Categoria: São Paulo

  • Melhores pizzarias de SP: 18 dicas de um paulistano da Mooca

    Melhores pizzarias de SP: 18 dicas de um paulistano da Mooca

    As melhores pizzarias de SP têm raízes na Itália. O que explica os paulistanos estufarem o peito com orgulho quando o assunto é pizza, em um sentimento parecido com o do nova-iorquino, que parece descobrir uma nova meca de slices a cada verão. A forte imigração italiana é o fato comum na formação das duas metrópoles. Portanto, está no DNA, como muitos dos estabelecimentos fazem questão de registrar em cardápio ou site oficial – veja hotéis em São Paulo.

    Algumas pizzarias de SP não só importaram como ‘exportaram’ segredos para lugares menos afeitos à tradição de se comer um disco redondo de massa coberto por molho de tomate, queijo e embutidos. No Rio, o ketchup foi banido do imaginário de quem se senta numa filial portentosa de alguma pizzaria paulistana, como a Bráz. Heresia tem limite.

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    Um giro de 5 minutos por São Paulo e logo percebe-se a quantidade de lugares que servem pizzas: portinhas que funcionam na base do delivery, padarias que fazem redondas mais saborosas do que o próprio pão francês que vendem, salões caducos, casinhas minimalistas.

    Por essa razão, cada paulistano (genuíno ou por adoção) carrega na ponta da língua (onde mais?) uma lista pessoal das melhores pizzarias de SP – as que frequenta, frequentou ou tem vontade que os outros frequentem. Eu também tenho a minha. Paulistano da Mooca, adoro um pizza e já morei em diferentes bairros das zonas sul e oeste de São Paulo. Na relação a seguir, estão contidos lugares em que estive sozinho ou com a Nath. Com ou sem o Quim, nosso filho. Bom apetite!

    1 | Marguerita

    Por termos morado nos Jardins, bairro na zona sul de São Paulo onde fica esta pizzaria, Nathalia e eu ficamos mal acostumados porque só pedíamos pizza lá. Razão pela qual deveríamos ter exigido participação nos lucros pelos anos em que fomos fiéis à Maguerita Pizzeria. Brincadeira. Além do sabor que batiza a casa, tem criações exclusivas, como as matadoras a Pizzalino (com calabresa artesanal e manjericão) e a Quattro Formaggi di Parma (4 queijos com presunto cru). Encontrar mesa vazia nos fins de semana é difícil. Fácil, fácil é trombar com boleiros da atualidade e das antigas nos fins de noite de domingo.

    2 | Bráz

    Orgulha-se de ter sido eleita uma das 10 melhores pizzarias do mundo, em lista dos jornais The Guardian, da Inglaterra, e do italiano Corriere della Sera. Nos 20 anos desde que abriu as portas, a Bráz Pizzaria atravessou seus domínios para além de Higienópolis, abrindo filiais por São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. A massa é daquelas de borda grossa, capaz de suportar a robustez de sabores como a Carbonara, versão redonda do espaguete que leva panceta, pecorino, ovos e pimenta do reino. Ok, sabores tradicionais também estão no cardápio, não se assuste.

    3 | 1900

    A primeira unidade foi montada em um barracão erguido no início do século, daí o nome 1900. Nos últimos 35 anos, tornou-se uma rede presente em bairros como Jardins (zona sul), Perdizes (zona oeste) e Tatuapé (zona leste). A massa média pode ser aberta nas versões integral e sem glúten (à base de farinha de arroz). Novidades como a Amatriciana e a Caponata figuram no cardápio juntamente com as tradicionais Mussarela, Calabresa e Quatro Queijos, além das versões comemorativas — a TrentaCinque combina coração de alcachofra, burrata, tomatinhos, presunto Parma e rúcula.

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    Cinque Terre, um dos sabores da 1900 – Foto: Alan Simaro

    4 | Camelo

    Restaurante de especialidades árabes quando abriu as portas, a Camelo começou a servir discos de massa fina só alguns depois. Sua fachada ficou muito conhecida no noticiário político por causa do Rodrigo Rocha Loures, o deputado federal que saiu correndo pela Rua Pamplona com uma mala recheada de dinheiro. A boa reputação de suas pizzas não impede que a Camelo tenha algo de Brasília em seu caminho. À base de mussarela, calabresa levemente apimentada, manjericão e azeitonas pretas, a JK é uma das opções do cardápio, que na unidade do Rio ganhou um sabor especial, a Ipanema.

    5 | Speranza

    Tortano, pão de lingüiça assado no forno a lenha, é uma crueldade servida como entrada. Se bobear, a pizza acaba até sendo esquecida. Mas não cometa essa imprudência numa primeira visita à Speranza. Controle-se e peça uma Cinghiale (que leva calabresa de javali, menos gordurosa que a linguiça tradicional) ou a Margherita que, aliás, é o único sabor do cardápio que não pode ser pedido no esquema meio a meio. Em 2023, a casa-mãe no bairro do Bixiga completa 65 anos. A segunda unidade fica em Moema.

    6 | Monte Verde 

    Pioneira em servir pizzas de massa fina, a Monte Verde funciona, desde 1956, no tradicional bairro do Bom Retiro, no mesmo endereço. Experimente a pizza de brócolis com toque de anchova, coberta por mussarela. Pode soar estranho, mas é gostosa. Ligüicinha assada no forno à lenha para pedir de entrada, Charlotte para comer de saída. Aliás, não prove esta sobremesa clássica se não for na sua versão completa: com chantilly e calda quente de chocolate.

    7 | Pizzaria do Angelo

    Angelo é reduto da Mooca, frequentado por moradores tão antigos quanto a própria pizzaria. Mussarela e calabresa, básicas das básicas, disputam espaço no cardápio com extravagâncias como a Angelo, que leva iscas de filé mignon, catupiry, parmesão e azeitonas verdes. Vende pedaços no balcão, geralmente ocupado por fregueses que curtem ficar na resenha com os garçons.

    Pizza boa para vovó e para o netinho

    8 | Galpão da Pizza

    Em meio a um quarteirão residencial da Pompéia, a charmosa Galpão da Pizza oferece redondas clássica cobertas por mussarela, calabresa ou catupiry. E ainda aposta em ingredientes menos ortodoxos, como queijo brie e carne de jaca. Menu tem opções vegana, sem glúten e também pizzas individuais. O salão do fundo tem teto retrátil, convidativo em noites quentes e estreladas.

    9 | São Pedro

    Fundada em 1966, na véspera do dia do santo homônimo, a São Pedro forma uma espécie de Santíssima Trindade de um autêntico sábado no bairro da Mooca (os outros vértices são assitir a um jogo do Juventus e comer um legítimo canolli). Reduto familiar, onde falar alto é quase uma obrigação. Mussarela, Escarola e Bacalhau são sabores campeões da preferência. Vende pizza individual no balcão, para alegria da rapaziada que vai sair de rolê nas noites de sábado.

    10 | Todo Sabor

    Conceito que vale para botecos no Rio de Janeiro vale aqui também para pizzarias em São Paulo: a melhor é sempre aquela que fica perto da sua casa. A Todo Sabor foi descoberta quando nos mudamos para a Vila Romana. Diante de um janelão de vidro voltado para a rua, o forno a lenha funciona de chamariz. E a Castelões, com lascas de linguiça, queijo cremoso e alho poró, é pule de 10 aqui em casa. É possível comer no pequeno, mas bem ajeitado salão. Garçons trazem na mesa um pedaço de massa para a criançada brincar de pizzaiolo — e eles ainda assam o resultado dessa quase aula de educação artística.

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    11 | Castelões

    Trata-se da pizzaria mais antiga de São Paulo, aberta em 1924. Fachada e decoração interior não desmentem isso. O telefone fixo apresenta problemas (informação escrita no site oficial), o que talvez explique por que até hoje a pizzaria não aceita cartões. Esse jeitinho roots da Castelões divide opiniões entre os frequentadores. Há quem lamente, mas ame a tradição de morder uma fatia da clássica pizza de calabresa. E tem os que enxergam que o fim está próximo, mais próximo que o estacionamento mais próximo onde se possa guardar o carro em segurança. Afinal, fica em um trecho do bairro do Brás que, atualmente, é sinistro de andar à noite.

    12 | Forneria Napolitana

    “Chamar uma pizza”, como diz minha mãe, é algo natural na vida de qualquer paulistano. No Brooklin, a Forneria Napolitana tem ar moderninho, mas segue a tradição de preparar a legítima Marguerita Napoletana. Além dela, há pizzas como a Burrata Mamma Mia e a Dio Santo, com pesto de alcachofra. O chef Daniel Jorge Warda afirma que os segredos de suas redondas estão na massa de fermentação natural de 72 horas e no molho de tomate fresco, preparado diariamente. Apenas para delivery ou retirada na loja.

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    Massas da Forneria Napolitana descansam por 72 horas – Foto: Divulgação

    13 | Maremonti

    Originário do litoral norte de SP, o restaurante Maremonti espalhou-se em diversas filiais na capital paulista. Novidades como a Speciale Bolonha (molho de tomate, mussarela de búfala, mortadela de Bolonha e raspas de limão siciliano), Creativa Funghi Al Tartufo (mix de cogumelos, mussarela, parmesão, azeite trufado e flor de sal) se juntam a sabores como Zucchine (abobrinha com queijo brie) invenção local que se tornou um hit na casa matriz.

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    Speciale Bolonha, novidade na Maremonti – Foto: Divulgação

    14| Praça São Lourenço

    O nome dessa casa na Vila Olímpia não é por acaso. O jardim com jabuticabeiras e figueiras e o lago com carpas são convidativos para se sentar nas mesas ao ar livre. O menu noturno do Praça São Lourenço traz da clássica Marguerita ao sabor intenso da Chèvre (molho de tomate, abobrinha e berinjelas grelhadas, queijo à base de leite de cabra, tomilho, raspas de limão siciliano e azeite de oliva). Frequentado por muitas famílias nos fins de semana, o restaurante tem uma casa na árvore para a criançada.

    A clássica Marguerita do Praça São Lourenço – Foto: Divulgação

    15 | Lellis Pizzaria & Pasta

    Tradicional restaurante italiano dos Jardins, o Lellis Pizzaria & Pasta tem sua mais nova unidade no Itaim. O restaurante aposta em versões individuais e sabores como Di Parma, Zucchini (com cobertura de abobrinha) e Arrabiata (molho mais apimentado).

    Di Parma está as opções do Lellis Pizzaria & Pasta – Foto: Divulgação

    16 | A Pizza da Mooca

    Brasileira presente na lista das 50 melhores pizzarias do mundo, A Pizza da Mooca não nega a origem. Suas massas de fermentação natural são preparadas com farinha italiana e servem de base para sabores como Moocaipira (molho de tomate, queijo Serra da Canastra, guanciale, tomate cereja e manjericão) e Arrotolata (sem molho, apenas com fonduta de queijo grana padano, pancetta arrotolata finalizada com manjericão). A casa deu cria e abriu uma filial em Pinheiros.

    Panini, crostini e pizzas da Pizza da Mooca – Foto: Divulgação

    17 | Foglia Forneria Artigianale

    Neste restaurante da Vila Nova Conceição, as redondas são servidas a partir das 18 horas. No cardápio, há combinações como mussarela, queijo de cabra, pera assada e mel trufado ou a que leva o nome de Sophia Loren, diva do cinema italiano (mussarela, fonduta, mortadela e pesto). Na Foglia Forneria Artigianale as pizzas são individuais, de massa fina e aerada.

    18 | Padoca Filosófica

    O programa cinema + pizza faz mais sentido ainda na Padoca Filosófica, que só prepara os discos depois das 18 horas. Você define o sabor em uma sessão do cardápio chamada Máfia no Divã, com nomes de atores e diretores de filmes de gangsters. Escolha entre Marguerita Al Pacino, Berinjela a Scorsese e Castelões a Tarantino, entre outras opções da casa, localizada em Pinheiros.

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  • Terraço Itália (SP): restaurante, bar e ponto turístico com vista

    Terraço Itália (SP): restaurante, bar e ponto turístico com vista

    Um restaurante-bar que é ponto turístico de São Paulo. Em 50 anos de existência, o Terraço Itália, no alto do edifício de mesmo nome no Centro, se tornou um ícone paulistano, assim como o vizinho e também emblemático Edifício Copan. Atrai gente interessada em provar de sua gastronomia, mas também os que querem apenas tomar um drinque e aproveitar a linda vista panorâmica da cidade.

    Eu já estive algumas vezes no Terraço Itália e digo que o visual é mesmo bonito. Nos dá a noção do tamanhão de São Paulo: é a tal pujança paulistana ali na nossa cara. A 165 m de altura, o elegante endereço fica no topo do prédio bem no Centro de São Paulo, numa esquina em curva entre as avenidas Ipiranga e São Luís.

    Já almocei no restaurante e já fui namorar ao som do piano no bar. Em todas as vezes, fui levada por paulistanos, tanto em eventos de trabalho como em noites para curtir a atmosfera e a visual da cidade. É um programa que mostra a beleza de São Paulo como metrópole. E que guarda uma atmosfera romântica, convidativa para uma noite tranquila em casal. Veja hotéis em São Paulo no link ou no mapa abaixo.

    Ícone paulistano com restaurante e bar

    ​O Terraço Itália não é apenas um restaurante, mas sim um complexo, com 3 salas e 1 bar (com menu de aperitivos). Os ambientes se dividem entre o 41º e o 42º andar do Edifício Itália. No piso mais alto ficam o Bar do Terraço, que funciona de tarde para noite, e a Sala Panorama, aberta para o jantar. Abaixo 1 andar estão as salas Nobre (de segunda a sábado, para almoço; todos os dias para jantar ao som do piano) e São Paulo (espaço para eventos no almoço durante a semana; recebe o público no jantar diariamente e no almoço nos fins de semana). A adega do Terraço Itália conta com cerca de 200 rótulos.

    Jantar na Sala Panorama, no Terraço Itália

    Inaugurado em 1965, o prédio é um projeto do arquiteto alemão Adolf Franz Heep. O edifício de 46 pisos, então o mais alto da cidade de São Paulo, despertou o interesse de Evaristo Comolatti, imigrante italiano, que havia desembarcado em Santos em 1948 e era dono de empresa no setor automotivo. Em 1967, o imigrante abriu o Terraço Itália. O complexo continua na mesma família, e atualmente Sergio Comolatti está à frente do grupo.

    Preço da visitação ao Terraço Itália

    Perdão ao paladar e aos chefs, mas o que você não pode deixar de fazer no Terraço Itália é aproveitar a vista panorâmica maravilhosa que se tem de São Paulo. É possível apenas visitar a área externa. Custa R$ 30, com direito a um drink da casa. Não há reservas para a visitação, que ocorre todos os dias (exceto quando chove), das 15 às 19 horas.

    Torça para o céu estar aberto e tire fotos e mais fotos da vista da cidade. Vê-se do Centro à Avenida Paulista, passando pela zona norte, com a Serra da Cantareira. Tenho de dizer que, se você não tem câmera profissional nem a manha de fotografar à noite, o resultado costuma ser melhor com a luz do dia. Seja como for, provavelmente vai guardar as imagens na memória.

    Sala Nobre, no anoitecer da capital paulista

    Mas também devo dizer que é quase um desperdício ir até lá para apenas registrar umas panorâmicas. A gastronomia, o ambiente elegante e a trilha sonora, claro, dão um toque especial ao programa. Há opções para almoço e jantar, ou apenas para um drinque. Não é preciso fazer reserva — no entanto, em datas comemorativas ou para grandes mesas, é recomendado, para evitar longa espera.

    Nos fins de semana, você pode almoçar feijoada aos sábados ou aproveitar o buffet italiano aos domingos na Sala Nobre, no 41º andar. De segunda a sexta, também tem buffet de almoço lá. O jantar em todas as noites é climatizado com a luz de velas e música ao vivo.

    A noite também é especial na Sala Panorama, no 42º piso, com jazz às quintas e repertório de clássicos nacionais e internacionais às sextas e aos sábados — programação musical a partir das 20h30. No Bar do Terraço, no mesmo andar, dá para curtir apenas o ambiente, bons drinques e o visual da cidade. De segunda a sexta, funciona desde as 15 horas; nos fins de semana, a partir do meio-dia.

    Bar do Terraço Itália, com vista de São Paulo

    Quanto custa um jantar no Terraço Itália

    O sistema do jantar é à la carte. Os pratos principais (individuais) variam entre R$ 100 e R$ 160. Por pessoa, o gasto médio é R$ 250 (considerando entrada, prato principal e sobremesa), mais bebidas, taxa e couvert artístico.

    A vista do Terraço Itália é bonita, e o ambiente é mesmo muito indicado para uma noite romântica. O cenário, a iluminação difusa e a trilha sonora: tudo colabora para um jantar especial ou drinque inspirado a 2. Não à toa o Terraço Itália foi eleito em 2016 pela revista Veja São Paulo como o melhor lugar para se pedir alguém em casamento. Tenho de concordar.

    VALE SABER

    Endereço: Avenida Ipiranga, 344, 41º andar, Centro, São Paulo

    Funcionamento: De segunda a sexta, a partir das 15 horas; sábados, domingos e feriados, desde o meio-dia

    Site: terracoitalia.com.br

  • Conheça as principais festas de imigrantes em São Paulo

    Conheça as principais festas de imigrantes em São Paulo

    Imigrantes fazem festa em SP, entre elas, São Vito, Achiropita e MaiFest. No Museu da Imigração, celebração inclui várias culturas. Portugueses e alemães também têm eventos com comida típica e música na cidade

    ATUALIZADO EM 24 DE MAIO DE 2018

    Em São Paulo cabe o mundo. Definição que se aplica a cidades que, assim como a capital paulista, receberam grandes levas de imigrantes: japoneses, italianos, espanhóis, portugueses. Na bagagem de tantos estrangeiros vieram sonhos, tradições e costumes que por aqui se fundiram, formando um mosaico que hoje é a base da riqueza cultural paulistana.

    A história que cerca a chegada dessas e de tantas outras pessoas que ainda desembarcam na cidade pode ser conhecida em uma visita ao Museu da Imigração, em São Paulo, localizado entre dois bairros forjados por estrangeiros: Brás e Mooca. É também na área onde está o museu que é realizada, há 22 anos, a tradicional Festa do Imigrante, com uma programação que celebra a cultura de cerca de 50 nacionalidades diferentes, com muita música, apresentações folclóricas e, claro, comidas típicas.

    FESTA DOS IMIGRANTES NO MUSEU DA IMIGRAÇÃO – Foto: Divulgação

    Mas saiba que não é preciso esperar uma única ocasião para conhecer e apreciar a herança deixada pelos imigrantes. Ao longo do ano, as comunidades estrangeiras de São Paulo promovem festas tradicionais, que reúnem descendentes ou não sob o mesmo pretexto, a celebração da diversidade.

    Confira a relação de festas e eventos que homenageiam cultura e costumes de quatro colônias de imigrantes de São Paulo.

    JAPONESES: BUNKA MATSURI

    No Pavilhão Japonês do Parque Ibirapuera, a Bunka Matsuri, tradicional festa da comunidade, oferece oficinas de bonsai e ikebana para que gosta de jardinagem e ainda aulas de taissô, um tipo de ginástica oriental, e a tradicional cerimônia do chá. Já no bairro da Liberdade, reduto nipo-brasileiro de São Paulo, a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Assistência Social (Bunkyo) recebe apresentações musicais e de dança folclórica, promove venda de comidas típicas e organiza atrações que envolvem origami (a arte secular de dobradura em papel) e mangá, para fãs de histórias em quadrinhos. Em 19 e 20 de maio de 2018, com entrada grátis em todos os eventos.

    CERIMÔNIA DO CHÁ – Foto: Gabriel Inamine/Divulgação

     

    ALEMÃES: MAIFEST E BROOKLINFEST

    Comerciantes e moradores do Brooklin, na zona sul de São Paulo, transformam quatro ruas do bairro numa embaixada informal da Alemanha com a realização da 19ª edição da MaiFest, festa que celebra um tema diferente a cada ano. Em 2018, Gemeinsan Reinsen! (algo como viajar juntos) Staatsbürgerschaft (cidadania), experiências migrantes interculturais compõem o que vai inspirar a programação que oferece exposições, shows de dança e de música e apresentações de teatro, tudo com entrada franca. Em 2018, é realizada no fim de semana de 26 e 27 de maio

    Quem gosta de comidas típicas da Alemanha encontra algumas delas à venda durante o fim de semana do festival, como é o caso do einsbein (joelho de porco) preparado em churrasqueira giratória. Em outubro, mês da Oktoberfest Munique, da Oktoberfest Blumenau, o mesmo quadrilátero de ruas recebe a Brooklinfest, outra celebração à cultura germânica.

    EINSBEIN NA CHURRASQUEIRA GIRATÓRIA – Foto: Divulgação

     

    PORTUGUESES: EXPERIMENTA PORTUGAL

    Com a finalidade de unir ainda mais lusos e brasileiros, o Consulado Geral de Portugal em São Paulo promove o Experimenta Portugal, um conjunto de ações e eventos espalhados pela cidade. Em 2017, a música portuguesa — do fado ao clássico — fará parte da programação do Theatro Municipal durante a Virada Cultural. Na Pinacoteca do Estado e na sede do consulado, pinturas e poesia portuguesas estarão em exposição aberta ao público. Literatura contemporânea e educação também compõem os destaques da programação do Experimenta, que ainda trará os sabores portugueses para São Paulo, com a possibilidade de provar vinhos de 64 produtores diferentes. Se, de súbito, você tiver vontade de estar do outro lado do Atlântico, embarque no Prazeres 28, a linha de bonde mais famosa de Lisboa que vai fazer uma viagem virtual ao melhor das tradições de Portugal. Em 2018, de 4 de maio a 30 de julho — informações em consuladoportugalsp.org.br.

    MARIA JOÃO GRANCHO, DESTAQUE DO EXPERIMENTA 2016 – Foto: Divulgação

     

    ITALIANOS: CASALUCE, SÃO VITO, ACHIROPITA E SAN GENNARO

    A colônia de imigrantes mais associada a São Paulo mantém festas que se alternam ao longo do ano. Quatro delas celebram santos e santas de devoção de italianos e seus descendentes. Todas têm acesso gratuito e, por isso, vivem cheias, com uma programação que mescla a agenda religiosa com os festejos sempre muito animados.

    Desde 1900, a Festa de Casaluce (em 2018, de 29 de abril até 27 de maio) envolve cerca de 200 voluntários da paróquia de Nossa Senhora de Casaluce. Eles são responsáveis por preparar muita comida típica para quase 30 mil pessoas que vão ao Brás a cada fim de semana.
    No mesmo bairro também é realizada Festa de São Vito (em 2018, de 2 de junho a 8 de julho). A turma põe a mão na massa para saciar o apetite de quem está disposto a comer uma bela macarronada ao som de música italiana tocada por banda.

    O Bixiga das cantinas é cenário da Festa de Nossa Senhora Achiropita (sempre em agosto), que toma conta de ruas tradicionais como a 13 de Maio. Há brincadeiras para a criançada, apresentação de música ao vivo e comida boa e farta, do antepasto à pasta.

    A Mooca, belo, não poderia ficar de fora. A Festa de San Gennaro (entre setembro e outubro) segue à risca o cardápio de um típico festejo italiano de rua. Tem espaguete, pizza e cannoli (se pedir mais de um, não me vai usar o plural, meu), tarantela tocando em alto e bom som e um batalhão de gente querendo a mesma coisa que você: se sentir na Itália sem tirar os pés de São Paulo.

    LITUANOS: FESTIVAL DA LITUÂNIA

    Em parceria com a comunidade lituano-brasileira, a Fundação Ema Klabin organiza o Festival da Lituânia em celebração aos 100 anos da restauração da independência do país, que deixou de fazer parte do império russo em fevereiro de 1918. Música e danças tradicionais estão na programação do festival, que também permite provar especialidades como virtiniai (massa artesanal que se assemelha a um pastel com recheio de carne do queijo) ou kugelis (torta de batata ralada com bacon). Palestras, contação de histórias, oficinas de artesanato e exposição fotográfica completam as atrações. Nos dias 26 e 27 de maio, com entrada gratuita, na Casa Museu Ema Klabin.

     

  • Parque da Mônica (SP): ingresso, localização, atrações e mais

    Parque da Mônica (SP): ingresso, localização, atrações e mais

    Um lugar com a inocência da animada turminha criada por Maurício de Sousa. Sem brinquedos radicais, o Parque da Mônica, é uma das nossas sugestões de passeios em São Paulo com crianças, ao lado de lugares como Catavento Cultural, Kidzania São Paulo e Museu do Futebol. Instalado dentro do Shopping SP Market, na zona sul da capital paulista, o parque da Turma da Mônica é um programa indicado para quem tem crianças pequenas e para fãs dos personagens mais famosos dos gibis brasileiros. Eles estão na decoração de todas as 21 atrações.

    Nosso filho foi apresentado à turma pela mãe, que lhe deu de presente dedoches de borracha, quando ele ainda tinha 1 ano. Mônica, Sansão, Cebolinha, Cascão e Magali acompanharam a infância de Joaquim. Os bonecos, já descascados, viraram companheiros das aventuras que ele inventa misturando os brinquedos no quarto. Até foram com ele na nossa viagem em família à Alemanha.

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    A força de um abraço #comoviaja #saopaulo #crianca #passeio #eunoparquedamonica #kids #parquedamonica #saopaulo_originals

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    Quim foi praticamente alfabetizado lendo as histórias da Turma da Mônica. Devora revistinhas e almanaques com velocidade impressionante (as do Louco são sua mais nova mania). O sorriso nas fotos deste post não deixa dúvida do quanto ele adora todos os personagens. E de como se divertiu muito durante nossa visita. Veja hotéis em São Paulo no link ou no mapa abaixo.

    Ainda mais quando se é convidado para tomar um café da manhã na companhia de Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali. Coisa de Louco (que também apareceu por lá)! A turminha também aparece para fotos com o público na área perto do palco. O site oficial tem o horário em que cada personagem se encontra com os fãs.

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    Coisa de louco este domingo #comoviaja #saopaulo #crianca #louco #turmadamonica #eunoparquedamonica #parque #passeio #parquedamonica

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    Como é o Parque da Mônica em São Paulo

    Um parque de diversões à moda antiga, com carrinho de bate bate, carrossel, roda gigante e uma montanha russa que não vai à estratosfera nem fica naquele sobe e desce de dar enjoo. Que, vira e mexe, lança um brinquedo novo, como o Missão Fundo do Mar, aberto depois da nossa visita.

    Todos os personagens (principais e secundários) estão presentes em algum ponto da decoração do Parque da Mônica, seja em um banco ou no imenso painel à direita da entrada. Ali dá para se ter noção do universo criado por Maurício de Sousa desde 1959, ano em que ele desenhou suas primeiras tirinhas, tendo Franjinha e Bidu como protagonistas. Maurício e o cãozinho estão representados em uma estátua que dá boas-vindas aos visitantes na chegada.

    Brinquedo aberto depois da nossa visita

    Se for até lá num feriado, fique atento à programação: o parque costuma preparar atividades especial com a Turma da Mônica no Carnaval e em outras datas comemorativas. A área onde fica o Parque da Mônica tem 12.000 m², no Shopping SP Market. Desde julho de 2015, a atração está localizada na zona sul de São Paulo. Antes, era um parque no Shopping Eldorado, no lugar onde hoje funciona a KidZania. Embora seja o maior parque coberto da América Latina, é facilmente percorrido: uma volta nele todo não leva 10 minutos.

    Se você for do tipo que sai do brinquedo e volta para o fim da mesma fila, chegue cedo. No domingo em que fomos, pela manhã, curtimos várias atrações sem espera ou com meia dúzia de pessoas na nossa frente. Depois do almoço, bombou de gente. A Casa da Mônica, por exemplo, era o lugar mais disputado para visitar e tirar fotos à tarde.

    O que fazer no parque da Turma da Mônica

    Na véspera de nossa visita, Joaquim tinha bolado o próprio plano infalível de diversão, anotando em quais atrações desejava brincar. Quim conseguiu riscar todos os itens da lista. Apenas alterou um pouco a ordem inicial. A Montanha-Russa do Astronauta, primeiro item selecionado, foi deixada para depois — ele ainda guarda na memória a experiência com esse tipo de brinquedo vivida na Legoland Alemanha, perto de Munique, embora lá a montanha russa fosse muito alta.

    Trombada do Louco e Ce-Bolinhas

    Em matéria de radicalidade, achei a Trombada do Louco a campeã da modalidade. O bom e velho carrinho de bate-bate leva o nome do personagem mais fora da casinha de toda a turma (apropriado quando o assunto é trânsito, não acham?). Joaquim adorou a ideia de se envolver em umas pancadas com outros carros. Rimos pra caramba e, claro, fomos mais quatro vezes.

    O alvo preferido das insanidades do Louco também tem um brinquedo só seu. No Ce-Bolinhas a ordem é encher o saco com pequenas esferas de espuma para depois atirá-las com a ajuda de canhões com jato de ar. Crianças e adultos se enfrentam em uma batalha onde todos se acertam, mas ninguém se machuca.

    Brinquedinho da Turma e Vila da Mônica

    No primeiro, piscina de bolinhas, passarelas, túneis e escorregadores estão a serviço da diversão de meninos e meninas. Joaquim achou legal, mas preferiu os desafios do Brinquedão do Chico Bento, para onde ele arrastou a mãe.

    Já na Vila da Mônica, o cenário de casinhas faz com que pareça o bairro do Limoeiro. Lá estão a Casa da Mônica, o Quarto do Cebolinha, a Cozinha da Magali, o Ateliê da Marina e a Piscina de Bolinhas do Cascão, todos de portas abertas para receber os fãs da turma.

    Casa da Mônica, uma das mais disputadas na vila

    Escalada do Piteco, Horacic Park e Vale dos Dinossauros

    Na entrada de cada atração, placas indicativas informam as restrições de altura do brinquedo. Os funcionários usam uma régua colorida para checar se a criança tem o tamanho mínimo exigido e ainda se deve ou não brincar na companhia de um responsável.

    Joaquim vibrou quando soube que poderia participar da Escalada do Piteco. É que ele havia ficado no quase quando visitamos o Catavento Cultural. Lá, o Monte dos Sábios exige altura mínima de 1,30 m para subir, enquanto que no Parque da Mônica os 1,25 dele foram suficientes para escalar a parede da caverna.

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    Na linha das atrações do mundo primitivo, o Horacic Park é uma das mais legais. Foi a primeira que visitamos, logo que o parque abriu. Canoas para até 6 pessoas percorrem um riozinho suave, que termina em uma queda d’água bem mais inclinada do que a da montanha-russa. Atração não recomendada para Cascão e similares porque o banho no fim da descida é inevitável.

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    Nosso domingo no parque teve ainda um passeio pelo Vale dos Dinossauros (trilha de arvorismo boa até para os menores pois as passarelas suspensas são cercadas por rede), a jornada de Nathalia e Joaquim pelo Brinquedão do Chico Bento (a Nath só não recomenda o uso de saia porque o percurso inclui passar agachado dentro de um tubo e depois descer de escorregador) e uma apresentação especial da turma, que precisava resolver um velho mistério: quem roubou o Sansão? Até julho de 2018, um novo espetáculo vai agitar o palco principal. Mônica Azul  é uma apresentação musical que fala de diversidade e de amor ao próximo.

    Montanha russa do Astronauta

    Como já escrevi, Joaquim adiou a subida dele. Nath e eu fomos separadamente (eu fiz um vídeo, inclusive), para provarmos ao nosso filho que era bem legal, que o susto na Alemanha tinha ficado para trás, que ele já estava bem maior e que a montanha russa não era externa nem alta.

    Ele se animou, encarou a fila modesta, subiu no carrinho ao lado da mãe. Eu, no banco de trás. Bom, infelizmente, foi o único momento de todo o dia em que do riso fez-se o pranto.

    Roda gigante e carrossel

    O lance do Joaquim com montanha-russa é que ele não curte aquele troço de fazer curva pra lá, fazer curva pra cá, subir e descer, tudo muito velozmente. Altura é o menor dos problemas. Tanto que ele quis ir com a mãe na Roda Gigante da Turma. Nath reviveu aquele clima da infância, daquela cestinha subindo e parando, subindo e parando…

    Depois, mãe e filho subiram no Carrossel da Mata. Joaquim tinha muita curiosidade de experimentar este clássico dos parques de diversão. Isso desde que Nath contou sobre o carrossel de dois andares que ela viu em Frankfurt, em um dos mercados de Natal da Alemanha. Foi um momento mágico, que resume o clima de inocência e fantasia que o parque exerce. Nostalgia registrada na foto amarelada pela luz do carrossel. Ternura pura.

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    VALE SABER

    Endereço: Avenida das Nações Unidas, 22.450 —  Jurubatuba, São Paulo

    Transporte: Ir de transporte público será uma epopeia dependendo da região da cidade onde você esteja. Como o parque fica na continuação da Marginal Pinheiros (em direção ao Autódromo de Interlagos), o carro ainda é a melhor alternativa. Num domingo como o que fomos, bem cedo, levamos 40 minutos a partir da Lapa, na zona oeste de São Paulo. Não pegamos congestionamento tampouco filas nas atrações do parque

    Funcionamento: Em novembro, de terça a sexta, das 10h30 às 16h30 (sábados, domingos e feriados, das 11 às 19 horas)

    Preço: A entrada é vendida na bilheteria, que abre 30 minutos antes do começo das atividades. Valor do ingresso do Parque da Mônica: o ticket individual sai por R$ 139 — meia entrada, R$ 69,50. Os passaportes ficam mais em conta de acordo com o número de visitantes (adultos ou crianças): 2 pessoas, R$ 182; 3 pessoas, R$ 270; 4 pessoas, R$ 356; 5 pessoas, R$ 440. Dá para pagar em até 5 vezes sem juros no cartão de crédito. Gestantes pagam R$ 40; pessoas portadores de necessidades especiais, grátis

    No Parque da Mônica, o valor do ingresso dá direito a brincar em todas as atrações quantas vezes quiser. Apenas o Castelo de Príncipes e Princesas é pago à parte — entre R$ 150 e R$ 275, com direito a penteado, foto no castelo e fantasia, que pode ser levada para casa.

    Guarda-volume com chave custa R$ 20; sem chave, R$ 10. Há aluguel de carrinhos de bebê (R$ 15) — o valor pago em dinheiro como caução é devolvido na retirada dos pertences

    Alimentação: O parque permite a entrada de alimentos embalados e bebidas que não sejam alcoólicas. Leve um lanche fácil ou um pacote de biscoito para aplacar a fome, especialmente das crianças.

    Há apenas uma unidade do Mc Donalds dentro do parque. Acredite, foi o lugar onde enfrentamos a maior fila: 40 minutos para comer um sanduíche troncho, batatas frias (não esqueci de digitar a letra ‘t’, eram frias mesmo) e refrigerantes sem gás.

    Outra área para alimentação fica na entrada, num cenário que remete ao bairro do Limoeiro, onde estão as casas dos personagens principais e a roda-gigante. Ali, quiosques estão instalados em algumas das janelinhas. São pontos de venda de sorvete, de pipoca e de balas e algodão-doce.

    Chegamos à conclusão que teria sido melhor comermos um cachorro quente ali ou um croissant no quiosque da cafeteria da mesma rede de fast food, localizada ao lado dessa área do parque. Pareciam mais apetitosos.

    Dica: Quem estiver com bebês bem pequenos e precisar alimentar ou trocar a fralda, o parque conta com espaço família

    Compras: Como era de se esperar, há muitos produtos relacionados com a turminha na loja do Parque da Mônica. De roupas de bebê a camisetas para adultos fanáticos, é bem difícil sair de lá e não cair na tentação de comprar algo. Compramos para o Joaquim uma luminária (R$ 79,90), um caderno (R$10) e um quebra-cabeça de 500 peças (R$ 45)

    Site: parquedamonica.com.br

  • Museu Catavento: ciência para crianças em São Paulo

    Museu Catavento: ciência para crianças em São Paulo

    Bom para crianças em São Paulo, o Catavento é um museu de ciência a preço baixo. Veja dicas para a visita, com endereço e imagens. O espaço oferece ainda atividades extras com agendamento por senha

    Museus interativos tem vários. E tem o Catavento Cultural, para mim o que explora ao máximo esse conceito baseado na troca de informações com o visitante. Dedicado às ciências, é um passeio ideal de se fazer com criança em São Paulo. Mérito de sua concepção, que não vira chata porque consegue transformar boa parte das teorias em brincadeiras.

    CIÊNCIA PARA TODOS NO CATAVENTO CULTURAL – Fotos; Nathalia Molina @ComoViaja

    Nathalia e eu levamos nosso filho ao museu várias vezes, entrou para a lista de programas favoritos do pequeno Joaquim. Como algumas atividades são realizadas mediante distribuição de senha (prepare-se, elas são bem disputadas), tem sempre uma brincadeira que fica para a próxima. Para se ter ideia, a mais nova atração do Catavento é o projeto Dinos do Brasil. O tour virtual leva os visitantes à pré-história brasileira para conhecer os dinossauros que viveram em nosso território. É mais uma atividade que exige senha e, portanto, deve ser bastante disputada. A boa notícia é que se trata de um projeto permanente do museu, com isso não será necessário correr para garantir um lugar.

    Em nossa visita mais recente, Joaquim conseguiu vaga no laboratório de Nanoaventura e no Estúdio de TV. Perto da bilheteria, um painel eletrônico informa horários e número de vagas disponíveis por sessão. Nosso filho queria experimentar o Monte dos Sábios, parede de escalada onde você topa com gente como Gandhi e Einstein. É preciso ter altura mínima de 1,30 cm para subir os 7 metros da atração. Joaquim ficou no quase na régua que indica se a criançada pode ou não participar. Daqui a pouco eu dou mais detalhes sobre as atividades especiais.

     

    Como é o Catavento Cultural

    Inaugurado em 2009, o Catavento funciona no Palácio das Indústrias, edifício construído entre 1911 e 1924 e que leva a assinatura de Ramos de Azevedo, responsável também pelo traçado do Theatro Municipal de São Paulo. O prédio com estrutura de ferro e tijolinho é charmoso. No passado foi sede dos negócios relacionados à produção industrial, bem como da agricultura e da pesca. Foi também delegacia de polícia no meu tempo de menino, quando eu escutava no rádio o repórter Zaqueu Sofia, da Jovem Pan, atualizar o noticiário de crimes “diretamente da sala da polícia, no Palácio das Indústrias, às margens do Tamanduateí, no Parque Dom Pedro II”.

    Nathalia também já deu seus plantões por lá, como repórter de geral do Jornal da Tarde. E sua primeira entrevista em São Paulo foi ali também: durante o trainee da Folha, sua turma fez uma coletiva com Celso Pitta, na época em que o gabinete do prefeito ficava no prédio do Palácio das Indústrias.

     

    O que fazer no Catavento

    Nem polícia nem política. Hoje em dia, a ordem é aprender ciência de modo atraente. Vivemos experiência semelhante quando visitamos o Kinderreich, ala das crianças dentro do Deutsches Museum, em Munique — uma das etapas da viagem que fizemos em família pela Alemanha.

    No Catavento há monitoria treinada para auxiliar os mais novos e os mais velhos nas atividades, divididas em 4 seções: Universo, Vida, Engenho e Sociedade. A seguir, um resumo das áreas e nossa experiência nelas.

     

    UNIVERSO

    De onde viemos? Neste espaço descobre-se a origem de tudo, o surgimento da Terra e o que mais a cerca. Toque em um meteorito de verdade, encontrado na Argentina em 1576. A gente fez o que estava escrito em um aviso e nos surpreendemos com o cheiro de ferro que ficou nas mãos depois de entrarmos em contato por pouco tempo com superfície daquele fragmento de meteoro.

    Foi Nathalia quem passou o entusiasmo com as coisas do espaço para o Quim. Juntos, eles descobriram quais estados brasileiros estão representados por estrelas na bandeira brasileira. Já com o auxílio de uma carta celeste é possível admirar as constelações de uma noite estrelada — pausa breve: se você também gosta do assunto, leia o post de nossa visita ao Planetário do Ibirapuera, em São Paulo.

    É possível ainda saber o que existe no interior do planeta Terra, aprender um pouco como são formadas suas paisagens e seus relevos — uma caixa de areia permitiu ao Quim mexer no ‘solo’ com uma colher e, sem que ele se desse conta, transformar o terreno de modo semelhante ao que ocorre na natureza.

    No momento, as seções Astronomia e Terra estão fechadas para reforma, como informa o site do Catavento.


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    VIDA

    De onde viemos? O milagre da vida, o corpo humano em detalhes, seus sistemas e funcionamento. Recomendado para estudantes fazerem revisão antes daquela prova cascuda sobre anatomia e também para quem tem curiosidade a respeito do tema. Em condições normais de temperatura e pressão, não sei se eu entraria para conhecer o intestino grosso por dentro. Acontece que o Quim sacou que a estrutura comprida lembrava a que vimos na Cidade das Abelhas, onde o visitante também é convidado a conhecer as entranhas do inseto. Ah, ele riu à beça quando se deu conta de éramos dois cocôs perambulando aquele lugar.

    Quim também ficou atento às classificações do Reino Animal e um pouco ressabiado ao se deparar com uma réplica em tamanho natural de um tigre-dente-de-sabre. Com 6 anos na primeira visita, natural que ele sentisse medo, como também ficou impressionado na exposição Do Macaco ao Homem, uma das atividades extras que exige senha. Essa visita é feita nas arcadas subterrâneas do Catavento. No tempo em que serviu à polícia, os porões do prédio abrigavam as celas dos presos. Não preciso dizer que é bem melhor ver uma criança correr em liberdade pelos corredores, decorados com detalhes coloridos que afastam um pouco a lembrança do que, um dia, já foi um cárcere.

    Durante o tour guiado à exposição Do Macaco ao Homem, havia um grupo de estudantes ruidosos, mas ainda assim deu para ouvir as principais explicações da guia. Joaquim arregalou os olhos quando viu os crânios dos nossos ancestrais expostos. Por outro lado, ele começou a entender mais claramente a relação dos seres humanos com os macacos. Os painéis mostrando semelhanças entre as espécies facilitaram esse entendimento.

    Ainda na parte das arcadas, no subterrâneo do Catavento, Joaquim foi seduzido pela maquete do prédio feita de Lego. Construída com 34.795 pecinhas, ela mede 55 vezes menos que o edifício original. Quim, como sempre, parou para admirá-la (tá, eu também era assim quando criança, tempo em que não havia Lego para construir algo parecido). Bem perto da maquete fica o Se Liga no Lego, atividade extra que sempre tem lotação esgotada quando visitamos.

    Quim ficou só espiando a brincadeira de longe, doido para participar. Criadas na Dinamarca, as pecinhas coloridas levam nosso menino à loucura. Não é à toa que visitamos as unidades alemãs da Legoland Berlim e da Legoland Alemanha, em Guinzburg, onde dormimos no Hotel na Legoland, em forma de castelo medieval.

     

    ENGENHO

    Por que as coisas são como são? A mais interativa das seções explora os diferentes ramos da Física. Hora de aprender os movimentos que fazem parte do nosso cotidiano em atividades que envolvem Mecânica, como levantar sacos bem pesados com o auxílio de polias e roldanas. Ou entender o princípio da centrifugação, função tão corriqueira no dia a dia de quem utilizar uma máquina de lavar roupa.

    Ainda no estudo prático sobre fenômenos físicos, destaque para a experiência com eletromagnetismo — Joaquim pirou ao ficar com os cabelos em pé!

    Nós também ficamos boquiabertos quando testamos entrar em uma bolha de sabão gigante. Nessa área a criançada tem à disposição tanques com água e sabão e apetrechos para produzir bolhas em diferentes formatos.

    Dica: mexa em tudo à vontade!

     

    SOCIEDADE

    Para onde vamos? Os caminhos que levaram a humanidade a se lançar em novas descobertas, sua relação com o meio-ambiente e alguns episódios que marcaram a História. É aqui que fica o Monte dos Sábios, parede de 7 metros de altura onde os escaladores se encontram com personalidades como o físico Albert Einstein, o líder Mahatma Gandhi e o pai da aviação, Santos Dumont, por exemplo.

    É na seção Sociedade que fica o Estúdio de TV. Havia senha disponível para essa atividade durante a nossa última visita. Joaquim pode, então, aprender sobre o uso de chroma key (efeito visual em fundo verde sobre o qual se aplica uma imagem sobre outra). Todas as crianças presentes à sessão foram convidadas a participar da experiência: teve gente que voou em um tapete mágico, outros que bancaram o Super-Homem enquanto que o Quim e mais duas crianças tiveram suas cabeças cortadas no efeito e aplicadas em uma cena de um outro filme. As gravações foram exibidas aos participantes no fim da sessão e ficam disponíveis no site do Catavento (acesso mediante senha fornecida antes de a atividade encerrar).

    No corredor ao lado do Monte dos Sábios está a sala de Nanoaventura. Nathalia, Joaquim e eu participamos de uma sessão de 30 minutos. Na primeira parte são explicados os conceitos de Nanotecnologia e Nanociência, ramo que mexe com elementos e substâncias em escala microscópica. Depois da teoria, os visitantes são divididos em equipes e se alternam em 4 jogos interativos. Quem tem destreza com joystick de videogame se sai bem nas atividades, mas a pontuação é o que menos importa. O que vale é a diversão.

    Não é permitido filmar nem fotografar a sessão, apenas mostrar a sala na hora de ir embora. A saída é feita por uma porta lateral que nos leva a um terraço, de onde se vê o borboletário, uma das mais novas atrações do Catavento. Sob uma estrutura metálica foi criada um ecossistema em condições de receber diferentes espécies de borboletas, como a olho de coruja e a júlia. A visita é monitorada e ocorre a cada 30 minutos, com capacidade máxima de 20 pessoas por sessão — ela não ocorre às segundas e às sextas nem em dias frios ou com chuva.

     

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    VALE SABER

    Endereço: Avenida Mercúrio, s/n – Parque D.Pedro II, Brás

    Transporte: A estação Pedro II do metrô fica menos de 1km. Tem gente que vai a pé, mas nós nunca tentamos. Sempre achamos mais seguro ir de carro, já que o movimento de veículos é maior do que de pedestres naquela região

    Funcionamento: De terça a domingos, das 9 às 17 horas

    Preço: R$ 6 — crianças de 4 a 12 anos, pessoas acima de 60 anos, portadores de necessidades especiais ou estudantes com carteirinha, R$ 3; aos sábados, grátis

    Alimentação: Dentro do museu há o Café com Lua. Bem simples, fica em uma das varandas envidraçadas que dão para o borboletário (foto 3680). Aprende-se até na hora do lanche. Um painel explica por que existem crateras na superfície da Lua e de sua importância como escudo da Terra (foto 3693). Se quiser fazer uma dobradinha, o Mercado Municipal fica em frente ao Catavento, do outro lado da avenida. Lá é possível traçar os famosos pastéis de bacalhau e o robusto sanduíche de mortadela. Para ir ao Mercadão, vale a regra utilizada no transporte. É possível ir a pé, sem dúvida. Mas nós fomos desaconselhados pelos próprios funcionários do estacionamento do Catavento, que alegaram ser um pouco inseguro fazer o trajeto, especialmente na travessia do farol. Então, vá de carro, tem estacionamento com zona azul dentro do Mercadão

    Loja: A pequena loja fica perto da seção Engenho. Tem camisetas, canecas e lembrança relacionadas ao universo da ciência

    Site: cataventocultural.org.br


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  • Museu para criança soltar a imaginação em São Paulo

    Museu para criança soltar a imaginação em São Paulo

    O Museu da Imaginação é o novo passeio para criança em São Paulo. Mistura arte e brincadeira e não deixa ninguém parado. Saiba como é, onde fica e quanto custa o ingresso

    Encontro com a arte e a ciência… e a diversão. Inaugurado em janeiro de 2017, o Museu da Imaginação é a mais nova opção de passeio com criança em São Paulo, num espaço localizado na zona oeste da cidade. É um programa para meninas e meninos brincarem com liberdade.

    Trata-se de um museu totalmente privado, que conta com o apoio de educadores e artistas como Guto Lacaz, famoso pela maneira bem-humorada e irreverente como sempre explorou o universo artístico. A frase do início deste post é uma referência a um quadro que Lacaz mantinha no antigo TV Mix, programa que fez história na televisão brasileira no fim dos anos 1980, e responsável por revelar gente como Serginho Groismann e Astrid Fontenelle — Fernando Meirelles era o diretor do programa.

    FAZENDO ARTE – Fotos: Museu da Imaginação/Divulgação

    Como é o Museu da Imaginação

    Uma escultura de Lacaz composta por 20 bolas ocupa o hall de entrada do museu, que se divide em dois andares. Em um espaço com cerca de 2.000 m²,  possui três áreas voltadas para as crianças brincarem livremente.

    Há monitores orientados a facilitar a experiência dos pequenos com as instalações. A ideia é ajudar sem interferir no processo de percepção e interação com os ambientes.

    O que fazer no Museu da Imaginação

    Mais do nunca, ser criança. Mexer, subir e descer da estrutura formada por redes e bolas gigantes, pedalar em turma na brincadeira cooperativa cujo objetivo e cruzar uma ponte virtual, desenhar e pintar com materiais à disposição ou tocar instrumentos musicais que também fazem parte do cardápio de brincadeiras.

     

    No andar de cima, na Sala de Esferas, obras de arte com uma releitura de trabalhos de Picasso não são apenas para serem contempladas. Sentir é parte da experiência e do aprendizado, sem regras nem amarras. Ou seja, tão importante quanto movimentar braços e pernas, no recém-inaugurado Museu da Imaginação as crianças são convidadas a exercitar o livre pensamento.

     


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    VALE SABER

    Endereço: Rua Ricardo Cavatton, 251, Lapa, São Paulo

    Transporte: O metrô mais próximo é o Palmeiras/Barra Funda. Do terminal de ônibus que fica na estação partem linhas que seguem pela Avenida Ermano Marchetti, a cerca de 500 metros do museu. Como está localizado muito perto do prédio da Polícia Federal, a oferta de estacionamento na região é grande e cara. A página do museu no Facebook indica o estacionamento conveniado no número 125 da mesma rua (R$ 20 por período)

    Funcionamento: De terça a sexta, em 2 turnos: das 10 às 13 horas e das 14 às 17 horas (aos sábados, o turno é único: das 10 às 13 horas). Como os turnos são fechados, não é tolerado atraso superior a 15 minutos

    Preço: R$ 160 para adulto sem criança ou maior de 13 anos sem carteirinha de estudante — no preço promocional de inauguração, adulto acompanhando criança paga R$ 50. O ingresso para criança de 3 a 12 anos, estudante com carteirinha, pessoa acima de 60 anos e portador de necessidades especiais custa R$ 80 — criança até 2 anos e 11 meses, grátis

    Alimentação: O museu conta com lanchonete

    Site: museudaimaginacao.com.br

  • KidZania São Paulo, um passeio divertido para criança

    KidZania São Paulo, um passeio divertido para criança

    Na KidZania São Paulo, crianças aprendem brincando sobre profissões. Veja preço de ingressos, quando tem desconto, horários e dicas. E fique atento: dependendo da época do ano, dá para pagar a entrada mais barata

    A bilheteria que simula um balcão de check-in de aeroporto é a primeira situação com o mundo ‘real’ que as crianças encontram na KidZania, parque de diversões de São Paulo que reproduz uma cidade, com espaços onde a meninada desempenha profissões adultas, como bombeiro, piloto de avião, médico e carteiro, entre outras. Basicamente, o negócio é brincar de ser gente grande.

    Quando chegamos ao Shopping Eldorado, na zona oeste da capital, onde fica a KidZania, Joaquim mal podia conter a euforia. Nos últimos tempos, ao responder ao frequente ‘O que você quer ser quando crescer?’, ele já trocou de profissão várias vezes. Estava animado para simular de brincadeira várias dessas atividades, o que ele fez com a maior animação durante o dia inteiro.

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    VELOCIDADE DE CRUZEIRO – Fotos: Nathalia Molina e Fernando Victorino @ComoViaja

    Com bilhetes e voucher emitidos, é hora de ir para a fila esperar pela abertura do portão de embarque. Nathalia, Joaquim e eu chegamos 30 minutos antes de o parque abrir. Era domingo, e à nossa frente estavam cerca de 35 pessoas, a maioria sentada no chão.

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    FILA DO CHECK-IN

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    QUEM ESPERA SEMPRE CANSA (E SE SENTA)

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    APERTEM OS CINTOS…

    A vibração da turma foi grande quando o único portão de acesso começou a levantar lentamente. Até aí não faz muita diferença estar entre os primeiros, já que todo mundo para novamente mais adiante. O público é recepcionado por funcionários dos principais estabelecimentos e serviços da pequena cidade. Após serem passados breves recados sobre as regras gerais, a equipe do parque se perfila para a execução do hino oficial da KidZania, com direito aos dedos médio e indicador formando a letra K na altura do peito. Vencida essa etapa solene, os monitores iniciam uma dança coreografada. Mais um dia de brincadeira está começando.

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    COMEÇA! QUE DEMORA É ESSA? COMEÇA! QUE DEMORA É ESSA?

     

    Como é a KidZania

    Criada no México, a franquia existe também em Santiago, em Londres e Tóquio. Em São Paulo, a KidZania ocupa 8.500 m², divididos em 50 atividades. A cidade cenográfica é formada por uma praça central e por ruas menores que serpenteiam o espaço todo. Uma rápida caminhada resolve a questão de reconhecimento de terreno, embora existam painéis com mapas em alguns pontos.

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    LUZES DA CIDADE

    As atividades são realizadas pelas crianças em áreas, na sua maioria, patrocinadas por marcas que atuam no segmento da profissão simulada ali. Os nomes das empresas estampam fachada e uniformes, mas não são mencionados durantes as brincadeiras.

    O ingresso da KidZania dá à criança um cheque no valor de 50 KidZos, a moeda local. No domingo de nossa visita, antes de ir para o trabalho, a criançada correu rumo ao banco, para descontar o cheque recebido na bilheteria. Joaquim enfrentou sua primeira fila de banco na vida, mas foi expressa. Assim que a entrada foi liberada, após o show dos funcionários, ele saiu correndo em direção ao banco. Acabou sendo o segundo a ser atendido.

    CAIXA LIVRE, PRÓXIMO POR FAVOR!
    CAIXA LIVRE, PRÓXIMO!

    Munida de notinhas de KidZos, a garotada foi experimentar as profissões. Paga-se para realizar algumas atividades, caso da escola de aviação. Todos os trabalhos executados são remunerados com a moeda corrente da cidade. Ao fim da brincadeira, a criança escolhe se deseja depositar o dinheiro no banco e ficar com crédito para uma próxima visita ou se gasta em produtos das lojinhas de dentro do parque.

    MOEDA FORTE
    MOEDA FORTE

    Escadas e elevadores dão acesso ao 2° piso, também composto por atividades e pela Sala dos Pais, com sofás, poltronas e tomadas para recarregar as baterias (dos pais e dos celulares). No dia em que visitamos, a área esteve vazia quase o tempo todo. Ficar lá embaixo é mais animado, além do que a maioria dos pais não parece disposta a perder nenhum detalhe da brincadeira dos filhos.

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    CADÊ O PAPAI?

     

    O que fazer na KidZania

    É possível participar da rotina de um hospital, combater um incêndio, ajudar na produção de chocolate ou fazer o transporte de valores, por exemplo. Cada atividade dura em média 30 minutos, incluindo breve apresentação sobre a profissão, rápido treinamento e a execução da tarefa propriamente dita.

    Sugestão: entre no site da KidZania para ver em quais atrações seu filho deseja brincar. Como as vagas por turma são limitadas, há filas nas profissões mais procuradas (a página oficial do parque mostra as campeãs da preferência). Entenda que isso não é uma regra, mas dá uma noção do que você vai encontrar pela frente.

    Por exemplo, inicialmente o Joaquim não queria bancar o bombeiro (que faz parte da lista das atividades mais populares). Ainda assim, conseguiu vaga logo na primeira turma. Depois sempre houve fila, assim como na frente do hospital, onde a movimentação era grande. De crianças e de adultos, estes últimos andando de um lado para o outro, como se estivessem à espera de notícias de um paciente. A rotina era quebrada quando a ambulância saia com os pequenos médicos e enfermeiros para realizar um atendimento de emergência. Atrás do berro da sirene ia o que batizei de a marcha dos pais, celulares em punho para registrar o momento.

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    VIDA DE BOMBEIRO É FOGO

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    BRAVOS SOLDADOS DO FOGO

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    PLANTÃO MÉDICO

    Para entrar na escola de aviação, nosso filho esperou por dois grupos de 6 crianças antes de ser dublê de copiloto. Isso nos surpreendeu porque a profissão não está entre as 5 mais procuradas pela meninada — o que não parecia ser o caso do domingo em que fomos, quando a fila depois do almoço aumentou.

    Por ser realizada em uma cabine fechada, o simulador de voo é uma das poucas brincadeiras em que só 1 representante da criança pode entrar para fotografar. Mas tem de manter silêncio para não desconcentrar os aprendizes — sim, há uma inversão de papéis usuais no dia a dia.

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    TRIPULAÇÃO, PORTAS EM AUTOMÁTICO

    Papais e mamães também estão vetados de guardar lugar na fila — avisos sonoros são dados várias vezes ao longo do dia chamando atenção para essa regra. Quando muito os responsáveis ajudam a escolher a atividade seguinte. Um pequeno cartaz na frente de cada atração informa quais funções a criança vai desempenhar ali, a idade mínima exigida, a duração da brincadeira e de quanto é o ‘salário’ pago (na área chamada de Economia). Numa folha à parte é anunciada o horário da próxima sessão. E assim, de modo prático, a molecada logo descobre que a vida é feita de escolhas. Liberdade e independência, como diz o lema da cidade escrito no alto da praça da fonte.

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    COM VOCÊS, NOSSA PRÓXIMA ATRAÇÃO

    Joaquim conseguiu participar de 7 atividades diferentes. É lógico que tudo depende se você chega cedo (nós abrimos e fechamos o parque) e da quantidade de gente no dia (filhos de amigos nossos disputaram com uma galera, e só brincaram mal e mal em 3 lugares). E, claro, depende da profissão escolhida, como eu já disse lá em cima.

    Nosso filho trocou ficar fechado no estúdio de música, deixando assim de tocar guitarra e bateria (que ele adora) para circular pela cidade na pele de entregador do correio e de agente de uma espécie de guarda metropolitana. Motivo? Queria participar do agito, empurrar o carrinho do courier, zanzar com seus colegas de trabalho.

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    O CORRE-CORRE, O LUFA-LUFA, O DIA-DIA DA CIDADE

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    TÁ LÁ O CORPO ESTENDIDO NO CHÃO…

    Evidentemente, nosso filho também se envolveu com atividades que tinham a ver com o dia a dia do pais. Primeiro, quis pagar de fotógrafo — tarefa que já ele exerce informalmente nos nossos passeios e em viagens. E lá foi ele: batalhou meia-hora de fila, vestiu colete, recebeu ordens básicas sobre o tinha de ser feito e correu (literalmente) pra rua. Voltou ao estúdio 10 minutos depois. Com a ajuda do instrutor descarregou no computador as imagens que capturou e escolheu a que queria imprimir. Saiu com a foto nas mãos, com a naturalidade de quem faz isso e um pouco mais utilizando câmeras e programas de edição apresentados pela mãe.

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    ENQUADRAMENTO É TUDO NA VIDA

    E também demonstrou naturalidade como locutor, a segunda profissão do papai aqui. Só estranhou que o âncora de rádio tenha de seguir um roteiro — ‘pensei que eu pudesse improvisar’. Pode um troço desses?

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    TOCANDO A NOTÍCIA

    Por fim, novamente apanhou câmera e colete de fotógrafo, agora da pequena redação de jornal vizinha à estação de rádio. Saiu em dupla com o repórter para cobrir o último incêndio do dia no hotel do outro lado da cidade. Voltou para casa com uma foto sua na primeira página e o maior dado de realidade que o domingo na KidZania poderia lhe proporcionar: um salário tão baixo quanto o que profissionais de imprensa recebem nos dias atuais nas redações em geral.

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    CRIANÇAS (À ESQUERDA) EDITANDO REPORTAGEM NO JORNAL

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    COM UM CLIQUE NA CUCA

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    EXTRA! EXTRA!

    Ironia à parte, Joaquim e algumas outras crianças me pareceram satisfeitas só em poder brincar, tal como se estivessem numa gincana ou numa festa de aniversário, dessas cheias de coisas para se fazer. Se teve algo que me preocupou, que me assustou na visita à KidZania, foi a postura de alguns pais ao fim de todas as atividades, já em frente à loja de departamentos.

    Proibidos de entrar para ajudar os filhos na troca do dinheiro fictício por mercadoria verdadeira, alguns homens e mulheres se agitavam do lado de fora. Gesticulavam e falavam alto numa tentativa de mostrar aos filhos onde estava a melhor relação custo-benefício para investirem seus KidZos. Com pais assim não há propaganda no mundo que seja nociva à formação do perfil consumidor de uma criança ou adolescente.

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    GENTE, QUEM É ESSA FIGURA?


    VALE SABER

    Endereço: Avenida Rebouças, 3.970, 2° Subsolo do Shopping Eldorado, São Paulo

    Transporte: A estação Hebraica — linha 9 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) — fica a 500 metros do shopping, que também possui uma das entradas pela Avenida Eusébio Matoso, parada de muitas linhas de ônibus (consulte www.sptrans.com.br para saber qual delas utilizar)

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    ESCOLHA O SEU CAMINHO

    Funcionamento: Dias e horários variam ao longo do ano. Verifique o calendário disponível no site oficial para saber sobre a disponibilidade de datas

    Preço: Assim como ocorre com o funcionamento, os valores de ingresso variam de acordo com a época do ano. Vale, então, olhar o site oficial, já que fora da temporada de férias os preços baixam consideravelmente. Crianças acima de 8 anos não precisam estar acompanhadas de um adulto maior de 18 anos durante a permanência na KidZania, apenas no momento da entrada e saída do parque, quando são colocados e retirados os braceletes de identificação

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    DEVOLUÇÃO DO BRACELETE: FIM DO FAZ DE CONTA

    Alimentação: Entrar com comida ou bebida não é permitido. No térreo, o parque possui uma unidade de uma rede de fast food e uma cafeteria que vende salgados, saladas e doces. Uma pizzaria e uma loja de chocolates funcionam no 2º andar. Há mesas redondas de alumínio perto da hamburgueria e na praça central, onde está o Monumento à Chama Eterna. Os sofás da cafeteria são mais espaçosos e confortáveis — comemos nossos hambúrgueres ali numa boa. Há bebedouros próximos aos banheiros

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    VAMOS COMER?

    Compras: A exemplo das atrações nos parques da Flórida, a saída da KidZania leva a uma loja. Ali a compra é feita em moeda real (com perdão pelo trocadilho). Já na loja de departamento da cidade fictícia compra-se com o dinheiro fictício. Verdade seja dita, os preços por lá não estão para brincadeira. O famoso jogo de compra e venda de ações e imóveis custa 350 Kidzos — para se ter ideia, Joaquim ‘ralou’ em 7 profissões diferentes para juntar 89 Kidzos, dos quais mais da metade (50) foram dados no início do passeio

    Site: www.kidzania.com.br


    Visita feita a convite do Kidzania
  • Santos: o que fazer na cidade perto de São Paulo

    Santos: o que fazer na cidade perto de São Paulo

    O que fazer em Santos? Uma boa ideia na cidade perto de São Paulo é dar um passeio de bonde e visitar os museus sobre café e Pelé. É uma maneira de conhecer um pouco da importância dessa paulista

    A pouco mais de 1 hora de carro do centro de São Paulo, Santos é a maior cidade do litoral paulista e dona também do maior porto da América Latina. O porto segue marcando presença até no turismo: a todo verão, é de lá que partem cruzeiros com saída de São Paulo. Tanta grandiosidade vem dos tempos do ciclo do café, cujo comércio e exportação impulsionaram o crescimento do município. Os sinais desse desenvolvimento são visíveis e visitáveis, especialmente nos passeios pelo centro histórico.

    Da mesma maneira que levou ao mundo o nosso café, Santos fez o planeta conhecer também outro produto-exportação do Brasil: o futebol, na figura de Pelé. Os museus do grão e do craque estão entre os principais passeios a serem feitos pela cidade. De bonde, de preferência.

    1 > ENTENDER A IMPORTÂNCIA DO CAFÉ

    No prédio da antiga Bolsa do Café, aprende-se muito sobre a importância do produto para fortalecimento da economia e da imagem do Brasil no mundo todo. A exposição é dividida em 4 etapas e pode ser visitada com a ajuda de um mediador treinado para explicar de forma clara e didática a rica história do café. Degustação de café gourmet aos sábados e cursos de barista fazem parte do calendário de atividades do museu, que também recebe mostras temporárias. Ah, e não vá embora sem beber uma xícara de expresso na cafeteria premiada pela Associação Brasileira da Indústria de Café.

    VALE SABER

    Endereço: Rua XV de Novembro, 95

    Funcionamento: De terça a sábado, das 9 às 17 horas — no domingo, abre às 10 horas; durante a temporada de verão, tem funcionamento estendido

    Preço: R$ 10 — no sábado, a entrada é grátis

    Alimentação: A Cafeteria do Museu abre de segunda a sábado, das 9 às 18 horas — no domingo, abre às 10 horas

    Site: museudocafe.org.br

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    SALÃO DO PREGÃO – Foto: Victor Hugo Mori/Museu do Café/Divulgação

    2 > DAR UMA VOLTA DE BONDE PELO CENTRO DE SANTOS

    Tome seu assento e entre numa agradável jornada ao passado percorrendo o centro histórico de Santos a bordo do bonde turístico da cidade. O passeio de 5 quilômetros dá direito a descer e embarcar novamente em alguns dos 40 pontos de interesse cultural cortado pelos trilhos. É uma oportunidade viva para mostrar às crianças como era a vida antigamente.

    Para os que acham que a verdadeira nostalgia só pode ser acompanhada por uma boa dose de melancolia, que tal rever seu conceito e beber um expresso a bordo do moderno Bonde Café? Nascido de uma parceria entre o Museu do Café e a prefeitura, o veículo temático circula pelo mesmo trajeto histórico da cidade. Ele leva 24 passageiros, que desfrutam de um vagão com ar condicionado, frigobar e com direito a degustação de café gourmet durante o passeio.

    VALE SABER

    Funcionamento: De terça a domingo, das 10h30 às 16h30, com saídas a cada 1 hora a partir da estação do Valongo — Bonde do Café tem saídas às quintas e sextas, às 10h30, 11h30 e 12h30

    Preço: O ingresso custa R$ 6,50 — crianças menores de 5 anos no colo, grátis; pessoas acima de 60 anos, R$ 3,25. A passagem pode ser adquirida na bilheteria do Museu Pelé

    Site: página da Secretaria de Turismo de Santos

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    BONDE CAFÉ – Foto: Museu do Café/Divulgação

    3 > CONHECER A HISTÓRIA DO REI PELÉ

    Um casarão do Centro Histórico de Santos guarda cerca de 2.300 objetos do acervo pessoal do maior jogador de futebol de todos os tempos. Eles estão expostos em esquema de rodízio. Entre os itens, a caixa de engraxate que Pelé usava quando menino, camisas dos clubes em que jogou, fotos, vídeos e gravações que ajudam a contar a trajetória do Atleta do Século. Verdadeira imersão destinada a adultos e crianças, fanáticos por futebol ou não.

    Para conhecer mais não só sobre Pelé como também a respeito do futebol brasileiro, visite na cidade de São Paulo o Museu do Futebol. Ele fica no Estádio do Pacaembu, na zona oeste da capital. Quem dá as boas-vindas por lá é justamente o Rei do Futebol, também retratado em imagens e lances ao longo da exposição permanente. É um passeio que fizemos várias vezes e recomendamos.

    VALE SABER

    Funcionamento: De terça a domingo, das 10 às 18 horas (bilheteria até as 17 horas)

    Preço: A entrada custa R$ 10 — pessoas acima de 60 anos, portadores de necessidades especiais, R$ 5; crianças até 10 anos e alunos da rede pública de ensino, grátis

    Site: página da Secretaria de Turismo de Santos

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    PELÉ, O GOLEIRO – Foto: Fernando Victorino @ComoViaja

    4 > VISITAR O MEMORIAL DAS CONQUISTAS DO SANTOS

    Meninos podem gostar de ir ao Memorial das Conquistas, do Santos. Entretanto, se os pais não forem santistas, talvez não seja indicado levar o garoto ao campo do rival, ainda mais se tratando de gente do naipe de Pelé e Neymar, os únicos craques que têm espaço próprio dentro do museu, inaugurado no lendário Estádio da Vila Belmiro, também uma das etapas da visita.

    VALE SABER

    Funcionamento: De dezembro a fevereiro, o museu abre todos os dias, das 9 às 19 horas (nos demais meses do ano, só de terça a domingo e feriados, no mesmo horário — em dias de jogos do Santos o funcionamento está sujeito à alteração)

    Preço: Visita monitorada (museu, camarotes térreos, sala de imprensa, vestiários e laterais do campo), R$ 15 — crianças de 7 a 17 anos; pessoas acima de 60 anos, sócios, R$ 7,50); visita simples (museu), R$ 8 — crianças de 7 a 17 anos; pessoas acima de 60 anos, sócios, R$ 4

  • Museu do Futebol (SP): o que tem, horário, preço e estacionamento

    Museu do Futebol (SP): o que tem, horário, preço e estacionamento

    ATUALIZADO EM 1º DE MARÇO DE 2019

    “Joca, que time é aquele do lado do Palmeiras”, perguntou para meu filho o amigo dele, Lucas, fanático por futebol. Joaquim ficou pensativo. Na direção para onde o colega apontava havia fotos, flâmulas, pratos e escudos de clubes, como o Coritiba sobre o qual Lucas perguntava. Estávamos Nathalia, as duas crianças e eu na entrada do Museu do Futebol, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo. Indicamos esse passeio até para quem não é louco pelo esporte. Para ver com calma o que tem no museu, sugiro reservar umas 2 horas de visita. Se estiver com criança, esse tempo deve aumentar.

    Como é o Museu do Futebol

    Espalhado por três andares, esse museu de São Paulo possui 16 salas. Desde a sua inauguração, a exposição permanente é super bem montada, com espaços que cativam porque são didáticos, vão além do jogo, do campo e bola, como se diz. Portanto, não espere por um museu de taças ou antiguidades raras. É um aula de história, que mostra como o jogo de bola moldou a identidade do povo brasileiro.

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    O que fazer no museu no Estádio do Pacaembu

    É para ver, ouvir e sentir o futebol. E se deixar levar pelas experiências propostas por esse que é um dos mais interessantes museus de São Paulo. A seguir, um resumo de cada espaço, com um relato pessoal de nossas diversas visitas em anos diferentes ao museu no Estádio do Pacaembu.

    Grande área

    No térreo, o hall de entrada tem paredes forradas de peças que materializam a estreita ligação que o Brasil mantém com o futebol. O olhar fica meio perdido em meio a reproduções de tantas faixas, distintivos, jornais e fotografias. Os já iniciados no assunto arriscam dizer quem são os personagens e quais times estão ali representados naquele espaço de pé direito muito alto (saiba que estamos debaixo das arquibancadas do Pacaembu). Foi nesse espaço que o Lucas quis saber do Joaquim se ele identificava o distintivo do Coritiba, por exemplo.

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    Entrada do museu tem as paredes forradas com a paixão nacional

    Eu já estive nessa sala ao lado do meu amigo Paulo Vinícius Coelho, jornalista esportivo. A sensação foi a mesma de quando a gente assiste à transmissão do Oscar com os comentários do Rubens Ewald Filho, principalmente quando aparece aquela sucessão de imagens de filmes antigos e o Rubens metralha o telespectador com o nome do ator/atriz e ainda o título do filme. No caso, PVC desandou a detalhar cada objeto exposto, com impressionante riqueza de detalhes.

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    Crianças adoram o Museu do Futebol

    Saudação do Pelé

    A escada rolante que dá acesso às demais salas deixa os visitantes cara a cara com o Rei do Futebol. Foi minha vez de perguntar a Joaquim quem era aquele sujeito que nos dava boas-vindas. “Esse eu sei. Pelé!, cravou meu filho, com a mesma certeza de tantas outras pessoas que, assim como ele, conhece o gênio do futebol cuja carreira terminou em 1977, mas que até hoje é reconhecido e idolatrado por onde é visto.

    Pé na bola

    Com cinco telas divididas, essa é uma sala de iniciação. Vê-se os pés de uma criança conduzindo uma bola. Um convite à exposição que está começando. Sejamos livres e soltos como o jogo do menino.


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    Anjos Barrocos

    Rivellino, Romário, Zico e outros craques do futebol brasileiro fazem companhia a Pelé na sala dos Anjos Barrocos. Telas suspensas refletem projeções de instantes de inspiração e talento: uma finta, um chute, uma comemoração. O tom azulado empresta solenidade e devoção ao ambiente. Marta — eleita por 6 vezes a melhor jogadora do mundo — e Formiga representam o melhor do nosso futebol feminino.

    Eu tentei explicar para os dois meninos que me acompanhavam quem eram aqueles jogadores que pairavam no ar, num exercício descritivo comparável àquele que narradores de rádio tem até hoje na hora de contar a história de um jogo. Futebol também é imaginação.

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    Diante de craques do futebol

    Sala das rádios

    Oportunidade para o visitante escutar gols históricos na voz de grandes locutores esportivos do Brasil. Sobre um painel que imita o dial do rádio, você posiciona o seletor entre os anos de 1934 e 2006 para ouvir a narração. É uma sala para quem, assim como eu, curte o veículo que primeiro transmitiu aos brasileiros a paixão pelo futebol. Toda vez em que visito o museu no Pacaembu, gosto de dar uma paradinha em uma das nove cabines. A tela mostra expressões utilizadas pelos locutores de cada narração. Um festival de criatividade para descrever o momento mais mágico de um jogo de futebol. Joaquim curtiu a frase ‘pimba na gorduchinha’, do mestre Osmar Santos.

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    Narrações na memória

    Gols históricos

    Sala que fecha o primeiro pavimento da exposição. Um time de jornalistas relembra gols e jogadas históricas que marcaram a vida deles. Depoimentos especialmente gravados pelo Museu do Futebol com uma velha-guarda de respeito da crônica esportiva, gente que ‘vem de longe’, como José Trajano, Juca Kfouri e Armando Nogueira (acha pouco ou quer mais?). Galvão Bueno conta como surgiu o famoso grito de ‘É tetra, é tetra’.

    Exaltação da torcida

    É na aspereza da arquibancada, ou melhor, debaixo das suas estruturas de sustentação que o passeio pelo segundo pavimento do Museu do Futebol no Pacaembu tem início. A Sala Exaltação apresenta gritos e cânticos de cerca de 30 torcidas de clubes brasileiros. É ensurdecedor. Primitivo e belo. Quim e Lucas ficaram estáticos. Tentaram entender o que era dito ao mesmo tempo em que quiseram adivinhar de quais clubes eram aquelas torcidas (por 10 ou 12 vezes arriscaram dizer São Paulo, por motivações claras). A instalação transformou-se na preferida de Nathalia ao lado da Sala das Origens.

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    Gritos da arquibancada

    Origem do futebol

    Retratos em branco e preto mostram os primórdios do nosso futebol. Onde e quando tudo começou. De Charles Miller que trouxe as primeiras bolas para cá, passando pelo surgimento do primeiro craque do futebol brasileiro, Arthur Friedenreich, pela criação dos clubes até a tardia aceitação de atletas negros nas equipes, gesto fundamental para a construção de um estilo de jogo brasileiro.

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    Fotos de época

    Ao todo, são 430 imagens de ‘um Brasil de soneto, do Brasil do fraque e do espartilho’, como escreveu Nelson Rodrigues, craque das crônicas de futebol. Curioso foi ver a reação dos meninos ao descobrirem que os jogadores dos anos 1920 usavam uniformes nada convencionais, que incluíam grossas camisas de mangas compridas, calções até a altura da canela e… cinto! Às mulheres, as primeiras que se arriscaram nesse campo desde sempre dominado pelos homens, o fardamento era igualmente pesado.

    Às vezes carrego comigo a grande encadernação que contém as legendas das fotos e encontra-se disponível na entrada da sala. Fico admirado quando reconheço um local do Rio de Janeiro dos anos 30 ou 40, por exemplo — considero um bom exercício para notarmos a transformação da paisagem urbana e dos costumes brasileiros. Já o Lucas e o Joaquim fingiam usar o caderno como um mapa do tesouro, vendo o número no guia e buscando a foto correspondente nas paredes.

    Heróis do Brasil

    As salas que se seguem preparam o visitante-torcedor para os nossos melhores momentos. O espaço intitulado Heróis trata do Brasil que se orgulha da criatividade resultante de sua mestiçagem. Brasil de Drummond, de Ary Barroso, de Heitor Villa-Lobos, de Domingos da Guia e de Leônidas da Silva, o inventor da bicicleta. E não é que os meninos reconheceram Portinari e Tarsila, bem familiar para eles porque foram apresentados aos principais nomes da pintura brasileira graças à professora de artes da escola?

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    Momento para aprender e refletir

    Rito de passagem

    A mescla de tons e ideias contribuiu também para a evolução do nosso futebol. Assim como as derrotas. Rito de Passagem nos coloca diante do que já foi o maior trauma do torcedor brasileiro: a perda da Copa para o Uruguai, em 1950. Na voz do cantor e compositor Arnaldo Antunes, a descrição daquele 13 de julho, tarde em que som do silêncio pairou sobre um país inteiro, prepara o visitante para o que ele verá a seguir: as vitórias que chutariam pra longe o complexo de vira-latas do brasileiro.

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    A Copa perdida para o Uruguai

    Copas do Mundo

    Em totens ornados com pequenos monitores, cada edição de Copa do Mundo está relacionada a fatos históricos e ao contexto em que o respectivo Mundial foi disputado: como estava o cenário sócio-econômico aqui e lá fora, qual a mais nova descoberta da ciência, quem ditava a moda ou estourava nas paradas de sucesso.

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    Sala sobre Mundiais

    Se eu pudesse escolher uma música para tocar nessa sala, deixaria rolar em looping o Frevo do Bi, de Silvério Pessoa. De preferência com Tom Zé ao violão e cantando: ‘Você vai ver como é Didi, Garrincha e Pelé dando seu baile de bola \ Quando eles pegam no couro \ Nosso escrete de ouro \ Mostra como é nossa escola…’

    No campo musical, prefiro ‘a ode-frevística’ aos campeões do mundo de 1958 e 1962 do que o ufanismo de Miguel Gustavo e seu Pra Frente Brasil, de 1970, canção que embalou a campanha do tricampeonato, para alegria geral da nação e, principalmente, dos militares. Futebol e política andam de braços tão dados quanto a seleção brasileira de 1994, campeã nos Estados Unidos fazendo da corrente humana na entrada ao gramado, um dos símbolos da conquista do tetra.

    A Sala das Copas é a minha preferida. Quase sempre nos separamos nesse espaço. Nathalia, igualmente ávida e curiosa por História, se delicia ao redor das colunas formadas por monitores. Na tarde em que estávamos acompanhados do Quim e do amigo, ainda não havia o totem representando a Copa de 2014. Em janeiro de 2017, nossa passagem mais recente por lá, já era o Mundial que mais concentrava visitantes. Impressionante ver como muita gente se postava diante da tela que exibe a fatídica goleada de 7 a 1 que a Alemanha impôs ao Brasil. Espero que seja menos por masoquismo e mais pelo fato de ser uma das novidades do museu.

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    Destaques de todas as Copas

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    O vexame do 7 x 1 na Copa do Brasil

    Pelé e Garrincha

    Duas estruturas circulares apresentam o melhor de Pelé e Garrincha. Juntos, eles nunca perderam um jogo com a camisa da seleção brasileira. Andar ao redor das imagens, olhar fixamente para os dribles e gols deixa qualquer um tonto, como costumavam ficar os zagueiros que tentaram parar essa dupla genial.

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    Lances memoráveis do esporte


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    Números e curiosidades

    Depois de atravessar a passarela, chegamos à sala mais alegórica e colorida de todo o Museu do Futebol de São Paulo. Primeiro, grandes placas fornecem o chamado conhecimento de almanaque: o jogo com maior número de expulsões, a maior goleada, o maior público pagante em um estádio brasileiro e por aí vai. Na sequência, painéis explicam regras, mostram fundamentos como o chute e brindam os visitantes com frases antológicas produzidas pelo mundo do futebol. Quase no fim da sala, há mesas de pebolim (totó em outras regiões do país) para adultos e crianças jogarem.

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    Fatos curiosos

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    Um clássico: ‘treino é treino, jogo é jogo’

    Visita à arquibancada

    Oportunidade para tirar selfies tendo ao fundo o lendário Estádio do Pacaembu. As fotos em dias de céu azul são imbatíveis porque o estádio foi erguido em um vale, de modo que as arquibancadas são emolduradas pelos prédios da região.

    Dica: depois de ver o que tem no Museu do Futebol, tire mais fotos dentro do estádio. A pista ao redor do gramado é aberta para sócios do complexo de esportes que funciona no Pacaembu. Já os visitantes do museu podem entrar no setor mais perto do campo. O acesso é pela lateral do portão principal, de frente para a Praça Charles Miller.

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    Ótimo passeio em família

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    Conhecendo o Pacaembu

    Dança do futebol

    Em estruturas metálicas que lembram uma bola de futebol estilizada, são exibidas três crônicas: Dribles, Defesas e Gols; Canal 100 — o famoso cinejornal exibido antes dos longas-metragens e que imortalizou grandes momentos do futebol brasileiro — e Futebol Feminino, que trata das pioneiras do esporte que consagrou Marta como a melhor jogadora do mundo por cinco vezes.

    Na nossa visita de 2015, o Museu do Futebol mantinha a exposição temporária chamada Visibilidade para o Futebol Feminino. Fotos e fatos relacionados à presença das mulheres no futebol eram identificados com uma medalha. Na época, as estruturas da sala Dança do Futebol só mostravam lances de nossas meninas em ação. Lembro-me que quase ninguém parava para assistir. No início de 2017, flagrei apenas uma garotinha, quase que por descuido, circulando por ali.

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    Futebol feminino no Brasil

    Jogo de corpo

    O playground dos pequenos e dos grandes. Há painéis com a ficha completa de alguns clubes brasileiros, além de dois campos de futebol virtual — Joaquim acha super maneiro e sempre escala alguém para ser parceiro dele na peleja: sobrou até para a avó numa das visitas.

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    Bate-bola virtual com a avó

    E tem ainda o Chute a Gol, desafio que avalia a velocidade do seu chute. Entre na fila e capriche na pontaria. Uma câmera registra o lance e a imagem pode ser visualizada no site do Museu do Futebol. Guarde seu ingresso para poder acessar a foto.

    Dica: se quiser testar a potência de seu chute, encha o pé; se estiver mais a fim de fazer o gol, siga a máxima dos grande craques: ‘não é força, é jeito’. Meu recorde mais recente foi uma pancada a 99 quilômetros por hora, de canhota, inapelável para o goleiro.

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    É goool, gol do Joaquim!

    Homenagem ao Pacaembu

    A visita termina com imagens da construção do estádio, as plantas do projeto original e fotos em preto e branco tiradas por mestres como Jean Manzon e Thomas Farkas. Eu adoro assistir ao cinejornal da época, que conta sobre o andamento das obras do estádio. Acho divertido ouvir o locutor falar com aqueles ‘erres’ e ‘eles’ pronunciados com vigor impressionante.

    VALE SABER

    Endereço: Praça Charles Miller, s/n, Pacaembu, São Paulo

    Estacionamento: Se for de carro, há vagas de Zona Azul por toda a praça. Desde o fim de 2016, não há mais a venda de cartão de papel. Ou você baixa o aplicativo disponível tanto para Android quanto iOS ou pare na banca da entrada da praça, que é revendedor oficial. Como se trata de uma Zona Azul especial, é possível estacionar o carro por um período de 3 horas pagando o mesmo preço das vagas em áreas convencionais da cidade, R$ 5. Flanelinhas vão te abordar na entrada da praça oferecendo uma vaga por valores indecorosos. Agradeça, siga em frente e pare você mesmo onde quiser.

    Transporte: A estação de metrô mais próxima é a Clínicas (linha verde). O site do Museu do Futebol indica os passos para chegar de transporte público. Ande até a parada Avenida Doutor Arnaldo, 500, e tome uma das opções de ônibus: 177C-10 (Jardim Brasil), 917M-10 (Morro Grande) ou 6232-10 (Metrô Barra Funda). Desça na Avenida Pacaembu, 1721. Na volta, ande até o ponto que fica na Avenida Pacaembu, 22. Tome as linhas 177C-10 (Vila Madalena), 917M (Ana Rosa) ou 6232-10 (Vila Ida)

    Quem vem pela linha vermelha deve descer na estação Palmeiras/Barra Funda. De lá, caminhe até a parada de ônibus que fica dentro da própria estação. Tome a linha 6232-10 (Vila Ida). Desça na Avenida Pacaembu, 1721. Na volta, caminhe até a Avenida Pacaembu, 22, e utilize a linha 6232-10 (Barra Funda).

    Horário: De terça a domingo, das 9 às 17 horas (a visitação vai até 18 horas). Em dias de jogos no Estádio do Pacaembu, o Museu do Futebol tem horário de funcionamento especial (consulte no site da instituição). O museu fecha em 1º de janeiro, Quarta-Feira de Cinzas e 24, 25 e 31 de dezembro

    Ingresso: O ingresso custa R$ 15 — estudantes com carteirinha, pessoas acima de 60 anos, R$ 7,50; crianças até 6 anos, portadores de necessidades especiais com 1 acompanhante e professores da rede pública de ensino, grátis. Às terças, a entrada é grátis para todos os visitantes

    Alimentação: O Flor Café é uma opção para refeições e lanches. Terças, das 10 às 22h30 (futebol de botão a partir das 19 horas); de quarta a sexta, das 10 às 19 horas (fecha 1 hora mais cedo aos sábados, domingos e feriados). Se a intenção for só enganar o estômago com alguma coisinha, dá para comer um pastel na feira livre que funciona na entrada da Praça Charles Miller —às terças, quintas, sextas e aos sábados. Nathalia já escreveu a respeito desse programa tipicamente paulistano

    Compras: A loja que fica na saída do museu vende camisas dos principais clubes brasileiros e do mundo, além de bolas e equipamentos esportivos. Abre de terça a domingo, das 9 às 18 horas

    Dicas: Há visitas mediadas ao museu (combinadas ou não com um tour pelo estádio). Grupos de até 40 pessoas são guiados por educadores, que falam da importância do futebol como patrimônio cultural. Existem também atividades voltadas exclusivamente para crianças, como o espaço Dente de Leite e o programa Férias no Museu, com oficinas, brincadeiras e passatempos sob a supervisão de monitores. Da última vez, Joaquim desafiou a mãe a atravessar uma cama de gato e ainda tirou foto com Mônica e Cebolinha — a Turma da Mônica era a temática da vez. Não deixe de ver também exposições temporárias. Elas são sempre uma boa desculpa para retornar ao Museu do Futebol

    Site: museudofutebol.org.br

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  • Planetário do Ibirapuera (SP): ingresso, programação e horários

    Planetário do Ibirapuera (SP): ingresso, programação e horários

    Disposta no mural da escola montessoriana, a sequência de planetas em relação ao sol sempre me fascinou. Depois, já num colégio tradicional, fui levada em excursão ao Planetário do Rio. Ver o teto se transformar no espaço fez brilhar meus olhos. Esse passeio sempre esteve nas minhas melhores lembranças de infância. Foi com esse espírito que resolvi levar ao ao planetário do Ibirapuera nosso filho, Joaquim, na época com 7 anos. Neste texto, você fica sabendo como foi esse passeio, o valor do ingresso do planetário do Ibirapuera, a programação e os horários das sessões.

    Reaberto em 2016, após reforma, o lugar prometia uma tarde divertida em família naquele janeiro de 2017. E foi mesmo. A atração fica dentro do Parque Ibirapuera, um símbolo da capital paulista que possibilita um programa juntando natureza, museu e planetário. É uma ótima pedida para um passeio com ou sem criança, aliás. As sessões, em geral, são recomendadas apenas a partir dos 5 anos; no caso da observação noturna, acima dos 8 anos.

    Como é o planetário em São Paulo

    Do lado de fora, a cúpula de 9 metros de altura por 18 metros de diâmetro se destaca entre as árvores do Ibirapuera. Em meio à multidão que caçava Pokémons, na moda na época, o planetário mais parecia um disco voador. Levamos um susto com o tanto de gente que estava perto da entrada.

    Planetário Prof. Aristóteles Orsini, dentro do Parque Ibirapuera
    Muita gente, mas conseguimos ingressos do planetário do Ibirapuera

    Inaugurado em 1957, o Planetário Prof. Aristóteles Orsini completou 60 anos em 26 de janeiro de 2017. Primeiro do Brasil e tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), foi interditado em 1999 por problemas estruturais.

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    Totalmente renovado, ostenta um projetor Starmaster ZMP, fabricado pela alemã Carl Zeiss, renomada empresa de lentes, também usadas em máquinas fotográficas. As fileiras de cadeiras – reclináveis, mais ou menos, conforme a distância em relação ao projetor – desenham um círculo em torno dele.

    Os 42 conjuntos de lentes mostram, por meio de 9.000 fibras óticas, a Via Láctea, nebulosas, constelações, galáxias, o sistema solar, fases da lua e eclipses, de acordo com o tema explorado na apresentação.

    O que fazer na atração no Parque Ibirapuera

    As sessões do planetário ocorrem aos domingos. Em todas, friorentos devem levar casaco porque a sala tem ar condicionado.

    O dia começa com O Show da Luna, recomendado para crianças acima de 5 anos. Com 40 minutos, tem 2 exibições, às 11 e 13 horas. Depois, vêm Planetas do Universo às 15 horas e Olhar o Céu de São Paulo Outra Vez às 17 horas.

    A primeira, com duração de 50 minutos, dá um panorama do universo, onde existem cerca de 5.000 planetas. Fala também da importância de cada um de nós no universo e da preservação da Terra. Na última sessão do dia, mostra o céu da capital, algo cada vez mais difícil de se apreciar a olho nu por causa da poluição e do crescimento da metrópole. Dura 40 minutos.

    Selfie no clima tudo azul do céu

    Na época em que visitamos, demos sorte de pegar a última sessão do dia, quando havia apresentação ao vivo. Eram sessões comandadas por um professor formado em astronomia ou ciências correlatas, como a física. Assim, enquanto explicava ao microfone o que se via projetado na cúpula, o especialista abordava um tema sobre o qual tinha maior conhecimento.

    | Veja ingressos e tours em São Paulo |

    Na chegada ou na saída, passe pelo relógio de sol ao lado do planetário. E siga a mensagem escrita nele em latim e em português: carpe diem, aproveite o dia.

    Relógio de sol no Ibirapuera, do lado de fora do planetário
    Relógio de sol do Ibirapuera: carpe diem

    Quanto custa o ingresso do Planetário do Ibirapuera

    Sob gestão da Urbia desde o 2º semestre de 2020, o Parque Ibirapuera tem entrada gratuita e funciona diariamente das 5 horas à meia-noite. O ingresso do planetário, no entanto, passou a ser cobrado – quando estivemos lá, no começo de 2017, não se pagava para assistir às sessões.

    A entrada do Aristóteles Orsini custa R$ 30 a sessão; crianças e adolescentes de até 15 anos, estudantes, professores, idosos e pessoas com deficiência pagam meia. Os ingressos (todos com o mesmo valor) se dividem em 5 setores, identificados por cores: azul, roxo, verde, laranja e vermelho.

    VALE SABER

    Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº, Parque Ibirapuera, São Paulo

    Transporte: Se for de Uber, táxi ou ônibus (veja rotas em sptrans.com.br/itinerarios), o portão mais próximo do planetário é o 10. Quem vai de carro pode estacionar com Zona Azul no portão 3

    Horário: Há sessões aos domingos. Em fevereiro de 2023, tem Planetas do Universo às 15 horas e Olhar o Céu de São Paulo Outra Vez às 17 horas. As sessões infantis O Show da Luna são realizadas às 11 e às 13 horas

    Site: Página com venda de ingresso do Planetário do Ibirapuera

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