Autor: Fernando Victorino

  • Roteiro no Rio de Janeiro: passeio de triciclo partindo do aquário

    Roteiro no Rio de Janeiro: passeio de triciclo partindo do aquário

    Museu do Amanhã e Boulevard Olímpico estão no roteiro de triciclo no Rio de Janeiro. O novo passeio, Trikke Tour, parte do aquário. Quem visita o aquário paga menos para curtir o programa na região da Praça Mauá

    O Rio de Janeiro ganhou mais uma atração na renovada região do Boulevard Olímpico. É o Trikke Tour, passeio a bordo de um triciclo elétrico com duração total de 45 minutos e que visita os principais cartões postais da zona portuária.

    O tour parte do AquaRio, onde são vendidos os ingressos, e passa pelos armazéns restaurados especialmente para os Jogos Olímpicos. Um grupo de até 9 pessoas com mais de 14 anos é sempre acompanhado de um guia. As primeiras paradas são feitas em frente aos gigantescos murais pintados por Eduardo Kobra, Rita Wainer, entre outros artistas, responsáveis por transformar o cenário local em uma galeria de arte a céu aberto.

    MURAIS DO BOULEVARD ESTÃO NO CAMINHO DO TRIKKE TOUR – Foto: Divulgação
    MURAL ETNIAS Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    O passeio atravessa a Praça Mauá, onde estão o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio (MAR), e segue pela Orla Conde. Sob o triciclo que pode alcançar até 20 km/h, o tour margeia a Baía de Guanabara, passando também pela Igreja da Candelária e pela Pira do Povo — escultura que permaneceu acesa durante os Jogos Rio 2016. A jornada termina no Chafariz da Praça XV, perto da estação das barcas.

    PIRA DO POVO COM IGREJA DA CALENDÁRIA AO FUNDO – Foto: Divulgação

    VALE SABER

    Endereço: Praça Muhammad Ali, s/n°, Gamboa, Rio de Janeiro

    Transporte: A linha 1 do VLT deixa você em frente ao aquário. Pegue o bonde no sentido Rodoviária/Praia Formosa e desça na estação Utopia/AquaRio. Entenda como funciona o VLT Rio e quais são suas linhas e saiba como comprar passagem do VLT

    Funcionamento: Diariamente, das 10 ao meio-dia e das 15 às 17 horas, com saídas a cada hora

    Preço: O tour custa R$ 69,90 (por pessoa) para quem visitar o AquaRio no mesmo dia e mostrar o ingresso nos pontos de venda que ficam na praça de alimentação do aquário; o passeio sai R$ 99,90 para quem for apenas faz andar de triciclo

  • Parque da Mônica (SP): ingresso, localização, atrações e mais

    Parque da Mônica (SP): ingresso, localização, atrações e mais

    Um lugar com a inocência da animada turminha criada por Maurício de Sousa. Sem brinquedos radicais, o Parque da Mônica, é uma das nossas sugestões de passeios em São Paulo com crianças, ao lado de lugares como Catavento Cultural, Kidzania São Paulo e Museu do Futebol. Instalado dentro do Shopping SP Market, na zona sul da capital paulista, o parque da Turma da Mônica é um programa indicado para quem tem crianças pequenas e para fãs dos personagens mais famosos dos gibis brasileiros. Eles estão na decoração de todas as 21 atrações.

    Nosso filho foi apresentado à turma pela mãe, que lhe deu de presente dedoches de borracha, quando ele ainda tinha 1 ano. Mônica, Sansão, Cebolinha, Cascão e Magali acompanharam a infância de Joaquim. Os bonecos, já descascados, viraram companheiros das aventuras que ele inventa misturando os brinquedos no quarto. Até foram com ele na nossa viagem em família à Alemanha.

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    A força de um abraço #comoviaja #saopaulo #crianca #passeio #eunoparquedamonica #kids #parquedamonica #saopaulo_originals

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    Quim foi praticamente alfabetizado lendo as histórias da Turma da Mônica. Devora revistinhas e almanaques com velocidade impressionante (as do Louco são sua mais nova mania). O sorriso nas fotos deste post não deixa dúvida do quanto ele adora todos os personagens. E de como se divertiu muito durante nossa visita. Veja hotéis em São Paulo no link ou no mapa abaixo.

    Ainda mais quando se é convidado para tomar um café da manhã na companhia de Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali. Coisa de Louco (que também apareceu por lá)! A turminha também aparece para fotos com o público na área perto do palco. O site oficial tem o horário em que cada personagem se encontra com os fãs.

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    Coisa de louco este domingo #comoviaja #saopaulo #crianca #louco #turmadamonica #eunoparquedamonica #parque #passeio #parquedamonica

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    Como é o Parque da Mônica em São Paulo

    Um parque de diversões à moda antiga, com carrinho de bate bate, carrossel, roda gigante e uma montanha russa que não vai à estratosfera nem fica naquele sobe e desce de dar enjoo. Que, vira e mexe, lança um brinquedo novo, como o Missão Fundo do Mar, aberto depois da nossa visita.

    Todos os personagens (principais e secundários) estão presentes em algum ponto da decoração do Parque da Mônica, seja em um banco ou no imenso painel à direita da entrada. Ali dá para se ter noção do universo criado por Maurício de Sousa desde 1959, ano em que ele desenhou suas primeiras tirinhas, tendo Franjinha e Bidu como protagonistas. Maurício e o cãozinho estão representados em uma estátua que dá boas-vindas aos visitantes na chegada.

    Brinquedo aberto depois da nossa visita

    Se for até lá num feriado, fique atento à programação: o parque costuma preparar atividades especial com a Turma da Mônica no Carnaval e em outras datas comemorativas. A área onde fica o Parque da Mônica tem 12.000 m², no Shopping SP Market. Desde julho de 2015, a atração está localizada na zona sul de São Paulo. Antes, era um parque no Shopping Eldorado, no lugar onde hoje funciona a KidZania. Embora seja o maior parque coberto da América Latina, é facilmente percorrido: uma volta nele todo não leva 10 minutos.

    Se você for do tipo que sai do brinquedo e volta para o fim da mesma fila, chegue cedo. No domingo em que fomos, pela manhã, curtimos várias atrações sem espera ou com meia dúzia de pessoas na nossa frente. Depois do almoço, bombou de gente. A Casa da Mônica, por exemplo, era o lugar mais disputado para visitar e tirar fotos à tarde.

    O que fazer no parque da Turma da Mônica

    Na véspera de nossa visita, Joaquim tinha bolado o próprio plano infalível de diversão, anotando em quais atrações desejava brincar. Quim conseguiu riscar todos os itens da lista. Apenas alterou um pouco a ordem inicial. A Montanha-Russa do Astronauta, primeiro item selecionado, foi deixada para depois — ele ainda guarda na memória a experiência com esse tipo de brinquedo vivida na Legoland Alemanha, perto de Munique, embora lá a montanha russa fosse muito alta.

    Trombada do Louco e Ce-Bolinhas

    Em matéria de radicalidade, achei a Trombada do Louco a campeã da modalidade. O bom e velho carrinho de bate-bate leva o nome do personagem mais fora da casinha de toda a turma (apropriado quando o assunto é trânsito, não acham?). Joaquim adorou a ideia de se envolver em umas pancadas com outros carros. Rimos pra caramba e, claro, fomos mais quatro vezes.

    O alvo preferido das insanidades do Louco também tem um brinquedo só seu. No Ce-Bolinhas a ordem é encher o saco com pequenas esferas de espuma para depois atirá-las com a ajuda de canhões com jato de ar. Crianças e adultos se enfrentam em uma batalha onde todos se acertam, mas ninguém se machuca.

    Brinquedinho da Turma e Vila da Mônica

    No primeiro, piscina de bolinhas, passarelas, túneis e escorregadores estão a serviço da diversão de meninos e meninas. Joaquim achou legal, mas preferiu os desafios do Brinquedão do Chico Bento, para onde ele arrastou a mãe.

    Já na Vila da Mônica, o cenário de casinhas faz com que pareça o bairro do Limoeiro. Lá estão a Casa da Mônica, o Quarto do Cebolinha, a Cozinha da Magali, o Ateliê da Marina e a Piscina de Bolinhas do Cascão, todos de portas abertas para receber os fãs da turma.

    Casa da Mônica, uma das mais disputadas na vila

    Escalada do Piteco, Horacic Park e Vale dos Dinossauros

    Na entrada de cada atração, placas indicativas informam as restrições de altura do brinquedo. Os funcionários usam uma régua colorida para checar se a criança tem o tamanho mínimo exigido e ainda se deve ou não brincar na companhia de um responsável.

    Joaquim vibrou quando soube que poderia participar da Escalada do Piteco. É que ele havia ficado no quase quando visitamos o Catavento Cultural. Lá, o Monte dos Sábios exige altura mínima de 1,30 m para subir, enquanto que no Parque da Mônica os 1,25 dele foram suficientes para escalar a parede da caverna.

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    Na linha das atrações do mundo primitivo, o Horacic Park é uma das mais legais. Foi a primeira que visitamos, logo que o parque abriu. Canoas para até 6 pessoas percorrem um riozinho suave, que termina em uma queda d’água bem mais inclinada do que a da montanha-russa. Atração não recomendada para Cascão e similares porque o banho no fim da descida é inevitável.

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    Nosso domingo no parque teve ainda um passeio pelo Vale dos Dinossauros (trilha de arvorismo boa até para os menores pois as passarelas suspensas são cercadas por rede), a jornada de Nathalia e Joaquim pelo Brinquedão do Chico Bento (a Nath só não recomenda o uso de saia porque o percurso inclui passar agachado dentro de um tubo e depois descer de escorregador) e uma apresentação especial da turma, que precisava resolver um velho mistério: quem roubou o Sansão? Até julho de 2018, um novo espetáculo vai agitar o palco principal. Mônica Azul  é uma apresentação musical que fala de diversidade e de amor ao próximo.

    Montanha russa do Astronauta

    Como já escrevi, Joaquim adiou a subida dele. Nath e eu fomos separadamente (eu fiz um vídeo, inclusive), para provarmos ao nosso filho que era bem legal, que o susto na Alemanha tinha ficado para trás, que ele já estava bem maior e que a montanha russa não era externa nem alta.

    Ele se animou, encarou a fila modesta, subiu no carrinho ao lado da mãe. Eu, no banco de trás. Bom, infelizmente, foi o único momento de todo o dia em que do riso fez-se o pranto.

    Roda gigante e carrossel

    O lance do Joaquim com montanha-russa é que ele não curte aquele troço de fazer curva pra lá, fazer curva pra cá, subir e descer, tudo muito velozmente. Altura é o menor dos problemas. Tanto que ele quis ir com a mãe na Roda Gigante da Turma. Nath reviveu aquele clima da infância, daquela cestinha subindo e parando, subindo e parando…

    Depois, mãe e filho subiram no Carrossel da Mata. Joaquim tinha muita curiosidade de experimentar este clássico dos parques de diversão. Isso desde que Nath contou sobre o carrossel de dois andares que ela viu em Frankfurt, em um dos mercados de Natal da Alemanha. Foi um momento mágico, que resume o clima de inocência e fantasia que o parque exerce. Nostalgia registrada na foto amarelada pela luz do carrossel. Ternura pura.

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    VALE SABER

    Endereço: Avenida das Nações Unidas, 22.450 —  Jurubatuba, São Paulo

    Transporte: Ir de transporte público será uma epopeia dependendo da região da cidade onde você esteja. Como o parque fica na continuação da Marginal Pinheiros (em direção ao Autódromo de Interlagos), o carro ainda é a melhor alternativa. Num domingo como o que fomos, bem cedo, levamos 40 minutos a partir da Lapa, na zona oeste de São Paulo. Não pegamos congestionamento tampouco filas nas atrações do parque

    Funcionamento: Em novembro, de terça a sexta, das 10h30 às 16h30 (sábados, domingos e feriados, das 11 às 19 horas)

    Preço: A entrada é vendida na bilheteria, que abre 30 minutos antes do começo das atividades. Valor do ingresso do Parque da Mônica: o ticket individual sai por R$ 139 — meia entrada, R$ 69,50. Os passaportes ficam mais em conta de acordo com o número de visitantes (adultos ou crianças): 2 pessoas, R$ 182; 3 pessoas, R$ 270; 4 pessoas, R$ 356; 5 pessoas, R$ 440. Dá para pagar em até 5 vezes sem juros no cartão de crédito. Gestantes pagam R$ 40; pessoas portadores de necessidades especiais, grátis

    No Parque da Mônica, o valor do ingresso dá direito a brincar em todas as atrações quantas vezes quiser. Apenas o Castelo de Príncipes e Princesas é pago à parte — entre R$ 150 e R$ 275, com direito a penteado, foto no castelo e fantasia, que pode ser levada para casa.

    Guarda-volume com chave custa R$ 20; sem chave, R$ 10. Há aluguel de carrinhos de bebê (R$ 15) — o valor pago em dinheiro como caução é devolvido na retirada dos pertences

    Alimentação: O parque permite a entrada de alimentos embalados e bebidas que não sejam alcoólicas. Leve um lanche fácil ou um pacote de biscoito para aplacar a fome, especialmente das crianças.

    Há apenas uma unidade do Mc Donalds dentro do parque. Acredite, foi o lugar onde enfrentamos a maior fila: 40 minutos para comer um sanduíche troncho, batatas frias (não esqueci de digitar a letra ‘t’, eram frias mesmo) e refrigerantes sem gás.

    Outra área para alimentação fica na entrada, num cenário que remete ao bairro do Limoeiro, onde estão as casas dos personagens principais e a roda-gigante. Ali, quiosques estão instalados em algumas das janelinhas. São pontos de venda de sorvete, de pipoca e de balas e algodão-doce.

    Chegamos à conclusão que teria sido melhor comermos um cachorro quente ali ou um croissant no quiosque da cafeteria da mesma rede de fast food, localizada ao lado dessa área do parque. Pareciam mais apetitosos.

    Dica: Quem estiver com bebês bem pequenos e precisar alimentar ou trocar a fralda, o parque conta com espaço família

    Compras: Como era de se esperar, há muitos produtos relacionados com a turminha na loja do Parque da Mônica. De roupas de bebê a camisetas para adultos fanáticos, é bem difícil sair de lá e não cair na tentação de comprar algo. Compramos para o Joaquim uma luminária (R$ 79,90), um caderno (R$10) e um quebra-cabeça de 500 peças (R$ 45)

    Site: parquedamonica.com.br

  • Museu Catavento: ciência para crianças em São Paulo

    Museu Catavento: ciência para crianças em São Paulo

    Bom para crianças em São Paulo, o Catavento é um museu de ciência a preço baixo. Veja dicas para a visita, com endereço e imagens. O espaço oferece ainda atividades extras com agendamento por senha

    Museus interativos tem vários. E tem o Catavento Cultural, para mim o que explora ao máximo esse conceito baseado na troca de informações com o visitante. Dedicado às ciências, é um passeio ideal de se fazer com criança em São Paulo. Mérito de sua concepção, que não vira chata porque consegue transformar boa parte das teorias em brincadeiras.

    CIÊNCIA PARA TODOS NO CATAVENTO CULTURAL – Fotos; Nathalia Molina @ComoViaja

    Nathalia e eu levamos nosso filho ao museu várias vezes, entrou para a lista de programas favoritos do pequeno Joaquim. Como algumas atividades são realizadas mediante distribuição de senha (prepare-se, elas são bem disputadas), tem sempre uma brincadeira que fica para a próxima. Para se ter ideia, a mais nova atração do Catavento é o projeto Dinos do Brasil. O tour virtual leva os visitantes à pré-história brasileira para conhecer os dinossauros que viveram em nosso território. É mais uma atividade que exige senha e, portanto, deve ser bastante disputada. A boa notícia é que se trata de um projeto permanente do museu, com isso não será necessário correr para garantir um lugar.

    Em nossa visita mais recente, Joaquim conseguiu vaga no laboratório de Nanoaventura e no Estúdio de TV. Perto da bilheteria, um painel eletrônico informa horários e número de vagas disponíveis por sessão. Nosso filho queria experimentar o Monte dos Sábios, parede de escalada onde você topa com gente como Gandhi e Einstein. É preciso ter altura mínima de 1,30 cm para subir os 7 metros da atração. Joaquim ficou no quase na régua que indica se a criançada pode ou não participar. Daqui a pouco eu dou mais detalhes sobre as atividades especiais.

     

    Como é o Catavento Cultural

    Inaugurado em 2009, o Catavento funciona no Palácio das Indústrias, edifício construído entre 1911 e 1924 e que leva a assinatura de Ramos de Azevedo, responsável também pelo traçado do Theatro Municipal de São Paulo. O prédio com estrutura de ferro e tijolinho é charmoso. No passado foi sede dos negócios relacionados à produção industrial, bem como da agricultura e da pesca. Foi também delegacia de polícia no meu tempo de menino, quando eu escutava no rádio o repórter Zaqueu Sofia, da Jovem Pan, atualizar o noticiário de crimes “diretamente da sala da polícia, no Palácio das Indústrias, às margens do Tamanduateí, no Parque Dom Pedro II”.

    Nathalia também já deu seus plantões por lá, como repórter de geral do Jornal da Tarde. E sua primeira entrevista em São Paulo foi ali também: durante o trainee da Folha, sua turma fez uma coletiva com Celso Pitta, na época em que o gabinete do prefeito ficava no prédio do Palácio das Indústrias.

     

    O que fazer no Catavento

    Nem polícia nem política. Hoje em dia, a ordem é aprender ciência de modo atraente. Vivemos experiência semelhante quando visitamos o Kinderreich, ala das crianças dentro do Deutsches Museum, em Munique — uma das etapas da viagem que fizemos em família pela Alemanha.

    No Catavento há monitoria treinada para auxiliar os mais novos e os mais velhos nas atividades, divididas em 4 seções: Universo, Vida, Engenho e Sociedade. A seguir, um resumo das áreas e nossa experiência nelas.

     

    UNIVERSO

    De onde viemos? Neste espaço descobre-se a origem de tudo, o surgimento da Terra e o que mais a cerca. Toque em um meteorito de verdade, encontrado na Argentina em 1576. A gente fez o que estava escrito em um aviso e nos surpreendemos com o cheiro de ferro que ficou nas mãos depois de entrarmos em contato por pouco tempo com superfície daquele fragmento de meteoro.

    Foi Nathalia quem passou o entusiasmo com as coisas do espaço para o Quim. Juntos, eles descobriram quais estados brasileiros estão representados por estrelas na bandeira brasileira. Já com o auxílio de uma carta celeste é possível admirar as constelações de uma noite estrelada — pausa breve: se você também gosta do assunto, leia o post de nossa visita ao Planetário do Ibirapuera, em São Paulo.

    É possível ainda saber o que existe no interior do planeta Terra, aprender um pouco como são formadas suas paisagens e seus relevos — uma caixa de areia permitiu ao Quim mexer no ‘solo’ com uma colher e, sem que ele se desse conta, transformar o terreno de modo semelhante ao que ocorre na natureza.

    No momento, as seções Astronomia e Terra estão fechadas para reforma, como informa o site do Catavento.


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    VIDA

    De onde viemos? O milagre da vida, o corpo humano em detalhes, seus sistemas e funcionamento. Recomendado para estudantes fazerem revisão antes daquela prova cascuda sobre anatomia e também para quem tem curiosidade a respeito do tema. Em condições normais de temperatura e pressão, não sei se eu entraria para conhecer o intestino grosso por dentro. Acontece que o Quim sacou que a estrutura comprida lembrava a que vimos na Cidade das Abelhas, onde o visitante também é convidado a conhecer as entranhas do inseto. Ah, ele riu à beça quando se deu conta de éramos dois cocôs perambulando aquele lugar.

    Quim também ficou atento às classificações do Reino Animal e um pouco ressabiado ao se deparar com uma réplica em tamanho natural de um tigre-dente-de-sabre. Com 6 anos na primeira visita, natural que ele sentisse medo, como também ficou impressionado na exposição Do Macaco ao Homem, uma das atividades extras que exige senha. Essa visita é feita nas arcadas subterrâneas do Catavento. No tempo em que serviu à polícia, os porões do prédio abrigavam as celas dos presos. Não preciso dizer que é bem melhor ver uma criança correr em liberdade pelos corredores, decorados com detalhes coloridos que afastam um pouco a lembrança do que, um dia, já foi um cárcere.

    Durante o tour guiado à exposição Do Macaco ao Homem, havia um grupo de estudantes ruidosos, mas ainda assim deu para ouvir as principais explicações da guia. Joaquim arregalou os olhos quando viu os crânios dos nossos ancestrais expostos. Por outro lado, ele começou a entender mais claramente a relação dos seres humanos com os macacos. Os painéis mostrando semelhanças entre as espécies facilitaram esse entendimento.

    Ainda na parte das arcadas, no subterrâneo do Catavento, Joaquim foi seduzido pela maquete do prédio feita de Lego. Construída com 34.795 pecinhas, ela mede 55 vezes menos que o edifício original. Quim, como sempre, parou para admirá-la (tá, eu também era assim quando criança, tempo em que não havia Lego para construir algo parecido). Bem perto da maquete fica o Se Liga no Lego, atividade extra que sempre tem lotação esgotada quando visitamos.

    Quim ficou só espiando a brincadeira de longe, doido para participar. Criadas na Dinamarca, as pecinhas coloridas levam nosso menino à loucura. Não é à toa que visitamos as unidades alemãs da Legoland Berlim e da Legoland Alemanha, em Guinzburg, onde dormimos no Hotel na Legoland, em forma de castelo medieval.

     

    ENGENHO

    Por que as coisas são como são? A mais interativa das seções explora os diferentes ramos da Física. Hora de aprender os movimentos que fazem parte do nosso cotidiano em atividades que envolvem Mecânica, como levantar sacos bem pesados com o auxílio de polias e roldanas. Ou entender o princípio da centrifugação, função tão corriqueira no dia a dia de quem utilizar uma máquina de lavar roupa.

    Ainda no estudo prático sobre fenômenos físicos, destaque para a experiência com eletromagnetismo — Joaquim pirou ao ficar com os cabelos em pé!

    Nós também ficamos boquiabertos quando testamos entrar em uma bolha de sabão gigante. Nessa área a criançada tem à disposição tanques com água e sabão e apetrechos para produzir bolhas em diferentes formatos.

    Dica: mexa em tudo à vontade!

     

    SOCIEDADE

    Para onde vamos? Os caminhos que levaram a humanidade a se lançar em novas descobertas, sua relação com o meio-ambiente e alguns episódios que marcaram a História. É aqui que fica o Monte dos Sábios, parede de 7 metros de altura onde os escaladores se encontram com personalidades como o físico Albert Einstein, o líder Mahatma Gandhi e o pai da aviação, Santos Dumont, por exemplo.

    É na seção Sociedade que fica o Estúdio de TV. Havia senha disponível para essa atividade durante a nossa última visita. Joaquim pode, então, aprender sobre o uso de chroma key (efeito visual em fundo verde sobre o qual se aplica uma imagem sobre outra). Todas as crianças presentes à sessão foram convidadas a participar da experiência: teve gente que voou em um tapete mágico, outros que bancaram o Super-Homem enquanto que o Quim e mais duas crianças tiveram suas cabeças cortadas no efeito e aplicadas em uma cena de um outro filme. As gravações foram exibidas aos participantes no fim da sessão e ficam disponíveis no site do Catavento (acesso mediante senha fornecida antes de a atividade encerrar).

    No corredor ao lado do Monte dos Sábios está a sala de Nanoaventura. Nathalia, Joaquim e eu participamos de uma sessão de 30 minutos. Na primeira parte são explicados os conceitos de Nanotecnologia e Nanociência, ramo que mexe com elementos e substâncias em escala microscópica. Depois da teoria, os visitantes são divididos em equipes e se alternam em 4 jogos interativos. Quem tem destreza com joystick de videogame se sai bem nas atividades, mas a pontuação é o que menos importa. O que vale é a diversão.

    Não é permitido filmar nem fotografar a sessão, apenas mostrar a sala na hora de ir embora. A saída é feita por uma porta lateral que nos leva a um terraço, de onde se vê o borboletário, uma das mais novas atrações do Catavento. Sob uma estrutura metálica foi criada um ecossistema em condições de receber diferentes espécies de borboletas, como a olho de coruja e a júlia. A visita é monitorada e ocorre a cada 30 minutos, com capacidade máxima de 20 pessoas por sessão — ela não ocorre às segundas e às sextas nem em dias frios ou com chuva.

     

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    VALE SABER

    Endereço: Avenida Mercúrio, s/n – Parque D.Pedro II, Brás

    Transporte: A estação Pedro II do metrô fica menos de 1km. Tem gente que vai a pé, mas nós nunca tentamos. Sempre achamos mais seguro ir de carro, já que o movimento de veículos é maior do que de pedestres naquela região

    Funcionamento: De terça a domingos, das 9 às 17 horas

    Preço: R$ 6 — crianças de 4 a 12 anos, pessoas acima de 60 anos, portadores de necessidades especiais ou estudantes com carteirinha, R$ 3; aos sábados, grátis

    Alimentação: Dentro do museu há o Café com Lua. Bem simples, fica em uma das varandas envidraçadas que dão para o borboletário (foto 3680). Aprende-se até na hora do lanche. Um painel explica por que existem crateras na superfície da Lua e de sua importância como escudo da Terra (foto 3693). Se quiser fazer uma dobradinha, o Mercado Municipal fica em frente ao Catavento, do outro lado da avenida. Lá é possível traçar os famosos pastéis de bacalhau e o robusto sanduíche de mortadela. Para ir ao Mercadão, vale a regra utilizada no transporte. É possível ir a pé, sem dúvida. Mas nós fomos desaconselhados pelos próprios funcionários do estacionamento do Catavento, que alegaram ser um pouco inseguro fazer o trajeto, especialmente na travessia do farol. Então, vá de carro, tem estacionamento com zona azul dentro do Mercadão

    Loja: A pequena loja fica perto da seção Engenho. Tem camisetas, canecas e lembrança relacionadas ao universo da ciência

    Site: cataventocultural.org.br


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  • Aquário do Rio de Janeiro: ingresso, horário e dicas para visitação

    Aquário do Rio de Janeiro: ingresso, horário e dicas para visitação

    Inaugurado há 7 anos, o Aquário do Rio de Janeiro é considerado o maior da América do Sul, com destaque para o túnel transparente, o tancão de 7 metros de profundidade bem como outros 27 tanques secundário. O ingresso do aquário pode ser adquirido pela internet, sendo que às vezes eles fazem promoções, como a do aniversário de 7 anos, quando visitantes nascidos em novembro entram de graça.

    Com a finalidade de ajudar você a planejar sua visita à cidade, confira nossas sugestões de hotel barato no Rio de Janeiro e de hotéis na Barra da Tijuca, já que as 2 listas contêm apenas opções avaliadas por viajantes em sites de reserva.

    Família e amigos podem conhecer o Aquário Marinho do Rio de Janeiro numa visita combinada com o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio (MAR). É igualmente uma ideia de programa para quem tem dúvida sobre o que fazer no Rio de Janeiro com chuva.

    É fácil chegar ao AquaRio, porque ele fica perto do Boulevard Olímpico e da Praça Mauá, portanto, de fácil acesso para quem usa o VLT Rio. Para quem for de fora cidade (e está em hotéis na zona sul e no Centro, existe a chance de fazer uma visita guiada com transporte. Ela é um dos produtos à venda na Easy Travel Shop, agência online que trabalha com passeios e ingressos em destinos turísticos.

    Como é o Aquário Marinho do Rio de Janeiro

    Nos cerca de 4,5 milhões de litros de água salgada do Aquário do Rio de Janeiro, vivem perto de 10.000 animais de 360 espécies do Brasil e do mundo. Cada estação de visita possui monitores de LED, que transmitem informações a respeito de espécies e habitats.

    Tubarões no Aquário Marinho do Rio de Janeiro
    Tubarões no AquaRio – Foto: Alexandre Macieira/Visit Rio

    Totalmente privado, o AquaRio é um centro de visitação e também de educação e de pesquisa, concebido e dirigido pelo biólogo Marcelo Szpilman. No momento em que chega, logo na entrada, o visitante se depara com o esqueleto de uma baleia jubarte. Ele foi encontrado na Praia da Macumba, na zona oeste do Rio de Janeiro. Suspensa no lobby, a ossada mede 13 metros de comprimento e pesa 37 toneladas.

    Esqueleto de baleia no AquaRio
    Esqueleto de baleia jubarte – Foto: Alexandre Macieira/Visit Rio

    O que fazer no AquaRio

    Percorra os 28 tanques para conhecer peixes do litoral brasileiro, da costa caribenha e dos Oceanos Índico e Pacífico. O principal é o Recinto Oceânico, chamado de Tancão. Ele tem 7 metros de profundidade e é cortado por um túnel todo de acrílico, que deixa raias e tubarões de grande porte mais próximos dos visitantes. A visita ao AquaRio dura 1 hora, segundo estimativa do próprio aquário.

    Sem dúvida, há espaço para a fofurice de espécies como o cavalo-marinho e o peixe-palhaço (Nemo, como é conhecido pela criançada). Da mesma forma, há espaço para o contato com tipos nada graciosos, como as perigosas moreias, peixes-leão, peixes-pedra e raias elétricas.

    Cavalo-marinho no Aquário do Rio
    Cavalo-marinho, que lindeza – Foto: Alexandre Macieira/Visit Rio

    Ingresso do Aquário do Rio e meia entrada

    A Easy Travel Shop vende a visita guiada ao aquário com transporte, buscando e deixando de volta em hotéis na zona sul e no Centro.

    O ingresso do AquaRio custa R$ 120 no valor inteiro; online pode ter desconto. Quem tem direito a meia entrada? Crianças de 3 a 11 anos (com documento); estudantes (com carteirinha); portadores de ID Jovem ou CadÚnico (com prova de inscrição); pessoa com deficiência (com carteirinha ou laudo médico); e idosos acima de 60 anos (com identidade).

    Mais dicas sobre a atração

    Endereço: Praça Muhammad Ali, s/nº, Gamboa, Rio de Janeiro

    Horário de funcionamento: Isso pode mudar ao longo do ano. Em novembro de 2023, era das 9 às 17 horas, de segunda a sexta; até as 18 horas, nos fins de semana e feriados. A entrada encerra 1 hora antes do fechamento.

    Transporte:  A linha 1 do VLT Rio deixa você em frente ao aquário. Portanto, pegue o bonde no sentido Rodoviária/Praia Formosa e desça na estação Utopia/AquaRio. Se acaso você pegar o VLT sentido Santos Dumont, desça na Parada dos Navios (em frente aos grafites do Kobra). Volte cerca de 500 metros a pé pelo Boulevard Olímpico, já que essa linha não para diante do aquário. Quem utilizar o metrô deve descer nas estações Cinelândia ou Carioca, então tomar linha 1 do VLT (sentido Rodoviária/Praia Formosa) e descer na parada Utopia/AquaRio.

    Estacionamento: Digite Rua do Aquário ou Via Binário,194, em aplicativos como Waze ou Google Maps – não há entrada pelo Túnel Marcello Alencar. O estacionamento por até 4 horas custa: R$ 25, sócio do aquário; R$ 40, visitante que apresente ingresso; R$ 50, visitante externo, de segunda a sexta; e R$ 70, visitante externo aos sábados, domingos e feriados.

    Site: aquariomarinhodorio.com.br

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  • Museu para criança soltar a imaginação em São Paulo

    Museu para criança soltar a imaginação em São Paulo

    O Museu da Imaginação é o novo passeio para criança em São Paulo. Mistura arte e brincadeira e não deixa ninguém parado. Saiba como é, onde fica e quanto custa o ingresso

    Encontro com a arte e a ciência… e a diversão. Inaugurado em janeiro de 2017, o Museu da Imaginação é a mais nova opção de passeio com criança em São Paulo, num espaço localizado na zona oeste da cidade. É um programa para meninas e meninos brincarem com liberdade.

    Trata-se de um museu totalmente privado, que conta com o apoio de educadores e artistas como Guto Lacaz, famoso pela maneira bem-humorada e irreverente como sempre explorou o universo artístico. A frase do início deste post é uma referência a um quadro que Lacaz mantinha no antigo TV Mix, programa que fez história na televisão brasileira no fim dos anos 1980, e responsável por revelar gente como Serginho Groismann e Astrid Fontenelle — Fernando Meirelles era o diretor do programa.

    FAZENDO ARTE – Fotos: Museu da Imaginação/Divulgação

    Como é o Museu da Imaginação

    Uma escultura de Lacaz composta por 20 bolas ocupa o hall de entrada do museu, que se divide em dois andares. Em um espaço com cerca de 2.000 m²,  possui três áreas voltadas para as crianças brincarem livremente.

    Há monitores orientados a facilitar a experiência dos pequenos com as instalações. A ideia é ajudar sem interferir no processo de percepção e interação com os ambientes.

    O que fazer no Museu da Imaginação

    Mais do nunca, ser criança. Mexer, subir e descer da estrutura formada por redes e bolas gigantes, pedalar em turma na brincadeira cooperativa cujo objetivo e cruzar uma ponte virtual, desenhar e pintar com materiais à disposição ou tocar instrumentos musicais que também fazem parte do cardápio de brincadeiras.

     

    No andar de cima, na Sala de Esferas, obras de arte com uma releitura de trabalhos de Picasso não são apenas para serem contempladas. Sentir é parte da experiência e do aprendizado, sem regras nem amarras. Ou seja, tão importante quanto movimentar braços e pernas, no recém-inaugurado Museu da Imaginação as crianças são convidadas a exercitar o livre pensamento.

     


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    VALE SABER

    Endereço: Rua Ricardo Cavatton, 251, Lapa, São Paulo

    Transporte: O metrô mais próximo é o Palmeiras/Barra Funda. Do terminal de ônibus que fica na estação partem linhas que seguem pela Avenida Ermano Marchetti, a cerca de 500 metros do museu. Como está localizado muito perto do prédio da Polícia Federal, a oferta de estacionamento na região é grande e cara. A página do museu no Facebook indica o estacionamento conveniado no número 125 da mesma rua (R$ 20 por período)

    Funcionamento: De terça a sexta, em 2 turnos: das 10 às 13 horas e das 14 às 17 horas (aos sábados, o turno é único: das 10 às 13 horas). Como os turnos são fechados, não é tolerado atraso superior a 15 minutos

    Preço: R$ 160 para adulto sem criança ou maior de 13 anos sem carteirinha de estudante — no preço promocional de inauguração, adulto acompanhando criança paga R$ 50. O ingresso para criança de 3 a 12 anos, estudante com carteirinha, pessoa acima de 60 anos e portador de necessidades especiais custa R$ 80 — criança até 2 anos e 11 meses, grátis

    Alimentação: O museu conta com lanchonete

    Site: museudaimaginacao.com.br

  • Fasching, o Carnaval de Munique, na mesma data da folia brasileira

    Fasching, o Carnaval de Munique, na mesma data da folia brasileira

    Todos os anos, a tradição se repete: a dança das mulheres do mercado é o ponto alto de mais um Fasching, Carnaval nas ruas de Munique. Troque no texto a dança por Bacalhau do Batata, Munique por Olinda e a minha voz pela do Francisco José, repórter da Rede Globo. Pronto. Você acaba de descobrir que há mais semelhanças entre a folia daqui e de lá quanto poderia supor a filosofia momesca.

    Munique é uma das muitas cidades alemãs que celebram o período anterior à Quaresma (40 dias que precedem a Páscoa) com música e alegria. Daí o uso da expressão Fasching (em uma tradução livre, algo como festa da noite, da véspera) para designar o Carnaval na Baviera.

    Se no Brasil os ensaios das escolas de samba e dos blocos movimentam o país antes mesma de a festa de Momo começar para valer, em Munique o esquenta também tem início com muita antecedência. E precisão: em 11/11, às 11 horas e 11 minutos — os alemães consideram a data como o início da 5ª estação do ano.

    Como é o Carnaval de Munique

    A origem é imprecisa, mas o certo é que o evento passou por transformações desde os primeiros festejos lá atrás, no século 13. Chegou a ser condenado pela igreja como um ritual pagão e banido da vida dos alemães. Sofreu algumas interrupções, especialmente no período entre guerras. A comemoração do Fasching coincide com a do nosso Carnaval, isto é, sempre precede a Quaresma.

    Fantasias do Carnaval no sul da Alemanha

    Na capital da Baviera, como em todo país, a festa é marcada pelo espírito crítico e de deboche, encarnado em máscaras e fantasias, em um exercício de exorcismo visto também na festa brasileira. E, assim como aqui, a política é um prato cheio para ser satirizada.

    O que fazer no Fasching

    Esqueça o ziriguidum, o balacobaco e o telecoteco. No Fasching, a pegada é outra: dançar ao som de bandas e DJ’s para espantar o frio congelante (beber vinho quente ou uma legítima cerveja de trigo ajudam nessa tarefa). A Marienplatz concentra a maior parte da animação, vocação que a principal praça de Munique exerce desde a fundação da cidade.

    Carros alegóricos percorrem um circuito de ruas e avenidas, há desfiles com gente coloridamente fantasiada — crianças (e alguns adultos também) usam pesadas roupas de bichos e parecem saídas daquele comercial da Parmalat dos anos 90. Bailes de gala são organizados em locais como o Deutsches Theater e no luxuoso hotel Bayerischer Hof (icônico cinco-estrelas de Munique).

    No Viktualienmarkt, a Dança das Mulheres do Mercado

    O ponto alto da festa ocorre na Terça-Feira Gorda, com a realização da Tanz der Marktfrauen. A dança das mulheres que trabalham no grande mercado de alimentos da cidade, o Viktualienmarkt, é ensaiada desde outubro do ano anterior. Confeccionadas pelas próprias dançarinas, as fantasias têm relação com a atividade que elas exercem no mercado (vendedora de verduras, frutas, carnes etc). Uma tradição que se repete desde o início do século 19. E que põe o ponto final em mais um Fasching na capital da Baviera.

    Estando em Munique nesta época do ano, não se assuste se você cruzar pela rua ou no metrô com um arlequim, uma tigresa ou com o diabo em pessoa. Na dúvida, abrace-os e entre nessa festa.

    VALE SABER

    Quando: Sempre começa em 11 de novembro. O fim do Fasching coincide com a data do Carnaval brasileiro.

  • Passagem do VLT Rio: valor e onde comprar nas estações

    Passagem do VLT Rio: valor e onde comprar nas estações

    Para andar no VLT Rio, é preciso ter o cartão da passagem em mãos ou o app RioCard Mais no celular (s o aparelho tiver a tecnologia NFC, para pagamento por aproximação). Isso porque não há cobrador nos trens nem bilheteria nas paradas de embarque. Abaixo você fica sabendo o valor do bilhete e encontra um passo a passo sobre onde comprar a passagem do VLT nas estações e como fazer a recarga do cartão.

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    O RioCard é recarregável e pode ser utilizado nos demais meios de transporte do Rio de janeiro. Todas as estações do VLT possuem máquinas de autoatendimento. Vale lembrar que sair de VLT do Santos Dumont ou da Rodoviária Novo Rio é uma boa e econômica opção para quem viaja com pouca bagagem.

    Quando visitamos o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá, Nathalia, Joaquim e eu testamos a compra dos cartões na Parada dos Museus; na época ainda não existia a possibilidade de app. Importante dizer que não é possível usar um mesmo cartão para pagar a viagem de várias pessoas. Cada usuário deve ter o próprio cartão (no caso de crianças, a partir de 6 anos). Sendo assim, tive de realizar 3 vezes a mesma operação para comprar o RioCard. A seguir, um passo a passo para te ajudar a executar essa operação.

    Onde comprar a passagem do VLT Rio

    Selecione na tela se deseja pagar em dinheiro (as máquinas aceitam cédulas e moedas) ou em cartão de débito (aceita as bandeiras Visa e Maestro). Atenção: as máquinas não aceitam cédulas amassadas ou molhadas, e o chip do cartão precisa estar em bom estado, sem qualquer plástico ou papel enrolado. Outra informação importante é que as máquinas não devolvem troco, então todo o valor adicionado ao cartão serve como crédito.

    Selecione uma opção de valor para carregar o bilhete: o mínimo é de R$ 8,60 (esse preço inclui a passagem, que custa R$ 4,30, e a emissão do cartão, também no valor de R$ 4,30). Como eu iria utilizar o cartão no VLT e no metrô, decidi recarregá-lo o cartão com a quantia exata. Para isso toquei na opção Outro Valor. Se não for usar o cartão em outros meios de transporte, você pode devolvê-lo nas lojas RioCard e receber seu dinheiro de volta pago pela emissão. Detalhe: além das máquinas, as recargas podem ser feitas em lojas e terminais da RioCard ou no site Recarga Mais.

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    Digite o valor exato no teclado virtual da tela, depois confirme apertando o botão verde. Se mudar de ideia, cancele no botão vermelho. No meu caso, eu somei o valor do (atualmente, R$ 6,50) ao preço da valor passagem do VLT (R$ 4,30) e à emissão do cartão (R$ 4,30). Botei a velha aritmética em uso e calculei de cabeça o quanto eu iria gastar: R$ 15,10.

    Pagamento da passagem do VLT Rio
    Pagamento em débito ou crédito

    Antes de executar o pagamento, o sistema detalha os valores a serem pagos (lembre-se que a emissão do cartão é embutida nesse total). Se estiver tudo certo, aperte a tecla verde e continue a compra. Se for utilizar débito, passe o cartão ou, se ele tiver chip, insira na maquininha localizada abaixo da tela. Digite a sua senha e aguarde o processamento. Se for pagar com dinheiro, bote cédula ou moeda no espaço abaixo do terminal de débito, do lado esquerdo.

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    Após a recarga ser efetuada, você escolhe se deseja ou não imprimir o recibo. Como seguro morreu de velho, saí com o meu no bolso. Conclua a operação retirando o seu cartão no local indicado, à direita do terminal.

    Como validar o cartão no transporte

    Ao entrar no VLT, valide seu bilhete em um dos leitores localizados perto das portas. Aproxime o cartão e verifique no visor o valor debitado e o saldo disponível. Aguarde pela confirmação de que seu cartão foi validado. Fiscais circulam pelos vagões e podem checar a qualquer momento se a passagem foi paga ou não.

    Como validar o cartão do VLT Rio
    É preciso validar o cartão

    Para quem não valida o cartão, a multa é de R$ 170. Usuários têm até 1 hora a partir da validação para trocar de linha sem ter de pagar uma nova passagem. Mas atenção: se você trocar de sentido na mesma linha, tem de pagar novamente.

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  • Mundo para crianças: viagem por livro com informações de países

    Mundo para crianças: viagem por livro com informações de países

    Imagine um livro de geografia cheio de informações que os guias e os sites de viagem normalmente trazem. Assim é Mundo – Uma Introdução para Crianças, de Heather Alexander, autora americana especialista em livros infantis.

    Recomendo para famílias viajantes ou não. Ele não é palavroso, pelo contrário. Com cerca de 100 páginas, o livro traz numa linguagem bem direta temas que vão do surgimento da Terra aos aspectos que caracterizam os continentes e seus principais países, como alimentos típicos, animais nativos e feriados nacionais, por exemplo. Tem ainda uma seção que destaca as regiões do Brasil.

    Nosso filho, Joaquim, folheou um exemplar numa livraria e foi atraído principalmente pelas ilustrações super bem-humoradas, assinadas por Meredith Hamilton. Eu acrescento ainda a qualidade da edição, com caixinhas coloridas de textos trazendo geralmente curiosidades – entre outras coisas, você fica sabendo nomes engraçados de cidades pelo mundo, casos de Boogertown (Cidade da Meleca) e Bearbottom (Bunda de Urso), ambas nos Estados Unidos, e Lagoa da Confusão, no estado do Tocantins.

    Para conquistar o mundo pela leitura

    Aliás, para conhecer mais sobre o nosso país de um jeito divertido, outro livro que indicamos é Brasil Animado, de Mariana Caltabiano, que apresentou muitos destinos ao Quim de forma absolutamente natural.

    Curiosidades sobre diferentes lugares

    Não são poucas as vezes que Nathalia e eu levamos um susto quando Joaquim solta alguma informação de um destino sobre o qual estamos conversando ou escrevendo. Geralmente nos entreolhamos e um de nós acaba perguntando:

    “Onde você ouviu falar disso?”

    Mundo – Uma Introdução para Crianças, ué”, responde, com a maior naturalidade.

    Como quase tudo que tem páginas e cai nas mãos dele, esse foi mais um livro devorado pelo nosso menino, que já achou outra função para o exemplar: virou um jogo de estratégia, com os mapas servindo de tabuleiro, pecinhas de Lego no papel de navios e clipes coloridos fazendo as vezes de exército.

  • KidZania São Paulo, um passeio divertido para criança

    KidZania São Paulo, um passeio divertido para criança

    Na KidZania São Paulo, crianças aprendem brincando sobre profissões. Veja preço de ingressos, quando tem desconto, horários e dicas. E fique atento: dependendo da época do ano, dá para pagar a entrada mais barata

    A bilheteria que simula um balcão de check-in de aeroporto é a primeira situação com o mundo ‘real’ que as crianças encontram na KidZania, parque de diversões de São Paulo que reproduz uma cidade, com espaços onde a meninada desempenha profissões adultas, como bombeiro, piloto de avião, médico e carteiro, entre outras. Basicamente, o negócio é brincar de ser gente grande.

    Quando chegamos ao Shopping Eldorado, na zona oeste da capital, onde fica a KidZania, Joaquim mal podia conter a euforia. Nos últimos tempos, ao responder ao frequente ‘O que você quer ser quando crescer?’, ele já trocou de profissão várias vezes. Estava animado para simular de brincadeira várias dessas atividades, o que ele fez com a maior animação durante o dia inteiro.

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    VELOCIDADE DE CRUZEIRO – Fotos: Nathalia Molina e Fernando Victorino @ComoViaja

    Com bilhetes e voucher emitidos, é hora de ir para a fila esperar pela abertura do portão de embarque. Nathalia, Joaquim e eu chegamos 30 minutos antes de o parque abrir. Era domingo, e à nossa frente estavam cerca de 35 pessoas, a maioria sentada no chão.

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    FILA DO CHECK-IN

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    QUEM ESPERA SEMPRE CANSA (E SE SENTA)

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    APERTEM OS CINTOS…

    A vibração da turma foi grande quando o único portão de acesso começou a levantar lentamente. Até aí não faz muita diferença estar entre os primeiros, já que todo mundo para novamente mais adiante. O público é recepcionado por funcionários dos principais estabelecimentos e serviços da pequena cidade. Após serem passados breves recados sobre as regras gerais, a equipe do parque se perfila para a execução do hino oficial da KidZania, com direito aos dedos médio e indicador formando a letra K na altura do peito. Vencida essa etapa solene, os monitores iniciam uma dança coreografada. Mais um dia de brincadeira está começando.

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    COMEÇA! QUE DEMORA É ESSA? COMEÇA! QUE DEMORA É ESSA?

     

    Como é a KidZania

    Criada no México, a franquia existe também em Santiago, em Londres e Tóquio. Em São Paulo, a KidZania ocupa 8.500 m², divididos em 50 atividades. A cidade cenográfica é formada por uma praça central e por ruas menores que serpenteiam o espaço todo. Uma rápida caminhada resolve a questão de reconhecimento de terreno, embora existam painéis com mapas em alguns pontos.

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    LUZES DA CIDADE

    As atividades são realizadas pelas crianças em áreas, na sua maioria, patrocinadas por marcas que atuam no segmento da profissão simulada ali. Os nomes das empresas estampam fachada e uniformes, mas não são mencionados durantes as brincadeiras.

    O ingresso da KidZania dá à criança um cheque no valor de 50 KidZos, a moeda local. No domingo de nossa visita, antes de ir para o trabalho, a criançada correu rumo ao banco, para descontar o cheque recebido na bilheteria. Joaquim enfrentou sua primeira fila de banco na vida, mas foi expressa. Assim que a entrada foi liberada, após o show dos funcionários, ele saiu correndo em direção ao banco. Acabou sendo o segundo a ser atendido.

    CAIXA LIVRE, PRÓXIMO POR FAVOR!
    CAIXA LIVRE, PRÓXIMO!

    Munida de notinhas de KidZos, a garotada foi experimentar as profissões. Paga-se para realizar algumas atividades, caso da escola de aviação. Todos os trabalhos executados são remunerados com a moeda corrente da cidade. Ao fim da brincadeira, a criança escolhe se deseja depositar o dinheiro no banco e ficar com crédito para uma próxima visita ou se gasta em produtos das lojinhas de dentro do parque.

    MOEDA FORTE
    MOEDA FORTE

    Escadas e elevadores dão acesso ao 2° piso, também composto por atividades e pela Sala dos Pais, com sofás, poltronas e tomadas para recarregar as baterias (dos pais e dos celulares). No dia em que visitamos, a área esteve vazia quase o tempo todo. Ficar lá embaixo é mais animado, além do que a maioria dos pais não parece disposta a perder nenhum detalhe da brincadeira dos filhos.

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    CADÊ O PAPAI?

     

    O que fazer na KidZania

    É possível participar da rotina de um hospital, combater um incêndio, ajudar na produção de chocolate ou fazer o transporte de valores, por exemplo. Cada atividade dura em média 30 minutos, incluindo breve apresentação sobre a profissão, rápido treinamento e a execução da tarefa propriamente dita.

    Sugestão: entre no site da KidZania para ver em quais atrações seu filho deseja brincar. Como as vagas por turma são limitadas, há filas nas profissões mais procuradas (a página oficial do parque mostra as campeãs da preferência). Entenda que isso não é uma regra, mas dá uma noção do que você vai encontrar pela frente.

    Por exemplo, inicialmente o Joaquim não queria bancar o bombeiro (que faz parte da lista das atividades mais populares). Ainda assim, conseguiu vaga logo na primeira turma. Depois sempre houve fila, assim como na frente do hospital, onde a movimentação era grande. De crianças e de adultos, estes últimos andando de um lado para o outro, como se estivessem à espera de notícias de um paciente. A rotina era quebrada quando a ambulância saia com os pequenos médicos e enfermeiros para realizar um atendimento de emergência. Atrás do berro da sirene ia o que batizei de a marcha dos pais, celulares em punho para registrar o momento.

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    VIDA DE BOMBEIRO É FOGO

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    BRAVOS SOLDADOS DO FOGO

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    PLANTÃO MÉDICO

    Para entrar na escola de aviação, nosso filho esperou por dois grupos de 6 crianças antes de ser dublê de copiloto. Isso nos surpreendeu porque a profissão não está entre as 5 mais procuradas pela meninada — o que não parecia ser o caso do domingo em que fomos, quando a fila depois do almoço aumentou.

    Por ser realizada em uma cabine fechada, o simulador de voo é uma das poucas brincadeiras em que só 1 representante da criança pode entrar para fotografar. Mas tem de manter silêncio para não desconcentrar os aprendizes — sim, há uma inversão de papéis usuais no dia a dia.

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    TRIPULAÇÃO, PORTAS EM AUTOMÁTICO

    Papais e mamães também estão vetados de guardar lugar na fila — avisos sonoros são dados várias vezes ao longo do dia chamando atenção para essa regra. Quando muito os responsáveis ajudam a escolher a atividade seguinte. Um pequeno cartaz na frente de cada atração informa quais funções a criança vai desempenhar ali, a idade mínima exigida, a duração da brincadeira e de quanto é o ‘salário’ pago (na área chamada de Economia). Numa folha à parte é anunciada o horário da próxima sessão. E assim, de modo prático, a molecada logo descobre que a vida é feita de escolhas. Liberdade e independência, como diz o lema da cidade escrito no alto da praça da fonte.

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    COM VOCÊS, NOSSA PRÓXIMA ATRAÇÃO

    Joaquim conseguiu participar de 7 atividades diferentes. É lógico que tudo depende se você chega cedo (nós abrimos e fechamos o parque) e da quantidade de gente no dia (filhos de amigos nossos disputaram com uma galera, e só brincaram mal e mal em 3 lugares). E, claro, depende da profissão escolhida, como eu já disse lá em cima.

    Nosso filho trocou ficar fechado no estúdio de música, deixando assim de tocar guitarra e bateria (que ele adora) para circular pela cidade na pele de entregador do correio e de agente de uma espécie de guarda metropolitana. Motivo? Queria participar do agito, empurrar o carrinho do courier, zanzar com seus colegas de trabalho.

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    O CORRE-CORRE, O LUFA-LUFA, O DIA-DIA DA CIDADE

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    TÁ LÁ O CORPO ESTENDIDO NO CHÃO…

    Evidentemente, nosso filho também se envolveu com atividades que tinham a ver com o dia a dia do pais. Primeiro, quis pagar de fotógrafo — tarefa que já ele exerce informalmente nos nossos passeios e em viagens. E lá foi ele: batalhou meia-hora de fila, vestiu colete, recebeu ordens básicas sobre o tinha de ser feito e correu (literalmente) pra rua. Voltou ao estúdio 10 minutos depois. Com a ajuda do instrutor descarregou no computador as imagens que capturou e escolheu a que queria imprimir. Saiu com a foto nas mãos, com a naturalidade de quem faz isso e um pouco mais utilizando câmeras e programas de edição apresentados pela mãe.

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    ENQUADRAMENTO É TUDO NA VIDA

    E também demonstrou naturalidade como locutor, a segunda profissão do papai aqui. Só estranhou que o âncora de rádio tenha de seguir um roteiro — ‘pensei que eu pudesse improvisar’. Pode um troço desses?

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    TOCANDO A NOTÍCIA

    Por fim, novamente apanhou câmera e colete de fotógrafo, agora da pequena redação de jornal vizinha à estação de rádio. Saiu em dupla com o repórter para cobrir o último incêndio do dia no hotel do outro lado da cidade. Voltou para casa com uma foto sua na primeira página e o maior dado de realidade que o domingo na KidZania poderia lhe proporcionar: um salário tão baixo quanto o que profissionais de imprensa recebem nos dias atuais nas redações em geral.

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    CRIANÇAS (À ESQUERDA) EDITANDO REPORTAGEM NO JORNAL

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    COM UM CLIQUE NA CUCA

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    EXTRA! EXTRA!

    Ironia à parte, Joaquim e algumas outras crianças me pareceram satisfeitas só em poder brincar, tal como se estivessem numa gincana ou numa festa de aniversário, dessas cheias de coisas para se fazer. Se teve algo que me preocupou, que me assustou na visita à KidZania, foi a postura de alguns pais ao fim de todas as atividades, já em frente à loja de departamentos.

    Proibidos de entrar para ajudar os filhos na troca do dinheiro fictício por mercadoria verdadeira, alguns homens e mulheres se agitavam do lado de fora. Gesticulavam e falavam alto numa tentativa de mostrar aos filhos onde estava a melhor relação custo-benefício para investirem seus KidZos. Com pais assim não há propaganda no mundo que seja nociva à formação do perfil consumidor de uma criança ou adolescente.

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    GENTE, QUEM É ESSA FIGURA?


    VALE SABER

    Endereço: Avenida Rebouças, 3.970, 2° Subsolo do Shopping Eldorado, São Paulo

    Transporte: A estação Hebraica — linha 9 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) — fica a 500 metros do shopping, que também possui uma das entradas pela Avenida Eusébio Matoso, parada de muitas linhas de ônibus (consulte www.sptrans.com.br para saber qual delas utilizar)

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    ESCOLHA O SEU CAMINHO

    Funcionamento: Dias e horários variam ao longo do ano. Verifique o calendário disponível no site oficial para saber sobre a disponibilidade de datas

    Preço: Assim como ocorre com o funcionamento, os valores de ingresso variam de acordo com a época do ano. Vale, então, olhar o site oficial, já que fora da temporada de férias os preços baixam consideravelmente. Crianças acima de 8 anos não precisam estar acompanhadas de um adulto maior de 18 anos durante a permanência na KidZania, apenas no momento da entrada e saída do parque, quando são colocados e retirados os braceletes de identificação

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    DEVOLUÇÃO DO BRACELETE: FIM DO FAZ DE CONTA

    Alimentação: Entrar com comida ou bebida não é permitido. No térreo, o parque possui uma unidade de uma rede de fast food e uma cafeteria que vende salgados, saladas e doces. Uma pizzaria e uma loja de chocolates funcionam no 2º andar. Há mesas redondas de alumínio perto da hamburgueria e na praça central, onde está o Monumento à Chama Eterna. Os sofás da cafeteria são mais espaçosos e confortáveis — comemos nossos hambúrgueres ali numa boa. Há bebedouros próximos aos banheiros

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    VAMOS COMER?

    Compras: A exemplo das atrações nos parques da Flórida, a saída da KidZania leva a uma loja. Ali a compra é feita em moeda real (com perdão pelo trocadilho). Já na loja de departamento da cidade fictícia compra-se com o dinheiro fictício. Verdade seja dita, os preços por lá não estão para brincadeira. O famoso jogo de compra e venda de ações e imóveis custa 350 Kidzos — para se ter ideia, Joaquim ‘ralou’ em 7 profissões diferentes para juntar 89 Kidzos, dos quais mais da metade (50) foram dados no início do passeio

    Site: www.kidzania.com.br


    Visita feita a convite do Kidzania
  • Santos: o que fazer na cidade perto de São Paulo

    Santos: o que fazer na cidade perto de São Paulo

    O que fazer em Santos? Uma boa ideia na cidade perto de São Paulo é dar um passeio de bonde e visitar os museus sobre café e Pelé. É uma maneira de conhecer um pouco da importância dessa paulista

    A pouco mais de 1 hora de carro do centro de São Paulo, Santos é a maior cidade do litoral paulista e dona também do maior porto da América Latina. O porto segue marcando presença até no turismo: a todo verão, é de lá que partem cruzeiros com saída de São Paulo. Tanta grandiosidade vem dos tempos do ciclo do café, cujo comércio e exportação impulsionaram o crescimento do município. Os sinais desse desenvolvimento são visíveis e visitáveis, especialmente nos passeios pelo centro histórico.

    Da mesma maneira que levou ao mundo o nosso café, Santos fez o planeta conhecer também outro produto-exportação do Brasil: o futebol, na figura de Pelé. Os museus do grão e do craque estão entre os principais passeios a serem feitos pela cidade. De bonde, de preferência.

    1 > ENTENDER A IMPORTÂNCIA DO CAFÉ

    No prédio da antiga Bolsa do Café, aprende-se muito sobre a importância do produto para fortalecimento da economia e da imagem do Brasil no mundo todo. A exposição é dividida em 4 etapas e pode ser visitada com a ajuda de um mediador treinado para explicar de forma clara e didática a rica história do café. Degustação de café gourmet aos sábados e cursos de barista fazem parte do calendário de atividades do museu, que também recebe mostras temporárias. Ah, e não vá embora sem beber uma xícara de expresso na cafeteria premiada pela Associação Brasileira da Indústria de Café.

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    Endereço: Rua XV de Novembro, 95

    Funcionamento: De terça a sábado, das 9 às 17 horas — no domingo, abre às 10 horas; durante a temporada de verão, tem funcionamento estendido

    Preço: R$ 10 — no sábado, a entrada é grátis

    Alimentação: A Cafeteria do Museu abre de segunda a sábado, das 9 às 18 horas — no domingo, abre às 10 horas

    Site: museudocafe.org.br

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    SALÃO DO PREGÃO – Foto: Victor Hugo Mori/Museu do Café/Divulgação

    2 > DAR UMA VOLTA DE BONDE PELO CENTRO DE SANTOS

    Tome seu assento e entre numa agradável jornada ao passado percorrendo o centro histórico de Santos a bordo do bonde turístico da cidade. O passeio de 5 quilômetros dá direito a descer e embarcar novamente em alguns dos 40 pontos de interesse cultural cortado pelos trilhos. É uma oportunidade viva para mostrar às crianças como era a vida antigamente.

    Para os que acham que a verdadeira nostalgia só pode ser acompanhada por uma boa dose de melancolia, que tal rever seu conceito e beber um expresso a bordo do moderno Bonde Café? Nascido de uma parceria entre o Museu do Café e a prefeitura, o veículo temático circula pelo mesmo trajeto histórico da cidade. Ele leva 24 passageiros, que desfrutam de um vagão com ar condicionado, frigobar e com direito a degustação de café gourmet durante o passeio.

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    Funcionamento: De terça a domingo, das 10h30 às 16h30, com saídas a cada 1 hora a partir da estação do Valongo — Bonde do Café tem saídas às quintas e sextas, às 10h30, 11h30 e 12h30

    Preço: O ingresso custa R$ 6,50 — crianças menores de 5 anos no colo, grátis; pessoas acima de 60 anos, R$ 3,25. A passagem pode ser adquirida na bilheteria do Museu Pelé

    Site: página da Secretaria de Turismo de Santos

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    BONDE CAFÉ – Foto: Museu do Café/Divulgação

    3 > CONHECER A HISTÓRIA DO REI PELÉ

    Um casarão do Centro Histórico de Santos guarda cerca de 2.300 objetos do acervo pessoal do maior jogador de futebol de todos os tempos. Eles estão expostos em esquema de rodízio. Entre os itens, a caixa de engraxate que Pelé usava quando menino, camisas dos clubes em que jogou, fotos, vídeos e gravações que ajudam a contar a trajetória do Atleta do Século. Verdadeira imersão destinada a adultos e crianças, fanáticos por futebol ou não.

    Para conhecer mais não só sobre Pelé como também a respeito do futebol brasileiro, visite na cidade de São Paulo o Museu do Futebol. Ele fica no Estádio do Pacaembu, na zona oeste da capital. Quem dá as boas-vindas por lá é justamente o Rei do Futebol, também retratado em imagens e lances ao longo da exposição permanente. É um passeio que fizemos várias vezes e recomendamos.

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    Funcionamento: De terça a domingo, das 10 às 18 horas (bilheteria até as 17 horas)

    Preço: A entrada custa R$ 10 — pessoas acima de 60 anos, portadores de necessidades especiais, R$ 5; crianças até 10 anos e alunos da rede pública de ensino, grátis

    Site: página da Secretaria de Turismo de Santos

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    PELÉ, O GOLEIRO – Foto: Fernando Victorino @ComoViaja

    4 > VISITAR O MEMORIAL DAS CONQUISTAS DO SANTOS

    Meninos podem gostar de ir ao Memorial das Conquistas, do Santos. Entretanto, se os pais não forem santistas, talvez não seja indicado levar o garoto ao campo do rival, ainda mais se tratando de gente do naipe de Pelé e Neymar, os únicos craques que têm espaço próprio dentro do museu, inaugurado no lendário Estádio da Vila Belmiro, também uma das etapas da visita.

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    Funcionamento: De dezembro a fevereiro, o museu abre todos os dias, das 9 às 19 horas (nos demais meses do ano, só de terça a domingo e feriados, no mesmo horário — em dias de jogos do Santos o funcionamento está sujeito à alteração)

    Preço: Visita monitorada (museu, camarotes térreos, sala de imprensa, vestiários e laterais do campo), R$ 15 — crianças de 7 a 17 anos; pessoas acima de 60 anos, sócios, R$ 7,50); visita simples (museu), R$ 8 — crianças de 7 a 17 anos; pessoas acima de 60 anos, sócios, R$ 4

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