“Por favor, a senhora não está aqui para carregar peso”, alertou o funcionário, tomando das mãos de Nathalia a mala e nos conduzindo ao quarto. Bem-vindo ao hotel Nannai: Porto de Galinhas, destino popular em Pernambuco, está a apenas 9 km do resort que une luxo e privacidade
Há os que viajam dispostos a conhecer uma das praias mais visitadas do Brasil. E existe quem só tenha o resort como destino. Nath e eu fizemos parte do 2º grupo durante duas noites, para conhecer o programa VP Premium, lançado pela operadora ViagensPromo, com voo em avião só com classe executiva.
O resort à noite, sob as estrelas
Anos atrás, nós cumprimos o circuito básico de atrações locais no destino no Nordeste. Por isso, você encontra também aqui no Como Viaja um guia gratuito e uma lista com sugestões de onde ficar em Porto de Galinhas, todas bem avaliadas por viajantes. Acredite, são viagens totalmente diferentes.
Doce balanço a caminho do mar
Como é o resort em Muro Alto
Namoro antigo da Nathalia (mais até do que o nosso), o hotel Nannai, em Porto de Galinhas, estava no radar dela para uma viagem a dois. Ele aceita crianças, tem área kids e monitoria. Contudo, é um hotel para casal. Essa vocação vem do charme dos bangalôs com piscina privativa, de frente para o mar. Eram uma inovação e poucos, quando o resort abriu as portas em 2001.
Crianças em área reservada, no Nannai Muro Alto
Atualmente, o hotel Nannai tem 95 acomodações, entre apartamentos, bangalôs e suítes. Dormimos 2 noites num bangalô jardim da ala Mero, com piscina própria. Pois é daquelas acomodações que fazem a gente não querer sair dela.
Madeira e cama king no bangalô
Porém, antes que alguém seja malicioso, esclareço as virtudes do bangalô do Nannai Muro Alto. Para começar, não tinha nada de datado na decoração nem sinais de desgaste comum em muita acomodação do litoral. O quarto era espaçoso (64m²), tinha banheira de imersão, ducha na pressão certa, varanda boa de esticar o corpo ao sol e um punhado de degraus que nos separavam de um mergulho.
Banheiro: a beleza está na simplicidade
Se a ordem é não carregar peso, como dito na abertura, então relaxe e aproveite as delícias do hotel Nannai. Elas estão na forma de gazebos diante do mar, de espreguiçadeiras serpenteando as piscinas e de caminhos ajardinados feitos para você flanar sem pressa.
A perspectiva é de descanso no resort
A trilha sonora ambiente é tocada com discrição e em equilíbrio com os sons do mar ao fundo. Mas há áreas comuns livres de música, para quem prefere o silêncio.
O que fazer no hotel em Porto de Galinhas
Em frente ao Nannai, a praia de Muro Alto é resguardada por recife de corais. Vira uma enseada. Por isso, caiaque e stand up paddle são praticados pelos hóspedes. Com crianças, a ausência de ondas é garantia de brincar no raso.
A praia quase particular
Uma escada dá acesso à praia. No entanto, não é particular (tem gente que vem da vizinha Praia do Cupe). Também não estranhe os vendedores ambulantes oferecendo de chaveiro a chapéu.
Um mar que vira piscina
O lado resort do hotel Nannai está nas enxutas atividades de lazer, como beach tennis e academia. Essa última fica perto do Spa by L’Occitane. Nath e eu fizemos uma sessão de 30 minutos de massagem (dormi, para variar) antes de nos transferirmos para a piscina, com jato para as solas dos pés.
Como sempre, eu prestes a dormir na massagem
E aproveite o que a cozinha proporciona. As diárias do hotel Nannai, em Porto de Galinhas, incluem meia pensão. No café, há sabores regionais, da tapioca ao bolo de rolo. Comi outro patrimônio de Pernambuco, o bolo Souza Leão. Uma vez no estado, não perca chance de provar o que é legítimo.
Uma fração do café da manhã do Nannai Muro Alto
Descrevi uma fração do café da manhã. Porque a variedade impressiona, seja de frutas, frios, pães, bebidas. Reparei num certo fascínio do povo pela torrada francesa, solicitada no balcão de onde também saíam ovos de toda forma (fritos, mexidos ou omelete).
Felicidade maior só de quem está do lado de cá
O restaurante principal serve o jantar incluído na diária. Se for comer peixes, frutos do mar ou carne, não vai se arrepender. O mesmo vale para a estação japonesa, que atraiu a Nath.
Como é o chá da tarde do Nannai
Um clássico no hotel Nannai é o chá tarde, com canapés e docinhos deixados em cada mesa montada no jardim. Alguns itens do café, aliás, reaparecem nesta refeição das 17 horas. Tapioca e queijo coalho grelhado também voltam a ser servidos.
O jardim convertido em salão de chá ao ar livreBebidas frescas em alternativa ao chá
O bolo pé-de-moleque que experimentei pela manhã estava numa mesa central. Contudo, o capricho em deixá-lo bem cortado e sem migalhas (a foto foi feita depois) me fez pensar ser um novo. Portanto, ponto para a apresentação e não-desperdício.
Bolos sortidos no chá da tarde
O que comer no restaurante TiaTê
Contudo, nada foi mais sedutor do que o TiaTê. O restaurante aberto em novembro de 2022 é uma homenagem às receitas da matriarca dos proprietários do hotel Nannai, Tereza de Jesus Meira Lins.
É uma cozinha tradicional que valoriza os ingredientes regionais e em harmonia com técnicas e sabores contemporâneos. Descrito assim, parece um punhado de palavras sem sal, né?
Mas o que pensar do arancini de moqueca com aioli de pimenta biquinho, das três versões de crocantes de tapioca (steak tartar do sertão, o mais gostoso), da moqueca capixaba (by chef Juarez Campos) e do quebra-queixo com sorvete de graviola? A versão do beijo caboclo do TiaTê é um troço daqueles…
Arancini de moqueca
Com igual profusão com que pratos saem da cozinha do resort, do balcão vizinho partem rumo ao salão drinques e coquetéis da carta assinada por Alex Mesquita. Nossas escolhas foram Shingo Japan (saquê, licor Cointreau, xarope de gengibre, suco de limão siciliano e bitter aromático) e Tupi Caju (gin Tanqueray, xarope de caju, suco de limão siciliano e vermute dry).
Crie a própria legenda para esta maravilha
O almoço no TiaTê foi nossa última experiência no hotel Nannai, em Porto de Galinhas, antes da volta a São Paulo. Mas deixei o hotel Nannai com uma dúvida: a regra de não carregar peso incluía o resultado de tudo o que saboreamos durante os dias em que estivemos lá?
O que fazer em Tiradentes depende do estilo de viagem que você procura. A cidade é boa para quem se interessa por aspectos da história colonial, pratica turismo de natureza ou gosta de culinária regional. Dependendo de onde ficar em Tiradentes, você estará dentro da própria história, já que muitas pousadas e hotéis ocupam construções barrocas.
Ligada ao Ciclo do Ouro, ocorrido no Brasil até meados do século 18, Tiradentes mantém um agitado calendário ao longo do ano, mas também é uma ótima opção entre os destinos de inverno no Brasil. Em agosto, ocorre por lá o Festival de Gastronomia de Tiradentes, com cerca de 200 atrações e participação dos principais restaurantes da cidade – veja uma lista de onde comer em Tiradentes, para visitar em qualquer época.
Pousadas: no centro da história do Brasil Colônia
Confira o que fazer em Tiradentes (MG), começando pelo passeio que consideramos um clássico que une 2 cidades históricas vizinhas.
Maria-fumaça de Tiradentes
É quase um sacrilégio não fazer o passeio de maria-fumaça de Tiradentes. O trem percorre 12 km até São João del Rei, onde fica um museu ferroviário.
Passeio de charrete
É possível visitar os principais pontos turísticos de Tiradentes de uma maneita pitoresca: o passeio de charrete. Para até 4 pessoas, o tour faz sucesso com a criançada.
Largo das Forras, ponto de partida das charretes
Artesanato mineiro
Tiradentes e Bichinho – distrito vizinho à cidade, mas já parte do município de Prados – são ótimos destinos para garimpar móveis rústicos e artesanato. Ainda que você não pense em comprar nada, dê uma volta porque existem itens dos mais variados preços e estilos. Passear pelas lojas também é cultura, pois você conhece o artesanato local.
Igreja Nossa Senhora do Rosário
A igreja mais antiga de Tiradentes data de 1708 e era frequentada exclusivamente por negros escravizados. No interior dela estão símbolos católicos e de religiões de matriz africana, como a imagem de Santo Elesbão, o rei negro da Etiópia, celebrado em 27 de outubro.
Matriz de Santo Antônio
As linhas amarelas da Matriz de Santo Antônio se sobressaem na paisagem, no alto do vale (é a mais fotogênica de Tiradentes). Quase 500 kg de ouro foram usados na pintura e no folheado da igreja, erguida no século 18 e frequentada por donos de terra e de escravos. Destaques para o relógio de sol externo.
As linhas inconfundíveis da Igreja Matriz – Foto: Divulgação
Museu Casa Padre Toledo
A visita educativa explora aspectos arquitetônicos e históricos da residência, onde se passaram eventos importantes da Inconfidência Mineira.
Instituto Mário Mendonça
Inaugurado em 2011, no Largo das Mercês, o espaço abriga 1.000 obras contemporâneas, com destaque para as pinturas de Mário Mendonça, um dos expoentes da arte sacra brasileira.
Peça do Museu de Sant’Ana: mãe e filha santas
Museu de Sant’Ana
Na antiga cadeia de Tiradentes, este museu reúne quase 300 imagens da mãe de Maria, em sua maioria com a filha. Bem exposto, o acervo é muito interessante, já que inclui obras dos séculos 17 e 18 produzidas por artesãos de várias partes do Brasil.
Museu da Liturgia
Único do gênero dedicado ao tema na América Latina, o Museu da Liturgia abriga 420 itens datados do século 18 ao 20. Embora tenha impressionante valor histórico, parte deles é utilizada ainda hoje em celebrações na Igreja Matriz de Santo Antônio.
Chafariz de São José
Erguido em 1749, o chafariz lembra as fachadas das igrejas barrocas de Tiradentes e guarda uma imagem de São José calçando botas, como as usadas pelos bandeirantes. Servia de fonte para a população, tanto como bebedouro de animais quanto como tanque para as lavadeiras, pois possui 3 pontos de água.
O Chafariz de São José lembra a fachada de uma igreja
Teatro Casa de Boneco
Há 30 anos, a Companhia de Inventos realiza apresentações neste pequeno teatro da Rua Direita. O espetáculo Marionetes a Fio é um dos que se pode assistir. Além disso, é possível adquirir algumas das esculturas animadas.
Casa Torta
Outra das atrações mais lúdicas de uma viagem a Tiradentes fica no vizinho distrito de Bichinho. A Casa Torta não só chama a atenção por estar inclinada como também pelas 25 atividades propostas para a criançada. Para entrar, fotografar e se divertir.
Trilhas em Tiradentes
Agências locais organizam saídas para explorar trilhas e cachoeiras aos pés da Serra de São José. A Trilha do Carteiro, por exemplo, chega a uma altitude de 1.100 metros. Ao longo do percurso de 4 horas, há piscinas naturais onde é possível tomar banho.
Cachoeira do Mangue
Aos pés da Serra de São José, a trilha que leva à Cachoeira do Mangue é considerada de nível fácil, sendo recomendada a passeios em família. Há piscinas naturais no caminho. O acesso começa a partir da Rua Frei Velo, então vira-se à direita no ponto onde está uma placa do Circuito Trilha dos Inconfidentes.
Cachoeira do Paulo André
A caminhada até este poço natural é fácil (2 km a partir do Centro), por isso a Cachoeira do Paulo André é frequentada inclusive por famílias com crianças.
Cachoeira do Bom Despacho
O ponto de partida é a Rua Frei Veloso, em Tiradentes. Siga em frente, passe o portal da cidade de Santa Cruz de Minas e fique atento ao marco inicial da Estrada Real à direita da rua de paralelepípedo. Há área para estacionar, mas sem infraestrutura. Na época de estiagem, a queda da água diminuiu bastante.
Enquanto os termômetros descem abaixo dos 10°C, muitos viajantes se animam com a possibilidade de ir para destinos de inverno no Brasil. Boas cidades para visitar no frio existem em vários estados do país, mesmo naqueles mais próximos da Linha do Equador, como Pernambuco e Paraíba. Mas, no Sudeste e no Sul, os municípios de Campos do Jordão (SP) e Gramado (RS) no inverno são sempre os mais lembrados pelos viajantes.
Essas 2 cidades recebem milhares de turistas entre junho e agosto. Época de hotéis cheios, ruas cheias e restaurantes com espera. Cenário semelhante é visto em Monte Verde e Tiradentes (MG), além de Penedo e Petrópolis, na Serra Fluminense, todos eles clássicos destinos de inverno no Brasil.
Todos esses lugares para viajar no inverno no Brasil estão na lista abaixo. No entanto, incluímos também outras sugestões de cidades para visitar no frio porque dispõem de boa infraestrutura turística. Porém, como menos aglomeração.
Destinos de inverno no Sudeste
Campos do Jordão (SP)
Há pelo menos 50 anos, a cidade paulista na Mantiqueira instituiu um certo modelo de sucesso de um destino de inverno no Brasil. Porque consegue juntar a gastronomia de sabores regionais e internacionais, a natureza montanhosa ao redor explorada em passeios e atividades (veja o que fazer em Campos do Jordão) e o leque hoteleiro incluindo de pousadas charmosas a hotéis requintados (saiba onde ficar em Campos do Jordão). A Vila do Capivari sintetiza esse conceito turístico. Porém, pequenos bolsões nas bordas (bairro dos Mellos ou a região do Horto, por exemplo) merecem ser experimentados.
Distrito de Camanducaia, a mineira Monte Verde é uma cidades para visitar no frio mais indicadas aos viajantes. A trilha da Pedra Redonda e as lojas de doces, queijos e chocolate devem constar de uma lista básica de tours. Com 200 opções de hospedagem, a cidade só fica atrás de Belo Horizonte em número de leitos. Nos restaurantes dá para comer receitas típicas de Minas e da culinária internacional. Monte Verde fica a 1.600 metros de altitude, então, o frio pode chegar a abaixo de zero no ápice da estação.
Para onde viajar no inverno no Brasil: Monte Verde – Foto: Divulgação
Petrópolis (RJ)
Sem dúvida, é um exemplo de destino de inverno clássico para os cariocas. Com 11°C de temperatura média nessa estação, o turismo em Petrópolis oferece atividades de montanha no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, visitas a edificações históricas, como o Museu Imperial, e tours de cerveja. Queijos, compotas e outros produtos artesanais também podem ser adquiridos nas propriedades rurais abertas ao público. Igualmente, passeios de jipe, quadriciclo ou a cavalo podem ser contratados para percorrer trechos da Estrada Real, antigo caminho entre Minas e Rio.
O Festival de Gastronomia de Tiradentes bota a cidade mineira para ferver em agosto. Mas durante todo o inverno esse destino é um saboroso convite a sentar-se à mesa (veja onde comer). Entre o que fazer em Tiradentes, quase tudo remete ao seu passado histórico ou à sua natureza, como museus, igrejas e banhos de cachoeira. Espalhada entre as edificações coloniais, há uma porção de pequenos hotéis e pousadas para decidir onde ficar em Tiradentes. A viagem ao passado fica completa com o passeio de maria-fumaça de Tiradentes a São João del Rei.
Casario colonial de Tiradentes – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
Gonçalves (MG)
Gonçalves é o plano B (de bom) à lotação de Monte Verde na alta temporada. A Serra da Mantiqueira abraça essas 2 cidades para visitar no frio. Tem na gastronomia um ativo importante, não apenas com a cozinha de roça, mas também com a mais refinada. Pequenos agricultores abastecem restaurantes e ainda vendem seus produtos (queijos, geleias, café) para os viajantes. E muitas pousadas inspiram a ideia de ter uma casa no campo.
Entre o mar e a Serra da Bocaina, Paraty tem trilhas que remontam aos tempos do Caminho do Ouro, ligação entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro no século 17. Podem ser percorridas ainda hoje, mas com outro propósito: aproveitar as belas cachoeiras e os alambiques da região. Agências locais vendem outros passeios de aventura (canoagem e mountain bike, entre outros). O tour pelo casario histórico é tão gostoso quanto comer nos restaurantes que fizeram Paraty, Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco. Por fim, não hesite em dormir nas muitas pousadas das ruas de pedra, vetadas à circulação de carros.
A região do município de Itatiaia ganhou em 2023 um roteiro turístico pela pequena Finlândia. A visita a esse destino de inverno no Brasil inclui edificações importantes e museus ligados à presença dos colonos vindos do Norte da Europa, há quase 100 anos. Além disso, Penedo mantém restaurantes de comida típica finlandesa e a profução de chocolate artesanal. Você pode tanto visitar fábricas quanto se fartar nas lojas que vendem trufas, bombons, fondue e quantas delícias mais forem possíveis produzir a partir do cacau.
Uma cidade e seu sonho. Miguel Pereira aspira ao status de Gramado do estado do Rio. As ruas Coberta e Torta já foram providenciadas. Um parque de dinossauros, também. Enquanto uma roda-gigante, um bar de gelo ou algo similar não pinta por lá, dá para curtir atividades prosaicas, como passear de pedalinho no lago principal ou praticar esportes típicos de cidades de montanha (andar de bicicleta, mais exatamente).
Mar de morros em Miguel Pereira – Foto: Setur-RJ TurisRio
Cunha (SP)
O charme de Cunha está nos campos de lavanda e nos ateliês que fizeram da cidade a Capital Nacional da Cerâmica de Alta Temperatura. Esses são programas essenciais do destino de inverno localizado entre as serras do Mar e da Bocaina. O pacote trilhas, rios e cachoeiras está disponível aos viajantes. E a boa culinária local ajuda a espantar o frio.
Em São Francisco Xavier não cola a máxima do ver e ser visto. Porque esse pequeno distrito de São José dos Campos é lugar de descanso e reconexão com a natureza. Assim caminhadas na mata e terapias de bem-estar como as da Bruxinhas do Mato são recomendados a quem procura por essa paz de espírito.
Entre os destinos de inverno no Brasil, a pequena Santo Antônio do Pinhal pode ser considerada um off-Campos do Jordão. Pois não fica tão lotada e tem excelentes hotéis que servem de refúgio à vizinha concorrida. Vale dar uma chegada à Estação Eugênio Lefrève (parada do bonde turístico que vai até Pindamonhangaba), subir ao Pico Agudo (1.703 metros) e ao menos conhecer a Cachoeira do Lageado (tomar banho na friaca vai depender da coragem). Mas não deixe a cidade antes de provar a truta e o pinhão. No Centro e em propriedades da zona rural, há ateliês de cerâmica, produtores de azeite, de queijos, cerveja e até sorvete.
Estação Eugênio Lefrève, em Santo Antônio do Pinhal – Foto: Divulgação
São Bento do Sapucaí (SP)
É provável até que você não saiba, no entanto, esta é a cidade da Pedra do Baú (muita gente pensa que fica em Campos). Mas conhecer esse monumento natural e seus irmãos, Bauzinho e Ana Chata, exige preparo físico e um guia experiente. A Cachoeira dos Amores cobra menos esforço e tem infraestrutura com lojas e banheiros. Além disso, o município possui polos de agricultura familiar, responsáveis pelo cultivo de azeitona (com produção de azeite local), shitake (do qual se faz até cerveja) e uvas (um trio de vinícolas representa a cidade). Há boas pousadas em toda a região, mais barata em relação à dupla Campos e Pinhal.
Inaugurada em maio de 2023, a Fontana di Trevi é uma homenagem à colonização italiana em Serra Negra, uma das nove cidades que formam o Circuito das Águas Paulista. Nessa estância hidromineral há rotas de turismo rural, incluindo visitas a produtores de queijo, vinho e café. Um giro pelo Centro serve para explorar as lojas especializadas no comércio de malhas e de outras roupas de frio. Para muitos, a subida de teleférico até Cristo Redentor é o ponto alto da viagem, literalmente.
Atibaia um destino de inverno na medida para uma escapada em um fim de semana, já que está bem próximo a Saõ Paulo (apenas 65 km). A geografia colabora com a Pedra Grande, ponto de esportes radicais. Em atrações como o Orquidário Takebayashi, além de conhecer as variedades da planta, é possível colher morangos frescos e comê-los na hora. O casario arquitetônico do Centro inclui o Museu Municipal João Batista Conti e o Mercado Municipal. O Tauá Atibaia Resort tem parque aquático também aberto ao público. Previsto para o segundo semestre de 2023, o Bourbon Atibaia também vai inaugurar seu complexo indoor com piscinas aquecidas. Enquanto isso, o Canto do Irerê cai bem para uma viagem a dois,pois só aceita adultos.
Suíte do Canto do Irerê, em Atibaia – Foto: Divulgação
Cidades para visitar no frio no Sul
Gramado (RS)
Ano a ano, o inverno em Gramado se consolida como opções certeira para curtir o frio (veja onde ficar em Gramado). A cidade da Serra Gaúcha tem de restaurantes temáticos a gastronomia regional, museus que exaltam todo tipo de assunto, chocolaterias espalhadas pelo Centro. Além disso, o que fazer em Gramado inclui na lista parques com piscinas de águas termais (Aquamotion) ou com neve de verdade (Snowland). Famosa pelo Natal Luz Gramado, a cidade ganhou no ano passado a Vila da Mônica, provando que sempre haverá novidades entre o que fazer por lá.
Dá para fazer um passeio de um dia em Canela a partir de Gramado no inverno. Mas é pouco. Especialmente para sonha com praticar rapel, tirolesa e arvorismo na natureza, não em galpões fechados. A Cascata do Caracol impressiona de onde quer que seja vista: do mirante, da escadaria ou a bordo dos bondinhos. Com 65 metros de altura, a catedral de pedra se destaca na Praça Matriz. Ali no Centro ficam hotéis e pousadas aconchegantes, restaurantes de especialidades alemãs e o comércio de produtos artesanais.
Cascata do Caracol: esticada em Gramado no inverno – Foto: Fernando Victorino @ComoViaja
Foz do Iguaçu (PR)
Só para exemplificar ver de perto as Cataratas do Iguaçu é razão o bastante para escolher Foz como destino de inverno. Some-se a isso a possibilidade de se encantar com o Parque das Aves, conhecer na prática a geração de energia na Usina de Itaipu e, ainda, aproveitar as atrações pop da cidade, como a roda-gigante. De quebra, dá para dar uma esticadinha nos vizinhos da Tríplice Fronteira, Argentina e Paraguai.
A ideia de que destino de inverno no Brasil não está no Nordeste faz parte dos estereótipos que ainda se tem sobre a região. Com temperatura média de 12° de julho a setembro, um grupo de cidades da Serra da Borborema compõe a Rota Cultural Caminhos do Frio. Entre elas está Bananeiras, cujo clima favorece até mesmo saborear o chá da tarde, servido diariamente na pousada Estação Bananeiras. Receitas tradicionais do Brejo Paraibano estão no menu de bistrôs e restaurantes da cidade. Além disso, o Goiamunduba, engenho onde 100 mil litros de cachaça são produzidos por ano, recebe visitantes. Por fim, o pôr do sol no Lajedo Preto é indicado aos visitantes.
Quando se pensa em festa junina no Nordeste, o nome de Campina Grande surge como responsável por ter o maior São João do mundo, animado por grandes shows, trios de forró e disputa de quadrilhas. No entanto, a cidade realiza há quase 5 décadas seu festival de inverno, com música, teatro e dança. Por lá, o clima é fresco no meio do ano, mas nada de temperaturas perto de 0°C. Um passeio pelo centro histórico percorre uma série de edificações em art déco, com destaque para o Largo das Boninas. Às margens do Açude Velho, o Museu de Arte de Arte Popular da Paraíba ocupa o último prédio assinado por Oscar Niemeyer.
Museu de Arte Popular da Paraíba – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja
Garanhuns (PE)
Julho é o mês do Festival de Inverno de Garanhuns, que mescla diferentes estilos musicais com artes visuais, dança, literatura, teatro e cinema, durante 17 dias de realização. Aliás, a cidade do agreste pernambucano tem tanto orgulho desse evento quanto de suas fontes de água mineral e do relógio de flores, único do gênero em todo o Norte e Nordeste. Para contemplar a paisagem, suba ao Cristo instalado a 1.030 metros de altitude, na colina do Mangano, uma das 7 que cercam o município.
Cidade do Planalto da Borborema, a cerca de 90 km de Recife, a pequena Gravatá costuma registrar 16°C de mínima durante seus meses mais frios, por isso é um bom destino de inverno no Brasil. A geografia favorece desde passeios a pé até em veículos off-road. Por isso, há roteiros rurais e ecoturísticos, ao lado de experiências gastronômicas. Destaque para doces como o bolo de rolo e o Souza Leão. Ainda que o clima ameno da ‘Suíça pernambucana’ tenha feito famoso o fondue invernal, a digital da cozinha nordestina é encontrada em pratos como o baião de dois e a buchada de bode. No Centro, vale admirar o colorido casario histórico e o Mercado Cultural de Gravatá.
Parece inacreditável que descer vielas, subir em bondes ou visitar mirantes faça parte da lista do que fazer em Lisboa em 3 dias ou mais. Mas o visitante logo saberá ser essa a maneira mais fácil de mapear a cidade surgida entre as 7 colinas que ladeiam o Rio Tejo. O que ver em Lisboa pode estar presente nas paredes das casas, nos pórticos das igrejas, no emaranhado de becos da Alfama ou da Mouraria, no alinhamento perfeito das ruas da Baixa. Em todo canto da capital de Portugal, a história está escrita em pedra, em ferro. Em ruínas, até. Ela encabeça a relação das principais cidades de Portugal para turismo.
Lisboa é um convite ao livre caminhar, ao flanar sem pressa nem amarras de compromissos. Dependendo então de onde ficar em Lisboa, você vai esbarrar nas principais atrações da cidade, quase sem querer. Tudo muito ao sabor de uma viagem de contemplação, em que cada rua estreita mais lembra um vilarejo do que uma cidade cosmopolita.
Castelo de São Jorge com casas da Alfama abaixo – Foto: Turismo de Lisboa
Um conjunto básico de atrações integra a 1ª vez de todo viajante na capital portuguesa. Separamos as dicas em roteiros do que fazer em Lisboa em 3, 5 e até 7 dias. Assim, aos debutantes, espaços como o Castelo de São Jorge, o circuito do Belém e mirantes como o de São Pedro de Alcântara figuram entre as visitas obrigatórias. A Easy Travel Shop, empresa brasileira parceira do Como Viaja, vende transfers, ingressos de atrações e tours em Lisboa, divididos em até 10 vezes sem juros no cartão de crédito, em reais.
Roteiro em Lisboa de 3 dias: passeio no Centro – Foto: Turismo de Portugal
Pontos turísticos de Lisboa
Listamos abaixo as principais atrações para você conhecer na cidade no caso de estar apenas de passagem, durante 1 dia. É pouco, então você vai ficar com vontade de voltar. Como ficam relativamente próximos, os pontos turísticos de Lisboa mais relevantes podem ser vistos em caminhadas ou curtas distâncias vencidas com ajuda do transporte público, especialmente os tradicionais elétricos (como são chamados os bondinhos lá).
Caso queira agilizar a visita, há um citytour de 4h que passa por muitos dos pontos turísticos de Lisboa citados abaixo. É importante saber que o Lisboa Card inclui a entrada gratuita da Torre de Belém, do Arco da Rua Augusta e do Mosteiro dos Jerônimos. Além disso, dá direito ao uso do transporte público, o que garante uma boa economia. Para um roteiro em Lisboa de 3 dias, existe o cartão de descontos da cidade com uma duração maior.
Torre de Belém
Declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, a Torre de Belém foi erguida com o objetivo de proteger Lisboa. Isso porque no século 16 a cidade se tornou o centro de comércio mundial por conta dos descobrimentos. Dos detalhes externos chamam atenção o brasão de armas de Portugal e as inscrições das cruzes da Ordem de Cristo.
No roteiro em Lisboa de 3 dias: Torre de Belém – Foto: Turismo de Lisboa
Mosteiro dos Jerônimos
Ao ouvir a expressão estilo manuelino (o gótico português), saiba que tem a ver com d. Manuel I, o rei que mandou construir no século 16 este mosteiro na região do Belém. Foi, então, cedido aos monges da ordem dos Jerônimos. Nele estão as sepulturas de dois heróis nacionais: Vasco da Gama, navegador que contornou o Cabo da Boa Esperança, em 1497; e Luís de Camões, um dos maiores poetas da língua portuguesa.
Jerônimos: joia da arquitetura manuelina – Foto: Turismo de Lisboa
Castelo de São Jorge
Erguido no século VII em local estratégico, no ponto mais alto da cidade, o castelo foi ocupado pelos portugueses após a expulsão dos mouros, sob o comando de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. Tem-se uma das melhores vistas da cidade do alto das muralhas. É um dos lugares mais bonitos do alto da cidade. Por isso, considere ir até lá mesmo numa viagem menor do que um roteiro de 3 dias em Lisboa.
Alfama
Vielas tortas e estreitas conduzem o visitante a uma viagem ao tempo em que ali habitavam os mouros, árabes do norte da África. Sinais dessa presença ainda são encontrados principalmente nas fachadas das casas. Tascas e tabernas do bairro estão entre os lugares mais genuínos para assistir a um show de fado em Lisboa.
O que fazer em Lisboa em 3 dias: Alfama é a sugestão – Foto: Nathalia Molina
Praça do Comércio
Com o Tejo espraiado diante de si, o Terreiro do Paço (nome pelo qual é chamado pelos lisboetas) é ladeado por restaurantes com mesas ao ar livre. Pois, saiba, no fim dessa que é uma das maiores praças da Europa, bem à esquerda de quem olha o rio, fica o Centro Interpretativo da História do Bacalhau (ver ingresso aqui). Lá, então, dá para descobrir como o pescado tornou-se símbolo de Portugal. O Terreiro do Paço também consta do itinerário do tour panorâmico por Lisboa.
Praça do Comércio diante do Tejo – Foto: Turismo de Portugal
Arco da Rua Augusta
Centro comercial mais agitado durante a semana, a Rua Augusta faz parte da região de Lisboa reconstruída depois do terremoto de 1755 e simbolizada pelo Arco da Rua Augusta. Além disso, desde 2013, é possível subir no monumento (grátis com o Lisboa Card) e admirar o Terreiro do Paço e demais vias da chamada Baixa Pombalina.
O que fazer em Lisboa em 2 dias
Se esse for seu tempo máximo na capital de Portugal, os 6 pontos turísticos listados acima podem compor a agenda. Nossa sugestão: pela manhã, visite as atrações do Belém – e faça uma parada na Pastéis de Belém, famosa por produzir o mais icônico dos doces portugueses típicos. Siga para o Castelo de São Jorge, pois o pôr do sol de lá é lindo.
Depois, desça calmamente as vielas da Alfama e, quem sabe, conheça um pouco mais da tradição do fado em Lisboa, seja em uma casa de show ou em uma visita ao museu que celebra o ritmo musical marcadamente português. Assim, no dia seguinte, percorra sem pressa a dobradinha Chiado/Bairro Alto, perfeita se você procura onde comer em Lisboa e que concentra ainda lojas e parte expressiva da vida noturna na capital de Portugal.
Elevador da Santa Justa
Na cidade de colinas íngremes, o Elevador da Santa Justa conecta a Rua do Ouro (Baixa) com o Largo do Carmo (no Chiado, bairro renascido das cinzas depois de arder em chamas em 1988). Acima funciona um mirante. O charme do passeio, no entanto, está no ascensor com cabines de madeira e detalhes em latão.
Ruínas do Convento do Carmo
A estrutura neogótica criada na última década do século 14 foi severamente abalada pelo terremoto de 1755. Sua reconstrução foi interrompida com a extinção das ordens religiosas em Portugal (1834), deixando com que as ruínas virassem um monumento a céu aberto. Há na sacristia um museu arqueológico, que guarda coleção de epigrafia romana, múmias pré-colombianas, entre outras peças recolhidas desde que foi inaugurado, em 1864.
Rua Garrett
No passado, os intelectuais de Lisboa flanavam por esta rua do bairro do Chiado. Nela fica a Livraria Bertrand, reconhecida pelo Guinness Book como a mais antiga do mundo (1732). No interior da loja, há um café, com a porta bem na esquina com a Rua Anchieta (aos sábados, essa viela recebe uma feira de livros usados). Destinos de compras, a Rua Garrett abriga o tradicional centro comercial Armazéns do Chiado.
Café A Brasileira
Em atividade na Rua Garrett desde 1905, o café em estilo art déco foi criado por um imigrante português que casou com a filha de um grande cafeicultor de Minas Gerais. Ficou famoso, no entanto, porque suas mesas testemunharam discussões literárias, filosóficas e os anseios pela substituição da monarquia pela república, ocorrida em 1910. Você pode não entrar para provar um pica-pau ou um filé ao molho de café, porém tire ao menos a clássica foto com a estátua do poeta Fernando Pessoa, do lado de fora. Para quem for muito fã, há um tour que segue os passos do escritor português por Lisboa.
Miradouro de São Pedro de Alcântara
Para chegar a este mirante do Bairro Alto uma opção é tomar o Elevador da Glória, na Praça dos Restauradores. Trata-se de um dos terraços mais lindos da cidade, com o Castelo de São Jorge na linha dos olhos e a Baixa e a Avenida da Liberdade aos pés. Além do belo jardim, tem sombreado para escapar do sol forte e quiosque para matar a sede.
Miradouro de São Pedro de Alcântara em noite de verão – Foto: Nathalia Molina
Praça Luís de Camões
A estátua do escritor é um bom ponto de encontro e de partida para curtir bares e restaurantes esparramados pelo Bairro Alto. A Rua do Norte e as paralelas Diário de Notícias, da Barroca e da Atalaia são cheias de opções para a diversão noturna.
Praça Luís de Camões, no Chiado – Foto: Turismo de Lisboa
Museu do Fado
Aberta em 1998, a instituição conta os cerca de 200 anos de história do fado em Lisboa e em todo o país. Em exposição estão instrumentos musicais, fotografias, figurinos e outros objetos. O museu possui ainda uma biblioteca e um arquivo sonoro com gravações do gênero de todas as épocas.
O que fazer em Lisboa em 3 dias
Muita gente reserva um período com essa duração para conhecer Lisboa. É tempo suficiente, então, para dedicar 1 dia inteiro à região do Belém, que tem outras atrações além da Torre de Belém e do Mosteiro dos Jerônimos. Uns 3 dias na cidade também é possível percorrer o bairro da Mouraria, vizinho ao Castelo de São Jorge. E conhecer a Sé de Lisboa.
Padrão dos Descobrimentos
Em alusão a uma caravela, o monumento diante do Rio Tejo, no bairro do Belém, homenageia os personagens que mudaram a história de Portugal quando o país lançou-se ao mar, a partir da metade do século 15, no chamado período das Grandes Navegações. Então Pedro Álvares Cabral, que chegou ao Brasil em 1500, está entre as figuras esculpidas em pedra. Tem centro de visitação e terraço de onde se vê uma rosa dos ventos feita em mármore no chão da praça.
Figuras representadas no Padrão dos Descobrimentos – Foto: Nathalia Molina
Centro Cultural de Belém
Basta sair do Mosteiro dos Jerônimos e cruzar a Praça do Império para chegar ao Centro Cultural de Belém, onde são realizadas exposições temporárias ligadas a temas que extrapolam as artes plásticas. Além disso, ao longo de 2023, a novidade é a abertura por etapas do Museu de Arte Contemporânea, cujo acervo incorpora obras do antigo Museu Berardo.
Mouraria
Bairro popular que completa a chamada zona histórica e medieval da cidade. Há na Mouraria uma mescla de múltiplas culturas de Lisboa, principalmente asiáticos hoje em dia. Algumas fachadas remontam ao período em que os árabes foram predominantes por ali. No futuro, o bairro vai ganhar um funicular, para ligar a Rua dos Lagares ao miradouro em frente à Igreja da Graça.
Miradouro da Graça
O mirante perdeu parte de sua vista devido a obras de construção do funicular que vai ligar o bairro da Mouraria à Graça. Atualmente, um pequeno pedaço do terraço ainda permite visão panorâmica de Lisboa. Fato curioso foi a descoberta ali de um sítio arqueológico medieval cuja função era de defesa da cidade.
Miradouro Senhora do Monte
Fica a poucos passos do Miradouro da Graça. Ele tem um painel de azulejos que ajuda a identificar outros pontos de Lisboa. O pôr do sol visto lá de cima é um dos mais lindos da capital portuguesa.
Sé de Lisboa
Foi erguida após a tomada de Lisboa do domínio mouro. Sua construção, então, teve início em 1147, sendo a igreja mais antiga da capital portuguesa. Um fato interesssante: Santo Antônio é o padroeiro da cidade; quando ainda era chamado de Fernando, ele foi batizado, iniciou seus estudos e fez parte do coro nesta catedral. Na parede de uma escadaria, há um sinal da cruz que, acredita-se, tenha sido desenhado por ele enquanto era criança, como forma de resistir a uma tentação exercida pelo demônio.
O que fazer em Lisboa em 5 dias
Com um bom planejamento é possível aproveitar as principais atrações listadas antes e acima (no roteiro de 3 dias em Lisboa), fazendo uma troca ou outra pelo que vem abaixo (incluir o Museu do Azulejo, por exemplo). A novidade do roteiro de 5 dias em Lisboa é poder visitar atrações do Parque das Nações, região revitalizada para a Expo 1998. É nessa área que fica o lindo Oceanário.
Museu Nacional do Azulejo
Arte surgida por influência árabe na Idade Média, o azulejo decorativo tornou-se símbolo de Portugal. O museu dedicado a essa expressão cultural funciona no antigo convento de Madre de Deus. Nath adorou e diz que vale muito a pena para quem gosta do assunto porque a coleção apresenta painéis que ajudam a entender sua história e a importância na concepção da arquitetura do país.
Azulejo: arte medieval presente até hoje em Portugal – Foto: Nathalia Molina
Miradouro de Santa Catarina
Para um fim de tarde de primavera ou verão, este miradouro contempla a foz do Rio Tejo e a Ponte 25 de Abril. Mesas cercam o quiosque que serve imperial (como é chamado o chope em Lisboa). Além disso, a escultura em granito de Adamastor remete à figura mítica e amedrontadora descrita por Camões em Os Lusíadas.
Rua Cor de Rosa
Esqueça o nome Nova do Carvalho, pois o asfalto tingido rebatizou essa rua que passou a rivalizar com as do Bairro Alto no quesito diversão noturna. Ela liderou a transformação do Cais do Sodré ao lado do Time Out Market.
Bares da Rua Cor de Rosa ao entardecer – Foto: Nathalia Molina
Time Out Market
Em 2014, a revista Time Out ajudou a repensar como o Mercado da Ribeira poderia ganhar novos ares em uma região tão degradada da cidade. Ok, você quer saber o que fazer e não onde comer em Lisboa. Tudo bem, vá dar uma espiadinha lá dentro. Duvido você ir embora sem comer nada dos 26 restaurantes, 8 bares e outros tantos espaços comerciais. Seja num roteiro em Lisboa de 3 dias, menor ou maior que isso, não importa: um dos programas mais gostosos (literalmente) é comer.
Mercado da Ribeira: para comer ou dar uma passada – Foto: Nathalia Molina
Elevador da Bica
Subir e descer ruas em Lisboa é atração, sim. Onde mais as vias são quase rampas de lançamento de tão íngremes? Pois a subida que começa na Rua de São Paulo termina no Largo Calhariz é vencida com mais facilidade a bordo do Elevador da Bica, considerado Monumento Nacional desde 2002.
Palácio da Ajuda
De estilo neoclássico, o Palácio da Ajuda abrigou a família real até o fim da monarquia em Portugal (1910). Desde então, os ambientes e a decoração estão preservados, com destaque para móveis, objetos de vidro e de cerâmica, além das coleções de pintura, gravura e fotografia. Estenda sua visita ao Jardim Botânico. De estilo italiano, abriga 1.600 plantas, entre elas, um dragoeiro, árvore de 400 anos nativa da Ilha da Madeira. O palácio abriga também o Museu do Tesouro Real (reserve seu ingresso).
Pátio do Palácio Nacional da Ajuda – Foto: Turismo de Lisboa
LX Factory
Velhas fábricas do bairro da Alcântara foram ocupadas e ressignificadas pela economia criativa. O resultado foi o surgimento de um polo alternativo para comer, beber, consumir e compartilhar a cidade fora do eixo mais turístico. A LX Factory pode estar com os dias contados, afinal é grande a especulação imobiliária em Lisboa. Então, conheça antes que seja tarde.
Oceanário de Lisboa
A Exposição Mundial de 1998 mudou a cara do Parque das Nações, localizado bem à esquerda em relação à Praça do Comércio. Por ano, o Oceanário de Lisboa recebe cerca de 1 milhão de visitantes, que se deslumbram com o impressionante aquário central. São cerca de 8 mil criaturas, entre espécies aquáticas e terrestres (ingresso neste link). Se você gosta muito de visitar aquários – ou se você viaja com crianças –, ainda que vá fazer um roteiro em Lisboa de 3 dias, pode ser interessante considerar trocar alguma atração do alto deste texto pelo Oceanário.
Oceanário: opção até num roteiro de 3 dias em Lisboa – Foto: Pedro Pina/Divulgação
Teleférico
Correr as águas do Tejo por cima é o que encanta no passeio do teleférico (telecabine) de Lisboa (compre a entrada aqui). O percurso de 1.230 metros é feito dentro de uma das 40 cabines, com capacidade para 8 passageiros cada. Dura entre 8 e 12 minutos o passeio, a cerca de 30 metros da altura.
Teleférico e Oceanário (direita) no Parque das Nações – Foto: Turismo de Lisboa
Pavilhão do Conhecimento
Ciência e tecnologia estão no centro das exposições do Pavilhão do Conhecimento, que traz ainda exposições temáticas das áreas de Física, Matemática, Química, Biologia e Ciências Sociais. Imersivas e interativas, as atividades estão voltadas às crianças, sobretudo.
A relação de Portugal com o mar e seus feitos são revividos neste espaço, com cerca de 23 mil peças. Lá encontra-se o hidroavião usado por Sacadura Cabral e Gago Coutinho na 1ª travessia aérea do Atlântico Sul, em 1922. A dupla viajou ao Brasil para as comemorações do centenário da independência, criando assim as bases dos futuros voos ligando os continentes europeu e sul-americano.
Museu dos Coches
No prédio construído pelo arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha, estão expostos veículos de gala dos séculos 16 ao 19, pertencentes à Casa Real Portuguesa. Além disso, há objetos utilizados nos serviços de transportes do nobres, como lampiões, trompas de caça e roupas de arqueiro da guarda real.
Quake
Em 1755, um terremoto de 9 graus na escala Richter sacudiu Lisboa por 10 minutos. Mas deixou marcas na cidade e na memória dos habitantes para sempre. E virou atração turística. O Quake é uma atividade imersiva, que une tecnologia e informação para tratar dessa que é a maior tragédia da história da capital de Portugal (reserve seu ingresso neste link).
Museu Calouste Gulbenkian
Com quase 6 mil peças, a coleção pertencia ao empresário armênio que viveu em Lisboa até a sua morte, em 1955. Assim, do acervo fazem parte obras de arte egípcia, greco-romana, a maior coleção de arte portuguesa do século 20 e pinturas de mestres como Rubens, Renoir e Monet. O prédio da fundação, além disso, inclui biblioteca, espaço para apresentações de coro e orquestra, além do belo jardim com cafeteria.
O trem de Miami a Orlando já está funcionando. Depois de alguns adiamentos, a operação começou em 22 de setembro de 2023. É um meio de transporte ecologicamente correto, pois usa biodiesel. Em alguns trechos, a velocidade máxima pode atingir até 200km/h. O trem Brightline leva cerca de 3 horas para se deslocar entre as 2 cidades da Flórida mais visitadas pelos brasileiros; veja passagem do trem de Miami a Orlando.
E sobra diversão no estado do sul dos Estados Unidos: Mickey, princesas, personagens da Pixar e Star Wars na Disney; superheróis, filmes e Harry Potter na Universal Orlando; animais e montanhas-russas radicais na SeaWorld; e atividades além dos parques – para se planejar, veja opções de hotéis da Universal, de categoria econômica a luxuoso.
Atualmente, o preço da passagem do trem de Miami a Orlando começa em US$79 por pessoa, na class Smart. A classe Premium sai por US$149 por pessoa, com bebida e comida a bordo, lounge de primeira classe e bagagem despachada sem custo adicional. Esses valores são por tempo limitado.
É uma alternativa tentadora porque a ideia de andar num trem novinho é bem gostosa. E pode até se tornar uma forma econômica de conexão. Pois pode ser alto o custo do aluguel de um carro e da gasolina ou mesmo das passagens aéreas dentro dos Estados Unidos.
Sala de embarque na class Smart
Isso sem falar da possibilidade de fazer compras nos outlets de ambos os destinos. Para os fãs da boa comida, aliás, em 2022 a Flórida ganhou sua 1ª edição do Guia Michelin, com restaurantes em Orlando, Tampa e Miami. Caso você tenha planos de fazer muitas compras lá, saiba as regras em relação à bagagem a bordo do trem de Miami a Orlando.
Como levar bagagem a bordo
Segundo informações da companhia, cada passageiro do trem de Miami a Orlando tem direito a levar 2 itens de mão a bordo, conforme a disponibilidade de espaço. As malas devem caber na área de bagagem superior, debaixo do assento ou na torre de bagagem localizada no vagão. Cada item a bordo não pode exceder os 18kg e deve ter as seguintes dimensões máximas externas: 71 x 56 x 35 cm.
Cada passageiro tem direito a despachar no máximo 2 (duas) malas pela taxa fixa de US$10 por item. Para despachar mais malas, é preciso reservar com antecedência; o serviço é sujeito à disponibilidade. A bagagem deve ter até 22kg, além de ter as seguintes dimensões máximas externas: 84 x 56 x 38 cm. Itens com excesso de peso estão sujeitos a uma taxa de US$20; no entanto, malas com peso superior a 31kg não serão aceitas.
Carrinhos de bebê, cadeirinhas e assentos elevatórios não contam como bagagem de mão. Do mesmo modo, a Brightline não cobra nada em caso de despacho de cadeira de rodas por meio do Guest Services. Dentro do vagão, existe área reservada para cadeirantes.
Voos para Orlando e Miami saindo do Brasil
Para aproveitar tanto o passeio no novo trem entre Orlando e Miami quanto a praticidade das conexões aéreas disponíveis entre a Flórida e o Brasil, o ideal é escolher um dos trechos para fazer por terra e outro por ar.
Para Orlando e Miami, a Latam tem voos diretos saindo do Aeroporto de Guarulhos. Situação semelhante à da Gol, cujos aviões decolam de Brasília; passageiros de outras regiões voam até o Distrito Federal antes de fazer a conexão para os Estados Unidos. A American Airlines liga Miami com São Paulo (Guarulhos) e Rio de Janeiro (Galeão), sem paradas. Para Orlando, a Azul mantém voo direto saindo de Campinas, do Aeroporto de Viracopos.
Como pegar o trem em Miami
O trem de Miami para Orlando sai da estação localizada na 600 NW 1st Avenue e conectada internamente com a Central Station, em Downtown. A parada fica próxima das regiões de Little Havana, Overtown, Brickell, Edgewater, Midtown e Wynwood.
É possível sair ou chegar até o Brightline de transporte público; entre as opções estão Metrorail, Metrobus, MetroMover e Miami Trolley. Ou você pode pegar um traslado do aeroporto de Miami para a estação no centro da cidade.
Brightline em Miami, na viagem de trem até Orlando
Quem vai explorar Miami antes de seguir de trem para Orlando também pode comprar um passe de atrações com o transfer incluído na chegada do aeroporto para a cidade.
No aeroporto, a estação funciona no piso 4 (a esteira de bagagens e a imigração ficam no piso 6) e pode ser acessada por escada rolante ou elevador. Comprada na internet, a passagem do trem de Orlando para Miami é emitida eletronicamente. Há internet sem fio e gratuita nas estações e a bordo do trem, basta selecionar a rede Brightline, que dispensa senha.
Uma loja de conveniência funciona no sistema de auto-serviço, enquanto o bar Mary Mary prepara coquetéis. Um painel em estilo retrô (daquele que roda números e letras) anuncia as próximas saídas.
A estação de Orlando não é parada final do projeto da Brightline, já que a empresa tem planos de chegar até a cidade de Tampa. Desde a implantação, o trem sai de Miami até as estações Aventura, Fort Lauderdale, Boca Raton e West Palm Beach, todas na Flórida.
A Brightline West trabalha num projeto entre os estados da Califórnia e de Nevada. Lá, o trem ligará Las Vegas a Los Angeles; ainda sem data de abertura prevista.
O chinelo azul em tamanho avantajado na entrada do Margaritaville Cap Cana, resort all inclusive em Cap Cana, na República Dominicana, serve de salvo-conduto e convite. A partir dali ninguém mais vai exigir rigor nas suas vestes. A ordem é relaxar. Seus problemas ficaram para trás.
Com um pouco mais de atenção, o hóspede que chega ao resort, aberto em outubro de 2021 no Caribe, lê na lateral da marquise dele o clássico ditado “minha casa é sua casa”, escrito em espanhol. Tão logo a primeira margarita frozen seja estendida na sua direção como sinal de boas-vindas, acredite, você definitivamente poderá se sentir de férias diante do mar turquesa de catálogo de viagens.
Punta Cana é o principal destino turístico da República Dominicana. E Cap Cana é o crème de la crème ao sul da região há 20 anos. Um condomínio de acesso restrito, com praia exuberante, campos de golfe de excelência, marina com barcos que custam todos os órgãos de seu corpo e vocação para o descanso em alto nível na Praia Juanillo, faixa de areia fina e clara. Tudo isso a cerca de 15 minutos de distância do movimentado aeroporto internacional de Punta Cana.
Marina, um hotspot de Cap Cana – Foto: Fernando Victorino
Não que eu estivesse com pressa de chegar ao Margaritaville Cap Cana. Mas, se pudesse, retardaria até o último momento o meu check-out. Integrante do grupo Karisma Hotels & Resorts, esse all inclusive vai na contramão do que vivi nos dias de hospedagem no Hotel da Nickelodeon em Punta Cana, membro do mesmo portfólio de resorts e hotéis de luxo. De modo direto e reto, foi como ter deixado o berçário para a vida adulta, sem escalas.
Descanso proporcional ao calor gigante do Caribe – Foto: Fernando Victorino
Como é o Margaritaville em Cap Cana
O Margaritaville Cap Cana compreende 40 vilas de luxo com piscina privativa e hospedagem destinada a adultos. Some-se a essas exclusivas ilhas de conforto 228 suítes, algumas das quais também com acesso direto a piscina particular. Nos dois casos não há vista para o mar, algo possível em acomodações como a Luxury Junior Suite, como a que eu fiquei por duas noites. Instalado no quinto andar do bloco de apartamentos mais próximo da praia, tive o privilégio de ver o sol nascer sem sequer sair da cama king. Sorry people.
De manhã ou à tarde, praticamente sem visual – Foto: Fernando Victorino
Essa suíte de 58m² tem um bom closet à esquerda da porta de entrada, ideal para concentrar a mala e as roupas da viagem, sem bagunçar o quarto todo com fragmentos de bagagem pelos cantos (tenho mania, algum problema?).
A cama king (ou mirante da alvorada) – Foto: Fernando Victroino
O banheiro busca recriar um clima de spa no quarto. Para mim, o chuveirinho do box serviu melhor do que a ducha. Eu só ajustei a regulagem de modo que ele ficasse em uma altura capaz de molhar o corpo todo. E o principal: com pressão d’água suficiente para relaxar as costas.
Onde o azul é mais azul – Foto: Fernando Victorino
Menção à parte a respeito da banheira de imersão. Ela ocupa uma posição estratégica, com boa visão para a smart TV, que é tão grande quanto aqueles monitores onde o pessoal apresenta a previsão do tempo nos telejornais. A divisória de madeira ao lado da banheira pode ser puxada, deixando a visão da tela desimpedida Além de sais de banho, há amenities para fazer esfoliação corporal durante o banho.
O spa particular da suíte – Foto: Fernando Victorino
As opções são tantas que fica até difícil escolher onde se instalar para melhor curtir a suíte. Não fosse pelo calor, eu teria ficado mais tempo na varanda, que tem vista para o mar e para as piscinas do Margaritaville Cap Cana.
De novo, a mesma situação encontrada no Nick Resort. O frigobar fica encastelado por um móvel, fazendo com que o motor produza tanto calor que não dá conta de gelar as bebidas. Por outro lado, a política do Margaritaville Cap Cana é a de que você abastece o seu frigobar com o que quiser.
No mercado há de café a margaritas – Foto: Fernando Victorino
Para isso há o Joe Merchant’s, cafeteria e conveniência onde você compra comidas e bebidas do seu gosto e leva para o quarto. Há ainda duas máquinas, ingredientes e a receita passo a passo para você produzir sua própria margarita.
Aprenda com os profissionais – Foto: Fernando Victorino
Mais do que abrir a porta da sua acomodação, a pulseira entregue no check-in é carregada com crédito em pontos a serem gastos no mercadinho. Lógico que não é para fazer a despesa do mês, mas pelo menos você compra só o que realmente consome. Se você ultrapassar o crédito de pontos, o valor é acrescentado na sua conta no hotel.
O que fazer no hotel em Cap Cana
A história do Margaritaville Cap Cana passa pela música homônima do cantor e compositor americano Jimmy Buffett. Sucesso de 1977, a canção mudou a vida do músico, que ramificou sua atuação como empresário para o campo da hospitalidade. Mais do que um negócio, Margaritaville espelha um estado de espírito descontraído e casual. O chinelão na porta de entrada e trechos da canção de Buffett espalhados pelo hotel em Cap Cana dão a dimensão disso.
Letras de Jimmy Buffett estão por toda parte – Foto: Fernando Victorino
A rigor, há uma piscina principal em toda a área comum. Mas de tão recortada e sinuosa parece até se multiplicar ao olhar mais desatento. Ela abraça o principal ponto de encontro do resort durante o dia: o bar 5 O’Clock Somewhere, onde o barman fará o possível para que seu copo não fique vazio.
Sem sombra de dúvida, o melhor refúgio do calor – Foto: Fernando Victorino
Tanto no 5 O’Clock quanto no Punch Bar & Lounge os coquetéis são relativamente suaves na dosagem alcóolica. A piña colada desce como água. Já o meu mojitômetro não registrou algo memorável entre cinco tentativas (a margem de erro da pesquisa é de dois coquetéis, para mais ou para menos). As margaritas estão por toda a parte, até mesmo no café da manhã do restaurante Boathouse.
De sucos a biritas no café do Boathouse – Foto: Fernando Victorino
O Aperol Spritz é a minha sugestão para depois de um jantar italiano no Frank & Lola’s. Desejei o ossobuco alla milanese, cozido por 8 horas e servido com risoto de açafrão, molho de vinho Barolo e batatas ao alecrim. Agora imagine a frustração de salivar depois de ler toda essa definição no cardápio e descobrir que infelizmente não havia o prato naquela noite.
Salta aos olhos – Foto: Fernando Victorino
O saltimbocca alla romana substituiu com galhardia um jantar aberto com carpaccio (molho um pouco puxado no limão, até larguei meu mojito da vez para não criar uma overdose cítrica) e encerrado com cannoli de baunilha e de chocolate – gente do bairro paulistano da Mooca lamberia os beiços com a caprichosa versão do Margaritavile Cap Cana.
Iluminada sugestão de sobremesa – Foto: Fernando Victorino
Com seus cortes preparados em parrilla à lenha, o menu do JWB Steakhouse faz frente aos pratos sicilianos do Frank & Lolas’. A começar pela tábua de pão de cebola com molho chimichurri. Se eu não tivesse pedido carne como prato principal (ótimo, por sinal), certamente repetiria o saboroso par de empanadas. Se houvesse para a viagem…
Tem pra viagem? – Foto: Fernando Victorino
O segundo jantar selou um dia de dieta à base de muita proteína, iniciado no Rum Runners. Nesse restaurante de comida caribenha, há pratos no cardápio com o selo de instagramável. Meu pedido não tinha nada de fotogênico, mas certamente despertaria piadinhas de taolkeys no Twitter: provei a picalonga, comida típica da República Dominicana.
Picalonga, prato típico da República Dominicana – Foto: Fernando Victorino
Com exceção do Table 10 (menu degustação), todos os restaurantes do Margaritaville Cap Cana são super casuais em relação ao uso de bermudas e chinelos. Por isso mesmo faça uma mala com roupas leves e, no máximo, um calçado fechado, que provavelmente será utilizado apenas nos voos.
O clima é de relaxamento e descontração, seja nos shows ao vivo no lounge do Punch Bar ou no after hour que rola na Landshark, a cervejaria artesanal que funciona dentro do resort. É possível conhecer a unidade de produção instalada logo atrás do balcão. A stout fabricada por eles é tostadaça, mas sem deixar aquele amargor de herança na boca. De 15 de setembro a 27 de outubro, a Landshark promove a primeira edição da sua Oktoberfest, a festa da cerveja inspirada no tradicional evento de Munique, na Alemanha.
Landshark tem um cervejaria atrás do balcão – Foto: Fernando Victorino
Bar que encerra a noite no resort em Cap Cana, a Landshark promove uma pitoresca balada silenciosa. Munidos de fones de ouvido, cada hóspede escuta a seleção comandada pelo DJ. Todo mundo na mesma vibe, dançando por entre as mesas do restaurante. Eu nunca havia experimentado isso com estranhos. Porque em casa eu só cozinho, lavo louça e faço faxina de fone na orelha. Senti falta da minha playlist com Doobie Brothers, Stones e Mutantes.
Em alto e bom som, a reggae night pré-balada silenciosa – Foto: Fernando Victorino
Se você chegou até o fim desse texto perguntando quando diabos eu vou falar da praia, meus parabéns! Duplamente. Por sua persistência e inteligência em notar que guardei o melhor para o fim. Relaxe e curta os próximos parágrafos.
Precisa legendar? – Foto: Fernando Victorino
Praia Juanillo é linda. Sofre com sargaço e o próprio canal interno de TV do Margaritaville Cap Cana não esconde se tratar de um problema relacionado às mudanças climáticas em todo o mundo, com consequências danosas para a natureza local, a razão do êxito como destino turístico.
Caminhada na direção do trecho sem sargaço – Foto: Fernando Victorino
Esse tipo de alga, que serve de alimento para tartarugas marinhas, peixes e aves, se acumula sobremaneira na praia, motivo pelo qual vê-se um trator todos os dias recolhendo punhados delas para posterior descarte adequado.
Turistas em Praia Juanillo – Foto: Fernando Victorino
Eu e outros hóspedes fomos aconselhados a caminhar cerca de três minutos para a esquerda em relação ao mar. É nítida a diferença. Poucos passos e o típico azul caribenho surge vívido. Eu fui ao píer próximo, de onde tirei fotos sobre a água. Estava sozinho, fiz um montinho com minhas coisas e, claro, me larguei no mar morninho e claro.
Visão da praia a partir do píer – Foto: Fernando Victorino
Sensação melhor do que essa só mesmo a do amanhecer em Juanillo, com um desfile de todos os tons possíveis produzidos pelo sol no horizonte.
Portugal nasceu no norte e foi batizado por causa do Porto, mas não foi na cidade banhada pelo Douro que sua realeza fincou raízes nem de onde homens bravios partiram em caravelas para achar o Novo Mundo. Ainda assim, ela conquistou reconhecimento internacional pela bebida que ostenta seu nome, o vinho do Porto. O destino, no entanto, oferece mais do que a visita às caves da renomada bebida portuguesa.
Há muito para ver, sobretudo, contemplar a cidade do alto de seus miradouros. Para se planejar com antecedência, veja as nossas sugestões de onde ficar no Porto e o que fazer no Porto. A segunda maior cidade do país é dona de construções dotada do indefectível traço português (na Torre dos Clérigos, na Sé Catedral) e de edifícios influenciados por sua escola de arquitetura moderna (caso da Fundação Serralves, projeto do Prêmio Pritzker Siza Vieira).
Arquitetura moderna da Casa da Música – Foto: Porto CVB
A melhor época para visitar o Porto, em geral, é durante os períodos de clima mais ameno. No verão, hotéis e restaurantes se enchem de pessoas; as ruas, de sol e de vida. Nessa época, sentar à mesa para beber ou comer na beira do rio é básico de qualquer roteiro.
Não menos obrigatório do que visitar a centenária Livraria Lello, famosa entre os fãs de Harry Potter, responsáveis por transformar sua escada vermelha em um dos pontos mais instagramáveis da cidade. Andar a pé é uma forma de conhecer outros cartões-postais dignos de registro fotográfico, mas vale lembrar que a cidade tem ladeiras.
Quando a curiosidade do olhar quiser enfim descobrir o que há do outro lado do Douro, hora de cruzar a Ponte Luiz I, ir ao encontro do icônico vinho, a repousar em Vila Nova de Gaia (faça um tour pelas caves). Cidade-extensão do Porto, lar do tawny e do vintage, ela abriga desde 2020 o World of Wine (WOW), complexo que se espraia por um conjunto de armazéns restaurados. Ali, come-se, bebe-se, aprende-se. Experimenta-se o Porto por uma nova perspectiva.
World of Wine: produção de vinho – Foto: @ComoViaja
Confira abaixo o guia gratuito do Porto (Portugal), com dicas de passeios, hospedagem, restaurantes, clima, passagem aérea, compras, transporte e destinos para um roteiro combinado. Nossos guias gratuitos de viagem trazem informações práticas e completas para você se planejar para conhecer destinos brasileiros e internacionais.
Clima
A melhor época para visitar a cidade do Porto é entre maio e setembro, quando o sol brilha mais e o calor pinta com intensidade (mínimas de 12°C, máximas de 25°C). Cheia de turistas, a cidade no mês de julho pode registrar dias de altas temperaturas – há casos em que os termômetros já chegam a encostar nos 40°C.
Nessas situações, uma solução é se refrescar nas praias de Matosinhos, onde a temperatura da água oscila entre 14°C e 19°C, e beber um portonic (drink à base de Vinho do Porto branco, água tônica e limão).
Historicamente, dezembro e janeiro são os meses mais chuvosos e frios no Porto e região, mas com pouco ou quase raros registros de temperaturas negativas ou de geadas.
Preparativos
Passagem aérea
TAP mantém voos diretos do Porto para o Brasil, para os aeroportos de Guarulhos (SP) e do Galeão (RJ) – veja passagem aérea para o Porto no Skyscanner. Localizado na área metropolitana, o Aeroporto Francisco de Sá Carneiro fica a 15 quilômetros do centro da cidade. Em média, o táxi custa 20 euros para fazer esse percurso. Caso pretenda deixar o aeroporto de metrô, tome a linha E, violeta (Aeroporto – Estádio do Dragão), com saídas a cada 20 minutos (2 euros). Máquinas automáticas do aeroporto vendem bilhetes.
Visto
Não é exigido de turistas brasileiros.
Carro
Muitos viajantes chegam ao Porto de carro alugado, vindos de outras regiões do país. A ligação com a capital é feita pela estrada A1, em uma viagem de cerca de 3 horas. Consulte seu hotel para saber se o carro pode chegar o mais perto possível dele, já que há ruas da cidade com restrição à circulação de veículos. É ideal verificar também se existe vaga para parar no seu local de hospedagem ou estacionamento público ou particular nas redondezas.
Trem
A estação São Bento é a mais próxima do centro histórico. O tempo de viagem aproximado é de 3 horas, entre Lisboa e Porto a bordo de um trem da companhia Comboios de Portugal (preços entre 23,93 e 46,05 euros). Também há quem combine o destino com outras cidades da Europa usando os bilhetes de trem pela Rail Europe.
Estação de São Bento – Foto: @ComoViaja
Transporte
O metrô do Porto tem mais cinco linhas e adota tickets que variam conforme o número de zonas a serem percorridas (Z2 a Z12) e passes de um dia (7 euros) e três dias (15 euros), com direito a viagens ilimitadas, inclusive de ônibu (chamado de autocarro). Ao custo de 2 euros, a frota da cidade está conectada ao aeroporto pelas linhas 601, 602 e 3M (da meia-noite às 5h30 da manhã).
Compre euro antes da viagem ou saque nos caixas da rede Multibanco (MB), que funcionam 24 horas. Muitos ficam na rua, não dentro de agências. Tome os mesmos cuidados que você teria retirando dinheiro vivo no Brasil.
Os principais cartões de crédito são aceitos em quase todos os negócios da cidade. A conta nos bares e restaurantes já vem acrescida da taxa de serviço, mas é de bom tom deixar de gorjeta entre 5 e 10% do valor total da despesa. Nos táxis, arredonde o preço da corrida para cima.
Teleférico de Vila Nova de Gaia: linda visto do Porto
Se for usar transporte público sem comprar o Porto Card, pague com moedas e na quantia exata quando possível. No Porto também existem os charmosos bondes (elétricos), com três linhas em funcionamento e passagem a ser paga ao condutor (3 euros). E o funicular conecta as regiões da Batalha e da Ribeira (2,50 euros).
Ao visitar Vila Nova de Gaia, faça da subida de teleférico (6 euros) um programa de fim de tarde, que inclui ver do alto as caves de Vinho do Porto durante o percurso até a Serra do Pilar, cujo terraço está de frente para o pôr do sol.
Passeio tradicional: de barco pelo Douro – Foto: @ComoViaja
É possível fazer no Porto o cruzeiro das 6 Pontes no Rio Douro, travessia a bordo de um barco rabelo, responsável no passado pelo transporte de vinho das regiões produtoras até as caves em Vila Nova de Gaia. Disponível em três turnos, o tour completo de tuk tuk pelo Porto virou um modo novo de visitá-la.
Hotéis
Tem estacionamento? Essa é uma pergunta frequente de quem está à procura de onde ficar no Porto. Muitos brasileiros chegam à cidade de carro, em geral vindos diretamente de Lisboa ou percorrendo outras cidades portuguesas pelo caminho. Portanto, é bom saber que muitos hotéis no Porto não têm estacionamento, especialmente os que estão em áreas com restrição à circulação de veículos, casos do Cais da Ribeira e da Rua das Flores. Essas são duas regiões bem turísticas da cidade, conectadas a outras atrações que você certamente visitará durante sua permanência no Porto.
Na Rua da Restauração, perto da Torre dos Clérigos, o Torel Avantgarde é um hotel boutique com quartos que dão de frente para o Douro e suítes temáticas, como a que homenageia a pintora mexicana Frida Kahlo. O Eurostars Aliados é um 5 estrelas de 149 quartos e que ocupa um edifício modernista na Avenida dos Aliados, próximo ao metrô.
Rua das Flores: edifícios repaginados – Foto: @ComoViaja
Vizinho à Igreja da Misericórdia, o Porto Bay Flores tem 55 quartos em um prédio novo e 11 acomodações no palacete do século 16 situado à Rua das Flores. Na mesma via, a proposta do Casa dos Lóios é mais ou menos a igual: repaginado, o casarão de época deu lugar a um charmoso hotel, com quartos para um único viajante até famílias de seis pessoas (café incluído na diária).
Renovadíssimo 5 estrelas perto do histórico Teatro Sá Bandeira, o Pestana Porto – A Brasileira tem andares em alusão às especiarias importadas pelos portugueses no tempo da expansão marítima, entre elas, anis, canela e pimenta rosa. No coração da Ribeira, e pertencente à mesma rede portuguesa, o Pestana Vintage debruça-se sobre o Rio Douro. Faz parte do conjunto de edifícios declarados Patrimônio pela Unesco, em um dos endereços mais privilegiados da cidade do Porto.
No Cais das Pedras, o Vila Galé Porto Ribeira ocupa um revitalizado conjunto de casarões antigos e foi todo decorado com temática ligada à arte da pintura.
Duas opções na Praça da Batalha são o Mercure Porto Santa Catarina e o Legendary Porto Hotel. O primeiro apresenta quartos com cama adicional para quem viaja em família. O segundo era um Quality Inn e foi recentemente reformado. Ambos estão a uma curta distância da Igreja de Santo Idelfonso, da Estação de São Bento e do Miradouro das Fontainhas.
Para uma hospedagem básica, o Ibis Porto Mercado do Bolhão fica num renovado prédio de esquina. É o hotel para jogar água no corpo e o corpo na cama depois de muitos passeios. O minimalista Yotel tem design futurista e serviço de quarto feito por robôs.
O Sé Catedral Hotel, Tapestry Collection by Hilton tem ar festivo e fica pertinho do Cais da Ribeira e da Ponte Luiz I. A maior parte dos quartos é para duas pessoas; apenas a suíte Deluxe serve a um trio. Quem é aberto a novidades talvez curta The White Box Boutique House, cujo café da manhã pode ser desfrutado no próprio quarto ou na cozinha compartilhada da casa. Fica na Rua de Santa Catarina, repleta de lojas e serviços.
Piscina do spa com visão para o jardim do Vila Foz – Foto: @ComoViaja
Diante do Atlântico, perto de onde o Douro desagua, o Vila Foz Hotel & Spa ocupa um palacete do século 19. Seja no edifício centenário ou no prédio novo, seus quartos são de muito bom gosto e confortáveis.
Quem opta por hospedar-se em Vila Nova de Gaia encontra todo tipo de oferta na margem oposta do Douro. O requintado The Yeatman presenteia seus hóspedes com a linda visão do pôr do sol e da cidade do Porto. E ainda tem aos pés as experiências proporcionadas pelo World of Wine. Visto de fora, o Hilton Porto Gaia mais parece um caixotão feioso, impressão que se desfaz assim logo após a entrada, muito por causa da decoração sóbria e da vista singular a partir de seu bar e restaurante.
O The Lodge Hotel chama atenção pelo luxo das suítes e pelas receitas portuguesas reinterpretadas no Dona Maria. Na alça de acesso à Autoestrada do Norte, o Ibis Porto Gaia e o Mercure Porto Gaia são opções para quem quer gastar menos e confia no padrão das duas bandeiras da rede Accor.
Passeios
Um tour completo pelo Porto inclui a visita à região da Batalha, Mercado do Bolhão, Catedral da Sé e Estação de São Bento, o cruzeiro sob as pontes num barco rabelo e a ida a uma cave em Vila Nova de Gaia com degustação de vinho.
Um bom ponto de partida para conhecer os principais pontos turísticos do Porto é a Livraria Lello, que tem fila de turistas na porta para visitá-la. Ao sair, suba em direção à praça onde estão a Fonte dos Leões, a Universidade do Porto, a Igreja dos Carmelitas e a vizinha Igreja do Carmo, cuja lateral é toda revestida de azulejos. Aproxime-se e descubra entre elas a casa mais estreita do Porto, habitada até os anos 1980, hoje aberta à visitação.
Escadaria famosa da Livraria Lello – Foto: Porto CVB
Alternativa ao deixar a livraria é descer a Rua das Carmelitas rumo à Torre dos Clérigos, miradouro de onde se enxerga a cidade em 360°. Siga posteriormente na direção da Praça da Liberdade, que guarda a estátua de D. Pedro IV (Pedro I, para os brasileiros). Admire os edifícios das primeiras décadas do século 20 localizados na Avenida dos Aliados antes de alcançar a Estação de São Bento.
Dali partem trens (comboios) urbanos, regionais e inter-regionais. As paredes do saguão são a síntese da história de Portugal na forma de 20 mil azulejos em tons de azul e branco. Em versão multicolorida, a mesma linguagem trata da evolução dos meios de transporte até o advento da locomotiva a vapor.
Quem se interessa pela tradição do azulejo português pode participar do free tour dos azulejos do Porto, que passa pela Capela das Almas, Grande Bazar e Café A Brasileira, entre outros locais. Para uma viagem ao passado, meta-se pela Rua das Flores. Aberta no século 16, sua concepção urbanística foi inovadora para a época (de ambos os lados há edifícios que remontam aos anos de prosperidade da burguesia local). Vale a pena percorrê-la e notar a revitalização promovida no início dos anos 2000.
A riqueza do Palácio da Bolsa – Foto: Visit Porto
Uma atração merece mais tempo é o Palácio da Bolsa. O prédio da Associação Comercial da cidade é um exemplar neoclássico, decorado com grandes nomes da arte portuguesa. Um deles é o escultor António Soares dos Reis, cujo sobrenome batiza um museu com coleções de cerâmica, joalheria, pinturas, entre outros trabalhos.
A arte contemporânea está no centro da missão da Fundação Serralves, instituição localizada em um parque homônimo, com passarela entre as copas das árvores, a Casa de Cinema Manoel de Oliveira e um lindo edifício em art déco, projetado pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, ganhador do Prêmio Pritzker. Não muito distante dali fica a Casa da Música, arrojada obra do holandês Rem Koolhaas, voltada à difusão de todas as vertentes sonoras, do clássico à vanguarda, com visitas guiadas todos os dias.
Após quatro anos de restauração, o centenário Mercado do Bolhão reabriu em setembro de 2022, com 81 bancas. Ali, moradores e turistas continuam encontrando produtos frescos diariamente. Sob a inspiração de aromas e sabores, você pode seguir em direção aos bares e restaurantes do Cais da Ribeira, não sem antes encontrar pelo caminho (que inclui parte da Rua de Santa Catarina e Praça da Batalha) mais dois ícones do Porto, a Igreja de Santo Ildefonso e a Sé Catedral.
Em espanhol, o free tour noturno pelo Porto caminha por cenários como a Avenida dos Aliados (com seus edifícios lindamente iluminados) e o Jardim da Cordoaria.
Restaurantes
A região Norte do país ostenta cinco casas no prestigiado Guia Michelin, das quais três delas estão no Porto, com uma estrela: Antiqvvm, Pedro Lemos e Vila Foz (caçula, o restaurante do hotel homônimo entrou para a lista em 2022).
Dono de duas estrelas com a sua Casa de Chá da Boa Nova, na vizinha Matosinhos, o chef Rui Paula serve o melhor da cozinha portuense no DOP: do bacalhau ao cabrito, de mariscos a enchidos.
Conhecido entre os brasileiros como um dos primeiros jurados do reality Mestre do Sabor, José Avillez se faz presente com o descontraído Cantinho do Avillez. Já o In Diferente é um Bib Gourmand que une boa comida a preço bom.
Para provar a cozinha portuguesa de raiz em salões sem maneirismos, o Zé da Braga é reconhecido pelo bacalhau à Braga, enquanto o Casa Nanda tem nas tripas à moda do Porto um dos destaques. E o pernil assado do Antunes é apontado por muitos como imbatível.
A antológica francesinha (sanduíche de carne e embutidos coberto por queijo derretido) do Santiago colocou este café entre os 50 melhores sanduíches do mundo, segundo o site Big 7 Travel.
Portuenses apreciam carnes, estrelas em lugares como Sala Meat.ing Point, Muu e Cúmplice. Já a Biferia é auto explicativa. O Honest Greens preza a cozinha sustentável ao passo que o Brick Clérigos trabalha produtos frescos e saudáveis em pratos comidos em mesa comunitária.
Dos restaurantes em pontos turísticos, O Comercial, dentro do Palácio da Bolsa, tem menu executivo com couvert, entrada, prato principal, sobremesa, copo de vinho e meio litro de água.
Na Ribeira, Fish Fixe e Chez Lapin combinam receitas típicas com a privilegiada visão do Douro, da Ponte Luiz I e do vaivém de turistas pelo cais. E o novato Gruta está de portas abertas na Rua de Santa Catarina desde 2021.
A diária do hotel não inclui o pequeno almoço? Por que não um brunch? No Nola Kitchen ele é servido das 9 da manhã às 18 horas, de quinta a terça.
Cafés são instituições na cidade e vão dos endereços históricos (Café Guarany, Café Majestic e Café Piolho – pertinho da Universidade do Porto) a espaços modernosos, entre eles, o Moustache Coffee House, o Berry, o Bop e o C’Alma.
Eventos
O Porto vibra com festivais de música por dias e dias, mas é um santo quem bota grande parte da cidade em uma alegre vigília sem descanso por 24 horas, naquela que pode ser apontada como o evento local. São João Baptista é comemorado em 24 de junho.
Antes de tudo, é uma festa religiosa celebrada solenemente no interior das igrejas. Nas ruas ela é ruidosa. Na véspera do feriado, a animação vem regada a vinho, comidas típicas e música. Barracas espalham-se em pontos populares da cidade. E tudo converge para o Cais da Ribeira, de onde assiste-se ao espetáculo da queima de fogos, pontualmente à meia-noite.
Festa de São João em junho – Foto: Porto CVB
Junho é também mês do Primavera Sound, com apresentações ao vivo de grandes nomes nacionais e internacionais no Parque da Cidade do Porto (em 2023, entre os dias 7 e 10). O próximo ano também terá o retorno do Essência do Vinho (23 a 26 de fevereiro). O Palácio da Bolsa recebe 19ª edição, que terá como novidade a Wine & Travel Week, feira internacional de enoturismo.
Entre fim de setembro e o início de outubro, o calendário costuma ser reservado para o Festival de Francesinhas, época de saber quem prepara a mais célebre iguaria típica do Porto. No décimo mês do ano é realizado o Festival Internacional de Marionetas do Porto, que tem grande parte de suas apresentações no palco do Teatro Municipal.
Compras
A Rua de Santa de Santa Catarina é a via comercial mais movimentada do Porto, com lojas de roupas, calçados e serviços. Parte dela é voltada para o fluxo de pedestres.
A Livraria Lello é linda e famosa entre fãs de Harry Potter, principalmente por causa da mítica escada vermelha. Mas essa loja centenária vende clássicos da literatura mundial em edições super caprichadas (o ingresso cobrado na entrada pode ser deduzido do valor da compra).
A especialidade da Chaminé da Mota são os livros raros. Fica na Rua das Flores, artéria aberta em 1521 com o nome de Santa Catarina das Flores. Os edifícios barrocos que abrigaram a burguesia emergente hoje são ocupados por hotéis-boutique, cafés, joalherias e lojas como a Claus, que há 130 anos fabrica sabonetes e cosméticos em embalagens desenhadas à mão.
Em matéria de tradição, o Bazar Paris (brinquedos tradicionais, desde 1903), a Casa Lima (malas, bolsas e artigos em couro vendidos há 144 anos) e a Pérola do Bolhão (mercearia aberta em 1917) são exemplos de comércio popular de rua, frequentados por gerações de portuenses.
Mercado do Bolhão reformado – Foto: @ComoViaja
O lado contemporâneo da cidade está nas fachadas da Rua de Miguel Bombarda. O centro comercial que funciona no número 285 é sinônimo de inovação e experimentação made in Portugal.
Há opções também no entorno e na transversal Rua do Rosário, onde lojas como a CRU (roupas e acessórios) e o Colectivo Besta (craft art) esbanjam criatividade.
Com 106 lojas, o Shopping Cidade do Porto atende consumidores mais ortodoxos, adeptos de marcas internacionais, entre elas, Mango e Zara.
Inaugurado em 2020, o World of Wine (WOW) é um mundo à parte em Vila Nova de Gaia. Uma experiência imersiva e sensorial que engloba museus, restaurantes e lojas para adquirir de chocolates aos vinhos do Douro e do Porto – compre ingresso para um museu do WOW Porto.
Garrafas da bebida fortificante podem ser adquiridas também em caves como Ramos Pinto, Sandman, Taylor’s, Ferreira e Calém, abertas à visitação seguida de degustação.
Esticada
Para adeptos de roteiros enogastronômicos, o tour pela região do Douro visita vinícolas e vai até Pinhão, de onde sai um cruzeiro por um trecho do rio. Já em Leça da Palmeira, a Piscina das Marés fica aberta ao público na alta temporada (junho a setembro). É mais uma das obras by Siza Vieira.
Uma das novidades turísticas de Portugal está a cerca de 70 km do Porto. Declarado Patrimônio da Unesco, o Arouca Geopark é o lugar onde fica a maior ponte de pedestres suspensa do mundo, situada 175 metros acima do Rio Paiva.
Para conhecer as origens de Portugal, uma alternativa é fazer a excursão a Guimarães e Braga. Uma é a terra do primeiro rei português. Já a outra cidade guarda a catedral mais antiga do país. Se houver disposição, suba a escadaria de 573 degraus do Santuário de Bom Jesus de Braga ou vá ao alto no icônico elevador.
Vale conhecer também o vinho verde da região, os bordados de Viana do Castelo e Guimarães, as peças de barro figurado de Barcelos e artigos de cortiça.
Vila do Conde é uma volta ao tempo na figura da Nau Quinhentista (visitas de terça a domingo) e no Museu das Rendas de Bilro, arte secular.
Desde a época da ocupação romana, Chaves é reconhecida como estância termal, onde a água brota a cerca de 70°C, a mais quente da Europa. Junho a outubro é o período mais procurada para tratamentos e experiências nas termas locais.
Alfabetizado com os gibis da Turma da Mônica, admito ter me sentido criança novamente no Bourbon Atibaia, resort perto de São Paulo que explora em quartos e atividades o universo de personagens criados pelo cartunista Mauricio de Sousa. Isso selou o perfil familiar do hotel, facilmente avistado por quem está na rodovia Fernão Dias, no sentido de Belo Horizonte. De carro, são quase 50 km da capital paulista até a cidade de Atibaia.
Também próximo da capital, há ainda o Tauá Atibaia Resort (veja nosso review do Tauá Atibaia Resort), excelente para uma escapada, assim como o Mavsa Resort (nosso review do Mavsa Resort), único resort all inclusive em São Paulo. Mais distante, uma ótima sugestão para ir em família, com crianças e idosos, é o Hot Beach Olímpia (leia nosso review do Hot Beach Resort), colado ao parque aquático.
O Bourbon Atibaia era um hotel diferente na lembrança da Nathalia. Ela já tinha se hospedado duas décadas atrás, quando havia pouca estrutura de lazer e mais aquele jeitão de hotel de convenções. A ligação do resort da Turma da Mônica começou há 15 anos e hoje oferece benefícios exclusivos a crianças em todos os resorts da rede, graças ao programa de relacionamento Clube Bourbon.
Como é o resort perto de SP
Para começar, no Bourbon Atibaia Resort há duas suítes temáticas, uma da Mônica e outra do Cebolinha. Elas são decoradas de cima a baixo, não devendo em nada ao que é encontrado em quartos de hotéis com motivos de personagens mundo afora (o armário tem o fundo estampado com a sequência de vestidinhos vermelhos da Mônica).
Com que roupa eu vou?: interior do armário, no resort perto de SP
Os quartos ficam no 7º andar e fazem muito sucesso entre adultos, inclusive. A gente por aqui é fã da Turma da Mônica. No hotel de Atibaia, os personagens tiram fotos com os hóspedes no teatro, de acordo com uma agenda. Os dias e horários estão disponíveis em um aplicativo que concentra ainda toda a programação de entretenimento e lazer do resort.
Bourbon Atibaia: Turma da Mônica em sessão de fotos
Dividida em seis faixas etárias, ela indica quando começa e onde cada atividade é realizada – a sessão de fotos, por exemplo, exige retirada de senha. Os horários do app são atualizados com frequência, então vale acionar os alertas.
Construído originalmente como centro de convenções, o Bourbon Atibaia Resort é um prédio labiríntico, com salas e mais salas, sobretudo nos andares abaixo da recepção. Em algumas delas, hoje em dia, são promovidas atividades como sessões de auto maquiagem e degustações de vinho. Abertas a adultos, as vagas são limitadas e a inscrição deve ser feita na central de lazer do hotel. Ainda há convenções nele, mas nada que afete a experiência de lazer de quem se hospeda.
Suíte Superior Plus pode ser com ou sem carpete
Nath, Joaquim e eu passamos duas noites na suíte Superior Plus (não há carpete em algumas unidades do 7º e 9º andares, mas a nossa tinha). Renovada, a suíte é equipada com duas camas queen, banheiro com ducha, cofre, TV, frigobar, mesa para trabalho, ótimo wifi e um bom armário (gravei um off dentro dele, coisas da vida de locutor em viagem).
As montanhas, a cidade e a Fernão: ruído zero
A varanda fica de frente para Atibaia e as montanhas no horizonte. Apesar de a Fernão Dias poder ser vista do quarto, o som da estrada é isolado pela porta antirruído.
O que fazer no Bourbon Atibaia Resort
Se pegar dias de sol e céu limpo como os que vivemos, curta as piscinas climatizadas. A Grand Pool fica perto da recepção e tem uma passagem submersa conectada ao trecho dela coberto, com a água a 30°C (se quiser, dá para acessá-la também pela entrada ao lado do ponto de retirada de toalhas).
Outra piscina, coberta e aquecida, funciona dentro do Wellness Center, no mezanino, onde também estão o Spa Mandí, as saunas seca e a vapor, a sala para meditação e yoga e a academia de ginástica, com equipamentos e instrutor.
Grand Pool, climatizada e pertinho da recepção
Para acessar o Sports Park, principal área de lazer, existem duas alternativas: descer caminhando ou a bordo do trenzinho puxado por um jipe, forma charmosa que Nathalia e eu escolhemos para passear. Com saídas a cada 15 minutos, ele parte da frente do hotel e passa por estações determinadas, como a que fica em frente ao Sítio do Vovô e ao Espaço Chico Bento, uma das áreas temáticas da Turma da Mônica no Bourbon Atibaia Resort.
Nath e Rosinha, no Espaço Chico Bento
A maior parte da infraestrutura de lazer fica na parte baixa da propriedade, com o prédio de apartamentos em destaque no alto. No Sports Park estão atrações como o Navio da Turma, dentro da Splash Pool. Lançadores de água e escorregadores animam a brincadeira nesse barco pirata. Ali ao lado fica a piscina semi-olímpica.
No app dá para saber a rotina de brincadeiras promovidas pela equipe de recreação, cujo número de colaboradores subiu de 20 para 80 desde que o resort decidiu investir na oferta de lazer.
Navio na piscina do hotel com a Turma da Mônica
Arvorismo, trilhas, quadras, ginásio poliesportivo, campos de futebol, parede de escalada, playground, arco e flecha, paintball. Difícil voltar para casa sem encontrar algo para fazer entre as muitas atividades incluídas na diária.
No Fun Place ficam espaços como a Fofolândia (até 3 anos) e o Mundo Espacial da Mônica (3 a 12 anos). Nesse piso do hotel estão ainda boliche e fliperama, alternativas de lazer pagas por fora. Ou seja, acho que nem o Do Contra seria capaz de não se divertir por lá. Se reclamasse da falta de opções, não seria o Do Contra. Louco, talvez.
Turma da Mônica até no espaço, no Bourbon Atibaia
O Bourbon Atibaia Resort funciona em regime de pensão completa (bebidas não alcoólicas incluídas nas refeições). Café, almoço e jantar são sempre servidos no mesmo espaço. Há ainda três restaurantes de especialidades, todos pagos à parte: Cave Bistrô (exclusivo aos adultos, seu menu harmoniza com vinhos da adega); Kibô (comida japonesa) e o Dom Gaetano (culinária italiana, com ótima mesa de antepasto).
Bourbon Atibaia Resort, com pensão completa
Como recebe muitas crianças, o hotel mantém tanto um menu infantil quanto um cardápio de papinhas (pode ser solicitado previamente). E uma copinha do bebê está equipada com ingredientes e utensílios. Salvo em casos de dieta especial, tudo à disposição no buffet do restaurante pode ser consumido sem sustos por meninos e meninas, independentemente da idade. Quem me disse isso? Magali, claro.
Quem procura o que fazer em Campos do Jordão encontra uma lista considerável de passeios por lugares na Serra da Mantiqueira.O Capivari garante a maior oferta de entretenimento noturno e também muitas opções de onde ficar em Campos do Jordão, já que o mais famoso bairro fornece o mix perfeito de lojas, restaurantes e bares, como a cervejaria Baden Baden. Mas, se você quiser longe do movimento do centrinho turístico, uma opção é o Hotel Toriba, com boa estrutura na entrada da cidade.
Viagem para Campos do Jordão
As nossas listas com sugestões são constantemente atualizadas. Fazemos uma apuração jornalística para chegar a essa curadoria. No caso de hospedagem, incluem apenas opções com boa avaliação nos sites de reserva.
Durante o dia, as melhores atividades ao ar livre na cidade estão em locais como o Morro do Elefante. Ele é um dos pontos turísticos de Campos do Jordão mais conhecidos, ao lado do Horto Florestal, lugar onde o visitante realiza atividades de ecoturismo em meio a uma expressiva área de Mata Atlântica. A natureza também se impõe no Museu Felícia Leirner. Ali, um conjunto de esculturas divide espaço com o auditório Cláudio Santoro, a casa do tradicional Festival de Inverno de Campos do Jordão.
É indiscutível que o frio empresta um charme a mais à cidade, como explicamos em nosso guia de viagem gratuito de Campos do Jordão.Porém,quando a temperatura cai, a alta temporada registra aumento de preços e de pessoas circulando. Época em que visitar os jardins do Parque Amantikir se torna tarefa mais ingrata, ainda mais nos fins de semana.
Pontos turísticos de Campos do Jordão
Para sua escolha, listamos a seguir os principais passeios para você se planejar e conseguir decidir o que fazer em Campos do Jordão nos seus dias de viagem. Confira:
Vila Capivari
O centrinho turístico de Campos do Jordão é famoso pelo estilo alpino de suas construções. A Rua Djalma Forjaz ferve com o tanto de restaurantes, bares e chocolaterias. Há também um grande número de pousadas e hotéis no entorno. A região concentra ainda shoppings e outros centros comerciais. Se você não gosta de aglomeração, evite a região. Principalmente no inverno.
Capivari, o bairro que concentra diversão dia e noite
Parque Capivari
Concedida pelo Governo do Estado à iniciativa privada, a atração é facilmente identificada pela roda-gigante de 22 metros de altura. Nas versões clássica e caravela, os pedalinhos costumam atrair pais e filhos. Crianças pequenas também se interessam pelo circuito de aventura, com arvorismo e escalada. Depois da reforma, o tradicional teleférico é composto por cadeiras para até 6 pessoas ou cabines com capacidade para 8 pessoas. Tem ainda uma trenó de montanha, com percurso de 485 metros e velocidade de até 40 km/h. Pagas à parte, as atrações também são vendidas em combos. Praça de alimentação, banheiros e estacionamento completam a infraestrutura.
Pedalinho e roda gigante ao fundo, atrações do Parque Capivari
Morro do Elefante
Desde 1971, a graça de chegar ao mirante mais famoso de Campos do Jordão estava em subir de teleférico a partir do Capivari. As modernas cabines e as novas cadeirinhas mantêm a emoção da subida. Lá do alto dá para ter ideia do tamanho da cidade, tirar fotos da paisagem e ao lado das estátuas de elefantes e mamutes. Há lojinhas e opções para comer e beber.
Morro do Elefante, cartão-postal de Campos do Jordão
Bondinho turístico
Na bilheteria da estação Emílio Ribas dá para comprar duas opções de passeio dentro da cidade: o mais curto dura 25 minutos e liga o Capivari ao bairro Abernéssia; o trajeto que vai do centrinho turístico até o portal de entrada de Campos do Jordão tem duração de 45 minutos.
O passeio no bondinho que corta Campos – Foto: Tadeu Sales PMCJ
Horto Florestal
O nome oficial é Parque Estadual de Campos do Jordão. Fica a 30 minutos de carro do Capivari. Programa para um dia inteiro, se quiser. Além do aluguel de bicicleta, a Zoom Aventura oferece a travessia de 14 pontes na altura da copa das árvores e dois circuitos de tirolesa sobre o Rio Sapucaí. O maior deles fica a 60 metros do chão e se estende por quase meio quilômetro. O parque tem ainda trilhas para todos os níveis de praticante. Restaurantes, chocolateria e uma cervejaria seguem o ritmo de funcionamento do Horto, das 9 às 17 horas. Trenzinho e pedalinho fazem sucesso com crianças menores. Aventureiros podem experimentar dormir uma noite no Aventoriba Lodge, inaugurado em 2021.
No Horto Florestal, dá para alugar bike
Ducha de Prata
Dica de passeio gratuito e fácil de realizar. As quedas d’água artificiais criam um cenário bucólico. Pelas passarelas instaladas no local desfilam turistas para as lentes dos celulares e das câmeras. Lojas e bancas vendem lembrancinhas, roupas e chocolates. Muito indicado a famílias.
Bosque do Silêncio
O nome sugere paz e tranquilidade em meio às árvores e pelos quase 2 km de trilhas. Essa é mais ou menos a mesma distância da estrutura de arvorismo criada pela Altus. A empresa de turismo ecológico que opera dentro do bosque oferece também tirolesa, paintball e minigolfe. A choperia Baden Baden tem biergarten ali. Um café funciona próximo ao estacionamento e à bilheteria. Há banheiros com acessibilidade.
Parque da Floresta Encantada
Aqui as crianças viajam nas histórias que celebram a fantasia e a imaginação. Branca de Neve e Papai Noel têm casinhas onde meninos e meninas podem entrar e explorar à vontade. O parque reúne outras construções, todas ligadas à temática da magia. Há uma lanchonete no local e um quiosque para quem quiser fazer piquenique. Não aceita cartão de crédito.
Romantik Dalen
Casais que escolhem Campos como destino romântico encontram no Romantik Dalen um parque temático que celebra o amor. Percorrê-lo a pé não custa nada. Quem deseja casar de mentirinha pode escolher entre três versões de cerimônias, todas pagas. Ah, e o que ocorre no Capivari morre no Capivari.
Iceland, bar de gelo
Atração auto-explicativa onde tudo, das paredes ao mobiliário, é inteiramente feito de gelo. A temperatura ambiente oscila entre -15° e -20°, suportáveis graças a casacos e luvas emprestados na entrada. A experiência dura 20 minutos, tempo máximo permitido devido ao frio intenso. O ingresso dá direito a duas bebidas, alcoólicas ou não. No cardápio, vodka, chocolate quente e drinks resfriados em nitrogênio para manter o clima. Bar não é recomendado para azaração… afinal, fica complicado quebrar o gelo. Uma segunda casa, chamada Aventura no Gelo, foi aberta em frente à Praça do Capivari.
Tour em cervejarias
Campos de Jordão se tornou um pioneiro polo produtor de cerveja artesanal em 1999, quando a Baden Baden abriu sua fábrica na cidade. Até hoje é possível visitá-la para entender o processo de produção e experimentar alguns estilos da bebida. O mesmo vale para quem for ao Parque da Cerveja, lar da cerveja Campos do Jordão, que também oferece tour guiado seguido de degustação. Caras de Malte e Gard não são cervejarias abertas à visitação.
Tour na fábrica dentro do Parque da Cerveja
Parque da Cerveja
O espaço reúne a fábrica da cervejaria Campos do Jordão, um museu a céu aberto com painéis que contam a milenar história da bebida, o restaurante Alto da Brasa e o Mirante Mantiqueira. Nessa plataforma erguida a 140 metros de altura é possível ter visão 180 graus das montanhas e do pôr do sol. Da entrada às atividades, todas as atrações são pagas.
Mirante Mantiqueira e o mar de montanhas
Jardins do Amantikir
Do estilo geometrizado francês ao modo orgânico japonês, o conjunto de 28 jardins temáticos chama a atenção pelo cuidado e capricho como são apresentados. É possível conhecê-los individualmente ou na companhia de guias do local. A moldura vinda da Áustria é um dos muitos pontos instagramáveis, todos eles tendo sempre a imagem de flores e plantas ao fundo. Uma casa na árvore mobiliada (o criador do jardim morou nela por 3 meses) faz fila e atrai a curiosidade das crianças. Visite o Amantikir logo que abrir (9 horas) ou duas horas antes do fechamento pontual (16 horas). Lota nos fins de semana, feriado e alta temporada.
Fazendinha Toriba
A vida no campo é apresentada à criançada neste espaço ligado ao tradicional Hotel Toriba. Animais como galinhas, ovelhas e vacas estão lá para serem acariciados e alimentados, tudo sob a supervisão dos tratadores. A visita à horta onde estão verduras servidas no hotel também faz parte do roteiro. Uma hamburgueria está aberta em alguns dias da semana.
Na Fazendinha Toriba, é possível alimentar os bichos
Parque Tarundu
Local para quem ama ação e aventura, o Parque Tarundu tem de tiro esportivo e tiro com arco a lúdicos passeios de pôneis. Bóia Cross, circuito de arvorismo e dois estilos de tirolesa são outras opções de diversão. Paga, a entrada no complexo permite circular por instalações como a hípica, as trilhas, o mirante e ainda dá acesso ao restaurante que fica no centro do parque. Para quem tem muita disposição de brincar nas cerca de 15 atrações, o passaporte Tarundu é uma alternativa. Tickets comprados no site do parque saem mais baratos do que na bilheteria.
Circuito de arvorismo do Parque Tarundu, na entrada da cidade
Palácio Boa Vista
A residência de inverno do Governador de São Paulo é desde 1970 um centro cultural e artístico. Gratuita, a visitação é realizada de quarta a domingo, em dois períodos: das 10 da manhã ao meio-dia e entre 14h e 17 horas, sempre mediante retirada de senha. O tour é guiado por monitores que contam a história da construção em estilo Tudor, composta por 105 aposentos. Entre as cerca de 1.800 obras de arte estão pinturas de Tarsila do Amaral. Destaque para a capela São Pedro Apóstolo, projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha.
Palácio Boa Vista, centro cultural – Foto: Sérgio Biagioni/Divulgação
Museu Felícia Leirner
Um conjunto de 85 esculturas da artista polonesa estão espalhados pelos jardins da propriedade, que também abriga o auditório Cláudio Santoro, palco do tradicional Festival de Inverno de Campos do Jordão. Em algumas áreas indicadas é possível fazer piquenique. O museu tem um café e uma livraria. Funciona de terça a domingo (dia e entrada gratuita), das 9h às 18 horas.
Festival de Inverno de Campos do Jordão – Foto: Sérgio Biagioni/Divulgação
Museu Casa da Xilogravura
A arte da impressão sobre papel a partir de uma matriz entalhada em madeira motivou a criação deste museu particular em 1987. Trabalhos de quase mil artistas fazem parte do acervo exposto ao público de quinta a segunda. Funciona das 9 da manhã ao meio-dia e das 14h às 17 horas.
Em 2021, quando Nathalia publicou um trechinho de vídeo no Instagram mostrando a varanda de uma suíte do Vila Galé Cumbuco, resort all inclusive perto de Fortaleza (reserve aqui), na hora teve gente querendo saber detalhes da acomodação, o que está incluído na diária, como funciona o hotel no Ceará e até o número do quarto, para poder ter a mesma vista voltada para o mar em caso de reserva no futuro.
De volta ao resort, quase dois anos mais tarde e sozinho, fiquei hospedado no apartamento família, com duas camas de casal unidas e uma terceira montada ao lado. A configuração do quarto era só um pouco diferente da suíte standard em que Nath e eu dormimos da vez anterior. Naquela época, o Vila Galé Cumbuco havia acabado de inaugurar uma ala nova de apartamentos com vista para a praia.
Suíte familiar pode ter até 2 camas de casal
O hotel Vila Galé Cumbuco está localizado a 45 km do aeroporto de Fortaleza. A estrada (CE-085) que liga a capital do Ceará ao município de Caucaia é boa, com pista dupla. Já o caminho final (CE-090) apresenta irregularidades no piso. Se for dirigir, como fizemos da primeira vez, tenha cuidado. Alugamos um carro na ocasião. Era a nossa primeira viagem de avião depois de um ano e sete meses quietinhos em casa por conta da pandemia, como contamos no Como Viaja | podcast de viagem.
Suítes da ala nova têm vista para o mar
Como é o Vila Galé Cumbuco
O Vila Galé Cumbuco (clique no link para reservar) é uma das duas unidades da rede portuguesa no litoral do Ceará – em 2022, estive no all inclusive Vila Galé Alagoas, aberto pela marca perto de Maceió. O primeiro hotel no Brasil é o Vila Galé Fortaleza, na Praia do Futuro, onde Nath e eu também nos hospedamos durante os dias que passamos na capital do Ceará.
Em Caucaia, o resort tem 488 apartamentos e 49 chalés, todos com TV, wifi e frigobar. Nas duas oportunidades, a cama se mostrou muito confortável. E o ar refrigerado deu conta de suprimir o calor em ambas as viagens: primeiro, na primavera; agora, no fim do outono. Por isso mesmo, bote roupas leves na mala. Até porque o vento que sopra no Ceará traz mais alívio do que sensação de frio.
O estado do Nordeste é pródigo nesse fenômeno natural (a alta temporada vai de agosto a novembro). Não raro, a ventania na praia nessa época levanta areia demais, incomodando no contato com a pele.
Quem melhor aproveita os bons ventos são os praticantes de kitesurf e windsurf, espalhados por quase todo o litoral. Próximo ao hotel Vila Galé Cumbuco, a Lagoa do Cauípe é point desse esporte.
Kites no céu na Lagoa do Cauípe, pertinho do resort
No centro do Vila Galé (reserve aqui), a piscina vira o ponto de encontro das atividades promovidas pelo time da recreação. Muita gente passa o dia só ali, à beira d’água, alternando idas ao bar molhado e ao buffet do restaurante próximo (a partir das 11 horas, há opções de churrasco e porções para petiscar até o entardecer).
Piscina e bar molhado: vazios às 7 da manhã, claro
Quem não tem preguiça de abandonar a piscina costuma dar um pulo no Versátil, onde são servidos café da manhã, almoço e jantar diariamente. Aos sábados, a feijoada traz pertences separados.
Acima do restaurante principal do resort fica a pizzaria Massa Fina, que faz parte das opções à la carte (conforme o número de diárias, o hóspede tem direito a jantar em um deles). As redondas são boas e não diferem em nada daquelas servidas às vezes no Versátil (achei até melhores durante minha segunda estada no hotel). Do restaurante Inevitável, destaco o sedoso creme de abóbora da entrada.
Buffet de café da manhã do Versátil na nossa 1ª visita
Entre as minhas duas passagens, notei menos desperdício no buffet (acho melhor que o macarrão seja feito na hora do que pegá-lo ressecado no rechaud, por isso vale esperar na fila). Percebi também a preocupação frequente com a limpeza das estações de comida e retirada de pratos sobre as mesas.
O serviço de garçons precisa de ajuste fino na hora de solicitar alguma bebida. Recomendo levantar-se e pegar por conta própria. É um mega problema? Evidentemente que não. O serviço de resort pode não levar tão à risca essa formalidade. Mas fica o registro. O chope Brahma do Versátil é o mais gelado do hotel.
Lazer inclui campo de futebol de grama (ao fundo)
Como em todo resort all inclusive não faltam a academia, o clube infantil, campo e quadras. A maior unidade do spa Satsanga fica no hotel Vila Galé Cumbuco (veja mais aqui). Um labirinto de salas de tratamento, saunas seca e a vapor, hidro e piscina coberta. Afastado da praia e da piscina principal, o silêncio prevalece no spa, proporcionando o relaxamento necessário em um ambiente assim.
Eu passei 3 horas lá dentro. Fiz uma sessão de 60 minutos de massagem relaxante com o azeite de oliva produzido pela própria rede Vila Galé, que também tem as marcas de vinho Santa Vitória e Quinta do Val Moreira, tudo genuinamente português.
Cumbuco tem o maior spa Satsanga da rede Vila Galé
Ao azeite foram misturados óleos essenciais (menta, capim-limão e alecrim) e açúcar mascavo (usado na etapa inicial de esfoliação). Do Carmo, há 8 anos no spa, foi muito simpática e competentíssima na execução da massagem. O resultado da minha experiência no Satsanga eu descrevi no Instagram.
Pé na areia, o Vila Galé mantém espreguiçadeiras na praia. Não há bar de apoio. Fazer uma caminhada seguida de mergulho no mar é recomendável. O hotel no Cumbuco não esconde o orgulho dessa ser a única praia cearense certificada com Bandeira Azul, pela qualidade da água e controle ambiental.
Desde 2022, os quase 32 km de litoral da região são monitorados pelo Instituto de Meio Ambiente de Caucaia. Autônomo, atua com recursos próprios.
Caucaia tem a única praia certificada do Ceará
Licenciado pelo ICMBio, o trabalho dos agentes do IMAC tem incluído a localização e a abertura de ninhos de tartarugas. Bem em frente ao Vila Galé Cumbuco, eu presenciei o nascimento de filhotes da espécie conhecida popularmente como tartaruga-de-pente.
Outros ninhos estão sinalizados com placas por toda a faixa de areia. A temporada de abertura vai de dezembro a julho. Se viajar com criança, vale ficar atento. Elas se encantam com a fofura dos animais.
Tartarugas dão os primeiros passos rumo ao mar
Durante o ano todo, os passeios de buggy são a principal atração de quem está hospedado no Vila Galé Cumbuco. As dunas visitadas estão próximas às lagoas do Banana e de Parnamirim. Em breve, a região vai ganhar uma filial do Alchmyst, clube de praia que está entre as opções de o que fazer em Jericoacoara.
Passeio de buggy: rolezinho clássico no litoral do Ceará
Depois do jantar, parte dos hóspedes se transfere para a área externa logo após a recepção. Ali rolam apresentações de música ao vivo, com repertório que vai da MPB à sofrência. De quinta a sábado, a boate Blues & Soul abre nos fins de noite. Entre 23h e 3h30, uma estação com lanches rápidos funciona ao lado do bar Fidélio. Última oportunidade de beliscar algo antes de cair na cama e recarregar a pilha para um novo dia.