Categoria: Passeio

Passeio é uma parte fundamental do roteiro de viagem. Confira pontos turísticos, museus, atrações e mais atividades para escolher o que fazer em destinos no Brasil e no exterior. Nestas publicações, falamos de tudo que pode ser interessante nos lugares. Isso inclui tanto cartões-postais como opções fora da lista básica de atrativos.

Alguns exemplos do que você encontra em destinos brasileiros são: o Aquário do Rio de Janeiro, o Planetário do Ibirapuera (São Paulo) e o Projeto Tamar (Praia do Forte, na Bahia). No exterior, há ideias tão distintas quanto a área de Harry Potter nos parques da Universal (Orlando) e o Reichstag (Parlamento Alemão, em Berlim).

Entre as listas do que fazer nas cidades estão Jericoacoara (Ceará), Campos do Jordão (SP) e Porto (Portugal), entre outros.

  • Natal em Toronto: o que fazer em dezembro, entre decoração e compras

    A magia está lá, em mínimos detalhes. E eu já pude ter um gostinho do Natal em Toronto. A maior cidade do Canadá se ilumina toda no fim de ano. A patinação no gelo na Nathan Phillips Square, praça central de Toronto, onde está localizada sua prefeitura, fica envolta em brilho natalino.

    Passando uma noite em frente ao Ripley’s Aquarium, o aquário de Toronto, vi os floquinhos de neve sobre a fachada do aquário que fica aos pés da CN Tower, torre-ícone da cidade. Uma cena linda. 

    Sobram nas lojas artigos com desenhos natalinos. Vi suéter com boneco de neve, Papai Noel e até cachorro-rena. A moda de fim de ano motivou uma boa dose de autocrítica numa loja do multicultural bairro de Kesington Market, que ostentava a plaquinha Seriously Ugly Xmas Sweaters (algo como horrorosos suéteres de Natal).

    Com ou sem vestimenta temática, cheque o Natal em Toronto. Para você entrar no clima, com compras, decoração e muita iluminação, listo a seguir os pontos que vi e que achei que valem para você incluir no seu roteiro.

    Eaton Centre: compras de grandes marcas

    Como um bom shopping center, não iria deixar passar a data sem enfeitar os andares. O Toronto Eaton Centre marca presença com a maior árvore de Natal do Canadá, com 30,50 metros de altura. É difícil até de fotografar inteira.

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    A MAIOR ÁRVORE DE NATAL DO CANADÁ, NO TORONTO EATON CENTRE

    Eu gostei mesmo foi das enormes renas brancas brilhantes espalhadas pelos corredores. Enquanto checa a decoração, você pode passar na H&M ou na Forever 21, por exemplo, para comprar presentes.

    Hudson Bay e Saks Fifth Avenue: vitrines e enfeites

    As vitrines de Natal de lojas de departamento são sucesso em Paris e em Nova York. Em Toronto, a Hudson Bay e a Saks Fifth Avenue também capricham na composição, com música e figuras animadas. Muito fofos os gansos que vi dançando lá em dezembro de 2016.

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    HUDSON BAY, LOJA DE DEPARTAMENTO DO CANADÁ

    Vizinhas, as duas lojas têm zilhões de departamentos. Impossível não encontrar o que se busca. Até comida. A Saks, que abriu em Toronto em fevereiro de 2016, fez uma parceria com um empório gastronômico local, o Pusateri’s. Localizado no subsolo, ele oferece ingredientes e também artigos prontos, como chocolates de Toronto ou europeus, para doces lembrancinhas.

    Também dá para garantir muitos enfeites de Natal para a casa toda, de bolinhas e penduricalhos para a árvore a globos de neve e kits de panos de prato e luvas térmicas temáticos.


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    Nathan Phillips Square: patinação e árvore

    Vale encarar o medo e se arriscar nos patins sobre o gelo para sentir o clima de fim de ano como fazem os locais. E tirar a clássica foto em frente ao nome de Toronto escrito em letras coloridas.

    Devo dizer que não resisti a cumprir todo o roteiro na Nathan Phillips Square, ainda que isso tenha confirmado que, como patinadora, sou uma ótima fotógrafa. Não importa. Contam a diversão e o clima de fim de ano que senti na praça central da cidade da província de Ontario.

    A pista de patinação fica diante do prédio da prefeitura, que estava iluminado num tom roxo. Ao lado, ficava um enorme pinheiro natural enfeitado como árvore de Natal.

    Mercado de Natal: barraquinhas no Distillery Historic District

    Este mercado realmente me surpreendeu. O mercado de Natal de Toronto se propõe a seguir o estilo das seculares feiras de dezembro na Alemanha, que eu tive a chance de conhecer em várias cidades europeias. Em Toronto, todas as tradições estão lá, compondo o conjunto: barraquinhas com artigos e enfeitinhos alemães, vinho quente, corais, brinquedos para a criançada e uma linda árvore de Natal.

    Além disso, a área onde o Toronto Christmas Market é montado, o Distillery Historic District, é um charme. Com prédios industriais da Era Vitoriana, de tijolinhos, o cenário combina perfeitamente com o clima natalino. E ainda oferece opções de presentes, comidas e bebidas canadenses, além de cafés e restaurantes.

    Brookfield Place: enfeites nas linhas de Calatrava

    O complexo de escritórios tem também restaurantes dentro. Quando estive lá em dezembro, a decoração de Natal do Brookfield Place tinha flocos de neve estilizados, posicionados no chão e pendurados do teto. Super bonita. Fios de luzes brancas acompanhavam as linhas de Santiago Calatrava, arquiteto catalão que desenhou o átrio do edifício de Downtown. No formato de um túnel alto, visto logo ao se entrar no prédio, ele é chamado de Allen Lambert Galleria.

    One of a Kind Show: artesanato do Canadá

    Esta feira é realizada sempre do fim de novembro ao  início de dezembro em Toronto. É uma tradição entre os moradores garantir seus presentes de Natal no One of a Kind Show. Nos stands, encontra-se uma grande variedade de artesanato, feito em todas as regiões do Canadá. Dá para comprar de produtos de lavanda de Québec a luvas quentinhas (chamadas de mittens) fabricadas em Ontario a partir da reciclagem de suéter.

    Viagem a convite do Destination Canada e do Ontario Tourism. ESTE TEXTO FOI ESCRITO PELA REDAÇÃO DO COMO VIAJA, COM BASE NA NOSSA EXPERIÊNCIA, SEM QUALQUER REVISÃO OU INTERFERÊNCIA DOS DESTINOS
  • Mercado de Natal (Toronto): o Christmas Market com barracas e coral

    Mercado de Natal (Toronto): o Christmas Market com barracas e coral

    O conjunto de prédios de tijolinhos, erguido em 1832, é mesmo um cenário e tanto para se instalar um mercado de Natal em Toronto. Eu já tinha visitado o charmoso Distillery Historic District fora da época de fim de ano. Mas, quando voltei ao lugar histórico para conhecer o Toronto Christmas Market, fiquei encantada em ver como a ambientação combina perfeitamente com o clima natalino.

    O mercado da metrópole canadense se diz inspirado nas feiras realizadas nesta época antes do Natal na Alemanha. E de fato é. Realizado desde 2003, o evento em Toronto tem barraquinhas de madeira (com opções de comidas típicas do Canadá também, como a poutine, receita originalmente da província francesa de Québec), artesanato, dança e uma árvore de Natal montada num grande pinheiro natural. Muito bonito e instagramável.

    Como é o Toronto Christmas Market

    Dentro dos prédios industriais da Era Vitoriana do Distillery Historic Distric, funcionou a destilaria Gooderman & Worts. Há cerca de 10 anos, a região foi restaurada para receber lojas, cafés e galerias de arte. Nessa última vez em que estive em Toronto, jantamos no excelente restaurante mexicano El Catrin — na mesa, pedimos uns 10 pratos variados; e todos eram muitos bons.

    Barraquinhas e luzes deixam o Distillery District ainda mais bonito

    Dê uma espiada também nas lojas locais. Há em torno de 80 empreendimentos disponíveis no Distillery Historic District. Entre os mais antigos estão a Soma (de chocolates artesanais) e a Mill St. (cervejaria que mantém sua loja original no local, com diversos tipos de cerveja à venda).

    Degustação de cerveja na loja da Mill St

    Como eu já tinha trazido da Alemanha enfeites para nossa árvore de Natal em 2011, em Toronto busquei algo mais canadense. Dessa viagem ao país, eu trouxe um alce (ou rena, sei lá) e um boneco de neve prateados, além de um par de patins, para lembrar minha tentativa de deslizar sobre o gelo na Nathan Phillips Square, praça central de Toronto. Uma fofa lembrança de Natal.

    Os patins de Toronto na nossa árvore de Natal

    O que fazer no mercado de Natal de Toronto

    As crianças podem ouvir a contação de histórias em inglês com contos dos irmãos Grimm, dar uma voltinha na (pequenina) roda-gigante ou tirar foto com o Papai Noel. Já os adultos dispõem de jardins de cerveja (os biergartens) e também podem se aquecer com o vinho quente tradicional nas feiras alemães (glühwein), chamado em inglês de mulled wine.

    Casa do Papai Noel

    Espetáculo de cantores, bandas e dançarinos estão na programação do Toronto Christmas Market. Os estilos musicais variam do jazz ao folk, passando por consagradas canções natalinas. São muitos os pontos fotogênicos perto das áreas enfeitadas por luzes, especialmente perto da árvore de Natal,

    Brincando com a árvore para foto

    Todo ano o mercado de Natal de Toronto atrai tanta gente que o site do evento encoraja os visitantes a irem durante a semana para evitar filas para entrar ou comprar comidas e bebidas. Quando estive lá num domingo, estava bem cheio, embora desse para circular. Isso foi logo no início da temporada.

    O tempo já estava consideravelmente frio, uns 5 graus, mas não nevava. No fim do ano, costuma nevar em Toronto. Imagino que o mercado fique ainda mais lindo com essa atmosfera natalina.

    Flocos de neve nas projeções da construção histórica

    VALE SABER

    Endereço: 55 Mill Street, Distillery Historic District, Toronto

    Funcionamento: Até 22 de dezembro, a partir do meio dia. De terça a quinta e no domingo, fecha às 21 horas — sexta e sábado, até as 22 horas. Fecha na segunda, mas as lojas e os restaurantes do Distillery District funcionam diariamente, desde as 10 horas

    Preço: Durante a semana, a entrada é gratuita. A partir das 18 horas de sexta até o fim de domingo, custa CAN$ 8

    Site: torontochristmasmarket.com

    VIAGEM A CONVITE DO DESTINATION CANADA E DO ONTARIO TOURISM. ESTE TEXTO FOI ESCRITO PELA REDAÇÃO DO COMO VIAJA, COM BASE NA NOSSA EXPERIÊNCIA, SEM QUALQUER REVISÃO OU INTERFERÊNCIA DOS DESTINOS
  • Mercados de Natal no Canadá 2017: Toronto, Vancouver, Montréal e Québec

    Mercados de Natal no Canadá 2017: Toronto, Vancouver, Montréal e Québec

    No Canadá, as principais cidades têm mercados de Natal. Conheça feiras para ir em dezembro em Toronto, Vancouver, Montréal e Québec. Com barraquinhas de comida, bebida e produtos, são bons programas para famílias

    ATUALIZADO EM 1 DE DEZEMBRO DE 2017

    Em dezembro, mercados de Natal se instalam em pontos centrais das cidades do Canadá. Estive em Toronto e Vancouver em dezembro de 2016 e agora acabo de voltar de Montréal. Dessa vez, não peguei os mercados de Natal já abertos, como tive a chance no ano passado. Mas já pude sentir o clima natalino na província francesa do Canadá, em decorações e enfeites que já estavam por toda parte.

    Virei fã de mercados de Natal depois de conhecer vários durante uma viagem à Europa em 2011. Aqui destaco alguns dos principais mercados de Natal do Canadá para quem estiver por lá em dezembro. Com barraquinhas de enfeites e presentes, decoração cheia de luzes e comida típica, esse eventos convidam os visitantes a entrar no clima de fim de ano.

    TORONTO CHRISTMAS MARKET – Foto: The Distillery Historic District/Tourism Toronto/Divulgação

    A programação muda de um mercado para outro, mas costuma incluir uma mistura de música com gastronomia. Canções natalinas embalam a degustação de bebidas e comidas comuns nesta época ou no país (caso dos produtos preparados com xarope de maple no Canadá). A meninada se entretêm com atividades, como desenho em papel e decoração dos tradicionais biscoitos de Natal.

    Veja abaixo uma seleção com mercados de Natal no Canadá:

    1 > TORONTO

    O mais tradicional e extenso mercado de Natal da cidade existe desde 2003. Estive lá em dezembro de 2016 e gostei muito — conto como é Toronto Christmas Market e também listo o que fazer em dezembro em Toronto, entre luzes e compras. O Toronto Christmas Market é instalado no Distillery Historic District. Os prédios de tijolinhos dessa região histórica da cidade permanecem com luzes e decoração natalina até 23 de dezembro em 2017. Reúne música, dança, compras e gastronomia.

    Distillery Historic District - Foto www.torontowide.com/Tourism Toronto/Divulgação
    Mercado no Distillery Historic District – Foto: www.torontowide.com/Tourism Toronto/Divulgação

    Mais mercados de Natal vêm surgindo na maior cidade do Canadá ao longo dos últimos anos. Em sua 2ª edição, a Holiday Fair in Nathan Phillips Square enche a praça central da cidade de barraquinhas até 23 de dezembro.

    Se a ideia for dar uma espiada em produtos de várias regiões do Canadá, o One of a Kind Show de Toronto apresenta o que é feito pelos artesãos do país. A feira costuma ser realizada entre o fim de novembro e início de dezembro, no Enercare Centre.

    2 > VANCOUVER

    Em sua 8ª edição, o Vancouver Christmas Market segue neste ano no mesmo lugar para onde foi transferido em 2016: a Jack Poole Plaza, praça da chama da Olimpíada de Inverno de 2010. No estilo das feiras alemãs, o mercado da cidade tem barraquinhas com produtos comuns no país europeu, como quebra-nozes e cerveja da Baviera.

    JACK POOLE PLAZA, PRAÇA COM A PIRA DA OLIMPÍADA DE INVERNO DE 2010 – Foto: Tourism Vancouver/Divulgação

    Tem carrossel para fazer a alegria dos pequenos. Outra diversão de adultos e crianças, que promete bons cliques com luzinhas ao fundo, é a grande árvore de Natal, na qual se pode entrar.

    ENTRADA DO MERCADO DE NATAL EM VANCOUVER – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

     

    3 > MONTRÉAL

    A Vieux-Montréal, a parte antiga da cidade, e seu porto, o Vieux-Port, são tomados pelo espírito das festas de fim de ano. Com atividades gratuitas para todas as idades, o Montréal en Fêtes (ou Merry Montréal, nome do evento em inglês) chega à 5ª edição, realizada de 21 de dezembro até 1 de janeiro.

    Foto: Pierre Boudreault/Tourisme Montréal/Divulgação
    Foto: Pierre Boudreault/Tourisme Montréal/Divulgação

    Na Place Nordique, montada no espaço da Place Jacques Cartier, praça central na parte antiga de Montreal, as famílias terão muitas atividades gratuitas. Encontro com Papai Noel, painéis para desenhar e pintar e acessórios para fotos natalinas são algumas das possibilidades de diversão entre família ou com amigos. Também é possível assistir a sessões de cinema (em francês com legendas em inglês).

    Mas o maior mercado de Natal de Montréal é Le Grand Marché de Noël, em sua 3ª edição. Realizado até 24 de dezembro, movimenta a Place des Arts — a praça dos festivais, onde ocorrem eventos significativos do calendário da cidade, como o Festival de Jazz de Montréal. O mercado está localizado ao lado da mais alta árvore de Natal da cidade, com cerca de 23 metros, na vizinha Place des Festivals. Le Grand Marché de Noël oferece a chance de experimentar (e levar para casa) um pouco da gastronomia da província de Québec, caso dos vinhos e dos produtos típicos feitos com xarope de maple. Para a meninada, há muitas atividades previstas, de contação de histórias a oficina de decoração de biscoitos de Natal.

    Quem gosta de percorrer mercados em busca de ideias de presentes ou comidinhas pode checar o Marché Casse Noisette no Palais des Congrès ou o Salon des Métiers d’Artbiggest na Place Bonaventure, de 8 a 18 de dezembro. Nas duas feiras, estão à venda objetos produzidos à mão, brinquedos e produtos manufaturados e alimentícios feitos na província de Québec.

     

    4 > QUÉBEC

    Salsichas, vinho quente e gingerbread estão pelas barraquinhas do Marché de Noël Allemand de Québec. O mercado de Québec segue tanto o estilo das tradicionais feiras da Alemanha que conta com um Kindermarkt, um setor dedicado às crianças — o que eu vi, por exemplo, em Nuremberg, um dos mais conhecidos mercados de Natal na Alemanha.

    Em 2017, quando completa 10 anos, o marché vai até 23 de dezembro, de quinta a domingo. As barracas estão espalhadas pela Place de l’Hôtel-de-Ville, a praça da prefeitura de Québec.

    MARCHÉ DE NOËL ALLEMAND DE QUÉBEC - Foto: Ville de Québec/Divulgação
    MARCHÉ DE NOËL ALLEMAND DE QUÉBEC – Foto: Ville de Québec/Divulgação

  • Natal na Alemanha: mercados e tradições em todas as cidades

    Natal na Alemanha: mercados e tradições em todas as cidades

    Quem visita a Europa em dezembro se depara com uma grande quantidade de mercados, especialmente nas cidades da Natal na Alemanha. Para os cristãos, a data que celebra o nascimento de Jesus Cristo é a mais importante do calendário anual, e o período do Advento marca a contagem regressiva para essa comemoração.

    Nathalia esteve pela primeira vez em um desses mercados europeus em 2012. Além de ver as barracas nas praças de Viena e Budapeste, Nathalia visitou vários mercados nas principais cidades da Alemanha para turismo, onde cerca de 150 feiras são montadas em pontos históricos de norte a sul no país. 

    O encantamento provocado por essas feiras ao ar livre fez com que ela se lembrasse muito do nosso filho, Joaquim, então com 3 anos. Foi para ele que a mamãe escreveu a série especial Natal na Europa: uma viagem encantada. Relato sensível e doce da magia natalina no que ela chamou de Terra de Reis e Rainhas.

    De Frankfurt, o mais lindo, segundo ela, Nath trouxe para o Joaquim um calendário do Advento — 24 janelinhas para serem abertas dia a dia até a chegada do Natal — dentro de cada uma havia um chocolatinho. Uma menininha em cima de um trenó foi trazida de uma banca de enfeites de Nuremberg. Em Regensburg, Nath encontrou um divertido mercado, com brincadeiras que levavam a criançada ao delírio. Da igualmente pequena Rüdesheim, veio uma delicada caixinha de música em forma de carrossel, que até hoje roda ao som de Noite Feliz.

    Essas lembrancinhas e essa magia estão presentes em todas as feiras de fim de ano, praticamente. Semelhanças que não invalidam uma visita para conhecer as particularidades de cada região do país. Abaixo, uma lista de mercados que atraem milhões de pessoas todos os anos para desfrutarem das cores, sabores e aromas do Natal na Alemanha.

    1 | Natal em Berlim

    No Natal na Alemanha, a capital abriga cerca de 50 mercados, dos mais tradicionais àqueles alinhados com a política de sustentabilidade, bandeira de Berlim. Um dos mais conhecidos é organizado diante da Igreja Memorial Kaiser Wilhelm, onde houve um atentado em 19 de dezembro de 2016. A promessa é sempre de um ambiente acolhedor, tomado pelo cheiro de amêndoas assadas e dos pães de gengibre.

    Em Berlim, há feiras no Jardim Botânico, na Prefeitura e até na estação de metrô Friedrichstrasse, onde pode ter pista de curling. Na Potsdamer Platz, as atrações são um tobogã e um rinque de patinação. Uma pista de gelo também funciona aos pés da Torre de TV de Berlim, na Alexanderplatz.

    Dezembro é tempo do mercado de Natal da Gendarmenmarkt, em Berlim – Foto: Scholvien/Divulgação

    O mercado que se forma na Gendarmenmarkt está entre os mais populares, com destaque para as luzes que deixam a Konzerthaus (Sala de Concertos) e a Dom Französischer (Catedral Francesa) ainda mais imponentes. Em todos os lugares não faltam bebidas quentes e comidas boas — há barracas que funcionam como restaurantes, com boa estrutura para se sentar e provar de comida berlinense e pratos da Baviera a receitas italianas e pescados frescos. Na feira da Gendarmenmarkt a entrada custa 1 euro, valor revertido para caridade e para pagamento dos artistas que se apresentam no palco montado em frente à Konzerthaus.

    Artesanato típico e produtos originais são oferecidos nas bancas de praticamente todas as feiras de Natal na Alemanha. Quem visita os mercados de bairros como o badalado Mitte ou do alternativo Prenzlauer Berg encontra boa oferta de artigos ecologicamente corretos. 

    2 | Natal em Munique

    Quem chega de avião à capital da Baviera encontra o clima natalino já no aeroporto, onde a feira de fim de ano costuma começar 1 semana antes do resto da cidade. Em meio a 450 pinheiros e uma árvore de 15 metros de altura há tudo o que um bom mercado de Natal deve ter: delícias da culinária que marca essa época do ano, shows diários e artigos para presente — tem até pista de patinação no gelo!

    Por ser a principal praça de Munique, a Marienplatz concentra o mais antigo mercado de Natal da cidade. São cerca de 160 bancas com produtos típicos, como bolas de vidro pintadas à mão. Montada em frente à sede da nova prefeitura (Neues Rathaus), a tradicional árvore de Natal é iluminada por cerca de 2.500 lâmpadas. Quem quiser adivinhar o tamanho do pinheiro natural participa de um sorteio que dá direito a prêmios.

    Marienplatz com mercado de Natal em Munique – Foto: Joachim Messerschmidt/German National Tourist Board/Divulgação

    Outros 40 mercados celebram o Advento em Munique. A pequena feira perto do Sendlinger Tor, um dos portões medievais da cidade, é cheia de produtos vindos de países como Peru, Letônia e Rússia. Chance de ouro para quem deixa para fazer compras na última hora. A uma curta caminhada desse mercado, já no bairro de Glockenbachviertel, fica o natal mais cor-de-rosa da cidade, onde gays e lésbicas são super bem-vindos, bem como todos os que prezam pela igualdade. 

    No Englischer Garten, o parque de Munique, a concentração é debaixo da Torre Chinesa (Chinesischer Turm), onde guloseimas não faltam tampouco artesanato. Crianças brincam no histórico carrossel próximo ao biergarten enquanto adultos aceitam o desafio de um jogo de curling. Um passeio de carruagem para admirar as luzes de Natal do parque também é uma boa pedida. No boêmio Schwabing, destaque para o Kunstzelte, trilha decorada por esculturas natalinas feitas pelos artesãos do bairro.

    Reviver o espírito do Natal na Alemanha como se estivesse no século 13 é a proposta do Mittelaltermarkt. Quem visita o antigo mercado medieval pode se fartar de pratos parrudos como o leitão no espeto ou entornar uma das especialidades locais, o Feuerzangenbowle: açúcar flambado em rum e misturado com vinho tinto, laranja, canela, limão e cravo. Um verdadeiro soco de fogo, numa tradução livre para o apelido dessa bebida. Cavaleiros, malabaristas e contadores de história ajudam a compor todo esse cenário na praça que leva o nome da dinastia que comandou a Baviera por mais de 7 séculos, a dos Wittelsbach. Na Residência (Residenz), uma vila de Natal é montada no pátio do antigo palácio dos nobres bávaros.

    3 | Natal em Frankfurt

    O mercado de Frankfurt é o mais antigo do Natal na Alemanha, data de 1393. Hoje em dia, são cerca de 200 barracas espalhadas pelo centro antigo da cidade, em praças históricas como a Paulsplatz ou pelo Mainkai, região às margens do rio Meno.

    Na praça Römerberg, o conjunto de construções erguido entre os séculos 15 ao 17 fica lindamente iluminado. O gigantesco pinheiro instalado e iluminado no centro da praça forma um belo contraste com os edifícios envidraçados, que representam o centro financeiro da Alemanha. É em torno da grande árvore que estão bancas onde é possível comprar produtos que são a cara do Natal de Frankfurt, como geleia e mostarda feitos à base do tradicional vinho de maçã — que também serve de matéria-prima na fabricação de sabonete, à venda nas barracas. 

    Barraca da batata: delicinha

    Os visitantes ainda podem provar delicinhas como o bolinho de massa de batata com molho de maçã ou tomar uma generosa caneca de vinho quente. Durante sua passagem por lá, Nathalia se esbaldou na barraca que vendia batata frita. Ela considera o mercado de Frankfurt como o mais bonito que ela visitou até hoje. Nath trouxe de lá uma caixinha de música e o típico biscoito de canela em forma de coração com o nome do nosso filho, Joaquim. 

    4 | Natal em Colônia

    Tendo a simbólica Catedral de Colônia como cenário, o principal mercado do Centro reúne cores, aromas e sons que celebram o Advento. Em torno de 160 tendas se esparramam em torno da grande árvore montada especialmente para o período do Natal na Alemanha.

    Famílias e crianças são atraídas para o Expresso de Natal, o trenzinho que percorre outros mercados, como o que é montado na região do porto e próximo ao Museu do Chocolate, duas das paradas obrigatórias do passeio. O Natal de Colônia também celebra a diversidade nas imediações da Rudolfplatz, uma das regiões da cena gay e lésbica da cidade.

    5 | Natal em Dresden

    Tradição que se repete há 583 anos no Natal na Alemanha. Dresden se orgulha de ter 11 mercados com perfis completamente diferentes, espalhados pela cidade. Mas todos são sinônimo de uma iguaria típica da capital da Saxônia: Stollen, bolo de Natal de Dresden. Para se ter ideia dessa simbologia, são produzidas cerca de 3 milhões de unidades de Stollen só nesta época do ano. Uma versão gigante do bolo recheado de passas e polvilhado de açúcar é preparada no início de dezembro e repartida entre o público na Altermarkt, no centro da cidade.

    Igreja de Dresden e mercado embaixo – Foto: Christoph Muench/Divulgação

    Como nem só de pão vive o homem, o Dresden Striezelmarkt reserva boas compras, especialmente de enfeites e de bonecos de madeira fabricados à mão. Todos os anos, uma pirâmide de madeira é montada na Neumarkt, a praça central da cidade. A torre tem cerca de 8 andares, cada um deles decorado com figuras natalinas. A estrutura toda gira graças ao calor gerado por velas acesas na base. 

    6 | Natal em Nuremberg

    O Mercado do Menino Jesus (Christkindlesmarkt) transforma Nuremberg até a antevéspera de Natal. Logo na 1ª sexta do Advento, a figura de Jesus menino surge na fachada da Frauenkirche e faz um convite para que todos desfrutem de mais um mercado de Natal — esse ritual existe há mais de meio século, sempre envolvendo a escolha de meninas entre 16 e 19 anos para o papel do Cristo jovem.

    As estreitas ruas do centro velho de Nuremberg ficam apinhadas de gente. Em meio ao formigueiro humano, quem busca enfeites tão bonitos quanto os que decoram a cidade encontra uma grande variedade de artigos natalinos feitos a mão. Nathalia ficou impressionada com a quantidade de luzes que chegam a cobrir fachadas inteiras dos prédios históricos. Não é por acaso que este é o único mercado de Natal mencionado entre as top 100 atrações da Alemanha, segundo votação online feita com viajantes de 40 países.

    Enfeites de árvore de Natal – Foto: Nathalia Molina @ComoViaja

    Mas uma visita ao mercado não se dá por completa sem que se experimente um genuíno sanduíche de Nuremberg drei im weggla, que leva 3 unidades de bratwurst, a salsicha de Nuremberg, dentro de um pão que tem o valor de um guardanapo. Ou então cravar os dentes no lebkuchen, pão de mel que há 600 anos faz a fama da cidade.

    7 | Natal em Hamburgo

    Em Hamburgo não faltam o artesanato e as deliciosas castanhas torradas. Grandes ou pequenas, as feirinhas de Natal se espalham pelo centro da cidade portuária. Uma das mais belas fica em frente ao prédio da Câmara Municipal (Rathaus) — composta por 80 expositores, tem uma rua toda dedicada à venda de brinquedos. No Winter Pride, único mercado de Natal em Hamburgo voltado ao público GLS, quem não curtiu algum presente que ganhou tem a chance de participar de uma feira de troca, com parte da renda revertida à comunidade quer.

    No Centro, em torno de 150 bancas são erguidas ao longo e no entorno da Mönckebergstrasse, a principal rua de comércio da segunda maior cidade da Alemanha — bonecos e carrosséis em madeira são os destaques entre os trabalhos dos artesãos locais. O moderno distrito de HafenCity mantém um rinque de patinação e uma padaria que assa bolos e pães natalinos. Até o boêmio bairro de St. Pauli se entrega ao clima de Natal, com apresentações de música ao vivo e boas doses de vinho quente para espantar o frio do fim de ano.

    8 | Natal em Stuttgart

    Todos os anos, Stuttgart brilha com a proximidade do Natal. Com 25 metros de altura, o pinheiro da Schlossplatz ostenta dezenas de milhares de lâmpadas de LED e uma estrela de 2 metros e meio na ponta. Os mercados da cidade estão presentes na Schillerplatz e nas calçadas do Königsbau e da Igreja Colegiada (Stiftskirche). Diariamente, há concerto de música nos arredores do velho palácio (Altes Schloss).

    Um mercado de antiguidades movimenta a Karlsplatz enquanto a fachada da câmara municipal é transformada em um grande calendário do Advento, com a abertura de uma janela por vez durante 23 dias. Não faltam guloseimas, de amêndoas cobertas de açúcar ao pão de frutas típico da suábia, região sudoeste da Alemanha.

    Barracas nas ruas de Stuttgart – Foto: Niedermueller/Divulgação

    9 | Natal em Leipzig

    Em Leipzig, o mercado existe desde meados do século 15 e, atualmente, reúne em torno de 250 barracas. Na Praça do Mercado (Marktplatz) fica a feira principal, local em que uma árvore de 20 metros de altura é ricamente iluminada. O salmão defumado e o vinho quente à moda finlandesa (glögi) são dois clássicos das bancas que funcionam na Augustusplatz .

    Na mesma praça, uma roda gigante oferece esplêndida visão das luzes de Natal a 38 metros de altura. Diariamente, trombonistas se apresentam na sacada da prefeitura. A música também dá tom nos corais de meninos da Thomaskirche, a igreja de São Thomas. No palco montado no centro do mercado, a criançada pode bater papo com Papai Noel e até fazer um pedido de última hora para o bom velhinho. 

    10 | Natal em Hannover

    Quem visita Hannover no Natal encontra um permanente clima festivo. Na praça Holzmarkt, na centro histórico, 50 árvores iluminadas se esparramam ao redor da fonte Oskar. Por ali, crianças se dividem entre brincar de confeiteiro e se encantar com o teatro de fantoches. Os flammlachs, filés de salmão lentamente defumados, representam o melhor da tradição finlandesa na feira montada na Ballhofplatz. Ao redor da estação central e na área de pedestres de Lister Meile encontram-se produtos feitos a mão e delícias carregadas de cheiro e sabor.

    11 | Natal em Düsseldorf

    Düsseldorf, capital alemã da moda, tem mercados ao redor da Königsallee, a avenida das lojas luxuosas e caras. Pela primeira vez, a feira terá seu funcionamento estendido (23 de novembro a 30 de dezembro). Este ano, um mercado de contos de fadas foi armado na Schadowplatz, onde o tradicional carrossel deve rivalizar no quesito diversão para as crianças.

    Praça em frente à prefeitura de Düsseldorf no clima natalino – Foto: Düsseldorf Marketing/Tourismus GmbH/Divulgação.

    Não muito longe dali, uma pista de patinação de 1.700 m² também é imã de público. Enfeites de madeira e de vidro estão entre os produtos vendidos nas banquinhas em frente ao prédio da prefeitura. E as guloseimas, claro, não faltam.

    12 | Natal em Heidelberg

    O centro histórico de Heidelberg concentra a maior parte dos mercados, em locais como Bismarckplatz, Universitätsplatz, Marktplatz e Kornmarkt. Na praça Karslpaltz funciona aquela que é considerada a pista de gelo mais bonita da Alemanha. Velas, bonecos de madeira e enfeites produzidos artesanalmente fisgam os interessados em compras. Com canecas em punho, os visitantes se aquecem sorvendo doses do famoso glühwein. Saiba mais, acesse a programação de Natal de Heidelberg.

  • Legoland Dubai e parques em área com hotel, restaurantes e lojas

    Legoland Dubai e parques em área com hotel, restaurantes e lojas

    Um complexo com 3 parques temáticos (entre eles, a Legoland Dubai), 1 parque aquático, um hotel em estilo polinésio e uma área de entretenimento, restaurantes e lojas: tudo isso compõe o Dubai Parks and Resorts, complexo turístico na maior cidade dos Emirados Árabes. Compre com antecedência o ingresso para 2 parques. Localizado próximo do Palm Jebel Ali, famoso arquipélago artificial de Dubai, o complexo oferece ao todo em torno de 100 atrações. Conheça abaixo um pouco sobre as 6 áreas do Dubai Parks and Resorts.

    Legoland Dubai

    As cerca de 40 atrações são pensadas para crianças entre 2 e 12 anos – veja ingresso de 1 dia para a Legoland Dubai. Diversas áreas temáticas aparecem em outros parques da marca. Nós estivemos na Legoland Alemanha e experimentamos vários brinquedos com nosso filho, Joaquim, então com 5 anos. Ainda sobre parques, vale ler sobre nossa visita ao mundo de Harry Potter na Universal Orlando.

    O parque de Dubai inclui atrações como Technic Twister (duvido que você não saia tonto de lá; nós fomos nesse na Alemanha). Na cidade dos Emirados Árabes, a garotada também pode fazer o papel de policial ou bombeiro, ir para a escola de motorista e construir prédios ou veículos de Lego.

    Legoland Water Park

    O parque aquático da marca dispõe de cerca de 20 atrativos, entre escorregas, playgrounds molhados e briquedos. O Legoland Water Park também é focado em crianças entre 2 e 12 anos. Compre antes o ingresso de 1 dia para o parque aquático Legoland.

    Bollywood Parks Dubai

    A atmosfera da indústria do cinema na Índia dá o tom neste parque — veja ingresso de 1 dia para o Bollywood Parks Dubai. É dividido em 5 áreas baseadas em superproduções de Bollywood.

    Parque temático Bollywood Parks Dubai
    Parque temático Bollywood Parks Dubai

    Motiongate Dubai

    Personagens do cinema americano povoam os 3 setores inspirados nos estúdios DreamWorks Animation, Sony Pictures Studios e Lionsgate. A meninada se diverte em ambientes com Shrek, Kung Fu Panda e Smurfs, entre outros. Compre com antecedência o ingresso de 1 dia para o Motiongate Dubai.

    Riverland Dubai

    Esta é a área de entretenimento, gastronomia e compras do Dubai Parks and Resorts. Há em torno de 50 empreendimentos no setor próximo ao rio do complexo.

    Lapita, hotel dentro do complexo de parques em Dubai
    Lapita, hotel dentro do complexo de parques em Dubai

    Lapita Hotel

    Inspirado na Polinésia, o Lapita Hotel tem arquitetura e decoração temáticas. Integrante de Autograph Collection Hotels, associação de hotéis-boutique participante do programa de fidelidade Marriott Rewards, o empreendimento dispõe de spa e 5 restaurantes e bares. Veja outros hotéis em Dubai de diferentes categorias.

  • Residenz (Munique): na residência real, 10 ambientes imperdíveis

    Residenz (Munique): na residência real, 10 ambientes imperdíveis

    Casa de uma das dinastias mais duradouras de toda a Europa, a dos Wittelsbach (1180 a 1918), o Residenz a construção é uma das principais atrações de Munique, na Alemanha. De todos os lugares que visitamos na nossa viagem à Alemanha com criança, o maior palácio urbano do país foi para mim e para Nathalia um dos mais marcantes, seja por sua imponência ou pela riqueza de sua decoração. E porque, acima de tudo, amamos história.

    A Baviera ainda não era um reino quando a corte se transferiu do Alter Hof para o Neuveste, palácio de estilo gótico erguido a partir de 1385. Com a permanência dos Wittelsbach no centro do poder – primeiramente como duques, depois na figura de eleitores e, por fim, como reis – 6 séculos foram mais do que suficientes para que cada governante ampliasse o Residenz, imprimindo à construção nada menos do que 4 estilos diferentes em sua arquitetura e decoração: Renascentista, Barroco, Rococó e Neoclássico.

    Formado por 10 pátios e 130 salas, o Residenz fica a menos de 500 m da Marienplatz, a principal praça de Munique. A construção foi atingida por pesados bombardeios, o que exigiu sua reconstrução a partir do final da Segunda Guerra, em 1945. Duas décadas antes já funcionava como museu. A valiosa diversidade de seu acervo fica evidente em cada aposento, com seus móveis, tapeçarias, quadros, esculturas e peças religiosas.

    O visitante que chega para conhecer o Residenz pode ficar um pouco perdido, sem entender o que ver, no que reparar diante de tanta oferta. Pensando nisso, elaboramos a seguir um pequeno roteiro detalhando ambientes de relevância histórica, artística e, claro, que nos impressionaram.

    Veja 10 ambientes imperdíveis do palácio para você conhecer em sua visita:

    1 | Hofgarten, o jardim da corte

    Essa foi a primeira parte do palácio que vimos. Como sua entrada é livre, estivemos lá dias antes de entrar no Residenz. Durante uma caminhada pela Odeonplatz, praça em frente ao Hofgarten, resolvemos entrar para passear pelo jardim da corte. Era perto do meio-dia e havia muita gente sentada nos bancos. Muitos com livros nas mãos, embalados pela sinfonia das fontes.

    Passeio pelo jardim da residência da realeza
    Passeio pelo jardim da residência da realeza

    A inspiração renascentista está presente nessa área extensa do Residenz. O trabalho de construção teve início no ducado de Maximiliano I, mas o jardim foi redesenhado diversas vezes desde 1613. Destaca-se no Hofgarten o pavilhão de 8 arcos com uma estátua de bronze no alto. Lá estão simbolizados os tesouros da Baviera: o sal, a água e os grãos. Depois de ter de conter sua energia típica de criança, soltamos Joaquim para correr pelos caminhos de cascalhos. Os canteiros não estavam altos, então a gente não perdia ele de vista.

    2 | Schatzkammer, a área do tesouro

    No dia em que voltamos para ver o Residenz, começamos a visita por aqui. A entrada fica ao lado do guarda-volumes e acabamos naturalmente nos encaminhando para ali. Mas também pode ser bom terminar a visitar pela área do tesouro, se a ideia for ir embora com imagens impressionantes de muito ouro e opulência.

    Colecionador de arte, Albrecht V também era apaixonado por joias e trabalhos com pedras preciosas. Em seu testamento, o duque ordenou que todo tesouro pertencente à dinastia Wittelsbach deveria ser guardado, não poderia ser vendido. O desejo foi seguido por seus sucessores, e hoje é possível ver em torno de 1.250 peças na ala do tesouro do Residenz. Ao longo de 10 salas estão expostos trabalhos em ouro, cristal, safira, diamantes, marfim, sob a forma de insígnias, jogos de copos, medalhas.

    A coroa dos reis da Baviera que repousa sobre uma almofada especial é um item de grande destaque. Produzida em Paris, a peça leva ouro, prata, diamantes, rubis e esmeraldas, mas não chegou a ser utilizada por Maximilian Joseph I, proclamado 1º rei da Baviera por Napoleão Bonaparte em 1º de janeiro de 1806.

    Tesouro dos reis na Residência, em Munique
    Tesouro dos reis na Residência, em Munique

    A estátua de São Jorge apresenta rosto semelhante ao do duque Wilhelm, a quem a peça foi dada em 1586. O conjunto chama a atenção pela quantidade de pedras utilizadas na composição. Feita de ouro, leva diamante, esmeraldas, rubis, opalas, ágata, cristal de rocha entre outras pedras preciosas.

    Nathalia ficou apaixonada pelo conjunto formado por coroa, colar, pulseira e brincos de Therese de Saxônia-Hildburghausen, aquela que se casou com o príncipe Ludwig (mais tarde, rei Ludwig I) e que a celebração dessa união deu origem à Oktoberfest, a mais popular festa da cerveja na Alemanha.

    Já Joaquim aproveitou para dar um tapa no visual diante do magnífico conjunto de viagem que pertenceu a Marie Louise da Áustria, segunda mulher de Napoleão Bonaparte. É uma grande caixa com 120 itens guardados em pequenos compartimentos, quase ocultos quando se encontram fechados (possui de serviço de jantar para duas pessoas a material de costura e até instrumentos de dentista) . Ao abrir a tampa da caixa surge o espelho que nosso filho usou para ajeitar seu cabelo. O trabalho de ourivesaria é de 1812 e foi feito com materiais como madrepérola, marfim, concha de tartaruga e ébano.

    3 | Antiquarium, o espaço mais deslumbrante

    Como fã desse salão, recomendo uma visita atenta às peças, aos detalhes. Apaixonado por arte, o duque Albrecht V ordenou a construção desse luxuoso espaço para abrigar sua extensa coleção de esculturas antigas. Entre 1568 e 1571, o Antiquarium foi erguido em uma área já fora do Neuveste, que havia ficado pequeno demais para o desejo de expansão do líder máximo dos Wittelsbach. Seus sucessores, o duque Wilhelm V e Maximilian I, transformaram o hall de 66 m de comprimento em um salão paras bailes e festas.

    Salão mais bonito da Residência, em Munique
    Antiquarium, o mais belo e conhecido dos ambientes da Residenz

    Como qualquer criança faria, Joaquim se divertiu percorrendo sozinho aquela imensidão de lugar, ora olhando para o teto onde estão 16 pinturas de Peter Candid, ora mirando com curiosidade os bustos da coleção.

    4 | Grottenhof, o pátio da gruta

    Um dos 10 pátios do Residenz, o Grottenhof leva esse nome por ficar colado à gruta próxima ao Antiquarium. Encomendada pelo Duque Wilheml V em 1583, ela é cravejada por conchas e cristais coloridos. Vale uma passada para ver os deuses do Olimpo retratados nas paredes, assim como passagens da obra Metamorfose, do poeta romano Ovídio.

    5 | Ahnengalerie, com quadros dos governantes da Baviera

    Uma das primeiras salas da visita ao palácio ajuda a entender quem era quem na família Wittelsbach – dinastia responsável por erguer as principais atrações históricas da realeza de Munique. Em 1726, quando se tornou eleitor – título que lhe dava direito de escolher o imperador do Sacro Império Romano-Germânico, do qual a Baviera fazia parte –, Karl Albrecht encomendou a criação de uma sala onde até hoje repousam nas paredes cerca de 100 quadros com retratos dos membros da dinastia bávara e suas ramificações. A área se chama Ahnengalerie (numa tradução do alemão, galeria dos ancestrais). A sala anexa (Porzellankabinet) guarda peças em porcelana.

    6 | Porzellankabinet, a sala das porcelanas

    Nos anos em que esteve no poder (1579 a 1598), o duque Wilhelm V foi quem começou a coleção de peças em porcelana vindas do Japão e da China, nações que detinham a técnica para manusear esse tipo de material — na Europa, a porcelana só passou a ser fabricada apenas no século 17. As peças da coleção não eram levadas à mesa durante as refeições. Tinham apenas função decorativa durante as solenidades realizadas no Residenz.

    O começo: peças vindas do Oriente
    No palácio em Munique, sala das porcelanas
    Sala das porcelanas em Munique

    7 | Allerheiligen-Hofkirche, de igreja a sala de concerto

    Trata-se da primeira capela construída na Baviera depois de 1803, quando a Igreja deixou de exercer sua influência política no território alemão. Embora não faça parte do museu, é possível visitar sua galeria e admirar do alto esta obra inspirada na Capela Palatina, de Palermo, no sul da Itália. Encomendada pelo rei Ludwig I, a Igreja de Todos os Santos levou 9 anos para ficar pronta (de 1826 a 1837), sob a supervisão de Leo von Klenze, arquiteto preferido da corte bávara.

    Sala de concerto em antiga igreja
    Sala de concerto em antiga igreja

    A edificação apresentava paredes em gesso e mármore, com pinturas em ouro coloridas e piso de mármore de vários tons. Transformada em ruínas pelas bombas durante a Segunda Guerra, ficou esquecida durante muitos anos até ter partes originais restauradas e combinadas com elementos arquitetônicos mais modernos. Desde 2003 funciona como sala de concertos; reserve um concerto na Residenz de Munique.

    8 | Grüne Galerie, com seus grandes espelhos

    Do conjunto de salas suntuosas que compõem o segundo andar do Residenz, destaca-se a Grüne Galerie (em português, Galeria Verde). Espaço de festa originalmente concebido por François Cuvilliés a pedido do duque Karl Albrecht, possui grandes espelhos que se alternam na parede com quadros do acervo dos Wittelsbach — parte deles foi posteriormente transferida para espaços como a Alte Pinakothek. Como mais um dos ambientes destruídos por causa da Segunda Guerra, a Galeria Verde passou por um meticuloso trabalho de reconstrução baseado em pinturas de época.

    No palácio de Munique, a galeria dos espelhos
    Brincando de realeza na galeria dos espelhos

    9 | Königsbau, onde fica o trono

    A visita ao Residenz é extensa, mas vale ir ao setor dos apartamentos do rei e da rainha, nem que seja para ver a sala do trono. Ele é o único móvel no espaço, ricamente decorado, em branco e dourado. Königsbau faz parte da expansão do palácio ordenada por Ludwig I quando ele assumiu o reino da Baviera, em 1825.

    10 | Cuvilliés-Theater, o teatro dourado

    O teatro que hoje carrega o nome do arquiteto que o projetou, François Cuvilliés, foi construído entre 1751 e 1755 para ser a casa de ópera do príncipe eleitor Maximilian Joseph III. Em seu palco foram encenadas obras como La Finta Giardiniera, escrita por Mozart a pedido de Max Joseph, e Idomeneo, encomendada em 1780 pelo eleitor Karl Theodor ao compositor austríaco, cuja a estreia no palco do velho teatro do Residenz se deu no verão do ano seguinte. Hoje é possível ir a um show de gala no Teatro Cuvilliés.

    Teatro Cuvilliés, na Residenz
    Rococó em ouro no teatro Cuvilliés

    Principal representante do estilo rococó alemão, o espaço que se visita no Residenz parece bordado a ouro. Ainda que não seja o teatro original (ele foi destruído por bombardeios da Segunda Guerra, em 1944, e um novo foi construído em seu lugar um ano depois), o Cuvilliés mantém o entalhamento dourado e a ornamentação floral originais, salvos em 1943. Hoje, o Teatro Cuvilliés abre suas portas para eventos, cerimônias, apresentações de balé e, claro, óperas.

    VALE SABER

    Endereço: Residenzstrasse, 1, Munique. A porta de entrada para a visitação está em frente à Max-Joseph-Platz, praça do Nationaltheater (teatro da ópera da cidade)

    Transporte: É bem fácil chegar ao Residenz. De transporte público, as paradas mais próximas são: Marienplatz, de S-Bahn ou de U-Bahn; Odeonplatz de U-Bahn ou de ônibus; e Nationaltheater de bonde.

    Horário: Abre diariamente, e a entrada nos espaços pode ser feita sempre até 1 horas antes do encerramento.

    Para o palácio e a área do tesouro: de abril a de outubro, das 9 às 18 horas; no restante do ano, das 10 às 17 horas. Para o teatro Cuvilliés: há vários horários de visitação ao longo do ano – no domingo, costuma estar aberto no período entre 10 e 17 horas; de segunda a sábado, apenas a partir das 14 horas.

    Preço: O ingresso pode ser para cada parte da visita ou combinado, que inclui o palácio, a área do tesouro e o teatro Cuvilliés — em todas as situações, a visita é grátis para quem tem até 18 anos. Para todas as áreas, paga-se € 17. Somente para o palácio ou para o tesouro, € 9 — os dois juntos saem a € 14 a entrada. O Hofgarten tem livre acesso.

    Alimentação: À esquerda da entrada do Hofgarten, há várias opções de cafés e restaurantes, como o Tambosi, que espalha mesinhas no jardim durante o tempo quente. Nas ruas em torno do palácio, existem restaurantes — entre eles, o tradicional Pfälzer Residenz Weinstube na Residenzstrasse.

    Compras: A lojinha do Residenz é uma boa fonte de souvenir diferente. Para crianças, havia de bonés e camisetas com desenhos de reis e rainhas a cadernos de colorir. Nós trouxemos dois com desenhos lindos de palácios da Alemanha. Divertido para pintar em família e lembrar da viagem. Também havia forminhas de biscoitos com o formato de ícones da Baviera, como as torres da Frauenkirche, entre 3 importantes igrejas de Munique, e o Neuschwanstein, castelo que teria inspirado o da Cinderela.

    Site: residenz-muenchen.de

  • Em Munique, o palácio Nymphenburg

    Foto: J Lutz/Turismo da Alemanha/Divulgação
    Foto: J Lutz/Turismo da Alemanha/Divulgação

    O que começou com um pequeno edifício de estilo italiano foi bem ampliado ao longo dos séculos. Desde sua construção em 1664, o Schloss Nymphenburg, palácio de verão em Munique, ganhou as alas laterais, um grande parque e palácios adicionais.

    Atualmente o complexo exige um dia para ser visitado com calma. Também é possível ver apenas uma parte dos espaços — há até a opção de ingresso combinado ou individual para cada conjunto.

    É importante ficar atento à época do ano. Seguindo sua tradição de palácio de verão da dinastia Wittelsbach, que dominou a Baviera por 7 séculos e construiu boa parte do que se vê numa visita à capital (leia em Munique da realeza), o Nymphenburg tem uma visitação completamente diferente de acordo com a estação. Do meio de outubro a março, permanecem fechados todos os palácios do jardim: Amalienburg, Badenburg, Pagodenburg e Magdalenenklause.

    Como é o palácio

    A maior ampliação do Nymphenburg ocorreu durante o governo de Maximilian Emanuel II. Pudera, o eleitor da Baviera (de 1679 a 1726) nasceu no palácio de verão, construído por seus pais, o eleitor Ferdinand Maria e sua mulher, a italiana Enrichetta Adelaide Maria di Savoia, em agradecimento pelo esperado filho.

    A partir de 1701, começou uma renovação no palácio. A parte central do edifício foi reconstruída para ter seu lugar de destaque garantido no complexo, apartamentos reais receberam nova decoração e as galerias do palácio ganharam pinturas de Franz Joachim Beich, com paisagens de castelos bávaros. Nos anos seguintes, a área externa do palácio foi reformulada em estilo barroco e ampliada até o presente tamanho. Tudo a cargo dos franceses Joseph Effner (arquiteto) e Dominique Girard (paisagista).

    Durante o reinado de Maximilian I, entre 1806 a 1825, Nymphenburg teve trechos de seu jardim transformados do estilo francês para o inglês, com formas mais naturais, sem preocupação com a geometria.

    O que ver em Nymphenburg

    Ao palácio cada governante da Baviera adicionou algo, seja na arquitetura ou na decoração. Entre as salas, vale visitar a Schönheitengalerie do rei Ludwig I, com retratos de damas da sociedade da época (pinturas de 1827 a 1850), e o quarto da rainha (Schlafzimmer der Königin), onde nasceu Ludwig II, o rei que construiu Neuschwanstein, inspiração para o castelo da Cinderela.

    No Marstallmuseum estão as carruagens do rei Ludwig II (datadas em torno de 1880). Outro veículo a ser visto foi usado na coroação do eleitor Karl Albrecht em imperador do Sacro Império Romano Germânico com o nome de Karl VII, em 1742. Tem estilo rococó francês.

    Fundada pelo eleitor Maximilian Joseph III em 1747, a fábrica de porcelana funcionou até 1930. Peças como vasos e estátuas, da coleção iniciada por Albert Bäuml (que assumiu a manufatura em 1888), estão expostas no Nymphenburger Porzellan.

    Foto: Bernd Roemmelt/Turismo da Alemanha/Divulgação
    Foto: Bernd Roemmelt/Turismo da Alemanha/Divulgação

    Durante o ano inteiro, dá para ver tanto o palácio principal quanto os museus das carruagens (Marstallmuseum) e da porcelana (Nymphenburger Porzellan).

    Quando o tempo esquenta, são abertos também os palácios do jardim: Amalienburg, Badenburg, Pagodenburg e Magdalenenklause. Além de visitá-los, dá para fazer um passeio de gôndola no lago em frente ao palácio (disponível entre abril e meados de outubro).

    Entre os palácios do jardim destaca-se o Amalienburg, uma joia do estilo rococó levado a Munique pelo arquiteto francês François Cuvillés, o mesmo do teatro do Residenz, batizado com seu sobrenome. O palácio foi erguido a mando do eleitor Karl Albrecht (governante da Baviera entre 1726 e 1745) para sua mulher, Maria Amalia da Áustria.

    VALE SABER

    Endereço: Schloss Nymphenburg, 1, Munique

    Transporte: O palácio fica na parte oeste de Munique. Há 2 opções para se chegar lá de transporte públic: pegue o S-Bahn em direção a Laim e depois o ônibus para Schloss Nymphenburg; ou tome o U-Bahn para Rotkreuzplatz e o bonde até Schloss Nymphenburg

    Funcionamento: Diariamente, de abril a 15 de outubro, das 9 às 18 horas. No restante do ano, é possível visitar o palácio principal e os museus da porcelana e das carruagens (Marstallmuseum), das 10 às 16 horas — os palácios do jardim fecham nesse período.

    Preço: Para visitar todas as áreas, 11,50 euros, de 1º de abril a 15 de outubro, e 8,50 euros no restante do ano — abaixo de 18 anos, grátis.

    Se for ver somente o palácio, o ingresso sai por 6 euros. Apenas para os museus da porcelana e das carruagens (Marstallmuseum) ou só para os palácios do jardim, custa 4,50 euros

    Alimentação: Há duas opções no complexo. o Schlosscafé im Palmenhaus, restaurante na entrada 43 (aberto do café da manhã até as 16h30), e o Schlosswirtschaft Schwaige, que oferece a possibilidade de jantar dentro do palácio. Os visitantes podem provar as receitas saídas do caderninho do rei Ludwig I (terça e quarta, às 19 horas), enquanto ouvem histórias sobre a monarquia da Baviera.

    Dicas: Para ajudar os visitantes a explorarem essa imensidão, um aplicativo gratuito para iOS e Android (em inglês ou alemão) mostra 23 pontos da atração, com informação, fotos e vídeos. Todos os textos do app estão disponíveis em áudio também.

    Site: schloss-nymphenburg.de

     

     

  • Englischer Garten, o parque de Munique

    Englischer Garten, o parque de Munique

    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja
    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    É o quintal dos moradores de Munique. E também a praia, a academia, o bar ao ar livre. No Englischer Garten cabe tudo isso. Nathalia e eu conhecemos esse imenso parque urbano durante nossa viagem em família pela Alemanha. Estivemos por lá com nosso filho, Joaquim, no início da primavera, curiosamente a estação do ano em que o Jardim Inglês foi aberto ao público, em 1789.

    Mas se engana quem pensa que o parque atrai moradores e turistas apenas quando Munique começa a ser tomada pelo sol e pelo calor. A geografia e a estrutura do Englischer Garten garantem lazer e diversão em qualquer tipo de clima. Contra ‘fotos’ não há argumentos, e nossas imagens comprovam ser possível passear no parque em dias gelados também (toucas e cachecóis são adereços bem-vindos).

    CACHECOL E TOUCA CONTRA O FRIO
    CACHECOL E TOUCA CONTRA O FRIO

    Como é o maior parque de Munique

    Com 4,17 km² de extensão, o Englischer Garten é um dos maiores parques do mundo, ao lado dos conhecidos Central Park, de Nova York, e Hyde Park, de Londres. Ele está dividido em dois setores: o lado sul (o Jardim Inglês) é um convite ao movimento, às atividades esportivas e de lazer; ao norte (Hirschau), a tranquilidade faz qualquer um esquecer que se está em um parque urbano.

    Diferentemente do aspecto barroco e geometrizado dos jardins franceses, o estilo inglês se caracteriza pela preservação das formas naturais da vegetação, sem obediência à simetria.

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    munique-mapa-do-jardim-ingles-englischer-garten-alemanha-foto-nathalia-molina-comoviajaPainéis com o mapa do Englischer Garten são encontrados com relativa facilidade. Mesmo assim, numa bifurcação, ficamos em dúvida sobre qual direção tomar para chegarmos aos pedalinhos do Kleinhesseloher See, maior lago do parque. Pedimos ajuda a um casal que passeava com um bebê. Eles foram super gentis ao explicar que estávamos mais perto do que imaginávamos. Perguntaram de onde éramos, e o alemão contou já ter estado no Rio quando ainda não era casado.

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    KLEINHESSELOHER SEE, O MAIOR LAGO DO PARQUE

    Pela segunda vez naquela viagem encontrávamos com alguém de Munique que conhecia o Brasil. A outra foi numa parada no biergarten do Viktualienmarkt. Aliás, o Englischer Garten oferece nada menos do que 6 biergartens. Desses, o maior jardim de cerveja é o da Torre Chinesa, com capacidade para 7.000 pessoas sentadas. Nós descemos do ônibus justamente na parada da Chinesischer Turm e logo encontramos mesas e canecas bem grandes pela frente. Tínhamos na mochila fruta, biscoitos e suco de maçã — um clássico experimentado a rodo por Joaquim durante nossa temporada germânica. Em frente ao biergarten, um parquinho é ocupado pelas crianças. Nosso menino testou todos os brinquedos disponíveis enquanto Nath e eu nos submetemos ao trabalho árduo de beber uma genuína HB (oh, vida cruel!). Outro biergarten bem conhecido fica às margens do Kleinhesseloher See, aquele lago dos pedalinhos.

     O que fazer no Englischer Garten

    No principal parque de Munique, esportistas experientes ou ocasionais podem pedalar, correr ou andar por seus 78 km de trilhas. Há também caminhos para os que curtem equitação. Praticantes de slackline se apoderam das árvores (e são muitas, viu). E o futebol é jogado em alguns pontos do parque.

    Além de modalidades convencionais, o Englischer Garten é famoso também entre os adeptos do surfe. Ladeado pelo Isar (rio que corta a cidade de Munique), o parque possui 8,5 km de cursos d’água. Num desses canais, chamado de Eisbach, surfistas desafiam a forte correnteza, seja no verão ou debaixo de neve. Até 2010, subir na prancha por ali era proibido. De lá para cá, público e câmeras testemunham performances radicais.

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    PEDALINHOS DO LAGO

    No verão, Munique registra temperaturas que passam da casa dos 30 graus (a média fica perto dos 23). Nessa época os frequentadores se refrescam no Rio Schwabing ou ficam largados no gramado para um banho de sol. Um dos espaços mais concorridos situa-se entre o Monóptero, construção em estilo grego que lembra um coreto, e a Japanisches Teehaus (Casa de Chá Japonesa). Na região conhecida como Schönfeldwiese, o nudismo é liberado.

    Se molhar o corpo ou ficar peladão não for suficiente para aliviar o calor do verão de Munique, beba algo num dos biergartens do parque. Ou experimente o frescor de uma volta de pedalinho no Kleinhesseloher See. Nath gravou nosso passeio, enquanto eu estava no comando da modesta embarcação, morrendo de medo de trombar com os patos que nadam muito perto para aproveitar a corrente d’água formada pelo pedalinho.

    Durante o rigoroso inverno alemão, o lago congela e se transforma em um rinque de patinação. Enquanto isso, na colina onde está o Monóptero, o verde do gramado é coberto por uma grossa camada de neve. Deslizar naquela pista branca a bordo de um trenó é o grande barato — tem gente que escorrega também ao melhor estilo skibunda.

    Seja qual for a estação, certo é que um passeio pelo Englischer Garten é tudo menos uma fria.

    VALE SABER

    transporte-em-munique-metro-como-chegar-ao-englischer-garten-em-munque-alemanha-foto-nathalia-molina-comoviajaTransporte: Como tínhamos visitado a Allianz Arena e o Museu do Bayern pela manhã, saímos da região do estádio usando o metrô. Tomamos a linha U6 (Fröttmaning) e descemos 8 estações depois. Giselastrasse é também o nome da parada de ônibus que fica na Martiusstrasse, rua ao lado da saída do metrô. As linhas 54 (Lorettoplatz) ou 154 (Bruno-Walter Ring) cortam as ruas internas do Englischer Garten. Descemos 5 minutos depois, na parada Chinesischer Turm, a Torre Chinesa.

    Anoitecia quando voltamos. Saímos pelo portão próximo ao lago Kleinhesseloher e demos uma baita volta pelo lado de fora do parque até alcançarmos a estação Giselastrasse do metrô, nosso ponto de partida no passeio.

    Funcionamento: O Englischer Garten fica aberto todos os dias

    Preço: Grátis

    parque-em-munique-jardim-ingles-englischer-garten-alemanha-foto-nathalia-molina-comoviajaAlimentação: Parque chama piquenique, e o gramado do Englischer Garten é um convite a estender a toalha e espalhar guloseimas. Encontramos quiosques para comprar água e lanches ao longo do parque. Se quiser se acomodar melhor, sente-se à mesa do biergarten da Torre Chinesa, por exemplo, pegue uma cerveja e petisque algo (nós compramos uma porção de fritas). Ah, não esqueça de recolher o lixo. A administração do parque coleta 120 toneladas de resíduos por ano. Então, faça a sua parte!

    Para quem deseja mais conforto, há restaurantes típicos que funcionam dentro do parque. A maioria tem salões confortáveis e amplos, alguns com decoração sofisticada. São as áreas externas desses estabelecimentos que encorpam os jardins de cerveja do parque. Casos do Seehaus, ao lado do lago Kleinhesseloher, do Hirschau — esses dois ficam próximos e possuem parquinho para crianças. Tem ainda o Zum Aumeister e o MilchHäus, que só serve comida e cerveja 100% orgânicos. E uma versão menor da cervejaria Hofbräuhaus também é encontrada por lá.

    Site: englischer-garten-muenchen.info

  • Chinesischer Turm, a Torre Chinesa de Munique

    Chinesischer Turm, a Torre Chinesa de Munique

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    DO PONTO DE ÔNIBUS À TORRE: LEVE CAMINHADA

    De todas as atrações encontradas no Englischer Garten, em Munique, a Chinesischer Turm (Torre Chinesa) é a mais conhecida e icônica. E olha que estamos falando de tudo o que há para se fazer e ver em um dos maiores parques urbanos do mundo!

    Projeto do arquiteto Joseph Frey — inspirado no pagode chinês do Kew Gardens, de Londres — a Torre Chinesa foi erguida em 1790. Uma estrutura toda em madeira, com 5 andares e 25 metros de altura, e que precisou ser reconstruída depois de ser atingida por bombardeios durante a Segunda Guerra.

    Nossa visita ao Jardim Inglês começou justamente por ali. Nathalia, eu e o nosso filho, Joaquim, descemos do ônibus na parada que leva o nome da torre em alemão (Chinesischer Turm). Caminhamos um pouco e logo nos defrontamos com ela e com o não menos impressionante biergarten que se esparrama a seus pés.

     

     

    O que fazer na Torre Chinesa

    Naquela tarde de primavera o movimento era pequeno. Com capacidade para acomodar até 7.000 pessoas sentadas, não tivemos problema para achar um lugar no segundo maior jardim de cerveja de Munique.

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    JOAQUIM SÓ DE OLHO NAS POMMES FRITES

    Você compra o que comer e beber ali mesmo. Há quiosques que vendem cerveja, salsichas e outras comidas típicas. Pedimos uma porção de fritas e dois canecões de HB. Para o Quim, tínhamos levado frutas, biscoitos e suco de maçã.

    Verdade é que nosso menino mal comeu, com exceção da batata que, como de costume, ele atacou. Depois, saiu em direção ao parquinho que fica em frente. Quim se acabou de tanto subir em cordas e de subir e descer no escorregador. Voltou com calça cinza por causa das aterrissagens na areia! Esses brinquedos ficam bem ao lado do lendário carrossel, construído em 1913. Era março e estava fechado. Ele funciona entre abril e outubro, em dias de tempo bom, sempre a partir das 14 horas.

     

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    PARQUINHO EM FRENTE AO BIERGARTEN

    Quando há festas em torno da torre

    TORRE CHINESA
    BIERGARTEN: ATÉ 7.000 PESSOAS SENTADAS

    Nath e eu ficamos sentados conversando, feito dois locais. Não havia só turistas. O parque e, consequentemente, a torre são do povo de Munique o ano inteiro — no verão bomba, como quase todo o Englischer Garten. Em julho, o Kocherball é um evento de dança folclórica que atrai cerca de 20.000 pessoas fantasiadas para a Torre Chinesa.

    A partir da última semana de novembro, o fim do ano na Chinesischer Turm é do mercado de Natal. Nas barracas caprichosamente decoradas e iluminadas, o visitante pode comprar presentes, artesanato e guloseimas, entre elas o glühwein, vinho quente típico dessa época do ano. Para as crianças há desde oficinas para fazer seus próprios enfeites de Natal a brincadeiras e jogos, como o curling (a pista montada no parque tem 18 metros de comprimento).
    Do lado da torre tem também o estande da única empresa autorizada a fazer passeios de carruagem pelo parque e pela área de pedestres de Munique (kutschen-muenchen.de)

    VALE SABER

    Transporte: A partir da Marienplataz, tome o U6 rumo a Fröttmaning, desça na estação Giselastrasse, que também é o nome da parada de ônibus que fica na Martiusstrasse, rua ao lado da saída do metrô. As linhas 54 (Lorettoplatz) ou 154 (Bruno-Walter Ring) cortam as ruas internas do Englischer Garten. Descemos 5 minutos depois, na parada Chinesischer Turm, a Torre Chinesa.

    Funcionamento: A Torre Chinesa fica aberta todos os dias

    Preço: Grátis

    Alimentação: Atrás da torre funciona um restaurante que organiza um banquete de Natal (mediante reserva). No restante do ano, o Chinesischer Turm Restaurant & Biergarten funciona todos os dias, entre 11h30 e 18 horas. Com 4 salões e capacidade para receber até 120 pessoas, serve menu de 2 e 3 pratos na hora do almoço a preço fixo.

    Site: chinesischer-turm.de

  • Biergarten, jardim de cerveja na Alemanha

    Biergarten, jardim de cerveja na Alemanha

    O que fazer em um biergarten de Munique? Beber e conversar nestes jardins de cerveja, que lotam de turistas e habitantes no verão. Conhecemos três deles e explicamos por que é um programa para ser feito até em família.

    A bandeja pesa, mais até do que a mochila nas costas. Os olhos varrem o horizonte. Não há lugares disponíveis. Aparentemente. Mesmo sem ter vocação para garçom, você ousa dar alguns passos, ganha confiança ao ver que os pratos ainda não caíram no chão, mas segue sem encontrar um espaço onde possa apoiar aquilo tudo. De repente, alguém tenta te puxar pelo casaco. Você olha para trás e se depara com bochechas rosadas, sorriso amistoso, palavras num carregado alemão e um gesto que dispensa tradução.

    Pronto. Você acaba de descobrir na prática a primeira regra dos biergartens na Alemanha: a da boa convivência. Dois velhinhos, respeitosamente escoltados por canecões de cerveja, convidavam Nathalia, Joaquim e eu para sentarmos com eles. Nossa estreia num biergarten foi no Viktualienmarket, mercado em Munique.

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    Fotos: Nathalia Molina @ComoViaja

    Na capital da Baviera, cerveja é assunto sério. Foi lá que, em 1487, o duque Albert IV instituiu que a toda bebida produzida em Munique só seria considerada pura se levasse apenas três ingredientes em sua fabricação: cevada, lúpulo e água. Um mastro fincado no centro da praça onde estávamos ilustra esse decreto. Posteriormente, com a reunificação da Baviera, foi instituída pelo duque Wilhelm IV, em 1516, a lei da pureza da cerveja alemã para toda a região — que em 2016 completou 500 anos.

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    LEI DA PUREZA: MARCO DA CERVEJA ALEMÃ

     

    O que é um biergarten

    A beleza está na simplicidade. Uma das experiência mais bacanas na Alemanha é se sentar num biergarten. Os jardins de cerveja são áreas de reunião ao ar livre, de comunhão. Um canto para aproveitar o clima quente quando ele finalmente dá as caras naquele pedaço da Europa. Nos restaurantes, se existe uma área com mesas ao ar livre para as pessoas se sentarem e beberem cerveja, o lugar é chamado de biergarten. O espaço pode ser na frente ou no quintal e inclui mesas de madeira com bancos compridos. Por isso, você vai ouvir falar muito de biergarten se estiver viajando pela Alemanha, especialmente da primavera ao verão.

    BIERGARTEN EM PLENO VERÃO – Foto: Tommy Loesch/Divulgação

    Mas nenhuma cidade personifica melhor espírito desses bares ao ar livre do que Munique. Vale até uma licença poética para chamar de biergarten o espaço que fica dentro do estádio do time de futebol local. Enquanto esperávamos para fazer o tour da Allianz Arena e conhecer o Museu do Bayern de Munique, aproveitamos para pedir a dobradinha matadora: cerveja + schnitzel com salada de batata.

    BIERGARTEN DA ALLIANZ ARENA

    ESTÁ SERVIDO?

    Na cidade da Baviera, faz parte da vida se sentar num biergarten, para curtir o bom tempo e confraternizar com amigos ou estranhos. Isso explica o convite dos dois senhores para que sentássemos ao lado deles. Havia espaço suficiente para comer e beber sem que nossa presença inibisse o papo que a dupla estava tendo antes de aparecermos.

    O que também não impediu que nos comunicássemos com eles. O homem que nos chamou para a mesa arranhou os acordes iniciais de Aquarela do Brasil assim que soube de onde éramos. Disse ainda que já tinha estado por aqui. Se encantou com as poucas palavras em alemão que Joaquim se atreveu a falar. Secou uma segunda caneca com o parceiro, despediu-se e foi embora com o amigo.

     

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    Como começou a tradição

    Uma história iniciada por acaso. Entre os bávaros do final do século 19, prevalecia o gosto pela cerveja mais leve, de baixa fermentação, um tipo de bebida mais fácil de ser produzida no inverno. Para não deixarem de beber o precioso líquido amarelo também nos meses mais quentes do ano, a solução encontrada pelos cervejeiros foi abrir buracos profundos longe da cidade, mais próximos à beira de rios — em Munique, o Isar é um exemplo. Nestas adegas eram armazenados grandes barris de cerveja, cobertos pelo gelo que se formava durante o inverno rigoroso.

    A fim de proteger as caves do sol e do calor, os cervejeiros também plantavam castanheiras. Era ali mesmo, debaixo da sombra das árvores, que se consumia cerveja em temperatura fresca quando o verão chegava. Nascia a tradição dos biergartens, que ficaram populares entre os cidadãos, mas descontentou os donos de tabernas de Munique, que perderam clientes para os jardins de cerveja. Para serenar os ânimos, em 1812, o rei Maximilian Joseph I liberou o consumo da bebida nos jardins das cervejarias, mas não permitiu a venda de comida por esses estabelecimentosSegundo o órgão oficial de turismo de Munique, existem 180 jardins de cerveja na cidade, espalhados por praças e parques — tem até no aeroporto! O mais antigo, ligado à cervejaria Augustiner, data de 1812, é também o maior, com capacidade para receber até 8.000 pessoas. Um biergarten pode ter música ao vivo ou não. Ou apenas o som das conversas, ruidosas na direta proporção em que se acumulam canecas vazias sobres as mesas.

    BIERGARTEN DA AUGUSTINER
    AUGUSTINER, O MAIOR E O MAIS ANTIGO BIERGARTEN – Foto: Divulgação

    Nós fomos ao biergarten da Torre Chinesa (Chinesischer Turm), que se localiza dentro do Englischer Garten (Jardim Inglês de Munique). No grande parque urbano de Munique há também um jardim de cerveja às margens do lago Kleinhesseloher e até um pequeno ponto de venda da cervejaria Hofbräuhaus, versão reduzida da conhecida casa no centro de Munique. O biergarten da torre chinesa é o segundo maior da cidade. Conta com 7.000 lugares, aproximadamente. Alguns bancos têm encosto. No canto fica a parte de venda de comida e de cerveja. Nem é preciso abrir a boca para comprar a bebida. Você entra numa fila, bota o dinheiro num pratinho e pega uma das muitas canecas cheias que repousam sobre o balcão. O esquema é igual nos quiosques do Viktualienmarkt. É ou não é o drive-thru dos sonhos de quem ama cerveja?

    Compramos uma porção de batata frita e duas canecas de cerveja, e nos sentamos para fazer um piquenique à tarde. Em frente às mesas, um parquinho com brinquedos de madeira é todo das crianças. Joaquim se aventurou por escorregadores, escaladas e afins enquanto Nath e eu curtimos o fim de tarde. A sensação de estar num biergarten é a de quem participa de uma grande festa ao ar livre, em que se celebra a alegria do bem-viver.

     



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