Categoria: Passeio

Passeio é uma parte fundamental do roteiro de viagem. Confira pontos turísticos, museus, atrações e mais atividades para escolher o que fazer em destinos no Brasil e no exterior. Nestas publicações, falamos de tudo que pode ser interessante nos lugares. Isso inclui tanto cartões-postais como opções fora da lista básica de atrativos.

Alguns exemplos do que você encontra em destinos brasileiros são: o Aquário do Rio de Janeiro, o Planetário do Ibirapuera (São Paulo) e o Projeto Tamar (Praia do Forte, na Bahia). No exterior, há ideias tão distintas quanto a área de Harry Potter nos parques da Universal (Orlando) e o Reichstag (Parlamento Alemão, em Berlim).

Entre as listas do que fazer nas cidades estão Jericoacoara (Ceará), Campos do Jordão (SP) e Porto (Portugal), entre outros.

  • Bondinho em Whistler: o passeio na gôndola Peak 2 Peak da estação

    Bondinho em Whistler: o passeio na gôndola Peak 2 Peak da estação

    Tome o bondinho em Whistler, com ou sem neve no Canadá. Com a gôndola da estação, Peak 2 Peak, faça um passeio de 4,4 km, a 346 mÉ o mais longo e mais alto meio de elevação do mundo

    ATUALIZADO EM 3 DE JANEIRO DE 2018

    Dados e fatos da Peak 2 Peak fazem a festa de quem gosta de informação de almanaque e atraem um monte de gente para um passeio na gôndola, ainda que o objetivo da visita não seja fazer esqui em Whistler. O caminho percorrido pelo bondinho tem 4,4 km de comprimento, ligando os topos das montanhas Whistler e Blackcomb, que, juntas, dão nome à mais famosa estação do Canadá. Dessa extensão total, o trajeto fica livre de colunas ao longo de 3,024 km, feito que levou o centro de esqui a entrar para o Guinness World Record.

    Também está no Livro dos Recordes a altura de 436 m acima do vale, a maior do mundo entre meios de elevação. Para dimensionar o tamanho disso, com 300 m, a Torre Eiffel caberia embaixo da gôndola na parte mais alta em relação ao vale. Está bom para você? Segura que tem mais. Considerando a extensão total da Peak 2 Peak (4,4 km) e os 2 meios de elevação da base até o topo das montanhas, o complexo forma o mais extenso sistema de transporte por cabo do mundo.

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Não bastasse tudo isso, a gôndola da estação de esqui Whistler Blackcomb ainda é listada como Canadian Signature Experience. São experiências que o Destination Canada, órgão oficial de divulgação das atrações turísticas canadenses, considera como uma amostragem do que o país tem de melhor e único. Eu já tive a chance de viver algumas delas, e sem dúvida a Peak 2 Peak proporciona ao viajante um momento muito especial.

    Como é a gôndola em Whistler

    Claro que, quando se fala num passeio nas alturas, no meio de uma cadeia de montanhas, a expectativa é de um visual belíssimo. E isso se concretiza. O trajeto, com 11 minutos de duração, mostra picos, florestas e geleiras. A Peak 2 Peak é uma das experiências mais bonitas que já tive no Canadá, em termos de paisagem.

    Vale, rio, lago. Difícil decidir para onde apontar a câmera. Lá vem outro bondinho cruzando. A vila lá embaixo, lá longe. Branquinhas, as montanhas se alinhavam no horizonte. Tive a sorte de pegar um dia lindo, de céu muito azul, um bluebird sky como se diz localmente. A tonalidade destaca ainda mais a cor alva da neve sobre os montes e a vegetação.

    Não apenas o horizonte ou os picos merecem atenção, no entanto. Achei impossível não olhar para baixo direto durante o percurso. O que é aquela sequência de pinheiros forrando o terreno montanha abaixo e, depois, montanha acima?

    Para ver de perto como funciona a engrenagem e conhecer fatos curiosos sobre a supergôngola, visite a Peak 2 Peak Viewing Gallery, no topo da montanha Whistler. Frases escritas no vidro do guarda-corpo do terminal informam fatos sobre o meio de transporte. Uma escada leva a uma área elevada de onde se veem os bondinhos saindo em direção a Blackcomb.

    O que fazer na Peak 2 Peak

    Para praticantes de esqui e snowboard, a supergôndola permite explorar com facilidade as 2 montanhas no mesmo dia durante o inverno. Dá para descer Whistler de manhã e Blackcomb à tarde, por exemplo.

    Se você for apenas contemplar a paisagem nevada, o mais indicado é comprar um ticket de sightseeing no inverno. Suba até o topo da montanha Whistler. Antes de embarcar na Peak 2 Peak, desfrute da linda vista que se tem de lá. Aproveite para tirar fotos na praça com bandeiras do Canadá e os anéis da Olimpíada de Inverno, realizada em Vancouver e Whistler em 2010.

    Outra dica para apreciar tudo o que o visual oferece é esperar para embarcar no bondinho prateado — a maior parte deles é vermelha. O de cor diferente tem o fundo com a área central de vidro. Assim, você consegue acompanhar o que passa dos lados, à frente, atrás e, também, abaixo! Eu gostei, mas não dei sorte de ver nenhum esquiador cortando a neve. Devo admitir que o entorno me cativou completamente e a floresta lá embaixo exerceu efeito magnético pela janela mesmo.

    Durante o verão, a experiência Peak 2 Peak 360 inclui o trajeto entre os picos (com a possibilidade de embarcar no bondinhos com fundo de vidro) e uma série de atividades dependendo do período da temporada. Tem parque de neve para escorregar, labirinto de paredões de gelo para caminhadas e pontos para avistar geleiras e animais como ursos. Há ainda a chance de fazer refeições no alto das montes — no Mountain Top BBQ, por exemplo, tem churrasco ao ar livre no topo de Whistler (sexta, sábado e domingo).

    VALE SABER

    Endereço: Os terminais de embarque na Peak 2 Peak ficam no alto de cada montanha da estação. No inverno, o acesso por gôndola (com bondinho fechado) é feito a partir da base de Whistler. Durante o verão, dá para encarar também o teleférico que sai da parte mais baixa de Blackcomb

    Funcionamento: O horário está sujeito às variações climáticas, mas na temporada de inverno (de 23 de novembro de 2017 a 22 de abril de 2018) funciona das 8h30 às 15 horas — segue aberta por 1 hora a mais a partir de 24 de fevereiro. Volta a entrar em operação para a temporada de verão; informo aqui o período, quando for divulgado

     

    Preço: No inverno 2017/2018, o ticket de sightseeing custa 59 dólares canadenses — acima dos 65 anos e entre 13 e 18 anos, 53; de 7 a 12 anos, 30. Quem compra com pelo menos 3 dias de antecedência economiza 4 dólares canadenses no ingresso regular e 3 dólares canadenses no ticket infantil; nos outros 2 tipos de ingresso, o valor sai 5 dólares canadenses a menos.

    Durante o verão, há redução no preço para quem compra no mínimo 2 dias antes; os preços para 2018 ainda não foram divulgados

    Compras: Eu não resisti a trazer para casa uma caneca com a Peak 2 Peak desenhada nela. Fui tomar café no Starbucks que fica no complexo do Crystal Lodge, hotel onde fiquei, e acabei comprando uma. É pesada, cara e enorme (melhor para cereais do que para café), mas eu amo porque me traz aquele momento de volta

    Site: whistlerblackcomb.com


    Viagem feita a convite do Destination Canada e do Tourism Whistler

  • Minimundo em Hamburgo (Alemanha): o Miniatur Wunderland

    Minimundo em Hamburgo (Alemanha): o Miniatur Wunderland

    O Miniatur Wunderland é desses passeios recomendados para quem gosta de atrações no estilo minimundo e está de passagem por Hamburgo, na Alemanha. Se estiver viajando com criança, então, a visita se torna obrigatória. A maior maquete de ferrovia do mundo chama a atenção por sua impressionante riqueza de detalhes e pela tecnologia que a faz funcionar à perfeição em miniatura.

    Na recente expansão, o parque alemão ganhou até um Rio de Janeiro com Cristo Redentor, Pão de Açúcar, Copacabana e até Carnaval no Sambódromo da Marquês de Sapucaí. Em torno de 20 mil bonequinhos povoam a cidade de miniatura com área de cerca de 45 m².

    Um mundo tão pequeno e, ao mesmo tempo, de números superlativos: 760.000 horas de trabalho consumidas até hoje na construção; 35.000 luzes (pouco menos 10% do total utilizado) só para recriar o brilho de Las Vegas; cerca de 1.000 trens serpenteando 20 km dos mais belos cenários da Europa e da América. Até hoje, 16 milhões de euros foram investidos na atração, que recebe 1 milhão de visitantes ao ano.

    Tudo matematicamente calculado como cada pedaço daquele território. Ideia de Frederik Braun em parceria com seu irmão gêmeo, Gerrit. O Miniatur Wunderland fica às margens do Rio Elba, em Speicherstadt, conjunto de armazéns na região portuária de Hamburgo, cidade onde nasceram seus idealizadores.

    Porjeto com as luzes de Las Vegas

    Como é o minimundo de Hamburgo

    Inaugurado em agosto de 2001, o complexo de maquetes possui 6.800 m² (o projeto de expansão até 2028 prevê 10.000 m² de construção). Toneladas de gesso ganharam forma e cor na hora de reproduzir os Alpes da Áustria, com direito a teleféricos como os que levam turistas às estações de esqui. No norte da Alemanha, a pequena Harz recebe a inusitada visita de um disco voador.

    No quesito ficção, Knuffingen merece destaque. Aos pés dos Alpes, trata-se de uma cidade imaginária, dona de um moderno sistema de automação que reproduz o vaivém de automóveis e caminhões em deslocamentos simultâneos. Tudo no Miniatur Wunderland é controlado de uma sala com 64 computadores.

    Quando visitamos o Deutsche Bahn Museum, museu da ferrovia em Nuremberg, já ficamos impressionados com a destreza de um único funcionário que controlava uma grande maquete com apenas alguns trens circulando.

    Estação de trem de Hamburgo reproduzida

    O que fazer no Miniatur Wunderland

    Tire fotos, grave e mostre para todos que você voltou a ser criança diante do mundo em miniatura. Acompanhe o sobe e desce dos aviões em Knuffingen, a cidade imaginária onde o aeroporto funciona 24 horas sem parar. A propósito, no minimundo um dia inteiro é simulado a cada 15 minutos, graças a um complexo sistema de som e de luz, responsável por fazer Las Vegas brilhar com suas inconfundíveis luzes.

    Além de se ligar no movimento dos trens e carros e circulam, fique atento ao que está parado, aos detalhes. Os mínimos, de preferência. São homens, mulheres, crianças. Objetos, fachadas, monumentos, cartões-portais recriados em escala. Fotos e vídeos já dão ideia de como tudo foi feito caprichosamente pequeno, em sintonia com cenários e paisagens.

    Atenção aos detalhes
    Roma e seu Coliseu

    Aberta ao público em 2016, a seção Itália está materializada em monumentos como o Coliseu, o Vaticano e a Torre de Pisa. E na beleza de regiões como Toscana e Cinque Terre. Veneza deve estar acabada até o fim de 2017. Mônaco, Inglaterra e França fazem parte dos planos de expansão. O que está em construção fica exposto para que o público possa acompanhar as mudanças que estão por vir.

    O Miniatur tem data certa para chegar ao seu destino final: 2028 e com ele a possibilidade dos trilhos atingirem regiões da África, da Ásia e do Oriente Médio.

    É nesse cenário composto mais de pontes e sem fronteiras que o mundo se torna quase perfeito, como numa brincadeira de criança.

    VALE SABER

    Endereço: Kehrwieder 2-4, Speicherstadt, Hamburgo

    Transporte: A estação mais próxima do metrô é a Baumwall. A partir da estação central de Hamburgo (Hauptbahnhof), utilize a linha U3 (amarela) com destino a Rathaus/Barmbek. De lá, siga em direção a Niederbaumbrücke, vire à direita na Kehrwieder, onde fica o Miniatur Wunderland

    Funcionamento: Diariamente, das 9h30 às 18 horas (nos fins de semana e às terças, costuma fechar mais tarde; horário muda conforme a época)

    Preço: O ingresso custa 20 euros. Quem quiser fazer a visita guiada paga mais 17,50 euros (a maior parte dos tours é em alemão)

    Site: miniatur-wunderland.com

  • Aquário do Rio de Janeiro: ingresso, horário e dicas para visitação

    Aquário do Rio de Janeiro: ingresso, horário e dicas para visitação

    Inaugurado há 7 anos, o Aquário do Rio de Janeiro é considerado o maior da América do Sul, com destaque para o túnel transparente, o tancão de 7 metros de profundidade bem como outros 27 tanques secundário. O ingresso do aquário pode ser adquirido pela internet, sendo que às vezes eles fazem promoções, como a do aniversário de 7 anos, quando visitantes nascidos em novembro entram de graça.

    Com a finalidade de ajudar você a planejar sua visita à cidade, confira nossas sugestões de hotel barato no Rio de Janeiro e de hotéis na Barra da Tijuca, já que as 2 listas contêm apenas opções avaliadas por viajantes em sites de reserva.

    Família e amigos podem conhecer o Aquário Marinho do Rio de Janeiro numa visita combinada com o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio (MAR). É igualmente uma ideia de programa para quem tem dúvida sobre o que fazer no Rio de Janeiro com chuva.

    É fácil chegar ao AquaRio, porque ele fica perto do Boulevard Olímpico e da Praça Mauá, portanto, de fácil acesso para quem usa o VLT Rio. Para quem for de fora cidade (e está em hotéis na zona sul e no Centro, existe a chance de fazer uma visita guiada com transporte. Ela é um dos produtos à venda na Easy Travel Shop, agência online que trabalha com passeios e ingressos em destinos turísticos.

    Como é o Aquário Marinho do Rio de Janeiro

    Nos cerca de 4,5 milhões de litros de água salgada do Aquário do Rio de Janeiro, vivem perto de 10.000 animais de 360 espécies do Brasil e do mundo. Cada estação de visita possui monitores de LED, que transmitem informações a respeito de espécies e habitats.

    Tubarões no Aquário Marinho do Rio de Janeiro
    Tubarões no AquaRio – Foto: Alexandre Macieira/Visit Rio

    Totalmente privado, o AquaRio é um centro de visitação e também de educação e de pesquisa, concebido e dirigido pelo biólogo Marcelo Szpilman. No momento em que chega, logo na entrada, o visitante se depara com o esqueleto de uma baleia jubarte. Ele foi encontrado na Praia da Macumba, na zona oeste do Rio de Janeiro. Suspensa no lobby, a ossada mede 13 metros de comprimento e pesa 37 toneladas.

    Esqueleto de baleia no AquaRio
    Esqueleto de baleia jubarte – Foto: Alexandre Macieira/Visit Rio

    O que fazer no AquaRio

    Percorra os 28 tanques para conhecer peixes do litoral brasileiro, da costa caribenha e dos Oceanos Índico e Pacífico. O principal é o Recinto Oceânico, chamado de Tancão. Ele tem 7 metros de profundidade e é cortado por um túnel todo de acrílico, que deixa raias e tubarões de grande porte mais próximos dos visitantes. A visita ao AquaRio dura 1 hora, segundo estimativa do próprio aquário.

    Sem dúvida, há espaço para a fofurice de espécies como o cavalo-marinho e o peixe-palhaço (Nemo, como é conhecido pela criançada). Da mesma forma, há espaço para o contato com tipos nada graciosos, como as perigosas moreias, peixes-leão, peixes-pedra e raias elétricas.

    Cavalo-marinho no Aquário do Rio
    Cavalo-marinho, que lindeza – Foto: Alexandre Macieira/Visit Rio

    Ingresso do Aquário do Rio e meia entrada

    A Easy Travel Shop vende a visita guiada ao aquário com transporte, buscando e deixando de volta em hotéis na zona sul e no Centro.

    O ingresso do AquaRio custa R$ 120 no valor inteiro; online pode ter desconto. Quem tem direito a meia entrada? Crianças de 3 a 11 anos (com documento); estudantes (com carteirinha); portadores de ID Jovem ou CadÚnico (com prova de inscrição); pessoa com deficiência (com carteirinha ou laudo médico); e idosos acima de 60 anos (com identidade).

    Mais dicas sobre a atração

    Endereço: Praça Muhammad Ali, s/nº, Gamboa, Rio de Janeiro

    Horário de funcionamento: Isso pode mudar ao longo do ano. Em novembro de 2023, era das 9 às 17 horas, de segunda a sexta; até as 18 horas, nos fins de semana e feriados. A entrada encerra 1 hora antes do fechamento.

    Transporte:  A linha 1 do VLT Rio deixa você em frente ao aquário. Portanto, pegue o bonde no sentido Rodoviária/Praia Formosa e desça na estação Utopia/AquaRio. Se acaso você pegar o VLT sentido Santos Dumont, desça na Parada dos Navios (em frente aos grafites do Kobra). Volte cerca de 500 metros a pé pelo Boulevard Olímpico, já que essa linha não para diante do aquário. Quem utilizar o metrô deve descer nas estações Cinelândia ou Carioca, então tomar linha 1 do VLT (sentido Rodoviária/Praia Formosa) e descer na parada Utopia/AquaRio.

    Estacionamento: Digite Rua do Aquário ou Via Binário,194, em aplicativos como Waze ou Google Maps – não há entrada pelo Túnel Marcello Alencar. O estacionamento por até 4 horas custa: R$ 25, sócio do aquário; R$ 40, visitante que apresente ingresso; R$ 50, visitante externo, de segunda a sexta; e R$ 70, visitante externo aos sábados, domingos e feriados.

    Site: aquariomarinhodorio.com.br

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  • KidZania São Paulo, um passeio divertido para criança

    KidZania São Paulo, um passeio divertido para criança

    Na KidZania São Paulo, crianças aprendem brincando sobre profissões. Veja preço de ingressos, quando tem desconto, horários e dicas. E fique atento: dependendo da época do ano, dá para pagar a entrada mais barata

    A bilheteria que simula um balcão de check-in de aeroporto é a primeira situação com o mundo ‘real’ que as crianças encontram na KidZania, parque de diversões de São Paulo que reproduz uma cidade, com espaços onde a meninada desempenha profissões adultas, como bombeiro, piloto de avião, médico e carteiro, entre outras. Basicamente, o negócio é brincar de ser gente grande.

    Quando chegamos ao Shopping Eldorado, na zona oeste da capital, onde fica a KidZania, Joaquim mal podia conter a euforia. Nos últimos tempos, ao responder ao frequente ‘O que você quer ser quando crescer?’, ele já trocou de profissão várias vezes. Estava animado para simular de brincadeira várias dessas atividades, o que ele fez com a maior animação durante o dia inteiro.

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    VELOCIDADE DE CRUZEIRO – Fotos: Nathalia Molina e Fernando Victorino @ComoViaja

    Com bilhetes e voucher emitidos, é hora de ir para a fila esperar pela abertura do portão de embarque. Nathalia, Joaquim e eu chegamos 30 minutos antes de o parque abrir. Era domingo, e à nossa frente estavam cerca de 35 pessoas, a maioria sentada no chão.

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    FILA DO CHECK-IN

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    QUEM ESPERA SEMPRE CANSA (E SE SENTA)

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    APERTEM OS CINTOS…

    A vibração da turma foi grande quando o único portão de acesso começou a levantar lentamente. Até aí não faz muita diferença estar entre os primeiros, já que todo mundo para novamente mais adiante. O público é recepcionado por funcionários dos principais estabelecimentos e serviços da pequena cidade. Após serem passados breves recados sobre as regras gerais, a equipe do parque se perfila para a execução do hino oficial da KidZania, com direito aos dedos médio e indicador formando a letra K na altura do peito. Vencida essa etapa solene, os monitores iniciam uma dança coreografada. Mais um dia de brincadeira está começando.

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    COMEÇA! QUE DEMORA É ESSA? COMEÇA! QUE DEMORA É ESSA?

     

    Como é a KidZania

    Criada no México, a franquia existe também em Santiago, em Londres e Tóquio. Em São Paulo, a KidZania ocupa 8.500 m², divididos em 50 atividades. A cidade cenográfica é formada por uma praça central e por ruas menores que serpenteiam o espaço todo. Uma rápida caminhada resolve a questão de reconhecimento de terreno, embora existam painéis com mapas em alguns pontos.

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    LUZES DA CIDADE

    As atividades são realizadas pelas crianças em áreas, na sua maioria, patrocinadas por marcas que atuam no segmento da profissão simulada ali. Os nomes das empresas estampam fachada e uniformes, mas não são mencionados durantes as brincadeiras.

    O ingresso da KidZania dá à criança um cheque no valor de 50 KidZos, a moeda local. No domingo de nossa visita, antes de ir para o trabalho, a criançada correu rumo ao banco, para descontar o cheque recebido na bilheteria. Joaquim enfrentou sua primeira fila de banco na vida, mas foi expressa. Assim que a entrada foi liberada, após o show dos funcionários, ele saiu correndo em direção ao banco. Acabou sendo o segundo a ser atendido.

    CAIXA LIVRE, PRÓXIMO POR FAVOR!
    CAIXA LIVRE, PRÓXIMO!

    Munida de notinhas de KidZos, a garotada foi experimentar as profissões. Paga-se para realizar algumas atividades, caso da escola de aviação. Todos os trabalhos executados são remunerados com a moeda corrente da cidade. Ao fim da brincadeira, a criança escolhe se deseja depositar o dinheiro no banco e ficar com crédito para uma próxima visita ou se gasta em produtos das lojinhas de dentro do parque.

    MOEDA FORTE
    MOEDA FORTE

    Escadas e elevadores dão acesso ao 2° piso, também composto por atividades e pela Sala dos Pais, com sofás, poltronas e tomadas para recarregar as baterias (dos pais e dos celulares). No dia em que visitamos, a área esteve vazia quase o tempo todo. Ficar lá embaixo é mais animado, além do que a maioria dos pais não parece disposta a perder nenhum detalhe da brincadeira dos filhos.

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    CADÊ O PAPAI?

     

    O que fazer na KidZania

    É possível participar da rotina de um hospital, combater um incêndio, ajudar na produção de chocolate ou fazer o transporte de valores, por exemplo. Cada atividade dura em média 30 minutos, incluindo breve apresentação sobre a profissão, rápido treinamento e a execução da tarefa propriamente dita.

    Sugestão: entre no site da KidZania para ver em quais atrações seu filho deseja brincar. Como as vagas por turma são limitadas, há filas nas profissões mais procuradas (a página oficial do parque mostra as campeãs da preferência). Entenda que isso não é uma regra, mas dá uma noção do que você vai encontrar pela frente.

    Por exemplo, inicialmente o Joaquim não queria bancar o bombeiro (que faz parte da lista das atividades mais populares). Ainda assim, conseguiu vaga logo na primeira turma. Depois sempre houve fila, assim como na frente do hospital, onde a movimentação era grande. De crianças e de adultos, estes últimos andando de um lado para o outro, como se estivessem à espera de notícias de um paciente. A rotina era quebrada quando a ambulância saia com os pequenos médicos e enfermeiros para realizar um atendimento de emergência. Atrás do berro da sirene ia o que batizei de a marcha dos pais, celulares em punho para registrar o momento.

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    VIDA DE BOMBEIRO É FOGO

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    BRAVOS SOLDADOS DO FOGO

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    PLANTÃO MÉDICO

    Para entrar na escola de aviação, nosso filho esperou por dois grupos de 6 crianças antes de ser dublê de copiloto. Isso nos surpreendeu porque a profissão não está entre as 5 mais procuradas pela meninada — o que não parecia ser o caso do domingo em que fomos, quando a fila depois do almoço aumentou.

    Por ser realizada em uma cabine fechada, o simulador de voo é uma das poucas brincadeiras em que só 1 representante da criança pode entrar para fotografar. Mas tem de manter silêncio para não desconcentrar os aprendizes — sim, há uma inversão de papéis usuais no dia a dia.

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    TRIPULAÇÃO, PORTAS EM AUTOMÁTICO

    Papais e mamães também estão vetados de guardar lugar na fila — avisos sonoros são dados várias vezes ao longo do dia chamando atenção para essa regra. Quando muito os responsáveis ajudam a escolher a atividade seguinte. Um pequeno cartaz na frente de cada atração informa quais funções a criança vai desempenhar ali, a idade mínima exigida, a duração da brincadeira e de quanto é o ‘salário’ pago (na área chamada de Economia). Numa folha à parte é anunciada o horário da próxima sessão. E assim, de modo prático, a molecada logo descobre que a vida é feita de escolhas. Liberdade e independência, como diz o lema da cidade escrito no alto da praça da fonte.

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    COM VOCÊS, NOSSA PRÓXIMA ATRAÇÃO

    Joaquim conseguiu participar de 7 atividades diferentes. É lógico que tudo depende se você chega cedo (nós abrimos e fechamos o parque) e da quantidade de gente no dia (filhos de amigos nossos disputaram com uma galera, e só brincaram mal e mal em 3 lugares). E, claro, depende da profissão escolhida, como eu já disse lá em cima.

    Nosso filho trocou ficar fechado no estúdio de música, deixando assim de tocar guitarra e bateria (que ele adora) para circular pela cidade na pele de entregador do correio e de agente de uma espécie de guarda metropolitana. Motivo? Queria participar do agito, empurrar o carrinho do courier, zanzar com seus colegas de trabalho.

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    O CORRE-CORRE, O LUFA-LUFA, O DIA-DIA DA CIDADE

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    TÁ LÁ O CORPO ESTENDIDO NO CHÃO…

    Evidentemente, nosso filho também se envolveu com atividades que tinham a ver com o dia a dia do pais. Primeiro, quis pagar de fotógrafo — tarefa que já ele exerce informalmente nos nossos passeios e em viagens. E lá foi ele: batalhou meia-hora de fila, vestiu colete, recebeu ordens básicas sobre o tinha de ser feito e correu (literalmente) pra rua. Voltou ao estúdio 10 minutos depois. Com a ajuda do instrutor descarregou no computador as imagens que capturou e escolheu a que queria imprimir. Saiu com a foto nas mãos, com a naturalidade de quem faz isso e um pouco mais utilizando câmeras e programas de edição apresentados pela mãe.

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    ENQUADRAMENTO É TUDO NA VIDA

    E também demonstrou naturalidade como locutor, a segunda profissão do papai aqui. Só estranhou que o âncora de rádio tenha de seguir um roteiro — ‘pensei que eu pudesse improvisar’. Pode um troço desses?

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    TOCANDO A NOTÍCIA

    Por fim, novamente apanhou câmera e colete de fotógrafo, agora da pequena redação de jornal vizinha à estação de rádio. Saiu em dupla com o repórter para cobrir o último incêndio do dia no hotel do outro lado da cidade. Voltou para casa com uma foto sua na primeira página e o maior dado de realidade que o domingo na KidZania poderia lhe proporcionar: um salário tão baixo quanto o que profissionais de imprensa recebem nos dias atuais nas redações em geral.

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    CRIANÇAS (À ESQUERDA) EDITANDO REPORTAGEM NO JORNAL

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    COM UM CLIQUE NA CUCA

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    EXTRA! EXTRA!

    Ironia à parte, Joaquim e algumas outras crianças me pareceram satisfeitas só em poder brincar, tal como se estivessem numa gincana ou numa festa de aniversário, dessas cheias de coisas para se fazer. Se teve algo que me preocupou, que me assustou na visita à KidZania, foi a postura de alguns pais ao fim de todas as atividades, já em frente à loja de departamentos.

    Proibidos de entrar para ajudar os filhos na troca do dinheiro fictício por mercadoria verdadeira, alguns homens e mulheres se agitavam do lado de fora. Gesticulavam e falavam alto numa tentativa de mostrar aos filhos onde estava a melhor relação custo-benefício para investirem seus KidZos. Com pais assim não há propaganda no mundo que seja nociva à formação do perfil consumidor de uma criança ou adolescente.

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    GENTE, QUEM É ESSA FIGURA?


    VALE SABER

    Endereço: Avenida Rebouças, 3.970, 2° Subsolo do Shopping Eldorado, São Paulo

    Transporte: A estação Hebraica — linha 9 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) — fica a 500 metros do shopping, que também possui uma das entradas pela Avenida Eusébio Matoso, parada de muitas linhas de ônibus (consulte www.sptrans.com.br para saber qual delas utilizar)

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    ESCOLHA O SEU CAMINHO

    Funcionamento: Dias e horários variam ao longo do ano. Verifique o calendário disponível no site oficial para saber sobre a disponibilidade de datas

    Preço: Assim como ocorre com o funcionamento, os valores de ingresso variam de acordo com a época do ano. Vale, então, olhar o site oficial, já que fora da temporada de férias os preços baixam consideravelmente. Crianças acima de 8 anos não precisam estar acompanhadas de um adulto maior de 18 anos durante a permanência na KidZania, apenas no momento da entrada e saída do parque, quando são colocados e retirados os braceletes de identificação

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    DEVOLUÇÃO DO BRACELETE: FIM DO FAZ DE CONTA

    Alimentação: Entrar com comida ou bebida não é permitido. No térreo, o parque possui uma unidade de uma rede de fast food e uma cafeteria que vende salgados, saladas e doces. Uma pizzaria e uma loja de chocolates funcionam no 2º andar. Há mesas redondas de alumínio perto da hamburgueria e na praça central, onde está o Monumento à Chama Eterna. Os sofás da cafeteria são mais espaçosos e confortáveis — comemos nossos hambúrgueres ali numa boa. Há bebedouros próximos aos banheiros

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    VAMOS COMER?

    Compras: A exemplo das atrações nos parques da Flórida, a saída da KidZania leva a uma loja. Ali a compra é feita em moeda real (com perdão pelo trocadilho). Já na loja de departamento da cidade fictícia compra-se com o dinheiro fictício. Verdade seja dita, os preços por lá não estão para brincadeira. O famoso jogo de compra e venda de ações e imóveis custa 350 Kidzos — para se ter ideia, Joaquim ‘ralou’ em 7 profissões diferentes para juntar 89 Kidzos, dos quais mais da metade (50) foram dados no início do passeio

    Site: www.kidzania.com.br


    Visita feita a convite do Kidzania
  • Santos: o que fazer na cidade perto de São Paulo

    Santos: o que fazer na cidade perto de São Paulo

    O que fazer em Santos? Uma boa ideia na cidade perto de São Paulo é dar um passeio de bonde e visitar os museus sobre café e Pelé. É uma maneira de conhecer um pouco da importância dessa paulista

    A pouco mais de 1 hora de carro do centro de São Paulo, Santos é a maior cidade do litoral paulista e dona também do maior porto da América Latina. O porto segue marcando presença até no turismo: a todo verão, é de lá que partem cruzeiros com saída de São Paulo. Tanta grandiosidade vem dos tempos do ciclo do café, cujo comércio e exportação impulsionaram o crescimento do município. Os sinais desse desenvolvimento são visíveis e visitáveis, especialmente nos passeios pelo centro histórico.

    Da mesma maneira que levou ao mundo o nosso café, Santos fez o planeta conhecer também outro produto-exportação do Brasil: o futebol, na figura de Pelé. Os museus do grão e do craque estão entre os principais passeios a serem feitos pela cidade. De bonde, de preferência.

    1 > ENTENDER A IMPORTÂNCIA DO CAFÉ

    No prédio da antiga Bolsa do Café, aprende-se muito sobre a importância do produto para fortalecimento da economia e da imagem do Brasil no mundo todo. A exposição é dividida em 4 etapas e pode ser visitada com a ajuda de um mediador treinado para explicar de forma clara e didática a rica história do café. Degustação de café gourmet aos sábados e cursos de barista fazem parte do calendário de atividades do museu, que também recebe mostras temporárias. Ah, e não vá embora sem beber uma xícara de expresso na cafeteria premiada pela Associação Brasileira da Indústria de Café.

    VALE SABER

    Endereço: Rua XV de Novembro, 95

    Funcionamento: De terça a sábado, das 9 às 17 horas — no domingo, abre às 10 horas; durante a temporada de verão, tem funcionamento estendido

    Preço: R$ 10 — no sábado, a entrada é grátis

    Alimentação: A Cafeteria do Museu abre de segunda a sábado, das 9 às 18 horas — no domingo, abre às 10 horas

    Site: museudocafe.org.br

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    SALÃO DO PREGÃO – Foto: Victor Hugo Mori/Museu do Café/Divulgação

    2 > DAR UMA VOLTA DE BONDE PELO CENTRO DE SANTOS

    Tome seu assento e entre numa agradável jornada ao passado percorrendo o centro histórico de Santos a bordo do bonde turístico da cidade. O passeio de 5 quilômetros dá direito a descer e embarcar novamente em alguns dos 40 pontos de interesse cultural cortado pelos trilhos. É uma oportunidade viva para mostrar às crianças como era a vida antigamente.

    Para os que acham que a verdadeira nostalgia só pode ser acompanhada por uma boa dose de melancolia, que tal rever seu conceito e beber um expresso a bordo do moderno Bonde Café? Nascido de uma parceria entre o Museu do Café e a prefeitura, o veículo temático circula pelo mesmo trajeto histórico da cidade. Ele leva 24 passageiros, que desfrutam de um vagão com ar condicionado, frigobar e com direito a degustação de café gourmet durante o passeio.

    VALE SABER

    Funcionamento: De terça a domingo, das 10h30 às 16h30, com saídas a cada 1 hora a partir da estação do Valongo — Bonde do Café tem saídas às quintas e sextas, às 10h30, 11h30 e 12h30

    Preço: O ingresso custa R$ 6,50 — crianças menores de 5 anos no colo, grátis; pessoas acima de 60 anos, R$ 3,25. A passagem pode ser adquirida na bilheteria do Museu Pelé

    Site: página da Secretaria de Turismo de Santos

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    BONDE CAFÉ – Foto: Museu do Café/Divulgação

    3 > CONHECER A HISTÓRIA DO REI PELÉ

    Um casarão do Centro Histórico de Santos guarda cerca de 2.300 objetos do acervo pessoal do maior jogador de futebol de todos os tempos. Eles estão expostos em esquema de rodízio. Entre os itens, a caixa de engraxate que Pelé usava quando menino, camisas dos clubes em que jogou, fotos, vídeos e gravações que ajudam a contar a trajetória do Atleta do Século. Verdadeira imersão destinada a adultos e crianças, fanáticos por futebol ou não.

    Para conhecer mais não só sobre Pelé como também a respeito do futebol brasileiro, visite na cidade de São Paulo o Museu do Futebol. Ele fica no Estádio do Pacaembu, na zona oeste da capital. Quem dá as boas-vindas por lá é justamente o Rei do Futebol, também retratado em imagens e lances ao longo da exposição permanente. É um passeio que fizemos várias vezes e recomendamos.

    VALE SABER

    Funcionamento: De terça a domingo, das 10 às 18 horas (bilheteria até as 17 horas)

    Preço: A entrada custa R$ 10 — pessoas acima de 60 anos, portadores de necessidades especiais, R$ 5; crianças até 10 anos e alunos da rede pública de ensino, grátis

    Site: página da Secretaria de Turismo de Santos

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    PELÉ, O GOLEIRO – Foto: Fernando Victorino @ComoViaja

    4 > VISITAR O MEMORIAL DAS CONQUISTAS DO SANTOS

    Meninos podem gostar de ir ao Memorial das Conquistas, do Santos. Entretanto, se os pais não forem santistas, talvez não seja indicado levar o garoto ao campo do rival, ainda mais se tratando de gente do naipe de Pelé e Neymar, os únicos craques que têm espaço próprio dentro do museu, inaugurado no lendário Estádio da Vila Belmiro, também uma das etapas da visita.

    VALE SABER

    Funcionamento: De dezembro a fevereiro, o museu abre todos os dias, das 9 às 19 horas (nos demais meses do ano, só de terça a domingo e feriados, no mesmo horário — em dias de jogos do Santos o funcionamento está sujeito à alteração)

    Preço: Visita monitorada (museu, camarotes térreos, sala de imprensa, vestiários e laterais do campo), R$ 15 — crianças de 7 a 17 anos; pessoas acima de 60 anos, sócios, R$ 7,50); visita simples (museu), R$ 8 — crianças de 7 a 17 anos; pessoas acima de 60 anos, sócios, R$ 4

  • Planetário do Ibirapuera (SP): ingresso, programação e horários

    Planetário do Ibirapuera (SP): ingresso, programação e horários

    Disposta no mural da escola montessoriana, a sequência de planetas em relação ao sol sempre me fascinou. Depois, já num colégio tradicional, fui levada em excursão ao Planetário do Rio. Ver o teto se transformar no espaço fez brilhar meus olhos. Esse passeio sempre esteve nas minhas melhores lembranças de infância. Foi com esse espírito que resolvi levar ao ao planetário do Ibirapuera nosso filho, Joaquim, na época com 7 anos. Neste texto, você fica sabendo como foi esse passeio, o valor do ingresso do planetário do Ibirapuera, a programação e os horários das sessões.

    Reaberto em 2016, após reforma, o lugar prometia uma tarde divertida em família naquele janeiro de 2017. E foi mesmo. A atração fica dentro do Parque Ibirapuera, um símbolo da capital paulista que possibilita um programa juntando natureza, museu e planetário. É uma ótima pedida para um passeio com ou sem criança, aliás. As sessões, em geral, são recomendadas apenas a partir dos 5 anos; no caso da observação noturna, acima dos 8 anos.

    Como é o planetário em São Paulo

    Do lado de fora, a cúpula de 9 metros de altura por 18 metros de diâmetro se destaca entre as árvores do Ibirapuera. Em meio à multidão que caçava Pokémons, na moda na época, o planetário mais parecia um disco voador. Levamos um susto com o tanto de gente que estava perto da entrada.

    Planetário Prof. Aristóteles Orsini, dentro do Parque Ibirapuera
    Muita gente, mas conseguimos ingressos do planetário do Ibirapuera

    Inaugurado em 1957, o Planetário Prof. Aristóteles Orsini completou 60 anos em 26 de janeiro de 2017. Primeiro do Brasil e tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), foi interditado em 1999 por problemas estruturais.

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    Totalmente renovado, ostenta um projetor Starmaster ZMP, fabricado pela alemã Carl Zeiss, renomada empresa de lentes, também usadas em máquinas fotográficas. As fileiras de cadeiras – reclináveis, mais ou menos, conforme a distância em relação ao projetor – desenham um círculo em torno dele.

    Os 42 conjuntos de lentes mostram, por meio de 9.000 fibras óticas, a Via Láctea, nebulosas, constelações, galáxias, o sistema solar, fases da lua e eclipses, de acordo com o tema explorado na apresentação.

    O que fazer na atração no Parque Ibirapuera

    As sessões do planetário ocorrem aos domingos. Em todas, friorentos devem levar casaco porque a sala tem ar condicionado.

    O dia começa com O Show da Luna, recomendado para crianças acima de 5 anos. Com 40 minutos, tem 2 exibições, às 11 e 13 horas. Depois, vêm Planetas do Universo às 15 horas e Olhar o Céu de São Paulo Outra Vez às 17 horas.

    A primeira, com duração de 50 minutos, dá um panorama do universo, onde existem cerca de 5.000 planetas. Fala também da importância de cada um de nós no universo e da preservação da Terra. Na última sessão do dia, mostra o céu da capital, algo cada vez mais difícil de se apreciar a olho nu por causa da poluição e do crescimento da metrópole. Dura 40 minutos.

    Selfie no clima tudo azul do céu

    Na época em que visitamos, demos sorte de pegar a última sessão do dia, quando havia apresentação ao vivo. Eram sessões comandadas por um professor formado em astronomia ou ciências correlatas, como a física. Assim, enquanto explicava ao microfone o que se via projetado na cúpula, o especialista abordava um tema sobre o qual tinha maior conhecimento.

    | Veja ingressos e tours em São Paulo |

    Na chegada ou na saída, passe pelo relógio de sol ao lado do planetário. E siga a mensagem escrita nele em latim e em português: carpe diem, aproveite o dia.

    Relógio de sol no Ibirapuera, do lado de fora do planetário
    Relógio de sol do Ibirapuera: carpe diem

    Quanto custa o ingresso do Planetário do Ibirapuera

    Sob gestão da Urbia desde o 2º semestre de 2020, o Parque Ibirapuera tem entrada gratuita e funciona diariamente das 5 horas à meia-noite. O ingresso do planetário, no entanto, passou a ser cobrado – quando estivemos lá, no começo de 2017, não se pagava para assistir às sessões.

    A entrada do Aristóteles Orsini custa R$ 30 a sessão; crianças e adolescentes de até 15 anos, estudantes, professores, idosos e pessoas com deficiência pagam meia. Os ingressos (todos com o mesmo valor) se dividem em 5 setores, identificados por cores: azul, roxo, verde, laranja e vermelho.

    VALE SABER

    Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº, Parque Ibirapuera, São Paulo

    Transporte: Se for de Uber, táxi ou ônibus (veja rotas em sptrans.com.br/itinerarios), o portão mais próximo do planetário é o 10. Quem vai de carro pode estacionar com Zona Azul no portão 3

    Horário: Há sessões aos domingos. Em fevereiro de 2023, tem Planetas do Universo às 15 horas e Olhar o Céu de São Paulo Outra Vez às 17 horas. As sessões infantis O Show da Luna são realizadas às 11 e às 13 horas

    Site: Página com venda de ingresso do Planetário do Ibirapuera

  • O que fazer em São Paulo com crianças: passeios na capital

    O que fazer em São Paulo com crianças: passeios na capital

    Nas férias ou nos fins de semana, não importa. Uma dúvida assola a cabecinha de pais preocupados com o divertimento de seus filhos: o que fazer em São Paulo com crianças? Quem nunca? Nathalia e eu vivemos essa questão desde 2009, quando nosso filho, Joaquim, nasceu. E dá-lhe de trocar informações com os amigos sobre a boa da semana, a novidade da temporada, aquele passeio de onde postaram uma foto em que o pequeno parecia estar se divertindo muito. Tudo para aproveitar a capital em família. Se você vem de outras cidades, confira nossa seleção de hotéis na Avenida Paulista, bem avaliados por viajantes.

    Como a capital paulista é uma cidade em constante mutação, tem sempre um passeio diferente pintando. Ou clássicos que podem ser (re)visitados, como Parque da Mônica, Kidzania (com reabertura estimada para o primeiro semestre de 2023) Aquário de São Paulo e Catavento Cultural. Museu do Futebol é quase sempre uma bola dentro.

    Outras instituições com enfoques artísticos — Museu de Arte de São Paulo (Masp) e Museu de Arte Moderna (MAM-SP) — ou históricos (Museu da Imigração e o reinaugurado Museu do Ipiranga) também podem ser programas deliciosos em família (por que não?). E tem sempre a excelente programação infantil do Sesc-SP com unidades por toda a capital.

    Pensando nisso, elaboramos uma lista com 12 passeios para fazer com crianças em São Paulo em qualquer época do ano.

    1 | Museu Catavento

    Quando criança, este era um dos passeios preferidos de nosso filho, Joaquim, que pedia para repetir sempre que possível. Apresentar o mundo maravilhoso da Ciência para as crianças nem sempre é tarefa fácil. No Museu Catavento, elas aprendem de forma interativa e divertida a partir de experiências montadas em quatro seções: Universo, Vida, Engenho e Sociedade. É um museu que não fica devendo nada a atrações internacionais.

    Nos fins de semana, é preciso retirar senha online (gratuitas) para participar de atividades extras, como o Monte dos Sábios (parede de escalada), Viagem ao Fundo do Mar (simulação de um passeio de submarino) ou Estúdio de TV (gravação ao vivo de um programa). Ainda em 2023, o Catavento Museu de Ciências passa a ter área para criação de desenhos no ambiente metaverso.

    Desde que abriu suas portas, em 2009, o museu recebeu cerca de 6 milhões de pessoas, tornando-se o museu mais visitado do estado de São Paulo.

    2 | Parque da Mônica

    Roda Gigante da Turma, Ce-bolinhas, Trombada do Louco, Montanha-Russa do Astronauta e Missão: Fundo do Mar, atração interativa que simula uma imersão no oceano. E isso é só o começo. No Parque da Mônica, todas as brincadeiras e atividades envolvem a turminha criada por Mauricio de Sousa. Há encontros com os personagens para fotos e apresentações musicais em horários marcados. Coberto, o parque é pensado para pais e filhos brincarem juntos o dia inteiro. A infraestrutura inclui loja temática, praça de alimentação (opções de comida e bebida pagas à parte) e espaço família, com área para amamentação, troca de fraldas e empréstimo de carrinhos de bebê, tudo para dar mais conforto à visita. Fica dentro do Shopping SP Market, na zona sul de São Paulo.

    3 | Kidzania São Paulo

    Sob nova direção, a Kidzania São Paulo está prestes a reabrir totalmente remodelada. A expectativa é de que a reinauguração ocorra ainda no primeiro semestre de 2023. Mas a essência vai permanecer a mesma. Afinal, quase toda criança gosta de imitar os pais em suas profissões. Neste retorno, a promessa é de que um novo mundo trabalho também esteja representado.

    Quando desembarcou no Brasil, a atração trazia entre as brincadeiras viver da rotina de um hospital ou de um corpo de bombeiros até o dia a dia de uma agência de publicidade — nosso filho, Joaquim, experimentou sete profissões. Com o objetivo de misturar mistura de entretenimento com educação, as atividades eram realizadas de acordo com a faixa etária da criança e realizadas em ambientes patrocinados por empresas parceiras do parque.

    Entrada da antiga da Kidzania, no Shopping Eldorado

    4 | Aquário de São Paulo

    Apesar do nome, o Aquário de São Paulo, no Ipiranga (zona sul), já não se resume só a espécies que vivem nos mares e nos rios. O tanque dos tubarões e das raias, o peixe-palhaço e o tang azul (Nemo e Dory, como as crianças costumam chamar aos berros quando os encontram) são os preferidos do público, dividindo a atenção com os bugios e os tamanduás.

    Levamos nosso menino a primeira vez quando ele era bem miudinho, mas ele voltou depois com a escola. Por isso, Joaquim traz mais detalhes: “Os jacarés ficam junto com as tartarugas num lago rasinho. As crianças podem se divertir vendo os bichos na área do aeroporto, onde cada sala representa uma região do mundo com animais desse lugar. Na África tem o lêmure e na Austrália tem os cangurus e os coalas.” Modo fofo ativado.

    5 | Museu do Futebol

    Ideal para mostrar às crianças que o futebol surgiu muito antes do videogame. No Museu do Futebol, a paixão por esse esporte está materializada na forma de camisas, fotos, objetos, filmes e narrações que contam um pouco da origem e das glórias do esporte número 1 do Brasil. Há muitas salas interativas, como a do Chute a Gol, em que adultos e crianças podem testar a pontaria com auxílio da tecnologia. Essa chegou a ser uma das áreas preferidas do Joaquim, que também gostava do Jogo de Corpo, um campo de futebol virtual.

    Profissionalmente e pessoalmente, visitei o museu diversas vezes e acho a Sala das Copas um dos espaços mais legais porque relaciona fatos históricos da humanidade com o período dos mundiais. Do lado de fora, o museu costuma manter uma programação de férias especial para a meninada, com atividades, entre elas, brincadeiras tradicionais, contação de histórias e oficinas. E o melhor: o museu fica no Estádio do Pacaembu, na zona oeste, um ícone da cidade de São Paulo.

    Para aprender sobre as Copas do Mundo

    6 | Masp, MAM, MAC e Museu da Imigração

    Lugar de criança também é no museu. Assim pensamos nós, incentivadores da ideia. Porque tem muita energia e capacidade nos pequenos, suficientes para gastar com atividades físicas e intelectuais. Criança aprende naturalmente. E ver pinturas e esculturas apura o senso estético e a sensibilidade, características mais do que necessárias para um mundo melhor.

    Dois dos principais museus de São Paulo ficam em lugares turísticos, por onde você passa quando visita a capital: a Avenida Paulista (que tem como um de seus símbolos o ótimo Museu de Arte de São Paulo – Masp) e o Parque Ibirapuera (onde estão atrações como o Museu de Arte Moderna – MAM-SP).

    Na visita, pergunte sempre se tem atividade no espaço dedicado a crianças — Joaquim já fez oficina de pintura no Masp e desenhou no blocão no cavalete do MAM-SP. Em frente ao parque fica o Museu de Arte Contemporânea (MAC), com exposições interessantes e o lindo terraço do restaurante Vista.

    Já o Museu da Imigração é muito indicado para quem tem filhos em idade escolar na etapa em que aprendem do descobrimento à industrialização no Brasil. Também é a chance de entender melhor a cidade de São Paulo e como ela chegou ao que é hoje. É um dos nossos museus brasileiros preferidos.

    Reaberto depois de 9 anos de reformas, o Museu do Ipiranga vale a pena por estar no centro de um dos capítulo mais conhecidos da nossa história, a Independência do Brasil. Além disso, o imenso jardim à frente do edifício é um convite a qualquer brincadeira.

    7 | Planetário do Ibirapuera

    Inaugurado em janeiro de 1957, o Planetário do Ibirapuera, em São Paulo, foi o primeiro do gênero no Brasil. Ele é uma das atrações do Parque Ibirapuera, na zona sul da capital, e é facilmente notado por causa do formato de sua construção, que lembra um pouco um disco voador. Como tantas outras crianças, Joaquim de vez em quando andava com a cabeça no mundo da lua, o que talvez explicasse a curiosidade dele sobre astros e estrelas. As projeções são acompanhadas de uma explicação previamente gravada.

    8 | Parques Ibirapuera e Villa-Lobos

    São Paulo é nacionalmente vista como uma selva de prédios. Sem dúvida, tem muita construção e poluição na capital paulista, infelizmente. Mas um lado sensacional daqui são os parques naturais.

    O maior e mais conhecido deles é o Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. Concedido à iniciativa privada por 35 anos, o parque passou por melhorias de infraestrutura que cobram um preço por isso. O estacionamento ficou mais caro, assim como o aluguel de bicicletas. A área de alimentação e novos banheiros se somam às atrações que fizeram o Ibirapuera o parque dos paulistanos.

    Além do planetário e do Museu de Arte Moderna já mencionados, lá estão ainda a Bienal e a Oca, onde são realizadas feiras e exibições E mais: o Museu Afro Brasil, o Auditório Ibirapuera e atrações sazonais, como a principal árvore do Natal em São Paulo.

    A bicicleta no Parque Villa-Lobos sempre teve vez. Há espaço bem delimitado para andar de bike, patinete e patins. O parque também está nas mãos de uma empresa concessionária. Brinquedos infantis, aluguel de bicicletas, food truck, quadras, campos e mesas para piquenique.

    Tem tudo isso e ainda uma espetacular biblioteca na divisa com o parque vizinho, o Cândido Portinari. Ambos meio que compartilham suas áreas com atrações sazonais, do Cirque de Soleil à exposição Monet à Beira D’Água. Desde 2022, uma roda-gigante tornou-se o mais novo imã de turistas e paulistanos.

    9 | Zoológico de São Paulo

    O leão Django, as onças-pardas Pacha e Kay e a serpente Tim são habitantes do Zoológico de São Paulo. Eles representam parte de outros 3.200 animais. Espécies em extinção como o Gavial da Malásia, réptil que lembra um pouco o crocodilo, e micos-leões são algumas das atrações. Passeio de fôlego, especialmente com crianças pequenas. Mas elas adoram.

    Visitamos o zoo pela primeira vez quando o Joaquim tinha menos de 2 anos. E ter levado o carrinho foi fundamental. Seria legal se houvesse por aqui o mesmo hábito da Alemanha, onde os pais carregam os filhos em carrinhos de madeira para várias crianças — vimos isso nas visitas que fizemos aos zoológicos de Berlim, Munique, Stuttgart e Nuremberg.

    Vizinho ao zoológico, no bairro da Saúde (zona sul), o Zoo Safari permite ao visitante chegar bem próximo de macacos, tigres, leões entre outros animais silvestres. Esse passeio pode ser feito em carro próprio ou nas vans do parque.

    10 | Sesc São Paulo

    É o chamado programa BBB: bom, bacana e barato (muitas vezes até de graça). Cada uma das 19 unidades do Sesc São Paulo na cidade (41 em todo o Estado) mantém uma programação diversificada, com muita arte, cultura, esporte e entretenimento. Mas nem é preciso ter em mente qual peça, show ou atividade ver. Basta se dirigir a uma unidade para logo perceber que tem alguma coisa legal rolando — no mínimo, sempre há espaço para as crianças correrem e se divertirem.

    Há unidades na Avenida Paulista, no Centro (Sesc 24 de Maio, pertinho do Theatro Municipal), na Pompeia e em Pinheiros (ambas na zona oeste). A agenda de férias de verão é agitada, cheia de eventos esportivos principalmente. E ainda: os restaurantes e lanchonetes têm comida boa e preço super, super acessível. Bom, somos suspeitos quando o assunto é Sesc, tanto é que Nathalia já havia escrito sobre essa opção de cultura e diversão a bom preço em São Paulo.

    No Sesc Pompeia, exposição sobre brinquedos

    11 | Parques de trampolim

    Se a ideia é fazer com que as crianças gastem energia, parques de trampolim são uma boa pedida. Nós levamos o Joaquim ao Urban Motion, quando ainda funciona em Santo Amaro (bairro da zona sul). Noss menino adorou sassaricar entre os cerca de 40 trampolins (a quantidade diminuiu bem desde que a unidade se instalou no Morumbi Town Shopping. Mas meninos e meninas ainda se arriscam nos desafios cercados por muita espuma. Além do Urban Motion, São Paulo tem o Impulso Park, na Barra Funda (zona oeste), e o Gravidade Park, no Ipiranga (zona sul). Vale dar um pulo para conferir.

    12 | Museu da Imaginação

    Mais do que movimentar braços e pernas, no Museu da Imaginação, na Lapa de Baixo (zona oeste), as crianças são convidadas a exercitar o livre pensamento a partir de obras de arte e de instalações, como a escultura cinética com 20 bolas que sobem e descem no hall de entrada ou as releituras de Picasso feitas por quatro artistas brasileiros. O importante aqui não é só contemplar. Sentir é parte da experiência e do aprendizado. E a função dos monitores do museu é facilitar essa descoberta, sem interferência no processo de percepção e interação com o ambiente. O museu possui fraldário, espaço para amamentação, lanchonete e wifi.

  • Urban Motion (SP): parque de trampolins para ir com a criançada

    Urban Motion (SP): parque de trampolins para ir com a criançada

    Consultamos a previsão do tempo e deu lá: tempestades previstas para a semana toda em São Paulo. Nath e eu nos entreolhamos e lembramos de outros janeiros chuvosos na capital, quando fazer atividades ao ar livre com criança se torna uma tarefa inviável. Por essa razão fomos parar no Urban Motion, parque de trampolins que na época funcionava em Santo Amaro e agora está no 1º piso do Morumbi Town Shopping. A atração é uma das nossas dicas na lista de passeio com criança em São Paulo.

    Então com quase 8 anos, nosso filho era dessas crianças que virava ‘sócia’ da cama-elástica nas festas de aniversários, e um programa assim o faria se sentir no paraíso. Quando estivemos no Urban Motion, a maior parte da meninada tinha mais ou menos a idade do Joaquim.

    Como é o parque de trampolins

    Na época, achamos mesmo que a atração era indicada para a faixa etária entre os 5 e 12 anos, quando o agito não para e a vergonha de pular (e se esborrachar) não paralisa. Mas o parque de trampolins aceita pequenos de 3 e 4 anos (acompanhadas pelo responsável). Acima disso já podem pular sozinhos – ah, adultos também são aceitos na atração, embora o espaço no Morumbi Town Shopping seja bem menor do que era no galpão em Santo Amaro.

    Joaquim correndo no galpão de trampolins do Urban Motion
    Agilidade de criança

    A empresa não trabalha com reserva. No site, é possível acompanhar o tempo da fila de espera para evitar os períodos mais cheios. Para pular, o parque de trampolins exige o uso de meias antiderrapantes. Quem já tem pode levar a sua. Caso contrário, o Urban Motion vende por R$ 24 o par.

    O que fazer no Urban Motion

    O espaço nesta unidade no Morumbi Town Shopping é dividida nas seguintes áreas: trampolins, parede de escalada, percurso ninja, piscina de espumas e obstáculos de parkour. Eles também organizam eventos e festas de aniversário.

    Piscina de espumas do Urbano Motion
    Equilíbrio no slackline sobre espumas

    Uma placa na entrada da área com as brincadeiras informa as regras: comidas e bebidas são proibidos ali, celulares são pela própria conta e risco dos usuários. Um aviso que costumava estar na Urban Motion de Santo Amaro era expresso: pule. Joaquim seguiu a indicação, e aproveitou os trampolins e a piscina de blocos de espuma. Durante 1 hora, nosso filho fez várias pausas para beber água (de coco e mineral) e se recompor do cansaço. Confesso que Nath e eu nunca o vimos tão esgotado depois de pular direto.

    VALE SABER

    Endereço: Morumbi Town Shopping: Av. Giovanni Gronchi, 5.930, Vila Andrade.

    Funcionamento: De segunda a sábado e nos feriados, abre das 10h às 22h. No domingo, funciona só até as 20h.

    Preço: A brincadeira é mais em conta de segunda a sexta, quando até meia hora de pulos custa R$ 44 e por um período de 31 a 60 minutos sai a R$ 64. No sábado e no domingo, os preços sobem para R$ 49 r R$ 69, respectivamente. Se for comprar meias antiderrapantes lá, o valor é o mesmo em qualquer dia: R$ 24.

    Site: urbanmotion.com.br

    Hotel no estado de São Paulo

    As nossas listas com sugestões são constantemente atualizadas. Fazemos uma apuração jornalística para chegar a essa curadoria. No caso de hospedagem, incluem apenas opções com boa avaliação de viajantes nos sites de reserva.

    Hotéis no litoral de SP

    Hotéis no interior de SP

    Resort em São Paulo

    Hotel fazenda no interior de SP

    Hotéis românticos em SP

  • Natal em Vancouver: onde ver luzes e fazer compras

    Saiba onde Vancouver, no Canadá, reúne luzes de Natal e boas compras: do Stanley Park, principal parque, à ponte suspensa Capilano. Lojas e mercados perto do Canada Place e no Granville Market completam o clima de festa

    ATUALIZADO EM 1 DE DEZEMBRO DE 2017

    Quando desembarquei em Vancouver em dezembro do ano passado, o Natal se apresentou ainda no aeroporto. Logo nas primeiras lojas, dei de cara com chocolates natalinos, de embalagens especiais ao calendário do advento de chocolate, com janelinhas a serem abertas na contagem regressiva para o 24 de dezembro.

    Regiões da cidade como Gastown e Coal Harbour — a área do porto, onde fica o centro de convenções Canada Place — têm suas árvores iluminadas. Cartões-postais da cidade, como Stanley Park, Granville Market, Capilano Suspension Bridge e Grouse Mountain ganham mais cores e atrações para toda a família, especialmente para as crianças.

    Num domingo em que visitei o Granville Island Public Market, fui surpreendida pelo coral que entoava clássicos de Natal no mezzanino. Teve de Let it Snow a Santa Claus is Coming to Town. Muito gostoso sentir esse clima na cidade.

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    Para você saber onde Vancouver se enfeita com luzes e oferece opções de boas compras para o Natal, listo a seguir alguns pontos para você ficar ligado.

    Capilano Bridge Park: ponte e parque iluminados

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    Para mim, é a atração mais bela de Natal pertinho de Vancouver — conto neste texto como é capilano com as luzes de natal, a menos de meia hora de Vancouver. A decoração é incrível, com luzes coloridas no parque inteiro, não apenas ao longo da ponte sobre o Capilano River. Bolas e fios iluminados estão por toda parte. Chegue mais cedo para conseguir apreciar a natureza durante o dia e fique até escurecer, quando o clima natalino toma conta do lugar.

    A magia do Canyon Lights, evento de fim de ano realizado nesta edição até 28 de janeiro, pode ser sentida desde a entrada, onde há um jardim com totens das Primeiras Nações do Canadá (como são chamados os habitantes do território antes da chegada dos europeus). Segue pelo Capilano Suspension Bridge Park tanto na ponte sobre o rio, como no CliffWalk (passarela sobre o penhasco), num lago e no circuito de arvorismo. Uma banda toca clássicas canções de Natal. As crianças podem realizar diversas atividades, como decoração de biscoitos e de enfeites de madeira para a árvore de Natal.

    Grouse Mountain: casa do Papai Noel, renas e floresta iluminada

    natal-em-vancouver-casa-do-papai-noel-em-grouse-mountain-no-canada-foto-nathalia-molina-comoviajaVizinha ao Capilano Suspension Bridge Park, um pouco mais acima na mesma estrada, Grouse Mountain proporciona clima de Natal na neve. Adorei! Em 2018, até 7 de janeiro, o alto da montanha ao norte de Vancouver vira o Polo Norte. Papai Noel recebe a garotada no Santa’s Workshop, numa casinha ao lado da pista de patinação no gelo e do cantinho onde duas renas moram renas até as comemorações natalinas terminarem.

    Entre as diversas atividades disponíveis estão, além de esqui e snownboard, o tobogã para deslizar sentada e a caminhada na neve (snowshoeing) entre pinheiros e iluminação natalina. Eu experimentei as duas últimas e recomendo para a diversão em família. Grouse Mountain foi uma das cenas de neve mais lindas que já vi.

    Flyover Canada: uma viagem pelo país em versão natalina

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    Eu estive na atração durante a temporada natalina, quando eles projetam uma versão especial de fim de ano. O voo simulado passa sobre paisagens do Canadá. O mesmo filme exibido o ano todo recebe toques de Natal para as festas, com a participação especial de Papai Noel. Quando fui ao FlyOver Canada, foi ele quem deu as boas vindas aos visitantes, seguido na outra sala por Mamãe Noel. Entre árvores de Natal e enfeites da época, rolou até uma representação de neve antes de entrar no espaço de projeção.

    Durante a minha experiência no Flyover Canada Christmas Ride, uma turma de escola de crianças em torno de 4 anos foi com as professoras para fazer o voo simulado sobre as paisagens do Canadá. Conforme as imagens apareciam na tela, a meninada gritava para ajudar Papai Noel numa missão proposta no início da brincadeira: encontrar os duendes entre as imagens.

    De Niagara Falls (as cataratas na província de Ontario) às vinícolas de British Columbia, chegando até a aurora boreal, a viagem virtual sobrevoa o território canadense. Na versão natalina, a aventura termina no Polo Norte.

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    Vancouver Aquarium: Papai Noel mergulhador e expresso para o Polo Norte

    Papai Noel caminha pelas salas do aquário falando com as crianças e faz um show como mergulhador, na apresentação Scuba Claus (até 7 de janeiro). Quando estive no Vancouver Aquarium, localizado dentro do Stanley Park, todos os funcionários usavam gorrinhos vermelhos de pompom.

    Em Rudolph & Polar Express 4-D, os visitantes pegam um trem para o Polo Norte, numa aventura de cerca de 20 minutos que inclui o geladinho da neve e o aroma de chocolate quente.

    Stanley Park: trenzinho festivo e 3 milhões de luzes

    Um trenzinho encantado passeia pelo principal parque de Vancouver. Até 6 de janeiro, Bright Nights at Stanley Park anima famílias com decoração natalina e apresentações ao vivo, num passeio de cerca de 15 minutos. Existe a opção de um trem durante o dia, sem o brilho da iluminação e a performance. O Bright Nights Christmas Train e a Stanley Park Train Plaza reúnem em torno de 3 milhões de luzes.

    Bloedel Conservatory e VanDusen Botanical Garden: plantas e cores

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    ESTUFA TROPICAL COM LUZES DE NATAL

    Nos dois lugares, próximos e administrados pelo departamento de parques da cidade de Vancouver, a iluminação natalina realça a beleza das plantas. O VanDusen Festival of Lights enfeita o jardim botânico até 7 de janeiro com cerca de 1 milhão de luzes. Completam o clima um carrossel, o show Dancing Lights, gnomos e Papai Noel.

    Para o Holiday Hights at Bloedel, a estufa com plantas tropicais e aves ganhou fortes tons vermelhos, que pintam a atmosfera dentro do círculo quando estive lá no fim de 2016. Na área externa, estavam 3 bonecos de neve, para divertidas fotos com a criançada, e uma roda-gigante (daquelas tradicionais, com as linhas destacadas em neón), para ver a vista da cidade lá embaixo. O Bloedel Conservatory fica no ponto mais alto de Vancouver, no topo do Queen Elizabeth Park. Em dezembro do ano passado, nevou, algo raro para o inverno em Vancouver. Conforme a roda-gigante subia, o horizonte azulado da noite ganhava partes esbranquiçadas.

    Pacific Centre e Hudson Bay: roupas, eletrônicos e brinquedos

    Para comprinhas diversas, siga para o shopping Pacific Centre, um complexo na região de Downtown. Entre as lojas tem, por exemplo, os tênis da Skechers; Apple, Best Buy e Wirelesswave (para smartphones, tablets, eletrônicos e equipamentos de fotografia); e os cosméticos da Shepora e da The Body Shop. Lá também é o endereço do Four Seasons Hotel de Vancouver.

    Dei uma espiada na Disney Store no ano passado. Fiquei tentada, mas parti em busca de Lego. Então com 7 anos, nosso filho estava totalmente no mundo das pecinhas. Como a Lego Store fica mais distante do centro de Vancouver, fui até a Hudson Bay. Do Pacific Centre, basta atravessar a praça de alimentação para chegar à loja vizinha, que, além de roupas, passou a vender brinquedos.

    Robson Street: butiques e marcas conhecidas

    São 3 quarteirões tentadores para quem gosta de comércio de rua. Eu me amarro. Gap, Swarovski, Lush, Aldo e Guess, entre outras marcas, mantêm lojas na Robson Street, cuja associação reúne em torno de 200 estabelecimentos. Indico comprar lá barrinhas do Rocky Mountain Chocolate Factory, originalmente criada em Whistler, cidade de neve e esqui em British Columbia.

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    LUZES E LOJAS NA ROBSON STREET

    Mercado de Natal: festa na praça da Olimpíada de Inverno

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    NO MERCADO DE NATAL DE VANCOUVER, ATÉ O GUARDA-CHUVA AJUDOU A COMPOR O CENÁRIO

    Até o clássico carrossel (que as crianças adoram) visto nas feiras de fim de ano na Europa está no mercado de Natal de Vancouver. Barraquinhas vendem enfeites, comidinhas e bebidas típicas, como o vinho quente. Há ainda músicas natalinas em apresentações ao vivo.

    A diferença em relação aos mercados europeus é que é preciso pagar para entrar na área do Vancouver Christmas Market (10 dólares canadenses; crianças entre 7 e 12 anos, 5 dólares canadenses; até 6 anos, grátis), instalado até 24 de dezembro na Jack Poole Plaza. Localizada no harbor front, área do porto da cidade. Essa praça concentrou os eventos da Olimpíada de Inverno de 2010 e abriga a pira em forma de tripé.

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    PIRA DA OLIMPÍADA DE INVERNO EM VANCOUVER


    Viagem a convite do Destino Canadá e do Tourism Vancouver

  • Vancouver: Capilano com as luzes de Natal

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Se você tiver tempo ou vontade de visitar apenas um lugar pra ver as luzes de Natal em Vancouver, vá ao parque da Capilano Suspension Bridge. A ponte suspensa, a menos de meia hora da cidade no oeste do Canadá, fica iluminada durante o Canyon Lights, evento natalino que chega à sua 11ª edição em 2016.

    A PONTE BRILHANTESó essa visão já seria suficientemente bela para fazer o lugar merecer uma visita. E foi somente com a expectativa de ver isso — e de ter coragem para atravessar os 137 m balançantes sobre o penhasco, a 70 m de altura — que eu fui até lá. Mas me deparei com um parque inteiro iluminado, numa explosão de cores.

    É bom saber que, se a visita à noite mostra a beleza das luzes natalinas, ela deixa a natureza no entorno na penumbra. Se quiser aproveitar os dois momentos, recomendo que você chegue com o dia ainda claro (durante o inverno, escurece perto das 16 horas). Como a visita ao parque, com calma, leva em torno de 2 horas e meia, eu pensaria em chegar lá no máximo às 14 horas, se a ideia for ver tudo de dia e depois curtir a iluminação do Canyon Lights.

    O Capilano Suspension Bridge Park possui 109.265 m² de área total. De um lado e de outro do parque e ao longo da ponte, as atrações são enfeitadas para o evento que vai até o início de janeiro.

    Do lado de cá: passarela sobre o penhasco, chocolate quente e souvenir

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    Passei o portão de entrada do parque e já me pasmei. A iluminação não combinava nada entre uma área e outra. Normalmente, como uma editora de conteúdo que busca sempre um equilíbrio estético, eu acharia isso algo estranho. Mas ali, curiosamente, todo aquele contraste fez sentido, como se o Natal vivamente me cercasse.

    Na hora, nem pensei nisso. No entanto, ao escrever esse texto, me dei conta de que talvez o parque da Capilano tenha despertado em mim sensações da infância, quando a árvore de Natal da casa da minha avó era multicolorida. Lá pelos anos 70, início dos 80, antes dos tons monocromáticos das árvores de Natal atuais. Num tempo em que os enfeites de vidro (morria de medo de quebrá-los) formavam gotas e estrelas nas mais diversas tonalidades de rosa, dourado, vermelho e azul.

    Então, antes de atravessar a Capilano Suspension Bridge, que eu achava que seria a emoção da visita, me senti maravilhada por todo aquele colorido. Era tanta luz que nem me dei conta de que cismei de chamar o evento de Canyon OF Lights (DAS luzes). Quando fui consultar o site para fazer o serviço no fim deste texto, vi que tinha acrescentado a preposição com artigo.

    O colorido pinta as áreas do café e da lojinha de souvenir e todas as árvores no entorno. Entre totens– símbolos dos nativos habitantes do Canadá (chamados de Primeiras Nações), muito vistos na província de British Columbia –, passeia-se por bolas douradas, um lindo par de pinheiros azuis e uma árvore de Natal natural com 46,60 m de altura.

    A área da lojinha, dentro do Trading Post, possui opções realmente interessantes de souvenir, que fogem das massificação. Eu trouxe lindas canecas de lá para o Joaquim (com alce) e para o Fernando (com um desenho das Primeiras Nações). Nessa região do parque, uma banda toca clássicas canções natalinas à noite.

    No café, não resisti a um chocolate quente com creme — fazia -3 graus! — e a um blueberry danish, enrolado de massa leve recheado com geleia da fruta silvestre. Quem quiser pode provar uma nanaimo bar, doce com camadas de chocolate, inventado ali perto, na cidade de Nanaimo, também em British Columbia.

    Desse lado do parque, também se acessa o Cliffwalk, uma passarela sobre o penhasco. O chão é de vidro em alguns mirantes que de encontram pelo caminho. É uma atração mais emocionante durante o dia, do ponto de vista da natureza.

    Na ponte: caminho iluminado pelo cânion com troca de cores

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    A EUFORIA QUE DÁ CORAGEMFalando em altura, a travessia da ponte me assustava. Eu já tinha editado e lido reportagens sobre a Capilano Suspension Bridge, e a imagem daquele fio pendurado sobre o penhasco me causava calafrio. Mas eu queria muito conhecer e me desafiar a percorrê-la. Afinal, o negócio existe desde 1889!

    Tenho de dizer que à noite a sensação de altura diminui e muito porque você não percebe o fundo do cânion. Ajudam a distrair a atenção o fio de luzes guiando o caminho nas laterais da ponte e a troca de cores nas pedras e na cachoeira ao lado.

    Balança? Balança, especialmente se tem muita gente caminhando sobre a ponte ao mesmo tempo — algo comum, aliás. Mas não senti medo em momento nenhum, sequer frio na barriga. Pode ser que tenha sido a euforia de estar ali — no meio daquele espaço mágico, buscando captar as sensações causadas pela beleza do parque cortado pelo Capilano River –, mas nem me dei conta da distância para o rio lá embaixo. Fui e voltei com naturalidade, me deixando embalar por aquele leve sacolejo.

    Do lado de lá: lago com bolas e arvorismo entre luzes

    Quando cheguei ao outro lado, achei que já tinha visto muita coisa e que seria apenas um complemento para quem atravessa a ponte. De fato, a área não é gigante. Mas eu estava totalmente errada quanto ao que me esperava.

    À esquerda, a cena me apresentou um lago escuro cercado e coberto de bolas prateadas. Algo tão belo que me reteve ali um bom tempo, apreciando a composição, lembrando do meu filho e do meu marido (em como Joaquim e Fernando achariam aquilo lindo) e depois tentando captar o momento sem tremer sob uma iluminação difusa. Tudo bem, amei ficar ali. Que paz naquele lugar.

    FLUORESCÊNCIA COLORIDA

    BRINCADEIRA CROMÁTICA

    Nesse ponto, tinha certeza de que a visita estava completa. Seria apenas contornar o lago e voltar. E foi. Pelo caminho, no entanto, mais surpresas. Primeiramente, pontinhos coloridos fluorescentes tomaram um tronco e um pedaço do caminho.

    Depois, subi as escadas para fazer arvorismo na penumbra, seguindo as pontes iluminadas entre árvores. É no alto, mas de novo o escuro disfarça a distância até o chão. E, como as passarelas têm fundo fechado e são cercadas nas laterais, não senti nenhuma apreensão. Completei o circuito e, antes de atravessar a Capilano Suspension Bridge de volta, experimentei a novidade do Canyon Lights em 2016: Fireflies (em português, Vagalumes). Há lanternas para o visitante apontar ao redor. Peguei uma delas e vi pontinhos verdes brilhantes surgirem em sequência e pintarem troncos de árvores e a mata rasteira.

    Espertamente o Capilano Suspension Bridge Park oferece wifi gratuito no parque todo. Em tempos de internet e redes sociais, rola postar aquela foto (ainda que tremida) no meio das luzes. Mas pode esquecer o pau de selfie. Madeira ali só natural mesmo — ainda bem.

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    VALE SABER

    Endereço: 3735 Capilano Road, North Vancouver

    Transporte: Há traslado grátis a partir de 4 pontos de Vancouver: Canada Place (na área do porto) e dos hotéis Hyatt Regency, Blue Horizon e Westin Bayshore. Consulte os horários de shuttle neste link https://www.capbridge.com/visit/shuttle-service/. Fui de táxi porque passei em Grouse Mountain antes. Mas voltei de shuttle e achei bem prático. Na entrada do parque, recebi um carimbo na mão, que me dava direito a entrar e sair do parque à vontade e ao traslado para Vancouver

    Funcionamento: O Canyon of Lights vai até 8 de janeiro, das 11 às 21 horas — após as 16 horas, é melhor para ver o parque com as luzes. Em 25 de dezembro, o parque fecha

    Preço: A entrada inclui todas as atividades do parque e traslados de e para Vancouver. Custa 39,95 dólares canadenses — acima de 65 anos, sai a 36,95; estudantes com até 17 anos, 32,95; entre 13 e 16 anos, 26,95; de 6 a 12 anos, 13,95; até 6 anos, grátis. Há um ticket para família por 85 dólares canadenses, que dá direito a 2 adultos e até 2 crianças de 6 a 16 anos

    Site: capbridge.com


    Viagem a convite do Destino Canadá e do Tourism Vancouver

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