Categoria: Comida e Bebida

  • Restaurante medieval de salsicha, em Nuremberg

    Restaurante medieval de salsicha, em Nuremberg

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    Cabral nem tinha dado com os burros nas águas brasileiras, e o Zum Gulden Stern já servia salsichas em Nuremberg. Fundado em 1419, o restaurante prepara e serve a legítima Nürnberger Rostbratwurst.

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaAssim que chegamos à cidade alemã fomos almoçar no Zum Gulden Stern, a convite do Turismo de Nuremberg. Foi uma ótima recepção, tanto pela qualidade da comida quanto pelo aspecto histórico do lugar. Depois, ao longo dos dias, comemos a salsicha de Nuremberg também na versão drei im weggla, sanduíche de rua.

    Logo na chegada ao Zum Gulden Stern, a arquitetura se destaca. A casinha é linda. Nem parece que teve de ser reerguida após a Segunda Guerra, assim como quase todo o centro histórico de Nuremberg – 90% foi destruído com os bombardeios. Por dentro, também mantém o clima de Idade Média, com muita madeira e pedra na decoração.

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaNA BRASA

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaDá para ver as salsichas sendo feitas na grelha sobre o fogo. O restaurante não cozinha ou frita nada previamente. O calor da chama prepara a salsicha e deixa a casquinha crocante, uma delícia!

    O Zum Gulden Stern batizou a salsicha de Nuremberg de ‘röstla’. Como rost significa ‘grelhar’ em alemão e esse é o modo tradicional de preparo, o restaurante resolveu chamar assim. A salsicha ainda é fabricada lá mesmo, seguindo a receita original dos velhos tempos. Daí esse tipo de restaurante ser chamado de Bratwursthaus, algo como ‘casa que faz Bratwurst, a salsicha de Nuremberg’.

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaPedimos a porção com 6 röstlas (7,20 euros). O Zum Gulden Stern oferece ainda a opção de 8 salsichas (a 8,90 euros), 10 (por 10,60 euros) ou 12 (a 12,30 euros).

    A salada de batatas estava deliciosa. Huumm… Os pedacinhos desmanchavam. Não faltou o chucrute (em alemão, sauerkraut). Os dois acompanhamentos custam 2,10 euros cada e são feitos por produtores locais. O restaurante prestigia os fazendeiros da região de Nuremberg, comprando legumes e verduras.

    COZIDA COM VINHO

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaTambém é possível pedir a salsicha cozida, chamada de saure zipfel (em português, algo como ‘fim azedinho’). Preparada lentamente com água, vinagre, cebola, vinho e especiarias, essa genuína versão tem sabor acentuado. Se come acrescentando mostarda amarela. Fica bem interessante.

    Paladares mais ortodoxos provavelmente vão gostar da salsicha na brasa. Nós achamos a grelhada mais gostosa, mas aprovamos as duas maneiras.

    VALE SABER

    Endereço: Zirkelschmiedsgasse,26

    Horário: Todos os dias, das 11 às 22 horas

    Site: www.bratwurstkueche.de

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

  • Comida de rua na Alemanha, com salsicha de Nuremberg

    Comida de rua na Alemanha, com salsicha de Nuremberg

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    Para comer como um local em Nuremberg, na Baviera, procure uma das várias barraquinhas espalhadas pelo centro histórico da cidade da Alemanha ou um restaurante histórico de salsichas (nós fomos ao Zum Gulden Stern). Nas ruas, as barraquinhas vendem um delicioso sanduíche feito com salsicha: o drei im weggla. Significa algo como ‘três no pão’ – drei é ‘três’ em alemão. O trio do sanduíche é de Rostbratwurst, salsicha típica de Nuremberg.

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaEu já tinha provado o drei in weggla em 2011, quando estive na feira de Natal da cidade, a mais famosa da Alemanha. Agora em 2014 fiz questão de voltar com meu marido, Fernando, e nosso filho, Joaquim, à mesma barraquinha da praça central de Nuremberg. Queria dividir com eles o prazer e a lembrança daquele momento especial. Não sabia se ela estaria lá porque não havia feira de Natal – era abril. Mas estava!

    Essa barraquinha fica no lado da praça oposto à igreja, bem em frente ao supermercado local. O drei in weggla custa 3 euros, preço médio cobrado pelas outras vistas nas praças e ruas de pedestre do centro histórico.

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaPrimeiro, comi do modo tradicional, com chucrute. A moça abre o pão, põe três salsichas (no plural, Bratwürste) e, sobre elas, o preparo de repolho. Quem não curte pode pedir sem. A mostarda fica lá para se servir à vontade.

    Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViajaNo repeteco, fiquei só no pãozinho com Rostbratwurst porque sabia que teria um sócio. Não é que Joaquim espichou o olho assim que viu nosso drei im weggla?

    Pós Viagem, Alemanha - Nathalia Molina @ComoViaja (5) Alemanha, Salsicha de Nuremberg, Viagem - Foto Nathalia Molina @ComoViaja

  • Compras, história e gastronomia na Galeries Lafayette, em Paris

    Para compras ou não, ir à Galeria Lafayette, em Paris, vale muito. Leia sobre a história da loja, marcas, endereço e funcionamento. A linda cúpula do prédio no Boulevard Haussman rende foto na certa e o rooftop no verão tem gastronomia com vista

    ATUALIZADO EM 7 DE MAIO DE 2018

    Depois do Musée du Louvre, a Galeries Lafayette é o lugar mais visitado da capital francesa. Com 70.000 m² de área, a primeira loja de departamento da Europa recebe em torno de 100.000 visitantes por dia em seu endereço, no Boulevard Haussmann. Não é para menos, a loja de departamento — chamada em francês de magasin — é mais do que um lugar de compras. Fez história e é de fato um ponto turístico de Paris. O ano inteiro vale a pena entrar no prédio nem que seja para apreciar a beleza (e tirar muitas fotos) de sua linda cúpula. E espiar as novidades em moda e cultura.

    CÚPULA DA GALERIES LAFAYETTE – Foto: Rémy Marion/Divulgação

    Para a temporada 2018 do verão europeu, já está aberto o restaurante La Paillote, no terraço da loja de departamento. O menu enxuto propõe os sabores frescos do Mediterrâneo, com saladas, queijos, tortas e sobremesas. A atmosfera do La Paillote pretende recriar o clima da ensolarada Riviera Francesa. O Cube Bar, também na cobertura, é um ótimo lugar para assistir ao pôr do sol com um drink.

    VISTA DE PARIS DO TERRAÇO DA GALERIA LAFAYETTE – Foto: Divulgação

    Valorizar a tradição não impede a Galeries Lafayette de inovar constantemente. A loja de departamento abre outra unidade parisiense em janeiro de 2019, conforme divulgado em evento em São Paulo, em outubro de 2017. O novo endereço será na elegante Avenue des Champs-Élysées. No mesmo mês, a Galeries Lafayette passa a ter um ponto de venda na Eataly, em São Paulo.

     

    Dicas e compras na Galeria Lafayette

    Veja os destaques da tradicional loja de departamento de Paris para conferir na sua próxima visita à capital francesa:

    MARCAS DESEJADAS E MUITOS SAPATOS

    Ao todo, a loja exibe 3.500 marcas, entre as mais famosas e cobiçadas do mundo. Só a área de calçados femininos ocupa 3.000 m² dos 15.000 m² voltados à moda. O espaço para lingerie, inaugurado em 2013, dispõe de 50 marcas de moda íntima, meias e roupas de banho, além de uma área para tratamentos de beleza.

    Galeries Lafayette, Paris, Moda Feminina, França - Foto Retirada do Site Oficial

    Galeries Lafayette, Paris, Calçados Femininos, França - Foto Retirada do Site Oficial

    Galeries Lafayette, Compras, Paris, La Suite, França - Foto Divulgação

    La Suite, apartamento de 400 metros, recebe clientes que buscam conselhos de moda personalizados num espaço particular, sem ter a impressão de estar dentro de uma loja de departamento. Enquanto escolhem suas compras, podem comer macaron e beber champanhe.


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    Com 8.000 m², a área dedicada aos homens está distribuída em três pisos, que vendem roupas, calçados e perfumes. No 2° andar da Lafayette Homme, um pedacinho onde o Paris Saint-Germain, atual time do craque brasileiro Neymar, dita a moda.

    ESPAÇO DO PARIS SAINT-GERMAIN

    DECORAÇÃO E VITRINES DE NATAL

    Se sua viagem a Paris for em dezembro, saiba que as vitrines de Natal nas lojas da capital francesa são imperdíveis. Na Galeries Lafayette, além de ver os enfeites e a animação nas vitrines, entre para ficar de queixo caído com a árvore montada no centro da loja, bem embaixo da deslumbrante cúpula.

    ARTIGOS PARA CASA

    Em cada um dos 5 pisos do espaço Maison et Gourmet, os artigos estão relacionados a casa e decoração. Uma aldeia com mercearia e açougue foi montada no subsolo, que explora o hábito de ir à feira.

    CASA E DECORAÇÃO NA LOJA

    GASTRONOMIA E VINHOS FRANCESES

    A loja tem em torno de 20 espaços para quem quer desfrutar da boa mesa, de um lanche a uma refeição de fato. No terraço, por exemplo, além de comer, é possível ver Paris e sua famosa Torre Eiffel durante o verão. O La Pailotte, restaurante com pratos frescos inspirados na gastronomia do Mediterrâneo, já está em funcionamento para 2018.

    RESTAURANTE NO TERRAÇO, COM A TORRE EIFFEL NO HORIZONTE

    Renomados chocolatiers, como Alain Ducasse, vendem seus produtos na Galeries Lafayette. Para apreciadores de vinho, cerca de 1.000 rótulos de Bordeaux estão na Bordeauxthèque, inspirada no desenho de uma biblioteca do século 17. Na Lafayette Gourmet, com 3.500 m², estão à venda sofisticados produtos de mercearia.

    Galeries Lafayette, Paris, Vinho Bordeaux, Bordeauxthèque, França - Foto Retirada do Site Oficial

     

    História e arte na loja de Paris

    Chamar a Galeries Lafayette de loja de departamento, uma tradução livre para o português, tira parte do glamour e da elegância que o endereço detém. Foi inaugurada em 1893, na Rue La Fayette, pelos primos Alphonse Kahn (1864-1927) e Théophile Bader (1864-1942), vindos originalmente da região da Alsácia. Se parecia mais com um armarinho, que apresentava as novidades à clientela em seções (galerias), o que acabou dando origem à expressão Aux Galeries Lafayette.

    Localizada na esquina com a Rue de la Chaussée d’Antin, a loja ficava próxima da ópera e dos grandes boulevards de Paris. O que começou com 70 m² já ocupava o número 1 inteiro da La Fayaette em 1896 e se expandiu por outros imóveis do Boulevard Haussmann e da Rue de la Chaussée d’Antin em 1903. Virou um símbolo de luxo em 1912, após a renovação do prédio da Haussmann.

    Na década de 1980, o térreo da loja foi reformado e passou a ter produtos de marcas de renome. De então até 1999, os prêmios do Festival da Moda, criado para a Galeries Lafayette, escolheram modelos desenhados para a loja. O magasin convidou famosos diretores artísticos como Karl Lagarfeld para expor suas produções.

    A Galeries Lafayette reforçou seu vínculo com a criação contemporânea, inaugurando a Galerie des Galeries em 2001. Com entrada livre, o espaço no 1º andar junta arte e design com moda. Em 2013, os 3 pisos da loja foram restaurados para que o visitante tenha uma visão geral da Galeries Lafayette lá dentro.

    VITRINE DA GALERIES LAFAYETTE

    VALE SABER

    Endereço: 40 Boulevard Haussmann, Paris

    Horário de funcionamento: De segunda a sábado, das 9h30 às 20h30 — a Lafayette Gourmet abre 1 hora antes e fecha 1 hora depois. Aos domingos, todas as áreas da loja funcionam das 11 às 19 horas.

    Dica: A loja oferece visitas guiadas gratuitas para grupos de 10 a 20 pessoas. Com 45 minutos de duração, devem ser reservadas pelo email patrimoine@galerieslafayette.com.

    Site: galerieslafayette.com/pt-br



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  • Restaurant week de Montréal: MTL à Table, gastronomia a preço fixo

    MTL à Table, a restaurant week de Montréal, tem gastronomia a preço fixo, desde 21 dólares canadenses. Participam 175 restaurantes. Há ainda tours temáticos, eventos especiais e até brunch

    ATUALIZADO EM 19 DE SETEMBRO DE 2017

    Gastronomia em Montréal a preços reduzidos. A restaurant week de Montréal, chamada de MTL à Table, chega à sua 6ª edição e oferece 15 dias de jantar com menu de valor fixo em 175 restaurantes da cidade do Canadá. São menus com entrada, prato principal e sobremesa. E, como em 2017 Montréal comemora seus 375 anos, os ingredientes originários da província francesa de Québec estarão em todos os menus dos participantes do evento.

    Não que seja incomum encontrar as riquezas da terra nos restaurantes de Montréal. Pelo contrário, em torno de um terço dos produtos consumidos em Québec saem das fazendas da própria província canadense, segundo informação de L’Union des Producteurs Agricoles, a associação dos produtores rurais. Mas os menus prometem dar ainda mais ênfase a esses ingredientes nesta 15ª edição.

    As reservas para a MTL à Table podem ser feitas no site — os restaurantes oferecem jantar com menus a preços fixos em 21, 31 ou 41 dólares canadenses. Alguns preparam brunch, a 15 dólares canadenses. No site oficial, está a lista de participantes e dos eventos especiais. Para quem busca uma experiência mais requintada, o Europea e o Toqué!, restaurantes que fazem parte da luxuosa associação Relais & Chateaux, fizeram menus a 71 dólares canadenses durante a MTL à Table.

    Foto: Susan Moss Photography/Tourisme Montréal/Divulgacao
    Foto: Susan Moss Photography/Tourisme Montréal/Divulgação

    Entre os tours guiados há um roteiro pela Vieux-Montréal (a parte antiga da cidade; passeio por 45 dólares canadenses), um tour por cervejarias artesanais (59 dólares canadenses mais taxas) e outro por chocolaterias locais (50 dólares canadenses mais taxas). Há ainda eventos de vinho.

    Gastronomia como parte da cultura

    Localizada na província de Québec, o Canadá francês, Montréal tem forte tradição à mesa. Eu já provei alguns pratos por lá, como os crocantes anéis de lula do Vallier e a massa caseira do Venti, ambos na Vieux-Montréal, a parte antiga da cidade. Também aprovei o menu de almoço do Salmigondis, restaurante na Petite Italie (Little Italy em francês), que me fez gostar até de sopa de couve-flor. É, dá para dizer que a cidade leva a sério a cultura da gastronomia.

    Montréal, Restaurante Venti, Canada, Québec - Nathalia Molina @ComoViaja
    RESTAURANTE VENTI – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Em Downtown, o centro financeiro de Montréal, comi o menu de almoço do Deville Dinebar, lugar mais em estilo de lanchonete americana. Se for até lá, peça o milkshake de xarope de maple — várias receitas do MTL à Table, aliás, costumam levar o tradicional ingrediente canadense.

    Para quem apreciar algo na linha mais natural, a dica é outra. Fiquei impressionada com as combinações criativas de ingredientes do Bistrot La Fabrique, no bairro de Le Plateau-Mont-Royal, perto de Mile End. As refeições provam que natureba pode ser bem gostoso. O lugar também é uma graça, com a cozinha aberta instalada no meio do restaurante. A primeira mesa, na entrada, fica ao lado de um janelão, de cara para o movimento da vizinhança descolada.

    Montréal, Restaurante La Fabrique, Canada, Québec - Nathalia Molina @ComoViaja (2)
    LA FABRIQUE, NO PLATEAU

    VALE SABER

    Quando: Em 2017, de 2 a 16 de novembro

    Site: tourisme-montreal.org/mtlatable

  • Urca: para um dia feliz no Rio

    Urca: para um dia feliz no Rio

    Urca, Rio de Janeiro, Praia Vermelha - Nathalia Molina @ComoViaja

    Fotos: Nathalia Molina – @ComoViaja

    Fui passar o fim de semana no Rio com meu filho, Joaquim. Viajamos para comemorar o aniversário da minha mãe, que mora lá. Ela escolheu festejar num almoço no Bar Urca, na zona sul. Foi uma delícia de tarde, com família e amigos.

    Urca, Rio de Janeiro, Bar Urca, Empada de Carne Seca - Nathalia Molina @ComoViajaAbrimos os trabalhos com empadinhas e cerveja gelada — de capa branca, estupidamente gelada, como se bebe no Rio. Com massa podre, aquela que desmancha na boca, a empada de carne seca é bem gostosa. Na de camarão, achei o recheio com mais massa do que o bichinho em si. A empadinha queijo minas, sem tampa, também me agradou.

    Para almoçar, pedimos um filé de peixe com arroz de brócolis e batatas coradas e uma caldeirada de frutos do mar. Os preços dos pratos no cardápio podem assustar a princípio — frutos do mar em torno de R$ 140 para duas pessoas. Mas esses que pedimos eram bem grandes. Depois da farra da empada, os dois pratos serviram oito adultos. No fim, com tudo o que consumimos (empadas, pasteis, cerveja e pratos), a conta deu R$ 75 por pessoa.

    Urca, Rio de Janeiro, Bar Urca, Caldeirada de Frutos do Mar - Nathalia Molina @ComoViaja (3)

    A Urca é um cantinho charmoso do Rio, muito visitado pelos turistas para pegar o bondinho do Pão de Açúcar. Mas vale explorar um pouquinho mais o bairro. Para tomar um chope, beslicar petiscos ou comer um prato de frutos do mar, além do Bar Urca, tem o Garota da Urca. Nos dois bares, o movimento é intenso do outro lado da rua, na mureta. É isso aí, o pessoal se senta no murinho para tomar cerveja e apreciar o visual, com muitos barquinhos.

    EMBAIXO DO BONDINHO

    Também dá para aproveitar melhor a área perto da estação onde se pega o bondinho. Em julho, Joaquim e eu já tínhamos ido com minha mãe à Praia Vermelha. Demais ficar ali na areia sob a sombra dos bondinhos, subindo e descendo levando o pessoal. Na praia, há caiaques e pranchas de standup paddle para alugar.

    Urca, Rio de Janeiro, Praia Vermelha - Nathalia Molina @ComoViaja (3)

    Urca, Rio de Janeiro, Praia Vermelha - Nathalia Molina @ComoViaja (2)

    Urca, Rio de Janeiro, Pista Claudio Coutinho- Nathalia Molina @ComoViaja (4)À sombra dos coqueiros, Joaquim se divertiu no parquinho. Para terminar a tarde, caminhamos pela Pista Claudio Coutinho. A entrada fica bem ao lado da praia. A caminhada é gostosa entre as árvores. Plaquinhas explicam curiosidades sobre os Morros da Urca e do Pão de Açúcar. Joaquim se empolgou vendo os praticantes de escalada.

    Urca, Rio de Janeiro, Pista Claudio Coutinho- Nathalia Molina @ComoViaja (5)Urca, Rio de Janeiro, Pista Claudio Coutinho- Nathalia Molina @ComoViaja (9)

    Muito bonito ver pedacinhos do mar e enormes rochas surgirem em meio à folhagem. Até a lua apareceu para brindar o fim de tarde.

    Urca, Rio de Janeiro, Pista Claudio Coutinho- Nathalia Molina @ComoViaja (6)Urca, Rio de Janeiro, Pista Claudio Coutinho- Nathalia Molina @ComoViaja

    Urca, Rio de Janeiro, Pista Claudio Coutinho- Nathalia Molina @ComoViaja (8)

    Urca, Rio de Janeiro, Pista Claudio Coutinho- Nathalia Molina @ComoViaja (3)

  • Numa fazenda de maple, conheça a produção do xarope retirado da árvore

    Numa fazenda de maple, conheça a produção do xarope retirado da árvore

    No Canadá, a visita a uma fazenda de maple em Quebéc mostra a produção. Também há atividades para criança, almoço e bala de xarope. Lê essa dica de morador para planejar sua ida a uma cabane à sucre ou sugar shack, nomes em francês e inglês

    ATUALIZADO EM 13 DE MARÇO DE 2018

    Quem vai a Québec, no Canadá, com crianças pode seguir essa dica da minha irmã, Carla, que mora em Montréal: ver como é feito o xarope de maple. Para isso, é possível visitar uma cabane à sucre ou sugar shack, como a fazenda produtora do xarope é chamada em francês e inglês, os dois idiomas oficiais do Canadá. O que significam essas expressões? Ao pé da letra, seriam algo como casa de açúcar (fofo, não?), mas na prática a cabane à sucre é a propriedade onde escorre da árvore o maple (em Québec, o nome dele é sirop d’erable. Leia mais sobre o xarope de maple e sobre a folha da bandeira que é símbolo do Canadá.

    XAROPE DE MAPLE NO GELO – Foto: Un Chef à l’Érable/Tourisme Montréal/Divulgação

    No site do Les Cabanes à Sucre du Québec, as cabanes à sucre estão divididas em links por região da província de Québec. Estes sites citados são em francês, sem versão em inglês. Mas a língua não chega a ser um impedimento para visitar um produtor de maple, já que a ideia é participar das atividades e contemplar o lugar.


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    Programa com crianças: dica de quem é local

    A cada ano, minha irmã leva meus sobrinhos para conhecer uma cabane à sucre. Vão aqui as dicas dela:

    “A tradição de cabane à sucre começou para festejar o fim do inverno e para comemorar o início das atividades para a próxima colheita.

    Em geral, cabana à sucre que se preza tem um almoço, com omelete, presunto, feijão e batatas. As sobremesas variam um pouquinho de uma para outra, mas são sempre baseadas no sirop d’erable. Você não vai encontrar um bolo de chocolate, por exemplo. Geralmente são coisas como bolinho de chuva, e você rega com o sirop.

    ALMOÇO EM FAMÍLIA -Fotos: Carla Molina/Arquivo pessoal

    Fora isso, algumas oferecem passeios pelo campo d’erable, passeio de charretes e animais para você ver.

    Existem cabanes mais comerciais e outras mais familiares. Eu prefiro as menores, a gente se sentiu mais à vontade para aproveitar o lugar com calma. Em todas as cabanes há o tire d’erable, um pirulito de erable feito na hora. Fica lá uma pedrona de neve, e eles esquentam o xarope e vão jogando de pouquinho em pouquinho na neve. Daí quem quiser pega um palitinho e vai enrolando para fazer seu pirulito. É bem legal!”

     

  • Maple no Canadá, de xarope de bordo a sabor na gastronomia

    Maple no Canadá, de xarope de bordo a sabor na gastronomia

    ATUALIZADO EM 17 DE MAIO DE 2019

    Maple no Canadá é parte da cultura. O xarope é produzido da seiva retirada das árvores de maple, aquelas com a folha da bandeira do Canadá. Dele, são fabricados produtos como açúcar, balas, manteiga e outros tantos que levam o xarope como um de seus ingredientes.

    Sempre que vou ao Canadá reforço meu estoque de maple, para usar em receitas quando volto para casa e também em cima de panquecas (como eles comem no Canadá) ou tapioca (numa adaptação bem brasileira). Se você também é fã de maple, vai encontrar o xarope no Canadá chamado por duas maneiras, já que o país é bilíngue: maple syrup (inglês) ou sirop d’érable (francês).

    De acordo com o produtor, varia o gosto do xarope. Já provei alguns superdoces! Mas comprei um muito bom (até agora sinto o gostinho) na Les Délices de L’Érable, loja da Maple Delights na cidade de Québec. Em outra viagem ao Canadá, também estive numa loja da rede, só que em Montréal. Fica na bela Rue St. Paul, no centro histórico, Vieux-Montréal. Lá comprei temperos com maple, incluindo uma gostosa mostarda, e tomei um sorvete delicioso de pistache, adoçado com xarope de maple.

    Loja de produtos feitos com maple, em Québec – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    A história do xarope de maple

    Foram os povos nativos que ensinaram os colonos a extrair a seiva das árvores e a fervê-la para fazer o xarope. Até 1875 o único açúcar disponível no leste da América do Norte era o de maple.

    O Canadá responde por 85% do xarope de maple feito no mundo, segundo o Departamento de Agricultura e Ago-Alimentos do Canadá. A produção se concentra no lado direito do mapa, a área centro-leste do país. As principais províncias produtoras são Québec, Ontario, New Brunswick e Nova Scotia.

    A temporada de xarope de maple começa na primavera, quando o gelo do inverno derrete e a extração da seiva se inicia. Nessa época do ano, é possível fazer uma visita a uma fazenda de maple em Quebéc para conhecer como é a produção do xarope, nas chamadas cabanes à sucre (em inglês, o nome é sugar shack). Minha irmã costuma levar meus sobrinhos, e eles se divertem bem, especialmente com os pirulitos feitos no contato do xarope com o gelo, uma tradição do inverno no Canadá.

    Na fazenda de maple com as crianças – Foto: Carla Molina/Arquivo pessoal

    O xarope é amplamente usado nas receitas do Canadá e até em outros produtos. Um dos mais curiosos que já provei foi um espumante com toque de maple na província da Nova Scotia.

    Dependendo do xarope e da combinação feita na cozinha, o resultado pode ser bem doce. Mas se acertar na mão… hummmm… Eu tomei um milkshake de maple delicioso no Deville Dinerbar em Montréal! A decoração do lugar ainda é linda, com detalhes típicos de diners americanos e vibrantes tons de rosa. 

    Montréal, Milkshake de Xarope de Maple, Deville Dinerbar, Canadá, Québec - Nathalia Molina @ComoViaja
    Milkshake de xarope de maple no Canadá
    Montréal, Deville Dinerbar, Canadá, Québec - Nathalia Molina @ComoViaja
    Restaurante no centro de Montréal, perto da Rue Sainte-Catherine: Deville Dinebar
  • Ruibarbo: o que é?

    Ruibarbo: o que é?

    O que é ruibarbo? Conheci e provei numa viagem ao Canadá. Mas não é lá que o ‘rhubarb’ é mais consumido. Saiba onde e de que modo. O talo pode ser comido puro ou usado em receitas como ingrediente

    ATUALIZADO EM 22 DE FEVEREIRO DE 2017

    Você já ouviu falar de ruibarbo? Eu nunca tinha visto essa planta na vida. Na verdade, nem sabia o nome em português, descobri depois pelo dicionário online. Durante uma das viagens que fiz ao Canadá, quando visitei a província da Nova Scotia, era um tal de ‘rhubarb daqui, ‘rhubarb dali, e eu não conseguia encontrar a menor equivalência com tudo o que eu conhecia de verduras, legumes e plantas.

    Mas não deixei de provar os produtos feitos com o tal ruibarbo, e a própria planta. Na cidade de Lunenburg, foi o licor da Ironworks Distillery feito com ruibarbo. Gostei, não muito doce. No Grand Pré, foi a deliciosa geleia gourmet da Tangled Garden — leia aqui sobre ela. Mas, enfim, o que é ‘rhubarb’?

    GELEIAS NA NOVA SCOTIA – Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Ruibarbo é uma planta originária da Ásia, muito usada e vendida por viajantes que faziam a Rota da Seda, me informa a Wikipedia. Diz também que atualmente a Grã-Bretanha é a que mais produz e consume ruibarbo.

    A planta é digestiva, mas apenas os talos são consumidos, pois as folhas contêm substâncias venenosas, alerta o texto da enciclopédia virtual. Seu uso na cozinha é relativamente recente — a planta é usada na medicina chinesa por séculos. Junto com açúcar, vira recheio de tortas ou doces.

    LEIA SOBRE A HISTÓRIA E CURIOSIDADES DE OUTRAS COMIDAS E BEBIDAS

    Conheci os talos compridos do ruibarbo, meio verdes meio avermelhados, na loja de ervas da Nova Scotia, província do Canadá. Um balde na cozinha da Tangled Garden guardava pedaços da planta. Eu quis provar o ruibarbo puro. Se era para experimentar, queria ver que gosto tinha o troço sem tempero ou disfarce. Nossa, que amargo!


    Como aquilo podia virar a geleia gostosa que eu tinha comido na loja? Alquimia da cozinha. Com uma mãozinha do açúcar. Os pedaços de ruibarbo são postos em compotas com açúcar. E ficam ali por meses.

    Ruibarbo, Canada, Nova Scotia, Grand Pré, Loja Tangled Garden - Nathalia Molina @ComoViaja (13)

    E é assim que, com açúcar em cima, que alguns europeus comem o ruibarbo cru. De fato quebra um pouco o amargor que sai do talo a cada mordida. Meno male.

  • Canadá: espumante de maple

    Canadá: espumante de maple

    No Canadá, tem maple em tudo, não apenas na folha da bandeira do país. Em Québec, dá até para visitar uma fazenda produtora do xarope. Mas na Nova Scotia eu encontrei o xarope de uma maneira bem diferente. Numa visita à vinícola Domaine de Grand Pré, degustei o espumante feito com o xarope de maple.

    Eu estava no início da viagem e acabei não comprando para evitar carregar a garrafa durante 15 dias. Ai, que arrependimento… Em outras partes do Canadá, achei bebidas feitas com xarope de maple, mas nada daquele espumante. E o precinho era camarada: 19,90 dólares canadenses (valor final, já com imposto), no esquema ‘Compre um, ganhe outro’.

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Vinho do Grand Pré, Nova Scotia, Canadá, Vinícola Domaine de Grande Pré - Nathalia Molina @ComoViaja

    Que gosto tem? Eu provei na degustação da vinícola. Os puristas não vão gostar porque não tem nada a ver com espumante. É como beber xarope de maple com bolhinhas e um leve toque de álcool. Eu curti.

    Não tomaria em casa pelo espumante em si, mas pela experiência diferente. Apesar de levar o xarope, não é aquele doooce. Mas o sabor tampouco é seco como o de uva pura. Acho que deve ficar bom para beber enquanto se come um queijinho de gosto mais forte para equilibrar o adocicado do xarope.


    Viajei a convite da Comissão Canadense de Turismo e da VIA Rail na aventura #ExploreCanada Blogger Train

  • Canadá: vinho do Grand Pré, na Nova Scotia

    Canadá: vinho do Grand Pré, na Nova Scotia

    Vinho do Grand Pré, Nova Scotia, Canadá, Vinícola Domaine de Grande Pré - Nathalia Molina @ComoViaja (4)

    Texto e fotos de Nathalia Molina

    A Nova Scotia possui três lugares declarados patrimônio mundial pela Unesco: Lunemburg, Joggins Fossil Cliffs e Grand Pré. Vinho do Grand Pré, Nova Scotia, Canadá, Vinícola Domaine de Grande Pré - Nathalia Molina @ComoViaja (2)O último foi listado há um ano, no fim de junho de 2012, e engloba o Grand Pré National Historic Site, área administrada pelo Parks Canada (departamento do governo responsável pelos parques nacionais).

    A região abrigou acadianos (primeiros colonos vindos da França para o Canadá) durante o período entre 1682 e 1755. Em 1750, a maior colônia de acadianos das Províncias Marítimas (Nova Scotia, New Brunswick e Prince Edward Island) se encontrava no Grand Pré, com 5 mil pessoas.

    Muitos desses franceses que no século 17 foram para o Grand Pré se instalaram no Vale de Anápolis (Annapolis Valley) e eram originalmente da Normandia e de outras regiões produtoras de vinho. Eles construíram diques nas áreas de charco para garantir a drenagem da água e para impedir que a maré alta alagasse o solo e implantaram a cultura do vinho na Nova Scotia.

    Vinho do Grand Pré, Nova Scotia, Canadá, Vinícola Domaine de Grande Pré - Nathalia Molina @ComoViaja (8)Isso durou até 1755, ano em que os acadianos foram expulsos pela Coroa Britânica porque se negaram a tomar partido na disputa entre ingleses e franceses pela posse do leste do Canadá. A região do Grand Pré só retomou o plantio das vinhas e produção de vinhos recentemente. Depois de 225 anos, portanto, em 1980.

    Lá, eu visitei a vinícola Domaine de Grand Pré. Não entendo de vinho, mas sei dizer o que gosto de beber. Provei o tinto Castel (muito doce para o meu gosto; a 16,78 dólares canadenses), o branco Tidal Bay (um pouco melhor do que o tinto; por 19,39), o espumante Champlain Brut (meu preferido na degustação; a 25,47) e o espumante Maple (divertido; por 17,13). Além da lojinha, dos vinhedos e de um lindo jardim com pérgola, o casarão tem um anexo para o restaurante Le Caveau.

    A região do Grand Pré está distante cerca de 85 quilômetros de Halifax, ou seja, em torno de uma hora de carro.

    Vinho do Grand Pré, Nova Scotia, Canadá, Vinícola Domaine de Grande Pré - Nathalia Molina @ComoViaja (11)Vinho do Grand Pré, Nova Scotia, Canadá, Vinícola Domaine de Grande Pré - Nathalia Molina @ComoViaja (6)

    Para ler todos os meus textos sobre o Canadá, acesse a área do blog específica sobre o país: Como Viaja! no Canadá

    Vinho do Grand Pré, Nova Scotia, Canadá, Vinícola Domaine de Grande Pré - Nathalia Molina @ComoViaja (3)

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