coisa de cinema.

    Floquinhos pelo ar

    §§§

    Endereço: Rathausplatz (praça da prefeitura)

    Site: christkindlmarkt.at

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  • Mercados de Natal na Europa: Budapeste

     

    O Natal na Terra de Reis e Rainhas
    Fotos e texto de Nathalia Molina

    (para entender a série, leia Natal na Europa: uma viagem encantada)

     

    2º capítulo
    O maravilhoso mundo do Natal
    A primeira cidade que a mamãe do Joaquim visitou tem um nome engraçado, meio tranquilo, meio danado. É que lá tem um rio, o Danúbio, que divide a cidade em dois pedacinhos, o Buda e a Peste. Aí alguém resolveu juntar tudo e chamar a cidade de Budapeste.
    Foi lá que ela viu pela primeira vez um mercado de Natal. Numa rua que não passava carro, havia um monte de barraquinhas de madeira. A mamãe do Joaquim ficou impressionada com os enfeites. Muitos tinham sido feitos à mão pelos artistas da Hungria, o país onde fica aquela cidade bonita, a tal da Budapeste.

    Uma barraquinha atrás da outra

    E os presentinhos? A mamãe tinha vontade de levar cada coisa para o Joaquim. Não que ele fosse ganhar tudo aquilo, nem cabia dentro da casa dele. O que a mamãe queria mesmo era poder transportar o Joaquim para aquele maravilhoso mundo do Natal.

    O J do Joaquim

    Foi quando ela viu uma barraquinha de brinquedos de madeira, cada um mais divertido que o outro. Leõezinhos, árvores e letrinhas eram como quebra-cabeças. O moço que fabricava os brinquedos queria que as crianças pudessem montar e desmontar as formas. Ele era muito criativo! Inventava letrinhas com desenhos dentro. A mamãe não resistiu e comprou o J com o palhacinho para o Joaquim.

    Que fofura…

    Numa outra barraquinha, tinha um doce grandão. A moça fazia uma minhoca de massinha e enroscava grudadinha num tubo. Depois, ela cobria de açúcar e botava para assar numa churrasqueira. O nome desse doce é kürtőskalács. Uma palavra esquisita. Mas isso era só o começo. Os nomes na Terra de Reis e Rainhas enrolaram a língua da mamãe do Joaquim muitas vezes.

    Primeiro, se enrosca a minhoca

    Depois, se põe para assar

    O mercado de Natal terminava (ou será que começava?) numa praça. Uma árvore de Natal gorducha, com fios e mais fios de luzinhas azuis, deixava ainda mais bonito o karácsonyi vásár. Era assim que as pessoas de lá chamavam o mercado de Natal. Eu não disse que as palavras ali enrolavam a língua?

    A árvore azul

    Lanchinho da tarde

    Nas mesinhas da praça, as pessoas provavam as delícias de Natal, aquecidas por gorros e casacos, alguns pareciam espaciais, como roupas de astronauta. Enquanto isso, do outro lado da praça, os músicos tocavam músicas natalinas e todos aproveitavam felizes aquela encantada tarde de domingo em Budapeste.

    Biscoitinhos: doces e lindos

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    • Onde: Váci Utca (rua de pedestres) e Vörösmarty Tér (praça no Centro de Budapeste)
    • Site: budapestinfo.hu

    Leia o restante da série Natal na Europa em: Apresentação da série sobre Natal na Europa, Tradições natalinas (mercados, candelabro e calendário), Mercado de VienaMercado de Regensburg (Alemanha), Mercado de Nuremberg (Alemanha)Mercado de Frankfurt (Alemanha), Mercado de Rüdesheim (Alemanha)

     

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